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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CELEBRAÇÃO EQUINÓCIO DO OUTONO 2011 -HOJE ÀS 08.00 HORAS - IMAGENS QUE VALEM POR MIL PALAVRAS MAS TAMBÉM HOUVE PALAVRAS POÉTICAS DE ELIEZER KAMEMEZKY


Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador -  - Singela Homenagem - Autor de Alma Errante 

TEMPLOS DO SOL - NO MONTE DOS TAMBORES - CRUZAMENTO DE ESPIRITUALIDADES E DE CULTURAS - DESDE OS TEMPOS IMEMORIAIS ATÉ AOS NOSSOS DIAS






NÃO PRIVILEGIAMOS CREDOS OU RELIGIÕES MAS O AMOR E RESPEITO PELA NATUREZA, A SALVAGUARDA DOS VALORES DO PATRIMÓNIO ANCESTRAL, O CULTO DA FRATERNIDADE, DA CONVIVÊNCIA, DA TOLERÂNCIA E DO CONHECIMENTO

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Já por aqui passaram os mais diversos estudiosos e pessoas de várias religiões ou crenças: desde os Hare Krishna- à .PFI Federação Pagã Portugal, que realizou o seu XI encontro anual de paganismo no Solstício do Verão -.Ano 2007 - Portugal - Pagan Federation International........FESTIVAL SOLSTICIAL COM A PRESENÇA DE PAGÃOS Partilhamos do espírito iconémico. Estamos abertos a todos que vierem por bem -




Eliezer Kamenesky - António Lourenço leu alguns dos poemas de Alma Errante Obrigado Sr. António, por uma vez mais ter sacrificado os seus afazeres profissionais para colaborar e associar-se às nossas tradicionais saudações. Na véspera andou por lá a cortar silvas e a retirar algumas pedras do caminho. Um gesto de boa vontade que muito lhe agradecemos.

.E um agradecimento, igualmente muito acalorado, aos nossos amigos de Viseu: ao simpático casal António Almeida e Helena Andrade, que madrugou cedinho para vir tomar parte na nossa celebração outonal. Que os Deuses da Terra e dos Céus, vos tragam as graças que ali fostes invocar que vos são inteiramente merecidas.



ALMA ERRANTE, TÍTULO DOS VERSOS DE ELIEZER KAMENEZKY, NÃO PODERIA SINTETIZAR MELHOR A PRÓPRIA ERRÂNCIA DO POVO JUDAICO. 


E QUEM ERA, AFINAL,  ESSE PEREGRINO JUDEU - QUE ENCANTOU FERNANDO PESSOA,  A PACATA LISBOETA DESSE TEMPO E ATÉ REALIZADORES CINEASTAS  -


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Eliezer Kamenezky nasceu na Ucrânia, em 1888. Andou por vários lugares do mundo, desde os quinze anos, a partir de certa altura difundindo o naturismo e a «alimentação natural» (dizia-se «fungívero»). Chegou a Portugal, vindo do Brasil, nos anos 20, e aqui viria a morrer (em 1957). Conheceu Fernando Pessoa, que lhe escreveu um desconcertante prefácio para o livro de poemas, Alma Errante (1932). Deixou inédito um romance autobiográfico, Peregrinando. A investigadora italiana Amina Di Munno traduziu-o e apresentou-o em Itália com o título Eliezer, debaixo da autoria de Fernando Pessoa, num volume prefaciado por Luciana Stegagno Picchio (Roma, Lucarini, 1991) - In dias felizes: Numa nota de rodapé


Deixou a sua terra aos 14 anos,"seguindo uma companhia de ópera e foi aos 19 anos, “sob o céu de Itália, em Milao,   que levado pelas suas observações da  Natureza e pela leitura dos filósofos gregos, de Rousseau, de Tolstói, etc.   , despiu as vestes caricatas da civilização,   para se fazer apóstolo do Naturismo. Ei-lo pelo mundo fora,  percorrendo a Itália, a Suiça, a Grécia, a Terra sangta, Egipto, Arábia, Índia, as duas Américas, caminheiro do  do Ideal, pregando e distribuindo opúsculos.”Eliezer Kamenesky – Wikipédia

 
Fernando Pessoa, com quem ele se dava muito, escreveu o longo prefácio para as suas poesias. Prefácio estranho, pois não hesita em menosprezar a arte poética do prefaciado, justificadamente talvez, mas não é muito comum aceitar-se escrever um prefácio quando se não aprecia a obra.

