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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Poetiza Agripina Costa Marques, de Parabéns - “É importante viver no presente cada etapa da vida. As pessoas de idade tem de aproveitar o tempo que estão a viver – Agora só me apetece ler…

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista

De Parabéns, está hoje a poetiza Agripina Costa Marques, com os seus  93 anos, ainda tranquilos e felizes  -  A mulher que foi a grande paixão do poeta António Ramos Rosa. Aliás, ambos enamorados e amados reciprocamente - “É importante viver no presente cada etapa da vida. As pessoas de idade tem de aproveitar o tempo que estão a viver – Agora só me apetece ler e viver o momento presente…” - E é assim que tem procurado ocupar o seu tempo, segundo pudemos constatar na recente visita, que nos concedeu, num amável e caloroso diálogo, se bem que limitada a uma cadeira de rodas, mas procurando ocupar a mente, sempre que possível, vivendo o momento presente de cada dia e até os acontecimentos da própria atualidade, ao mesmo tempo que vai dando uma olhadela aos belos espaços que se descobrem para além da janela do seu quarto, ornado com flores e algumas belas memórias

E o dia do seu aniversário, pelos que nos confessou nos telefonema que lhe fizemos, foi vivido com muita alegria, tendo recebido ramos de flores e muitos beijinhos da filha e sobrinha.

Sim, por vontade própria, Agripina Marques da Costa, vive recolhida numa residência social da Santa Casa da Misericórdia, em Belém, a Residencia Faria Mantero,  aquela que foi uma estrela que se ofuscou durante uma vida, para que uma outra maior se agigantasse ou brilhasse ainda mais

Alcançar a harmonia é ser possuído
da percepção de um não conf
inamento.
Todo o horizonte aberto é libertador .
Assim a Natureza na imediata evidência.
Em só sabê-la presente. No simples
acto de estar. Mas olhá-la em demora
é absorver no interior do ser
a própria génese libertadora. Activo
envolvimento no mesmo processo.
À dilatação do espaço se associa o Eu
a ponto de nele se poder dissolver
antes de se recuperar na sua integridade


Do livro INSTANTES. PERMANÊNCIA
De Agripina Costa Marques

Esposa do poeta António Ramos Rosa –1924-2013 - Ambos meus bons amigos, que muitas vezes me deram o prazer de me receber em sua casa – Ambos admiravam o espirito das minhas ousadas aventuras marítimas nas frágeis pirogas no Golfo da Guiné - Ambos me dedicaram lindos poemas –

Costuma dizer-se, que, por detrás de um grande homem, está uma grande mulher – Foi justamente o que se passou com este apaixonado casal  - António Ramos Rosa, era, na verdade, um poeta de corpo inteiro – Uma simples palavra, que ouvisse pronunciar e de que gostava, era o bastante para arrancar dali um poema. Pude testemunhar essa espontânea inspiração. Tendo-me confiado, vários dos seus originais manuscritos para os passar a letra de imprensa, assim como me ter oferecido seis poemas para o projeto de um livro, que acompanharia fotos minhas, com textos de Oliveira Marques e Lídia Jorge,  que ainda não cheguei a editar, por culpa de uma editora que me reteve  o projeto seis anos, tendo acabado por lho retirar.

Agripina Costa Marques – Sem dúvida, uma mulher de grande sensibilidade, que não ficava atrás da sensibilidade poética do  seu querido marido, mas, que,  de algum modo, se deixou eclipsar para que ele pudesse ainda mais brilhar. Possuidora de uma bela voz, tendo mesmo gravado alguns fados de Coimbra, acompanhada à guitarra de Carlos Paredes  - Não chegaram a ser editados mas deixados unicamente em cassete.

Também ela autora de belos poemas, entre os quais, Ciclos, Fragmentos, Idades, que, segundo, já foi sublinhado, se inscrevem justamente na categoria desses livros que, pela sua rareza, reinventa a literatura e a poesia.

De seu nome completo, Agripina Jacinta Costa Marques Ramos Rosa, Nasceu em Lisboa, em Julho de 1929 , trabalhou como tradutora para as Publicações Europa-América e dirigiu o sector de exportações e importações numa empresa sedeada na mesma cidade. Revela-se nos anos noventa do século passado como poeta. A sua primeira obra Rotações (1991), tem como coautores Carlos Poças Falcão e António Ramos Rosa, seu companheiro de vida desde 1963. Seguem-se O Centro Inteiro (1993), em colaboração com António Magalhães e Ramos Rosa. No mesmo ano a escritora publicou ainda Instantes. Permanência (1993; com 2ª ed. em 2004) dando corpo a uma obra literária que passa por Diário Intermitente (1996), Ciclos, Fragmentos, Idades (1998), Sonhos (2000, com 2ª ed. em 2001) e Morada Recôndita (2012).

