Não deixe de também consultar o post anterior Dia 23 - Celebramos o Equinócio do Outono 2014
Pedra do Sol Cabeleira de Nª Srª 40º 59´ 39.94" N - 7º 10´ 35-46" W
"Em 2014 o Equinócio de Outono ocorre no dia 23 de Setembro às 03h29m.
Este instante marca o início do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação
prolonga-se por 89,815 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia
21 de Dezembro às 23h03m. Equinócio de Outono 2014 - Universidade de Lisboa
JÁ É POSSÍVEL VER O ALINHAMENTO SAGRADO – AS MANHÃS POR AQUI TEM BRILHADO
O alinhamento perfeito só atravessará o eixo deste antiquíssimo Calendário Solar, justamente na manhã do próximo dia 23, Terça-feira, contudo, dois a três dias antes ou depois, é possível observar o auspicioso alinhamento solar equinocial. Todavia, . Independentemente das contingências do tempo, não deixaremos de o celebrar
DIA 23 ÀS
08.00 DA MANHÃ
O
inicio do Outono vai ser
celebrado no próximo dia 23, às 08.00
horas, aos sons de violino e de guitarra pelo
dueto ALE&OLE, de forma simples mas de
expressivo simbolismo e profundo pendor místico e alcance histórico, com a
leitura de poemas de Maria da Assunção Carqueja, 8
anos depois de ali ter estado com o seu esposo, Prof. Adriano Vasco
Rodrigues - Natural de Felgar, concelho
de Moncorvo, falecida em 9 de Setembro do ano passado, e que, nos últimos anos da sua vida, buscou na
poesia o seu conforto espiritual, como forma de atenuar a doença que
atormentava.
SAUDAR OUTONO COM A POETA QUE CELEBRA A VIDA E A TERRA ONDE NASCEU - MUITO PRÓXIMA DOS MESMOS HORIZONTES DOS TEMPLOS DO SOL
OPORTUNIDADE DE RARA BELEZA
- Justamente no dia e a noite se reparte de igual modo, entre a luz e as trevas - Hora de júbilo e de ascensão que saúda e brinda a generosa estação da colheitas, dos frutos que o sol do Verão ajudou a crescer e que, agora o Outono amadurece, como dádiva divina, tal o colorido nostálgico, os odores e os sabores, as fragrâncias, os perfumes, o incomparável garrido das aguarelas das suas folhas, com que nos são presenteados
Tom Graves, autor de Agulhas de Pedra - A
Acupunctura da Terra , o famoso livro de investigação, sobre a influência da
terra na alma e vida do ser humano, deslocou-se, em Outubro de 2008, da Austrália aos Templos do Sol , para ali confirmar a sua teoria de que
«Em toda a parte existe uma interação entre as pessoas e o lugar – e o lugar
também tem as suas escolhas.»tom graves veio da austrália para estudar as pedras
LUGAR MÁGICO
O enorme
penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de
semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma
altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce. Admite-se
ter sido erguido
e cultuado por antigos povos que se fixaram no maciço granítico dos Tambores,
Mancheia e Quebradas, aproveitando-se dos seus penhascos rochosos como defesa e
abrigo natural e, como fonte de sobrevivência, as bagas e os frutos das espécies autóctones e das produzidas no fertilíssimo vale da Ribeira Centeeira, dos Picos, que lhes ficava sobranceira
STNOHENGE
PORTUGUÊS
UM DOS PONTOS
NODAIS DAS VEIAS TELÚRICAS DA TERRA

Naturalmente, uma consciência sujeita a este estado tem necessariamente de sofrer alguma alteração, uma transmutação tanto mais forte tanto o impacto sofrido pela compreensão que lhe foi “revelado”. Algo a tocou e a despertou para um estado superior de compreensão, de uma experiência vivida. Estados destes são muito similares àqueles que nos são relatados pelos grandes místicos da humanidade como, por exemplo, S. João da Cruz e Santa Teresa de Ávila. A aquisição de tais conhecimentos e experiências vividas nesse “momento de revelação” são fruto de profundos estados de êxtase que, necessariamente, se deverão reflectir em acções.” – Escreveu Eduardo Amarante, em Lugares Mágicos

Março 2012 - vida-e-tempos, diz o seguinte,
referidno-se à Pedra da Cabeleira de Nª Srª
O eminente historiador, arqueólogo, investigador e autor Dr. Adriano Vasco
Rodrigues descreve assim esta pedra[1][1][1]: O penedo tem o seu assento sobre
uma vasta superfície rochosa granítica. A face poente está desbastada como uma
enorme testa. Na parte inferior rasga-se uma abertura com cerca de um metro de
diâmetro, que dá entrada para uma espaçosa câmara com uma altura de um metro e
meio. Este espaço comunica com o exterior por outra abertura rasgada na face
oriental.
No tecto desta câmara notam-se manchas avermelhadas de sais de ferro
parecendo resultarem de uma pintura destruída pela erosão produzida pela
corrente de ar, estabelecida pelas duas entradas.

