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sábado, 31 de dezembro de 2011

PINTOR BARATA MOURA – 100 ANOS DE VIDA – NÃO SIGO MODAS, PINTO COMO SINTO, SOU COMO SOU – FEZ-ME UM DESENHO A UMA FOTOGRAFIA QUE GUARDO COMO RELICÁRIO

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

José Barata Moura, o pintor que eu conheci na Residência Faria Mantero, três anos antes da sua morte, numa das visitas que ali fiz ao poeta António Ramos Rosa - Tendo-me oferecido um esboço de uma fotografia que lhe ofereci nos Templos do Sol com esta singela dedicatória: “Ao amigo Jorge  ofereço este apontamento desta fotografia que fiz com muita dificuldade aos 97 anos  -


Deixou-nos no passado dia 18 –  no domingo anterior ao do Natal  Completaria 101 anos no próximo dia 9 de Janeiro, quiseram , porém, os mesmos deuses, que o  prendaram com  a inspiração dos geniais pintores  amantes da natureza e das coisas simples, que a sua vida se finasse numa fria noite de Dezembro – De resto, talvez não menos fria do longínquo dia do seu nascimento capricorniano  – Porém, o seu carácter era o de um homem bem humorado, caloroso e extrovertido, possuidor de um talento multifacetado, que se estendia à música, à dança e à Rádio.  E também de uma memória extraordinária: recordou-me alguns episódios da sua vida com a mesma frescura de um jovem  dos 20. 


Andava com alguma dificuldade mas não notei  na sua personalidade quaisquer sinais de velhice senil. Pareceu-me muito lúcido! Ele disse-me que viajou pelos quatros cantos do mundo, conheceu muitos lugares e muitas gentes. E pintou muitos quadros.  Sendo os lugares que conheceu e  os motivos naturais a sua fonte de inspiração. Mas era de Castelo Novo, da  sua amada aldeia natal, concelho do Fundão, de que  mais saudades tinha  e para cujas telas inúmeras vezes se debruçara –   “Gostava de lá ir antes de morrer, mas o meu problema é  as pernas”.. Desabafou. Pois já precisava de se encostar  à bengala para se deslocar. Vieram-lhe as lágrimas aos olhos quando lhe perguntei donde era.. Aldeia que deixou aos 17 anos, para ir estudar na Escola António Arroio.



Em visitas anteriores a  António Ramos Rosa,  já me havia dado conta da presença daquele idoso, sempre com ar visivelmente bem disposto e de todos o mais conversador. Sabia que, naquele  palácio, doado pelos Mantero à Santa Casa da Misericórdia (família que constituíra uma grande fortuna em duas roças em São Tomé), servia de albergue a várias figuras, que se haviam distinguido nas artes e nas letras), pelo que, precisamente quando já me preparava para sair, vedo-o sentado no corredor, não resisti a cumprimentá-lo  e a dialogar um pouco com ele:   “Então o meu amigo, quantos anos tem? 

Eu tenho já 97 anos! Acha-me velho?!...
Não senhor. Vejo que está em forma e vai ultrapassar o século!..
Então, e quem é o meu amigo?!
Sou o pintor Barata Moura!... Já agora, espere aí um pouco que tenho uma surpresa para lhe fazer!...

Momentos depois,  diz-me ele: aí tem!... Vou-lhe oferecer este desenho que fiz de uma fotografia sua, que a Agripina me mostrou. Gostei muito dessa fotografia.  Pedi-lha emprestada para lhe dedicar um desenho ao seu autor. Parabéns!... Lembrou-me Nosso Senhor! - Curiosamente, também o poeta António Ramos Rosa, quando morava na Rua do Bocage,  já se havia inspirado numa outra das minhas fotografias, quase idêntica - E nunca me pareceu que fosse dado ao catolicismo - Aliás, também eu - Mas admiro a figura bíblica de Cristo.