António Ramos Rosa - "Destacado poeta e crítico português nascido em Faro em 1924. Foi militante do MUD (Movimento de União Democrática) e conheceu a prisão política. Trabalhou como tradutor e professor, tendo sido um dos diretores de revistas literárias como Árvore e Cassiopeia. O seu primeiro livro de poesia, O Grito Claro, foi publicado em 1958. A sua obra poética ultrapassa os cinquenta títulos. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988 foi distinguido com o Prémio Pessoa. Faleceu em 23 desetembro de 2013.

 

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Maria Barroso – Encontro em Moscovo de Mário Soares com Mikhail Gorbachev e o casal Sakharov - Momentos que emocionaram, ambos os dois. - O que veio a suceder depois do afastamento do líder soviético e na atualidade, com Putin, não creio que hoje os surpreenderia

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  - Leia a entrevista e outros pormenores deste post

Moscovo - Mário Soares, por entre  Gorbachev e Carlos Fino


Impressões de Maria Barroso, sobre o encontro do Presidente da República Portuguesa, Mário Soares e o Presidente da URSS, Mikhail Gorbachev, em Moscovo, no dia 20 de maio de 1991 - Ambos se emocionaram - E o que diriam hoje, com o seu afastamento, se fossem vivos e com o que se passa na atualidade?... - Estou certo que não se surpreenderiam, mesmo com a visão optimista, que então nutriam. - Pormenores mais à frente


NÃO HÁ BRUXAS OU BRUXOS QUE POSSAM VALER A AMBICIOSOS CZARES OU A OUTROS QUE TAIS

As reformas de Mikhail Gorbachev, vieram ao encontro de um sonho tornado realidade para milhões ou "a maior catástrofe geopolítica do século XX" para Putin” que, pelos vistos, avaliar pela devastação que vai pela Ucrânia, quererá recuperar o império perdido. Mas a vida na Terra, pese as ameaças que pairam e têm pairado ao longo dos tempos, não se vai esgotar com vaidades ou desmedidas ambições, pelo contrário, até costuma ser mais breve ou temporária e penalizadora para os que atentam contra a sua Ordem Natural ou Universal - Pois ninguém é mais poderoso que o Divino Criador. - Não creio que esse caminho seja duradouro ou de uma grande reta a perder de vista. É noticiado de que há um círculo de bruxas, envolvidas por capuzes e túnicas, que fazem rezas misturadas com slogans políticos de apoio a Vladimir Putin – Com frases destas: “Que venha com grandeza, o poder da Rússia, que guie o caminho de Vladimir Putin de forma correta por meio de minha reza. Respire, Mãe Terra, abraçando a Rússia por todos os lados" Grigori Rasputin, foi o bruxo eleito conselheiro de Alexandra, a esposa do último czar – Acabou por ter o desfecho de vida que cultivou: foi assassinado em São Petersburgo, em 16 de dezembro de 1916, até por membro da família imperial, que ele tanto paparicou.

Breve entrevista, em vídeo, que, Maria Barroso, me concedeu, no final do lançamento do livro “Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal de Miguel Esteves Cardoso, António Homem-Cardoso e Hélder Carita, pretexto para se falar do seu gosto pelos jardins, sítios repousantes que convidam à reflexão e à calma!... Que é uma coisa, que todos precisamos, tanto!

DO QUE VIU NA ENTÃO URSS - “É uma realidade do Estado das antípodas da nossa!... Mas é sempre curioso conhecer um povo diferente do nosso! Tentar apreender a sua maneira de sentir e de estar!... É difícil quando há uma barreira quase intransponível da língua… Mas, de qualquer maneira, é sempre uma experiência interessante "

"Sabe!…Eu tenho uma visão otimista das coisas! Tenho muita confiança no futuro! Que vamos ter um mundo de paz e de tranquilidade, finalmente! … Daqui a um tempo!... Não será para já!... Mas tenho muita fé que isso aconteça!..." Impressões que recolheu, quer do conhecimento da realidade “ de um mundo diferente do nosso”, quer dos encontros que o seu marido teve com Gorbatchov e, particularmente, com o casal Andrei Sakharov , que considerou “extremamente emocionante!