No exterior, a curta distância da entrada poente, está uma pedra
quadrangular com 1,50 m de lado por 15 cm de espessura, em forma de arco. Devia
ter sido adaptada à entrada. No alto da enorme cabeça está uma tosca escultura
simbolizando uma figura humana, com a cabeça do tipo triangular.
(…) O povo ligou uma lenda cristianizada àquele lugar. Assim, a Virgem
Maria na sua caminhada para o Egipto, num dia de estio, à semelhança do que
ainda agora fazem os pastores com os rebanhos, recolheu-se naquela lapa para
repousar. Ao partir, os cabelos, que haviam tocado na rocha, focaram ali
gravados para sempre...
Quanto ao período de utilização deste santuário, ele remontaria à revolução
neolítica.
Diz ainda o Prof. Adriano Rodrigues[2][2][1]: Em
1957, tive oportunidade de estudar a fraga conhecida com o nome da Cabeleira de
Nossa Senhora, que classifiquei como santuário pré-histórico, integrado
cronologicamente na revolução neolítica. Pelas suas características sugere a
existência de um culto ao crânio, característico, na Península Hispânica, da
transição do Paleolítico para o Neolítico, segundo o Prof. Pericot. A
identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria,
acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa Mãe, símbolo da
fertilidade."
Albano Chaves, no notável estudo que teve a amabilidade de nos oferecer, antes de apresentar a sua descoberta, tece estas palavras das pedras de Chãs:

"O Maciço das Lapas e das Quebradas, na freguesia de Chãs, concelho de Vila
Nova de Foz Côa, onde a Meseta Ibérica se despede, despenhando-se para o Graben
de Longroiva, acorda agora ao som de pétrea vozearia, que acorre a pétreo
chamamento.
Chãs,
contrariamente ao que poderia parecer – terreno chão ou plano – provém do
acádico shamsh [lê-se xâmexe], que significa o astro «sol», a divindade «sol» e
também «relógio de sol», como diz o Prof. Moisés Espírito Santo, professor universitário, etnólogo,
sociólogo,
filólogo
e linguista[1][1][1].
Albano Chaves, no notável estudo que teve a amabilidade de nos oferecer, antes de apresentar a sua descoberta, tece estas palavras das pedras de Chãs:
"Um sono milenar está a chegar ao fim. Pedras, enormes umas, mais pequenas
outras, emitem sons, balbuciam palavras continuamente desde há muito. Dez,
quinze, vinte, cinquenta mil anos? Ninguém as ouvia, no entanto. Falam por si,
entre si, estabelecem ligações. Formam figuras geométricas no terreno, que é
preciso olhar, ver, identificar, ler, entender, integrar em expressões, frases,
períodos, textos, crónicas.
Que ouve Chãs?
Que vê Chãs?
Que sente Chãs?
Parece que ouve, mas nenhum som compete com ladrar de cão ou balir de
ovelha.
Parece que vê, mas o que vê é apenas o que pensa ter visto sempre: pedras.
Parece que sente, mas o que parecia sentir esvaiu-se como sonho ao
acordarmos.
Acorre gente de fora, trazida por alguém da terra.
Mede-se, perscruta-se, rodam varas de vedores, há quem use GPS. Porquê?
Para quê?
Uma pedra começou a falar mais alto. Vamos ouvir o que tem para dizer."
Não
perca o estudo, que foi também publicado em http://www.vida-e-tempos.com/2012_03_01_archive.html -Albano
Chaves, natural
de Leça de Palmeira mas que tem a ligação maternal ao concelho de Vila Nova de
Foz Côa, através do apelido Donas-Boto - Tradutor e especialista de línguas
germânicas . – É um investigador apaixonado pela Arqueoastronomia
O VERBO OPERA PRODÍGIOS - É APENAS UMA QUESTÃO DE SABER
PRONUNCIAR A PALAVRA E ESCOLHER O LUGAR
Assim as terão interpretado todos aqueles que, desde tempos imemoriais, celebraram, com os seus ritos o astro solar, harmonizavam as suas vidas com os ciclos das estações, viam nos seus raios, a fonte da vida, a luz purificadora e regeneradora, agradeciam e celebravam as grandes dádivas da Mãe-natureza. - Acreditavam que «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. – O que divergiu não foi a intenção mas o meio ou a a imagem de imaginar Deus – Entre os que procuram o contato com o sagrado, o divino, nas igrejas ou catedrais ou aqueles que se recolhem nos lugares mágicos, nos lugares sagrados da Natureza – É justamente na esteira dessas tradições esquecidas, que, mais uma vez, nos dirigimos aos Templos do Sol.
MARIA DE ASSUNÇÃO CARQUEJA – DA “MANHÃ É OUTRO
DIA” – A OBRA E O PERFIL TRAÇADO POR MANUEL DANIEL