O sonho comanda a vida e, afinal, Barata Moura, não morreria sem antes ir matar saudades aos horizontes que o viram nascer e crescer. Aconteceu em Agosto passado, uns meses antes do seu falecimento – A iniciativa partiu da Câmara Municipal, com o objectivo de evocar a vida e a obra de Barata Moura –  Acompanhou-o na vista à exposição o cantor José Barata Moura, notável artista não apenas nas canções mas também  como escritor, compositor e filósofo

José Barata Moura, o pintor que eu conheci na Residência Faria Mantero, três anos antes da sua morte, numa das visitas que ali fiz ao poeta António Ramos Rosa -

Deixou-nos no passado dia 18 –  no domingo anterior ao do Natal  Completaria 101 anos no próximo dia 9 de Janeiro, quiseram , porém, os mesmos deuses, que o  prendaram com  a inspiração dos geniais pintores  amantes da natureza e das coisas simples, que a sua vida se finasse numa fria noite de Dezembro – De resto, talvez não menos fria do longínquo dia do seu nascimento capricorniano  – Porém, o seu carácter era o de um homem bem humorado, caloroso e extrovertido, possuidor de um talento multifacetado, que se estendia à música, à dança e à Rádio.  E também de uma memória extraordinária: recordou-me alguns episódios da sua vida com a mesma frescura de um jovem  dos 20. 

Andava com alguma dificuldade mas não notei  na sua personalidade quaisquer sinais de velhice senil. Pareceu-me muito lúcido! Ele disse-me que viajou pelos quatros cantos do mundo, conheceu muitos lugares e muitas gentes. E pintou muitos quadros.  Sendo os lugares que conheceu e  os motivos naturais a sua fonte de inspiração. Mas era de Castelo Novo, da  sua amada aldeia natal, concelho do Fundão, de que  mais saudades tinha  e para cujas telas inúmeras vezes se debruçara –   “Gostava de lá ir antes de morrer, mas o meu problema é  as pernas”.. Desabafou. Pois já precisava de se encostar  à bengala para se deslocar. Vieram-lhe as lágrimas aos olhos quando lhe perguntei donde era.. Aldeia que deixou aos 17 anos, para ir estudar na Escola António Arroio.

O sonho comanda a vida e, afinal, Barata Moura, não morreria sem antes ir matar saudades aos horizontes que o viram nascer e crescer. Aconteceu em Agosto passado, uns meses antes do seu falecimento – A iniciativa partiu da Câmara Municipal, com o objectivo de evocar a vida e a obra de Barata Moura –  Acompanhou-o na vista à exposição o cantor José Barata Moura, notável artista não apenas nas canções mas também  como escritor, compositor e filósofo



Exposição evoca vida e obra de Barata Moura - Este o título da referida mostra evocativa

“Pinto como sinto (…) Sou como sou”. As palavras estão no “Manifesto Pessoal” do pintor Barata Moura, natural de Castelo Novo, que completou 100 anos em Janeiro. A Serra da Gardunha e a Beira foram desde sempre fonte de inspiração no seu percurso artístico. Até 31 de Outubro, no Palácio do Picadeiro, em Alpedrinha, podem ser apreciadas 40 das suas cerca de quatro mil obras.


“É apenas um apontamento expositivo que evoca uma figura ímpar do concelho e da região”, recorda o vice-presidente da Câmara do Fundão. Para Paulo Fernandes este é “um acto de justiça” ao pintor que viajou pelo mundo mas manteve sempre uma estreita ligação às suas origens. Para homenagear uma vida dedicada à pintura, a autarquia decidiu promover o I Salão de Pintura ao Ar Livre. Uma iniciativa que contou com mais de uma dezena de participantes e que no próximo ano será repetida, ainda que em outros moldes, explica. “Esta não será, seguramente, a última homenagem”, refere Paulo Fernandes acrescentando que até ao final do ano Castelo Novo pode ser palco de outra cerimónia –
Excerto da Exposição evoca vida e obra de Barata Moura ... - Jornal do Fundão.

