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domingo, 19 de outubro de 2014

João Botelho no Doclisboa14 para mostrar o documentário “Quatro” artistas portugueses contemporâneos que mais admira, Pintura, Desenho, Fotografia e Escultura - ”Fui atras deles, não falo quase nada. As pessoas estão na Terra para fazerem coisas e eles fazem-nas”



 



 

João Botelho foi dar um abraço à produtora de Filmes do Tejo II, e às personagens do seu filme documentário, “quatro” artistas portugueses contemporâneos, que, na noite, deste último sábado, foi apresentado, com lotação esgotada, num dos auditórios da Culturgest da CGD, integrado no Doclisboa’14 – Festival Internacional de Cinema, a decorrer em várias salas, de 16 a 26 de Outubro, com a exibição  de 250 filmes de 40 países, 40 estreias mundiais, 18 delas de realizadores internacionais.

O documentário "Quatro", de João Botelho, cuja antestreia decorrera   em Junho, na Cinemateca, em Lisboa, a pouco mais de dois meses da chegada aos cinemas de “Os Maias”,  procura mostrar quatro expressões artísticas de autores contemporâneos que o cineasta admira:  na pintura, desenho, fotografia e escultura. Como sejam: João e Jorge Queiroz, Pedro e Francisco Tropa, “ Filmei-os a trabalhar, filmei a criação das suas obras. Amigos, cúmplices, diferentes, mas todos obcecados na aventura estranha que ´é a produção artística  neste início confuso do século XXI” – Lê-se na Sinopses da programação  do Doclisboa’14 – Festival Internacional de Cinema, a decorrer em várias salas, de 16 a 26 de Outubro, com a exibição  de 250 filmes de 40 países, 40 estreias mundiais, 18 delas de realizadores internacionais.

QUANDO AS BOAS IMAGENS VALEM POR MIL PALAVRAS

Uma boa imagem vale por mil palavras e, João Botelho, tem consciência disso. Ele, o cineasta  que sabe realizar filmes com extraordinárias imagens, prefere mostrá-las,  de que falar – E foi o que fez  durante a curta apresentação daquele documentário

“Como sabem, o cinema começou com uma invenção científica mas também com uma invenção nas feiras, porque ainda não havia os centros comercias. (…) De vez em quando há assim uns malucos  (….) que acham que o cinema não é uma arte, que é uma arte de vampiros, não é uma arte pura  (…) Eu aqui não conto nada, senão determinados artistas que eu amo. O João, o seu irmão Jorge, o Pedro e o Francisco. É uma ideia de criação, que é maravilhosa. Não falo quase nada. Não há entrevistas. Não explicam nada. Trabalham, criam. As pessoas estão na terra para fazer coisas e eles fazem-nas como ninguém” – E terminou dizendo que não teve apoios da EDP, porque “não são famosos” 

O QUE SE DISSE DESTE DOCUMENTÁRIO E DE  OUTROS FILMES RECENTES

Sem contemplações, sem remédio, sem justificações, filmei-os a trabalhar, filmei a criação das suas obras", diz João Botelho, que percorreu os universos dos artistas: "Pintura, desenho, fotografia e escultura".
"Amigos, cúmplices, diferentes, mas todos obcecados na aventura estranha que é a produção artística neste início confuso do século XXI. Rigorosos. O melhor que há em Portugal”, afirma o realizador, no balanço do documentário.
João e Jorge Queiroz e Pedro e Francisco Tropa estão presentes em coleções do Centro de Arte Moderna, da Culturgest ou de Serralves, e já representaram Portugal e galerias portuguesas, em mostras internacionais como a Arco, em Madrid, e as bienais de Veneza e de São Paulo. - Excerto.Documentário de João Botelho em antestreia 

 Só acredito num deus que saiba dançar” é uma exposição em que o cineasta João Botelho se dá conhecer a partir das suas afinidades com os artistas e as outras artes. No Centro Internacional de Artes José Guimarães, dançando entre as pinturas, os objectos e os filmes.
(…) “Isto não é um filme que põe os artistas a falar, mas que mostra os artistas a fazer, que mostra os seus processos de trabalho”, diz, antes de revelar o encontro que esteve na origem do filme: “Conheci-os através de uma amiga comum e visitei-os num edifício, na Avenida da Liberdade, onde trabalham. São artistas excelentes, pessoas formidáveis que formam uma família, uma escola pois ajudam outros artistas, mais jovens. Do trabalho de João [Queiroz] tinha visto uma ou duas pinturas, mas depois vi a exposição na Culturgest e fiquei maravilhado. Os outros, fui conhecendo. São belíssimos artistas. Estão todos aqui”. – excerto . João Botelho dançando entre as pinturas, os objectos