Mas aquele texto de Pessoa focando a maçonaria, os judeus e os rosacruces, causou grande polémica na época. E, conhecidas como são as origens genealógicas cristãs-novas de Fernando Pessoa, não é menos estranho que tenha terminado o seu ensaio com a afirmação de que um judeu o não poderia ter escrito.

Quanto ao romance «Eliezer» reina ainda hoje densa neblina sobre o que se passou com ele. Um exemplar do manuscrito foi encontrado também na famosa arca do espólio de Fernando Pessoa" - Excerto de Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena

O QUE TAMBÉM SE DIZ DA PERSONAGEM DO POETA RUSSO – AMIGO DE FERNANDO PESSOA


“Nos anos vinte vem para Lisboa, onde passou a viver. Apreciava a literatura portuguesa, e dizia de «Os Simples», de Guerra Junqueiro, “é dos livros que mais admiro entre todas as obras da literatura mundial. Em Lisboa conheceu Fernando Pessoa que prefaciou o seu livro de poemas Alma Errante (1932). No começo do livro há um retrato seu da autoria de José Malhoa. Eliezer escreveu ainda uma autobiografia romanceada («Peregrinando»), em parceria com Maria O'Neill, cuja versão inglesa, intitulada Eliezer, foi também corrigida por Fernando Pessoa. Há quem acredite que Pessoa foi o autor da obra. Em 1933, na casa de Maria O'Neil, conheceu a professora alentejana Arnilde Roque Penim, com quem veio a casar. Tornou-se comerciante de antiguidades em S. Pedro de Alcântara. Entretanto, participou em alguns filmes clássicos do cinema português: A Revolução de Maio, O Pai Tirano e O Pátio das Cantigas. Escreveu e interpretou uma das canções de O Pátio das Cantigas. Faleceu aos 69 anos, em 1957.»



"... Começa a frequentar a escola aos 6 anos. Desde que é expulso do liceu, passa por vários empregos e vicia-se no jogo. Lê romances de aventura que lhe despertam anseios por outras paragens. Grande desgosto com a morte da mãe e, depois, de um irmão mais novo. Foge, acompanhando um grupo italiano de ópera [I - Abrindo asas / The shaping of my mind]

(...) Vende batatas, trabalha em bares; frequenta a Biblioteca Russa, participa em reuniões do Círculo Socialista. Vive ao sabor das circunstâncias, que o fazem cair na tentação do furto. Em Boston, apanha um barco para Liverpool, onde se hospeda na Pensão dos Judeus. Entra na festa do Sukess. Deseja voltar à Rússia [VI - De Nova York a uma fronteira da Rússia / Good and Evil - reprodução da B.N.]"

[in Ivo de Castro et al, "Eliezer ascenção e queda de um romance pessoano", Revista Da Biblioteca Nacional, nº 1, 1992]

Domingo, 9 de Setembro de 2007 - No passado 7 de Setembro, 119 anos atrás em Lugansk (Rússia), nascia Eliezer Kamenezky. Esta personagem curiosa, de vida plena, exuberante e voluptuosa, sempre vivida de rebeldia e sarcasmo - qual cidadão do mundo -, com obra e espólio a merecer atenção, foi especialmente conhecida pela sua ligação ao vate Fernando Pessoa


De tal modo era a (re)criação e a familiaridade entre os dois que até deu lugar a uma viva polémica (que "morreu" logo à nascença), quando em 1991 um artigo de Luciana Stegagno-Picchio publicado no jornal Repubblica anunciava a descoberta de um romance (em inglês) de Fernando Pessoa, e até então desconhecido entre os pessoanos, com o subtil título de "Eliezer". A putativa descoberta de um inédito de Pessoa foi objecto de tratamento e avaliação pelos membros da equipa pessoana (prof. Ivo Castro e outros investigadores), que depois de analisarem os argumentos, e pelo muito que conheciam de F. P., fizeram gorar tal hipótese.

Afinal, tratava-se não de mais um inédito da arca de Pessoa mas da tradução, feita pelo poeta e amigo, da biografia de Eliezer Kamenezky.