 

Exposição evoca vida e obra de Barata Moura - Este o título da referida mostra evocativa

“Pinto como sinto (…) Sou como sou”. As palavras estão no “Manifesto Pessoal” do pintor Barata Moura, natural de Castelo Novo, que completou 100 anos em Janeiro. A Serra da Gardunha e a Beira foram desde sempre fonte de inspiração no seu percurso artístico. Até 31 de Outubro, no Palácio do Picadeiro, em Alpedrinha, podem ser apreciadas 40 das suas cerca de quatro mil obras.

“É apenas um apontamento expositivo que evoca uma figura ímpar do concelho e da região”, recorda o vice-presidente da Câmara do Fundão. Para Paulo Fernandes este é “um acto de justiça” ao pintor que viajou pelo mundo mas manteve sempre uma estreita ligação às suas origens. Para homenagear uma vida dedicada à pintura, a autarquia decidiu promover o I Salão de Pintura ao Ar Livre. Uma iniciativa que contou com mais de uma dezena de participantes e que no próximo ano será repetida, ainda que em outros moldes, explica. “Esta não será, seguramente, a última homenagem”, refere Paulo Fernandes acrescentando que até ao final do ano Castelo Novo pode ser palco de outra cerimónia – Excerto da Exposição evoca vida e obra de Barata Moura ... - Jornal do Fundão.

domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL O DIA DE SER BOM - EM QUE ATÉ AS OFERENDAS MAGNÂNIMAS DOS CORRUPTOS PASSAM POR MERAS LEMBRANÇAS DO MENINO JESUS




Como o devido respeito para os espíritos bem intencionados, que os há, naturalmente,  e deverão ser mais que os maus,  e mal iria o mundo se assim não fosse, no entanto, penso que não estarei errado se disser que  a quadra natalicia é também  a dos dias da máxima hipocrisia sair à rua. Não há corrupto que se preze que não ofereça a sua boa lembrançazinha ou lembraçazona. .É a face oculta mais cínica do capitalismo corrupto e corruptor. Que é transmitida com os mais inocentes e gentis sorrisos. Ninguém é mau neste dia. Os que são maus, à força de tantos enfeites e alegorias, hinos de amor e de paz que se ouvem por estes dias, sentem-se como que naturalmente impelidos a deixarem de ter remorsos das suas maldades ou patifarias. Se é que alguma vez os tiveram!... E os que são bons, sendo já bons por natureza - sobretudo os pobres de espírito, porque, segundo diz a doutrina bíblica, deles é o reino do céu - sim, então estes nem sequer têm tempo de pensar no mal (e na exploração) que os outros lhe fizeram. Na óptica cristã continuarão a ser os símbolos das mais exemplares virtudes da igreja.


Na verdade, até parece que o Natal funciona como uma espécie de esponja ou detergente: lava todas as máculas do pecado - Este ano, não foi isto que se verificou no Palácio de Belém, onde os apelos à clemência e à bondade estiveram sensivelmente à altura da crise que afecta a algibeira da maioria dos portugueses, ou seja, muito em baixo!!!... -Aníbal foi muito parco em perdões - Porventura, terá estendido que as cadeias ainda não estão suficientemente superlotadas e que ainda há por lá muitos lugares vagos à espera de novos hóspedes -Cavaco Silva concedeu dois indultos de Natal Mas ainda bem que, nos 365 dias do ano, há pelo menos um que tem o condão de ser bom – Obviamente, quem passa fome, dificilmente deixará de a sentir. Os comerciantes fazem mais uns trocos e os ricos não deixam de ser ricos.