“Assinou alguns dos mais importantes filmes do cinema português e agora leva às salas Os Maias, adaptado da obra de Eça de Queirós. João Botelho estudou Engenharia Mecânica, mas apaixonou-se pelo cinema enquanto fugia das praxes em Coimbra. Eterno contestatário, diz que o 25 de Abril foi o dia mais feliz da sua vida, ainda mais que o nascimento dos três filhos. Venceu um cancro e, nessa altura, decidiu que nunca mais adoeceria. Noctívago convicto, aos 65 anos não tem medo da morte, apenas de deixar de poder dançar. – Excerto  João Botelho: 'Não tenho certezas, só dúvidas' 

"No Vale do Côa, a “Arte da Luz” no seu esplendor por todo o sempre diante de nós, mesmo para aqueles que ainda não viram, mas que seguramente farão a peregrinação obrigatória, porque é de arte que se trata, e a arte é condição primordial da existência humana e da sua liberdade. Benditos sejam os que lutaram contra quem queria inundar e sepultar para sempre talvez o maior tesouro artístico que existe em Portugal. Benditos sejam os que nos livraram do pecado infecto da destruição irremediável do legado de artistas geniais que produziram a maior concentração da grande “Arte da Luz” que no mundo aconteceu! Há mais de 15 mil anos, há mais de 20.000 anos num pequeno e desgraçado território que há apenas 900 anos se passou a chamar Portugal! (João Botelho, Agosto de 2014) A Arte da Luz Tem 20.000 Anos JOÃO BOTELHO .


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Prof. Galopim de Carvalho – das pegadas dos dinossauros ao monge da escrita - “Como sou um grande surdo, passo o tempo em casa a escrever" - "Evolução do Pensamento Geológico"a sua mais recente obra


"Agora só leio e só escrevo"


Na vida há um tempo para tudo e agora a vida do investigador Galopim de Carvalho,  professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é quase  conventual. Passa o tempo, em sua casa, dedicado à escrita. “Evolução do Pensamento Geológico, é o seu 15º livro pela  Âncora Editora. A obra, que foi apresentada pelo Prof. Doutor José Barata-Moura, no passado dia  25 de setembro, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa e tem a chancela da Ãcora Editora, pretende ser um  tributo, aos que, "desde a Antiguidade, pedra sobre pedra, ergueram o maravilhoso edifício que alberga as ciências da Terra. O facto de a esmagadora maioria das personalidades lembradas nesta obra serem homens deve-se unicamente à condição de inferioridade imposta no passado às mulheres, a quem o ensino era praticamente vedado, à semelhança do que estamos a assistir em sociedades do presente por fundamentalistas islâmicos. Com estas lamentáveis excepções, o Séc. XX acabou com essa indignidade e assim, são muitas as mulheres, hoje tantas ou mais do que os homens, que ocupam os bancos e a cátedras das universidades e participam, a todos os níveis, na investigação científica e tecnológica.

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista




A ESCRITA COMO ÚNICO OFÍCIO 
Os autores da escrita que alicerçam os seus conhecimentos no saber profundo, preferem o isolamento à vida mundana – Procedem tal como os monges nos seus retiros espirituais, contemplativos e intelectuais. Assim fez o poeta Sebastião da Gama, ao isolar-se, nos últimos anos da sua vida, na Serra da Arrábida. José Mattoso, historiador medievista e professor universitário, recordo-me, que, quando o  prémio Fernando Pessoa, lhe foi atribuído, é justamente num remoto casebre - creio que algures no Minho - que o foram encontrar. Ele que, durante vinte anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga, e usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso”, não consegue dispensar o isolamento. .Algures na serra da Arrábida onde,  também, se refugiou Pedro Tamen, poeta, tradutor, antigo administrador da Fundação Gulbenkian .

Com Galopim de Carvalho, quase se passa a mesma coisa. Não pocura o isolamento no silêncio de uma serra mas  encontra-o na intimidade de  sua casa, na companhia de sua esposa e dos seus livros. 