[ver sobre o assunto, Ivo de Castro et al, "Eliezer ascenção e queda de um romance pessoano", Revista Da Biblioteca Nacional, nº 1, 1992]
 - In http://almocrevedaspetas.blogspot.com/2007/09/eliezer-kamenezky-no-passado-7-de.html



Os lisboetas do meu tempo, dos anos da segunda Grande Guerra, quando a capital era ainda uma cidade de costumes bastante provincianos, lembram-se com certeza daquele judeu russo, excêntrico, de longa barba, basta cabeleira, e olhar penetrante, calçando sandálias, que não podia passar despercebido. 





Eu era garoto, mas lembro-me de o ter visto algumas vezes, em jardins e lugares públicos, reunindo à sua volta os passantes, à semelhança dos vendedores da “banha da cobra”, como o povo chamava então aos propagandistas de jardim.”

 
Eliezer Kamenezky não vendia produtos. Ele procurava convictamente fazer adeptos para a sua crença num modo de vida são, ligado à Natureza, à alimentação natural. São ideias que hoje já estão muito na moda, e até com mais premência, num mundo cuja deterioração só agora se começa a reconhecer. Naquele tempo eram ideias exóticas.

 
(...) Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens"
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(...)Ele nasceu em 7 de Abril de 1888, em Bachmut, uma cidade da Ucrânia, hoje chamada Artemivsk.
Eliezer saiu de casa dos pais, Izak e Sofia Kamenezky, aos 15 anos, com um saco de viagens às costas, “para percorrer Mundo”.
 
Era comum, naquela época, em que o futuro se apresentava encoberto por nuvens negras para os judeus da Europa oriental, os jovens saírem de casa muito novos, para procurar terras mais prometedoras onde trabalhar e fazer fortuna.
Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens... Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena…








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NA MANHÃ DE UM DIA SERENO, CLARO E BRILHANTE - FOI ASSIM QUE SAUDAMOS O OUTONO E ELE NOS ENCHEU DE LUZ O CORAÇÃO E NOS ABENÇOOU - ERAM PRECISAMENTE O8.OO HORAS, QUANDO O SINO DA TORRE DA IGREJA, NA ALDEIA, BATIA AS OITO BADALADAS E O SOL SURGIA VIVO E RESPLANDECENTE ATRAVÉS DO Olho de Hórus - NUM RIGOR ANCESTRAL ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICO E ASTRONÓMICO!


De facto, o dia 23 (entrada oficial do Outono) não podia ser mais luminoso e transparente -Com uma claridade que só o mês de Setembro pode proporcionar - A manterem-se assim os dias, as vindimas este ano vão produzir um vinho fino de inigualável néctar e qualidade.

Lá estivemos na Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Poucos mas merecedores da luz e da alegria que o primeiro dia do Outono, nos ofertara. Num dia de trabalho, e para mais com muita gente a pensar nas vindimas - e também com outros eventos a marcar internacionalmente a agenda da nossa cidade - já sabíamos que podíamos correr o risco de ficarmos isolados. Mas isso não aconteceu. Houve quem viesse de Viseu para contemplar o nascer do sol através do emblemático portal. E, pelo que nos foi dado constatar, sentiram-se muito felizes no local e partiram de coração em festa. Só por esse facto valeu a pena - terminada  a breve cerimónia - têrmo-los depois acompanhado num passeio à Pedra dos Poetas e ao Castro do Curral da Pedra.




De facto, o dia 23 (entrada oficial do Outono) não podia ser mais luminoso e transparente -Com uma claridade que só o mês de Setembro pode proporcionar - A manterem-se assim os dias, as vindimas este ano vão produzir um vinho fino de inigualável néctar e qualidade.

Lá estivemos na Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Poucos mas merecedores da luz e da alegria que o primeiro dia do Outono, nos ofertara. Num dia de trabalho, e para mais com muita gente a pensar nas vindimas - e também com outros eventos a marcar internacionalmente a agenda da nossa cidade - já sabíamos que podíamos correr o risco de ficarmos isolados. Mas isso não aconteceu. Houve quem viesse de Viseu para contemplar o nascer do sol através do emblemático portal. E, pelo que nos foi dado constatar, sentiram-se muito felizes no local e partiram de coração em festa. Só por esse facto valeu a pena - terminada a breve cerimónia - termo-los depois acompanhado num passeio à Pedra dos Poetas e ao Castro do Curral da Pedra.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EQUINÓCIO DO OUTONO AO NASCER DO SOL, DIA 23, COM POEMAS DE “ALMA ERRANTE” DO JUDEU ELIEZER KAMENEZKY – SINGELA HOMENAGEM À DIÁSPORA SAFARDISTA.