 


.
Não me tendo deslocado à minha aldeia, optei por ficar em casa, na cidade. Era aí que gostaria de viver o solstício do Inverno à minha maneira, mas tal não me foi possível. Ou antes, até era, mas a reforma obriga a poupanças. De véspera, não fui cear com ninguém. Apanhei um pouco de sol no meu terraço, mas por pouco tempo – É a melhor coisa do desvão (em que habito) que desfrutam as minhas águas-furtadas. Desliguei o telemóvel, não estive disposto a receber telefonemas de ninguém. Pus-me ao computador e enviei uma série de mensagens de Boas Festas a umas quantas pessoas. Algumas das quais nem as conheço. De algum modo, também não me livrei da mesma hipocrisia. Mas o desejar coisas boas, poderá não surtir efeito algum, contudo, ao menos dá-nos uma sensação de que estamos a ser solidários ou a cometer uma boa acção. Se bem que, na generalidade da situações, não passe de meras intenções de cortesia. Seja como for, entre tanta crueldade e violência, que grassa pelo Mundo, salve-se ao menos o espírito natalício. O meu foi o de me isolar complemente do mundo exterior. Aliás, é já quase um hábito.


 O solstício do Inverno, ocorreu no dia 21. O dia em que as sombras da noite são maiores que o a claridade do dia. Uma data, que os povos antigos, associavam à fertilidade e às divindades ligadas ao culto solar. A igreja, no entanto, quis aproveitar-se desta efeméride, como, aliás, o fez com a Páscoa e outras datas, impondo o seu calendário litúrgico e banindo e perseguindo os demais cultos.

Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.









quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

VEM AÍ O DIA DO MENINO JESUS - O FILHO DE UM CARPINTEIRO QUE SE FEZ DEUS - TRÊS DIAS APÓS SER SEPULTADO RESSUSCITOU E VOOU PARA OS CÉUS!



JESUS CRISTO, DEUS?..


Jesus Cristo é uma realidade histórica. Existiu, criou a sua doutrina e fundou a sua seita – Mais uma, entre tantas outras que pululavam naquela época.
Os tempos de hoje também não constituem excepção. Há por aí muitos "Reinos de Deus" à solta na mira de darem à volta aos supersticiosos e incautos. E lhes sacarem os dízimos da carteira com promessas miraculosas. Aos quais não faltam multidões de devotos fiéis seguidores.


Creio que Cristo teria hoje deixado embasbacado o mais brilhante orador. Há quem diga que pertencia à 41ª geração do Rei David. Seu pai era carpinteiro, uma boa profissão judaica, entre os artesãos, tinha-lhe facultado a instrução dos melhores sábios.- Aliás, foi através do artesanato que a Diáspora judaica se espalhou pelo mundo .Os mais evoluídos eram quase todos eles artesãos - alfaiates, marceneiros, canteiros, ferreiros, ourives, cordoeiros, etc - ou então evoluíam para o apostolado ou rabinismo judaico. Além do mais, o filho de José, denotando dotes de génio, era um visionário, sabedor e letrado. As suas palavras tinham o dom de impressionarem os seus discípulos e o povo que o escutava, mais dele analfabeto e inculto. Hoje poderia fazer meças ao mais versátil dos pastores religiosos. Mesmo assim, não foi Deus nenhum nem creio que tenha encarnado qualquer divindade suprema - Quem o transformou em Deus foram aqueles que o admiravam e a igreja que mais tarde foi fundada à custa da sua imagem. Mas também, se ele próprio se auto-reclamasse seu representante, não seria nem o primeiro nem o último caso - Ainda hoje, há por aí tantos armados em Messias e Salvadores!


MARIA MADALENA A PROSTITUTA ARREPENDIA QUE SE DEIXOU SEDUZIR POR CRISTO - E SER SUA AMANTE


Cristo, um abstémio e acima dos dos prazeres carnais do sexo?!... Não há místico que não tenha a sua compulsão sexual - Também o pacifista, Mahatma Gandhi, que parecia não matar uma mosca, tinha uma vida sexual muito activa, incomum, sendo o tema do sexo recorrente durante suas pregações. Um dos seus biógrafos diz que líder indiano dormia com jovens nuas. Descreve-o como gostando de dormir com jovens nuas para provar a sua castidade - Também o cantor MichaelJackson - foi acusado de dormir com criancinhas - Dizia ele, apenas para as acarinhar. Não faltam por aí exemplos e para todos os gostos...