POUCO SEI E NADA SEI
O que sou no Universo?
como gota em vendaval
Ou grão perdido e disperso
na areia do areal?
Um mundo imenso e diverso
onde lutam Bem e Mal
um mundo tão controverso
tem um destino…. mas qual?
A imensidão em que vivo
começou….porque motivo?
Quem lhe destino e lei?
No devir que vou vivendo
neste meu fugaz ir sendo
pouco sou… e nada sei!
Maria da Assunção Carqueja

Na penúltima edição de OFOZCOENSE”, Manuel Pires Daniel (prestigiado advogado e distinto homem das letras, além dos relevantes serviços em prol do poder local) referindo-se ao último livro de poesia (edição póstuma), de Maria da Assunção Carqueja, começou por recordar o seguinte:
Na penúltima edição de OFOZCOENSE”, Manuel Pires Daniel (prestigiado advogado e distinto homem das letras, além dos relevantes serviços em prol do poder local) referindo-se ao último livro de poesia (edição póstuma), de Maria da Assunção Carqueja, começou por recordar o seguinte:
"Descobri o seu nome pelos idos de 50, pela mão
do meu querido amigo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que veio a ser o seu marido
e que, então, coordenava no quinzenário "Luz da Beira'', da Meda, um
suplemento literário que veio a inserir trabalhos de jovens como José Augusto
Seabra, Eurico Consciência e outros.
Maria da Assunção Carqueja era já uma excelente
poeta, natural do Felgar - Moncorvo e estudante da Universidade de Coimbra.
Desde logo a fixei. Os seus versos fluíam, como água corredia, quase em surdina,
mas dizendo muito. Poesia daquela que nos fala à alma e que se exprime tao bem
que chega a dizer muito em muito pouco.
Fui acompanhando as felizes aventuras do casal,
vicissitudes à altura das suas reais capacidades, e, em contraponto, a poesia
da Dr' Maria da Assunção Carqueja, impunha-se-me como uma das belas vertentes
do casal. Com o avolumar dos currículos de cada um, ia-se avolumando igualmente
o acervo de livros que o casal produzia, como se outros filhos fossem além dos
sue quatro belos rebentos.
Diria, à boa maneira da nossa gente, que Maria
da Assunção Carqueja foi derramando muito da sua produção, mormente a poética,
por uma boa mancheia de títulos: "Versos do meu Diário" (com
pseudónimo Miriam, 1978; "Porquê, mais que nada", 2002, "Os tempos
do Tempo". 2005, "Jardim da Alma", 2008, "Torre de
Moncorvo" (história em verso) e "As nuvens passam ... " (edição
póstuma), 2014.

Com muita propriedade, a componente autora do
Prefácio Prof. Adília Fernandes, da Universidade do Minho, sua conterrânea e amiga aí assinalou (nas pags. 10 e 11
)algumas das suas singularidades:
"Um tom de trágico existencial, que
Jamais abandona, perpassa por alguns poemas, desenhando-os com urna
singular e transcendente beleza. As preocupações decorrentes da finitude,
contingências e limitações humanas são integradas num entrelaçar de estados de
alma e paisagem, numa estreita identificação vivencial: 'As folhas secas que
vejo aqui/lembram-me 1antosdiasquevivi"(Folh11sMortas!).
A efemeridade das coisas e dos seres está
condensada cm inquic1aç3cs acerca de um tempo que não se domina, que se dilui e
“passa…passa tão veloz” (Tempo), tal como as nuvens . Fica a nostalgia de
memória, que lembra como “uma quimera”, apenas (Mudanças) . A natureza percorre a representação do sentir que assombra ,
porque traz “ondas traiçoeiras e gigantes/ feitas de pensamentos e de mágoas”
(Maré Cheia) , vincula a vulnerabilidade: Essa pedra que vejo junto ao muro/Diz-me também do seu destino duro
Sujeita às pressões da Natureza! (Pedra)
Numa fase crítica da sua doença, o médico
receitou-lhe a obrigação de escrever uma quadra por dia. Foi uma excelente
prescrição, que a ajudou a suportar os padecimentos e que cumpriu,
disciplinarmente, ao longo de um ano inteiro. Nessas quadras foi falando de si,
da vida, dos sonhos e do amor, que lutava para sobreviver.
Por isso, uma poesia assim é intemporal. Poeta
que nos fala assim não morre nunca. O seu coração, revestido de palavras, pode
deixar de pulsar, mas nos versos com que o revestiu, continua vivo pelos tempos
sem Tempo, a conversar com quem tenha também um coração"
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