OUTONO - A ESTAÇÃO QUE NOS REMETE AOS SENTIMENTOS NOSTÁLGICOS MAIS CONTRADITÓRIOS, MAS SIMULTANEAMENTE PROFUNDOS E DE UMA ENORME ELEVAÇÃO:

AO FIM DE UM CICLO, AO FIM DA VIDA, À RAZÃO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA E DO UNIVERSO, 




MAS TAMBÉM APONTAR-NOS OS NOVOS CAMINHOS DA RENOVAÇÃO, AS PISTAS DE UM NOVO CICLO, QUE DEPOIS DE HIBERNAR, COM OS DIAS QUE VÃO SUCESSIVAMENTE MINGUAR E SER MAIS FRESCOS E FRIOS, HAVERÁ DE DESPONTAR E FLORESCER COM O SOL RISONHO DA PRIMAVERA.

O Verão vai despedir-se de nós no próximo dia 23. Ele que, parecia tardar, afinal acabou até por ser pródigo, bem acalorado, tendo-nos proporcionado maravilhosas manhãs e tardes banhadas de Luz. E noites muito serenas. Que parecem querer perpetuar-se pela estação que lhe sucede. Porém, as saudades que dele poderíamos ter, vão ser compensadas pela aguarela de cores que o Outono nos vai trazer - E já por aí não faltam surpreendentes matizes dessa sinfonia mágica de sons e de tons por arvoredos de jardins e parques, vinhedos e pomares. É o despertar de uma outra magia que se oferece à contemplação dos nossos olhos e ao sentimento dos nossos corações. Vamos, pois, saudar a estação mais nostálgica e romântica do ano: aquela em que as folhas se desprendem como que chorosas pelos saborosos frutos que lhe roubámos.

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TEMPLOS DO SOL - NO MONTE DOS TAMBORES - CRUZAMENTO DE ESPIRITUALIDADES E DE CULTURAS - DESDE OS TEMPOS IMEMORIAIS ATÉ AOS NOSSOS DIAS






NÃO PRIVILEGIAMOS CREDOS OU RELIGIÕES MAS O AMOR E RESPEITO PELA NATUREZA, A SALVAGUARDA DOS VALORES DO PATRIMÓNIO ANCESTRAL, O CULTO DA FRATERNIDADE, DA CONVIVÊNCIA, DA TOLERÂNCIA E DO CONHECIMENTO

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Já por aqui passaram os mais diversos estudiosos e pessoas de várias religiões ou crenças: desde os Hare Krishna- à .PFI Federação Pagã Portugal, que realizou o seu XI encontro anual de paganismo no Solstício do Verão -.Ano 2007 - Portugal - Pagan Federation International........FESTIVAL SOLSTICIAL COM A PRESENÇA DE PAGÃOS Partilhamos do espírito iconémico. Estamos abertos a todos que vierem por bem - Se for um deles, não falte:

Venha observar um dos Calendários Pré-históricos mais Antigos da Humanidade - Numa cerimónia simples - entre as 08.00 -08.30 - mas plena de simbologia e luz outonal. Privilegiamos a sua presença a qualquer outro tipo de expressão. Desprendida mas de coração aberto aos mais belos momentos. Mas se se fizer acompanhar de algum instrumento musical, para prolongar por mais algum tempo o nosso convívio, também será bem-vindo. 



Pois é com a sua inteira disponibilidade e boa vontade que contamos recebê-lo. Num lugar sagrado, há muito eleito por deuses antigos e os povos que os adoravam. Em recolhimento e introspecção com a Natureza. Em perfeito elo de sublimidade e intimidade, entre a palavra poética, a Mãe-Terra e o rosto magnificente do seu expoente máximo, que a ilumina e vivifica: o esplendoroso Leão dos Céus.