,
CRISTO CELIBATÁRIO OU GAY?!... - NÃO CREIO. EMBORA HAJA MUITO QUEM O DESEJASSE VER COMO UM DOS SEUS MAIS ADORÁVEIS SÍMBOLOS, ONDE A HOMOSSEXUALIDADE É FORTEMENTE CONDENADA E REPRIMIDA. 

 - Coitado do actor que um dia o satirizou! - Foi colhido por autocarro. Há quem fale em castigo divino - Claro, aqueles que gostam de se disfarçar sob a imagem do sexo dos anjos.

É difícil separar o instinto de conservação e sexual do ser humano, sob pena do se se transformar num monstro. De resto, é justamente esse impulso que conduz ao misticismo. Quanto mais se faz sexo mais se humaniza e sublima o espírito."Em todas as tradições espirituais, a união do masculino e do feminino representa o retorno à Unidade Divina" SEXO E MISTICISMO

E, quando o recalcamento extravasa a normalidade, surgem os monstros. E é por isso que há muitos que se disfarçam até de anjos para atraírem os inocentes - Não me parece que Cristo, tenha sido um monstro. Habitualmente, andava rodeado de homens. Vivia numa sociedade machista, onde a mulher era escrava - aliás, nos países árabes, ainda hoje assim é. Mas com certeza que lhe sobrava tempo para fazer a sua vida conjugal ou ter as suas escapulidelas. Não vejo que tenha sido por via desta sua tão célebre expressão: "Vinde a mim as criancinhas" que desse em pedófilo. O falso puritanismo e o celibato ainda estavam longe de perverter a sua doutrina.

"O sexo é uma das manifestações de energia criadora. Sem esta força vital não existiriam formas organizadas de vida. Por esta razão as grandes correntes religiosas e filosóficas da antiguidade trataram deste assunto com grande ênfase".Erotismo Sagrado.


    Como és formosa, meu amor, como és bela! Teus olhos são como pombas. Teus cabelos, como um rebanho de cabraspastando no monte de Gileade.
Teus dentes são brancos como a lã das ovelhas tosquiadas,subindo do lavadouro;todas elas têm gémeos, não há nenhuma estéril entre elas.
Teus lábios são como um fio de escarlate - como tens linda a boca! As tuas faces são duas romãs,por detrás do teu véu.
O teu pescoço é como a torre de David,ornada com os milhares de escudos dos heróis.
Teus seios, dois filhotes de gazela,apascentando-se entre lírios.


.

 

VEJAM COMO ELA É BELA E ME LAVA OS PÉS!..QUE BELA RAPARIGA NÃO DEVE SER COM O SEU CRISTO NO VALE DOS LENÇÓIS!... .

Jesus Cristo, cuja imagem legada espelha tão profundo humanismo e sensualidade, dificilmente teria sido um recalcado. E, de modo algum, ser divino. Mas a criatura firme de convicções, altiva mas bondosa. Gostava de se sentar em belos cadeirões. E de pregar os seus sermões, envergando os mais belos turbantes de linho e descalço - era o seu estilo de marca. Tirava as sandálias antes de falar. Sabia ser sábio e distinto e estar ao mesmo tempo próximo do povo. Tal como, dois mil anos depois, iria fazer Cesária Évora , a diva dos pés descalços, quando cantava