Entrevistámo-lo por ocasião da Feira do Livro em Lisboa, junto ao pavilhão da âncora Editora, numa sessão de autógrafos – Em cima de mesa, entre vários títulos, as “Conversas com os Reis de Portugal Histórias da Terra e dos Homens" - Obra que lhe levou três anos a escrever e que  pretende “ensinar geologia aos professores de história e ensinar história de Portugal aos professores de geologia” procurando combinar a História de Portugal com as Ciências da Terra, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências, recheado de animadas conversas com os Reis de Portugal. Indicado para profissionais, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências.

Também nós quisemos aproveitar uns breves momentos de diálogo, com um prestigiado cientista e um amável e excelente   comunicador,  uma personalidade simples mas fascinante. Depois de nos ter falado do livro que a editora se preparava para lançar, numa das semanas seguintes, mas que, só agora, nos finais de Setembro, veio à estampa, foi-nos dizendo que, já não faz investigação no terreno mas lê muito e escreve muito. Além dos livros que publica, vai publicando muitos textos e crónicas na imprensa ou em blogues.

Como sou um grande surdo, não convivo socialmente nada, passo muito tempo em casa, e, estar em casa, estou a escrever. Habituei-me a convier comigo próprio. Esta situação propicia, facilita a interiorização, só leio e só escrevo; faço muitas crónicas"


UMA VIDA DEDICADA À INVESTIGAÇÃO, À DOCÊNCIA E À ESCRITA

O  Professor Galopim de Carvalho é um dos nomes grandes da divulgação da ciência em Portugal. Mais do que ninguém foi responsável pela promoção das Ciências da Terra entre nós, através de uma uma acção incansável ao longo de décadas que passou pelas suas aulas e pela sua investigação na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pelos seus livros (ainda recentemente publicou um muito útil Dicionário de Geologia), pelas suas palestras de divulgação por todo o país e no mundo, pelo seu diligente trabalho à frente do Museu Nacional de História Natural (onde esteve durante mais de dez anos) e noutros locais (ainda há pouco abriu em Viseu o Museu do Quartzo, em larga medida da sua inspiração), e pelas suas sábias intervenções na imprensa escrita, na Internet, na rádio e na televisão. PREFÁCIO A "CONVERSAS COM OS REIS DE PORTUGAL"

Galopim de Carvalho, Professor Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, autor de várias obras de geologia, entre outras,  possuidor de um currículo vastíssimo,  conhecido em Portugal como "o avô dos dinossauros" por ter sido o responsável pela organização da exposição sobre dinossauros-robôs que, em 1992, levou à Rua Politécnica mais de três centenas e meia de milhares  visitantes e pela sua denodada defesa das pegadas dos dinossauros de Carenque, às portas de Lisboa, Mas também por ser o fundador da Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis.. 

 Dirigiu inúmeros projectos de investigação, de que são exemplo a "Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.



Foi consultor científico da RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das Ciências da Terra. Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa", que contou com 347 000 visitantes em apenas 11 semanas.

Em 1993, foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e foi distinguido pela Casa da Imprensa com o prémio "Bordalo" para a Ciência, em 1994.  – FonteGalopim de Carvalho – Wikipédia


No dia 14 de Janeiro de 2013, “O Comité Português para o Programa Internacional de, homenageou-o  pelo seu grande contributo para o conhecimento das Geociências, enquanto professor da Universidade de Lisboa, e na divulgação e promoção das Geociências, em particular do património geológico, junto da sociedade”, explica Artur Abreu Sá, presidente do Comité Nacional para o Programa Internacional de Geociências. Tributo a AM Galopim de Carvalho - Faculdade de Ciência

EXCERTOS DO ÚLTIMO LIVRO: "EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOLÓGICO"
 
A chamada Antiguidade Clássica refere um longo período da História da Europa, com especial incidência na metade oriental do Mediterrâneo, entre o surgimento da poesia grega de Homero [1], no século VIII a.C., e a queda do Império Romano do Ocidente, na segunda metade do século V d.C., durante o qual as antigas civilizações grega e romana, para além de outros aspectos relevantes, abriram as portas ao conhecimento científico, entre o qual se encontra o que conduziu à geologia.. 1. evolução do pensamento geológico no contexto filosóf
Situada entre aproximadamente os séculos V e XV, a Idade Média foi um tempo de alastramento do cristianismo e da vida cultural na Europa ocidental, sobretudo através do surgimento de mosteiros da Ordem dos Beneditinos. - 2. evolução do pensamento geológico no contexto filosófic