Crentes de que as nuvens não o toldem na sua gloriosa e matinal ascensão. Para uma vez mais agradecermos a abundância dos seus frutos e podermos contemplar o brilho acariciador e purificador dos luzentos raios que atravessam a pequena gruta, em semi-arco, frente ao altar do imponente frontespicio da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora - primevo e majestoso Templo Solar, que se ergue no Monte dos Tambores, arredores da aldeia de Chãs.






Além de celebrarmos a chegada do Outono, o dia em que as trevas da noite se igualam à claridade do dia, serão lidos alguns poemas de Eliezer kamenezky - Do seu livro, ALMA ERRANTE, prefaciado por Fernando Pessoa, de quem foi amigo. A obra, que contém ainda o retrato do autor, pintado por José Malhoa, foi publicada em 1932. Temos o privilégio de ter o livro do poeta judeu ucraniano - É também uma forma singela de nos associarmos às várias iniciativas que vão ter lugar na Guarda, Belmonte e Trancoso, integradas no II FESTIVAL INTERNACIONAL DA MEMÓRIA SEFARDITA, que decorrem de 18 a 21 de Setembro.....Mais pormenores em II FESTIVAL INTERNACIONAL DA MEMÓRIA SEFARDITA - Trancoso

ALMA ERRANTE, TÍTULO DOS VERSOS DE ELIEZER KAMENEZKY, NÃO PODERIA SINTETIZAR MELHOR A PRÓPRIA ERRÂNCIA DO POVO JUDAICO. 

"Eliezer Kamenezky nasceu na Ucrânia, em 1888. Andou por vários lugares do mundo, desde os quinze anos, a partir de certa altura difundindo o naturismo e a «alimentação natural» (dizia-se «fungívero»). Chegou a Portugal, vindo do Brasil, nos anos 20, e aqui viria a morrer (em 1957). Conheceu Fernando Pessoa, que lhe escreveu um desconcertante prefácio para o livro de poemas, Alma Errante (1932). Deixou inédito um romance autobiográfico, Peregrinando. A investigadora italiana Amina Di Munno traduziu-o e apresentou-o em Itália com o título Eliezer, debaixo da autoria de Fernando Pessoa, num volume prefaciado por Luciana Stegagno Picchio (Roma, Lucarini, 1991) - In dias felizes: Numa nota de rodapé


Deixou a sua terra aos 14 anos,"seguindo uma companhia de ópera e foi aos 19 anos, “sob o céu de Itália, em Milao,   que levado pelas suas observações da  Natureza e pela leitura dos filósofos gregos, de Rousseau, de Tolstói, etc.   , despiu as vestes caricatas da civilização,   para se fazer apóstolo do Naturismo. Ei-lo pelo mundo fora,  percorrendo a Itália, a Suiça, a Grécia, a Terra sangta, Egipto, Arábia, Índia, as duas Américas, caminheiro do  do Ideal, pregando e distribuindo opúsculos.”Eliezer Kamenesky – Wikipédia

 
Fernando Pessoa, com quem ele se dava muito, escreveu o longo prefácio para as suas poesias. Prefácio estranho, pois não hesita em menosprezar a arte poética do prefaciado, justificadamente talvez, mas não é muito comum aceitar-se escrever um prefácio quando se não aprecia a obra.

Mas aquele texto de Pessoa focando a maçonaria, os judeus e os rosacruces, causou grande polémica na época. E, conhecidas como são as origens genealógicas cristãs-novas de Fernando Pessoa, não é menos estranho que tenha terminado o seu ensaio com a afirmação de que um judeu o não poderia ter escrito.

Quanto ao romance «Eliezer» reina ainda hoje densa neblina sobre o que se passou com ele. Um exemplar do manuscrito foi encontrado também na famosa arca do espólio de Fernando Pessoa" - Excerto de Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena





 

















Os lisboetas do meu tempo, dos anos da segunda Grande Guerra, quando a capital era ainda uma cidade de costumes bastante provincianos, lembram-se com certeza daquele judeu russo, excêntrico, de longa barba, basta cabeleira, e olhar penetrante, calçando sandálias, que não podia passar despercebido. 