Mas, ao contrário da sumptuosidade de Cristo, nela era inata a simplicidade: a saudosa cantora das mornas e coladeras cabo-verdianas, era de origem humilde. Quis sempre manter-se fiel ao retrato das mulheres pobres e oprimidas. Cristo era sumptuoso, embora não arrogante!... Ou não foi a imagem do luxo e da ostentação que a igreja católica passou a cultivar até aos nossos dias?!... Envergava vestes que não estavam ao alcance do comum dos mortais - E de géneros diferentes, que lhe permitiam até os mais diversos disfarces - Ele lá sabia para que fins lhe serviam... Mas de trato sensual e afectuoso - Ao ponto de uma prostituta, considerada a mulher dos sete demónios (coitada da desgraçada, há quem diga que era a sua amante) se ter prostrado junto à sua cadeira, com uma bacia de água para lhe levar o chulé dos pés e amaciar as pontas dos dedos - que é onde a excitação erógena (ao toque de outras pontas) começa por se espalhar, como arrebatadora corrente energética, a outras partes do corpo. Vindo ela a tornar-se a sua mais apaixonada confidente e admiradora até à hora da morte - Agora, é ao contrário, há muitas, que ainda ele está no caixão, já estão a fazer olhos aos amigos, que se aproximam do pobre defunto. Isto para já não falar dos cornudos.


Maria Madalena encarna (ainda hoje) o exemplo do fidedigno grande amor de perdição - Vejam bem: "No sábado após a crucificação, saiu do Calváriorumo a Jerusalémcom outros crentes para poder comprar certos perfumes, a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjoa notícia de que Cristo havia ressuscitado. " Dir-se-ia uma prostituta perdida pelo seu amante, astuta e adivinhadora. Até me admira como não foi rotulada de bruxa e crucificada pelos São Lucas, São Pedros e São Paulos.


Mas, ao contrário da sumptuosidade de Cristo, nela era inata a simplicidade: a saudosa cantora das mornas e coladeras cabo-verdianas, era de origem humilde. Quis sempre manter-se fiel ao retrato das mulheres pobres e oprimidas. Cristo era sumptuoso, embora não arrogante!... Ou não foi a imagem do luxo e da ostentação que a igreja católica passou a cultivar até aos nossos dias?!... Envergava vestes que não estavam ao alcance do comum dos mortais - E de géneros diferentes, que lhe permitiam até os mais diversos disfarces - Ele lá sabia para que fins lhe serviam... Mas de trato sensual e afectuoso - Ao ponto de uma prostituta, considerada a mulher dos sete demónios (coitada da desgraçada, há quem diga que era a sua amante) se ter prostrado junto à sua cadeira, com uma bacia de água para lhe levar o chulé dos pés e amaciar as pontas dos dedos - que é onde a excitação erógena (ao toque de outras pontas) começa por se espalhar, como arrebatadora corrente energética, a outras partes do corpo. Vindo ela a tornar-se a sua mais apaixonada confidente e admiradora até à hora da morte - Agora, é ao contrário, há muitas, que ainda ele está no caixão, já estão a fazer olhos aos amigos, que se aproximam do pobre defunto. Isto para já não falar dos cornudos.


Maria Madalena encarna (ainda hoje) o exemplo do fidedigno grande amor de perdição - Vejam bem: "No sábado após a crucificação, saiu do Calváriorumo a Jerusalémcom outros crentes para poder comprar certos perfumes, a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário. Permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjoa notícia de que Cristo havia ressuscitado. " Dir-se-ia uma prostituta perdida pelo seu amante, astuta e adivinhadora. Até me admira como não foi rotulada de bruxa e crucificada pelos São Lucas, São Pedros e São Paulos.


DEUS É A NATUREZA - E TODO O SER HUMANO É UMA PARTÍCULA DE UM TODO - A INTELIGÊNCIA UNIVERSAL - CRISTO NÃO FOI EXCEPÇÃO


Sem dúvida, Jesus Cristo foi um fascinante líder religioso. Atraente mas disciplinado, pois não se importou de pegar num chicote e de expulsar os vendilhões do Templo


