Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Já lá vão dois anos e
continua tudo na mesma -09/05/2012 "O Ministério da
Agricultura determinou o fim da transferência de direitos de replantação para a
Região Demarcada do Douro, uma medida de protecção à qualidade dos vinhos do
Porto e Douro, reclamada pelos viticultores" - In Ministério da Agricultura proíbe transferência de vinha
E o mais insensato ou caricato é que, por vezes, são pessoas dessas aldeias, que, em negócios ou jogadas cúmplices com quem não tem as menores raízes locais, agem como autênticos garimpeiros, comprometendo o futuro dessas comunidades – O governo prometeu legislar – mas ainda não passou de promessa.
Já lá vão dois anos, que “O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, numa das primeiras visitas que fez ao Douro, se manifestou recetivo pelo menos a equacionar a proibição da entrada dessas novas licenças e o problema da aguardente que tem vindo a invadir o Douro. “O vinho do Porto exige que seja produzido com aguardente de uvas produzidas no Douro», salientou na altura – Mas não passou de discurso de ocasião.
“PAÍS
VINHEIRO” À MERCÊ DOS NOVOS SENHORES AÇAMBARCADORES QUE AGORA RECLAMAM O CONTROLO ABSOLUTO PARA DAREM A ESTOCADA FINAL AOS PEQUENOS E
MÉDIOS VITIVINICULTORES
– Obviamente que é de admitir que grande parte dessas plantações se destinaram a satisfazer a expansão das grandes quintas, muitas das quais simultaneamente produtoras exportadoras de vinho de consumo e vinho do Porto – Que, por falta de um rigoroso controlo, acabam por exportar o que querem e lhes apetece, causando grandes transtornos nos milhares de pequenos e médios agricultores, reduzindo-lhe o “benefício”, por um lado, e, por outro, não podendo comportar os custos de produção, atendendo aos baixos preços e aos atrasos nos pagamentos», dificultando-lhes ainda mais a sobrevivência - Naturalmente, que, havendo excesso de oferta e redução da procura, tudo se complica ainda mais –E quem mais sofre são os mais pequenos.
-Pois então, abocanhando tudo, resolvia-se a crise: com a justificação de que “as exportações de vinho do Porto
estão em queda há mais de uma década e a Associação das Empresas de Vinho do
Porto (AEVP) tem um projecto de promoção, de dez milhões de euros, para travar
a crise do sector. Mas para concretizar o plano, que não tem custos para o
Estado, a associação reivindicou ontem, em conferência de Imprensa, a
privatização do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP)- Excerto de . Sector reclama privatização do IVDP para travar queda
das ...
Há uns anos atrás, as vendimas,
por estas bandas, começavam em Outubro, tal como quase na generalidade do país
- Havia o tempo das ceifas e debulhas e a colheita das uvas tinha de esperar.
Entretanto, com o abandono das searas e outras culturas agrícolas, bem
como as alterações climatéricas e a introdução de novas técnicas de
produção e fabrico do vinho, anteciparam-se as vendimas para meados de Agosto e
Setembro - Claro, como não se pode vindimar tudo no mesmo dia, por falta de
pessoal e de escoamento para as adegas, e, noutros casos por falta de
maturação, vão-se calendarizando, a primeira começou no principio da primeira
quinzena de agosto, na Ervamoira e a última, pelo menos aqui em Chãs, está
previsto terminar no dia 4 de Outubro.
De facto, é um regalo, a cada passo, poder deparar-se com uvas que são uma tentação aos olhos e à boca, mas o trabalho também é muito duro; chega-se, ao fim do dia, todo partido. Mesmo assim, a alegria e a boa disposição nunca faltam em cada rosto - Por meu lado, já refeito, aqui estou para falar de um hábito alimentar, que estava convencido que já pertencesse ao passado – Mas, não: ainda há quem coma a sardinha crua com uma fatia de pão, depois de passar por uma carrasqueira e comer umas bolotas, como aperitivo.
Quando era garoto, era costume fazer-se das bolotas cozidas, a castanha caseira. Lá pelo Alentejo, é que se dizia que era a comida dos porcos, mas, cá por uma remota aldeia da beira transmontana (Alto Douro), era a nossa castanha, pois, soutos, só na terra fria. Meda e Trancoso – Certamente usada como farinha pelos povos que se fixaram no maciço dos Tambores, depois de moerem as bolotas nas mós de pedra, que por ali ainda se encontram.
E, no momento em que o resto do
farnel era estendido, lá a vimos a deliciar-se com a sardinha crua, não
propriamente "vivinha da costa" porque esse é um privilégio que não
goza quem vive longe do mar, mas ainda brilhante, sanguínea e apetecível, pronta a
consumir
JÁ LÁ VAI O TEMPO EM QUE A
SARDINHA ERA DIVIDIDA EM TRÊS PARTES MAS HÁ HÁBITOS QUE, TODAVIA, NÃO SE
PERDERAM
BENEFÍCIOS DA SARDINHA – E OS
RISCOS DE SE COMER CRUA
Rica em ácidos graxos ômega-3
(EPA e DHA), reconhecidos por seu poder antioxidante, anti-inflamatório e
antiaterosclerótico. “Esses ácidos aumentam a atividade cerebral, modulam a
hiperatividade e a depressão e ainda melhoram o desempenho cognitivo”,Sardinha é a mais
popular fonte de ômega-3 - MdeMulher -Contudo há quem alerte os
riscos de se comer peixe cru, devido a larvas que podem produzir graves problemas intestinais. “Pesquisadores
no Japão examinaram dois casos de Anisaquiase intestinal apresentando-se como
uma obstrução do intestino delgado. Em cada caso, ambos os pacientes, com
idades entre 64 e 70, foram levados às pressas ao pronto-socorro com dor
abdominal súbita e vômitos depois de comer sardinha crua como sashimi dois dias
antes”. Comer peixe cru levanta preocupações de saúde potenciais
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