Eu era garoto, mas lembro-me de o ter visto algumas vezes, em jardins e lugares públicos, reunindo à sua volta os passantes, à semelhança dos vendedores da “banha da cobra”, como o povo chamava então aos propagandistas de jardim.”

 
Eliezer Kamenezky não vendia produtos. Ele procurava convictamente fazer adeptos para a sua crença num modo de vida são, ligado à Natureza, à alimentação natural. São ideias que hoje já estão muito na moda, e até com mais premência, num mundo cuja deterioração só agora se começa a reconhecer. Naquele tempo eram ideias exóticas.

 
(...) Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens"
"
(...)Ele nasceu em 7 de Abril de 1888, em Bachmut, uma cidade da Ucrânia, hoje chamada Artemivsk.
Eliezer saiu de casa dos pais, Izak e Sofia Kamenezky, aos 15 anos, com um saco de viagens às costas, “para percorrer Mundo”.
 
Era comum, naquela época, em que o futuro se apresentava encoberto por nuvens negras para os judeus da Europa oriental, os jovens saírem de casa muito novos, para procurar terras mais prometedoras onde trabalhar e fazer fortuna.
Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens... Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena…

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Não falte. Não deixe de ser testemunha da mesma imagem que os nossos ancestrais admiraram e veneraram - Estamos certos de que não se arrependerá.



COLABORAÇÕES: - Nomeadamente, da Câmara Municipal. presidida pelo Eng. Gustavo Duarte - E a compreensão dos proprietários dos sítios: - Teresa Marques (que é também a presidente da Junta de Freguesia); de Fernando José Baltazar e José Alípio - O apoio dos indispensáveis companheiros e amigos, desde a primeira hora, António Lourenço, Amélia Lourenço, Silvério Baltazar, Jacinto Lucas, Eugénia, Jorge Castro Lopes, Adriano, Pedro Daniel, Maia Caetano, José Domingues, entre outros. E também de destacar, ultimamente, os nossos amigos do Foz Côa Friends nomeadamente JoséLebreiro, João Pala e José Ribeiro - E aos novos "filhos do sol", cuja colaboração foi muito importante no solstício do Verão - Jorge Mateus, Hermínio; Patrícia; Gabriel, Soares, entre outros

Adriano Vasco Rodrigues, que se vê na imagem ao lado, numa das visitas em que nos deu o prazer de o acompanharmos aos Tambores (antes da descoberta dos calendários solares, mas que acabaria por ser ele o grande inspirador), sem dúvida, uma referência nos Templos do Sol. Para além do arqueólogo, etnógrafo e historiador, atrevemo-nos mesmo a dizer que é também o místico, o profeta e o adivinho. Foi ele que trouxe à luz do conhecimento científico os primeiros contributos do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, a que já nos referimos em postagens anteriores - Sem os quais, dificilmente teríamos sido entusiasmados a desvendar os segredos, que a dita pedra ainda guardava.

Restaurantes*****E**** Alojamento



SUGESTÕES....CALCATERRA - Agroturismo em Mêda......Quinta do Chão D'Ordem - Agro Turismo no Vale do Côa......Pousada de Juventude Foz Côa......Albergaria Vale do Côa..
SITES PARA ESTUDIOSOS DE ASTRONOMIA E ASTRO-ARQUEOLOGIA


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 Jorge Trabulo Marques -Coordenador das Celebrações nos Templos do Sol
 
"Sefarditas (em hebraico ספרדים, sefardi; no plural, sefardim) é o termo usado para referir aos descendentes de Judeus originários de Portugal, Espanha, etc. A palavra tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica(Sefarad ספרד ).

Os sefarditas fugiram das perseguições que lhes foram movidas na Península Ibéricana inquisição espanhola (1478 -1834), onde eram perseguidos pela Igreja Católica, dirigindo-se a vários outros territórios. Uma grande parte fugiu para o norte de África, onde viveram durante séculos. Milhares se refugiaram no Novo Mundo, principalmente Brasil e México, onde nos dias atuais concentram milhares de descendentes dos fugitivos. Os sefarditas são divididos hoje em Ocidentais e Orientais. Os Ocidentais são os chamados judeus hispano-portugueses, enquanto os orientais são os sefardim que viveram no Império Otomano" - Excerto de .SEFARAD - Resgate de uma História. - JUDAISMO HUMANISTA