Homem superiormente instruído, doutrinado, mas todavia homem corajoso no porte e nas palavras. Um pacifista, que, de algum modo, se rebelava contra a tirania opressora de Roma – Nasceu e morreu em Belém - Não se sabe exactamente em que data e em que dia - , mas sabe-se que viveu, entre o período dos imperadores, César Augusto e Tibério César. Era então, Pôncio Pilatos, o Procurador de Roma. Que impunha um regime déspota e autoritário, como, de resto, em todos os domínios, sob o imperialismo romano. Os judeus estavam na mira das grandes vítimas. Jesus Cristo era judeu e, ao dar nas vistas, houve quem visse nele, não o homem mas o rei que vinha libertar o povo de Israel da tirania estrangeira, não tardando a ser condenado à morte, tal como milhares de rebeldes e insubmissos às ordens opressoras. Talvez por esse facto, por ter sido um herói, vítima da mesma opressão, acabou por ser idolatrado e venerado. Porém, pior do que isso, a sua doutrina foi subvertida e aproveitada por uma igreja, que, ao longo dos tempos, se tem colocado ao lado dos ricos e poderosos. E não se coibiu de usar a inquisição, como instrumento de morte e de tortura, para sentenciar os chamados hereges. Orientada por um clero que, salvo raras excepções, apregoa uma coisa,mas, na prática, faz outra.


Tenho respeito pelo catolicismo, da mesma maneira que por qualquer outro credo ou religião, mas sou pagão, com muito gosto. Desde criança sempre me senti mais identificado com a Mãe-Natureza - É nela que vejo e sinto que estão expressos todos os deuses do Universo. Tudo nela é divino e sobrenatural. Deploro é ver Jesus Cristo crucificado. Não há memória de um outro herói ser lembrado para a posteridade através da última imagem que lhe infligiram os seus carrascos. Che Guevara foi surpreendido pelas balas assassinas de mandantes do imperialismo americano, todavia, o que perdura dele é a imagem do comandante, do valente guerrilheiro, que, de boné na cabeça, olha confiadamente o futuro. 


A igreja, porém, que se forjou à custa do seu nome, assente na hipocrisia, quis mostrar-nos um Cristo eternamente morto na cruz, que nasce todos os anos por esta altura: numa manjedoura rodeada de ovelhinhas e de burrinhos, onde não faltam três moiros a prestar-lhe vassalagem , com as mais exóticas essências - Isto é, não nasceu num berço de oiro, mas, no cabanal que serviu de abrigo ao parto de Maria (ou venham daí dizer-me que foi uma pomba que lho colocou no regaço por obra e graça do divino espírito santo?!.), sim, e ali mesmo, junto em molhos da palha, até chegaram em peregrinação os réis magos mais distantes do deserto e de raças diferentes, orientados por uma estrela: o negro o amarelo e o branco -: "Baltasar, representante da raça africana ; Belchior, representante da raça europeia e Gaspar que representava a raça asiática, representando todas as raças conhecidas até à data, simbolizando a homenagem de todos os Homens da Terra a Jesus". E vejam bem como ele é recordado: nasce no Natal e, três a quatro meses depois, morre e ressuscita por ocasião da Páscoa.



Porém, a igreja, que se diz precursora da sua doutrina, em vez de no-lo apresentar, ao menos com as suas vestes bíblicas, faz de seguida o folar pascal com a cruz ornada de goivos. E, então, nem por um dia, tão pouco, livra os seus fiéis do mesmo eterno e depressivo calvário. Como se já não lhe tivesse bastado aquele horrível sofrimento e ainda tivesse que levar com os pecados de todo o Mundo!...


Todavia, eu gosto é de o lembrar nas suas vestes - Sem ser católico, admiro-lhe a imagem. Transmite beleza física e espiritual - Acredito que sincera. Hoje há muito quem impressione e arraste multidões, não tanto por um genuíno e verdadeiro sentido de espírito de beleza, mas pela arte do fingimento e da teatralidade. Ao que parece, jamais alguém logrou imitar Cristo: ele foi único na sua doutrina e no seu género e apostolado. Nesse aspecto, sim, se for olhado como o homem que foi, dir-se-ia ter-se tratado de uma personalidade paranormal!