Gostei muito de os conhecer ele tinha uma paixão pela personalidade de Sakharov, tinha lido alguns dos seus livros!... Tinha-me servido, muitas vezes dos seus textos, como argumento para expor aquilo que eu pensava e sentia em relação ao sistema. Mikhail Gorbachev, considerado uma das figuras mais importantes da segunda metade do século XX,. responsável pelo movimento de democratização denominado perestroika (reforma), que conduziu à democratização do país e à descentralização da sua economia, gerando um movimento imparável que provocou a queda do comunismo no Leste europeu, o desmembramento da URSS (em 1991) e a introdução de uma nova ordem mundial para o fim da guerra-fria e pela retirada das tropas soviéticas do Afeganistão. Galardoado com um grande número de prémios, incluindo o Prémio Nobel da Paz, foi amplamente elogiado por seu papel pelo fim da Guerra Fria, pela redução dos abusos de direitos humanos na União Soviética e por sua tolerância tanto à queda dos governos socialistas do leste europeu quanto à reunificação da Alemanha No dia 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachev demite-se de presidente da União Soviética, cargo criado pelo próprio no ano anterior, e entrega os seus poderes, códigos nucleares incluídos, ao presidente da Rússia Boris Ieltsin. Este tinha acordado, duas semanas antes, com os homólogos eslavos, a independência da Ucrânia e da Bielorrússia e a criação da Comunidade de Estados Independentes.

O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria", afirma Gorbachev 08/11/20148 de novembro de 2014.08/11/20148 de novembro de 2014

Ao participar dos festejos dos 25 anos da queda do Muro de Berlim, ex-líder soviético critica políticas adotadas pelo Ocidente desde o fim do bloco comunista e fala em "quebra de confiança" com a Rússia.

Em visita a Berlim para participar das comemorações dos 25 anos da queda do Muro, o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, criticou duramente neste sábado (08/11) as políticas implementadas pelos países ocidentais desde o fim do bloco soviético.

"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria. Muitos dizem até que ela já começou", declarou Gorbachev, ao comentar a tensa situação atual envolvendo rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia

Mikhail Gorbachev pede a Putin que deixe o poder agora - Dez 2011

O homem forte da Rússia, Vladimir Putin, deve deixar o poder “agora” em vista dos protestos sem precedentes contra seu regime, declarou neste sábado o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev. https://veja.abril.com.br/mundo/mikhail-gorbachev-pede-a-putin-que-deixe-o-poder-agora/

 Putin, um homem perigoso.” Como Mário Soares via o líder do Kremlin em 2015  - Num dos seus últimos artigos para a VISÃO, onde era colunista, o ex-Presidente da República alertava para o perigo e a imprevisibilidade de Vladimir Putin, já por causa da Ucrânia. Sete anos depois, o ensaio de Mário Soares ganha nova atualidade

Maria de Jesus Simões Barroso Soares foi uma atriz, professora e ativista política e social portuguesa, tendo sido uma das fundadoras do Partido Socialista, na Alemanha, em 1973. Foi primeira-dama de Portugal de 1986 a 1996, esposa do presidente Mário Soares

Atriz, declamadora e ativista política portuguesa, Maria Barroso Soares, foi primeira-dama de Portugal de 1986 a 1996, como esposa do presidente Mário Soares

Nasceu a 2 de maio de 1925, na Fuseta, em Olhão, e faleceu a 7 de julho de 2015 na cidade de Lisboa. Iniciou a sua atividade teatral na Universidade, enquanto aluna de Ciências Histórico-Filosóficas. Integrou depois a Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro, interpretando papéis em peças como Frei Luís de Sousa (1944), Antígona (1946), A Casa de Bernarda Alba (1948) e O Segredo (1964). Foi afastada dos palcos por razões que se prendiam com a sua oposição ao regime do Estado Novo. Casou em 1949 com Mário Soares, ele próprio um antissalazarista. Passou a dedicar-se à direção do Colégio Moderno e à política, nomeadamente ao Partido Socialista, em cujas listas foi repetidamente eleita deputada. No cinema, participou num dos títulos emblemáticos do Cinema Novo português: Mudar de Vida (1966), e em diversos filmes de Manoel de Oliveira, entre os quais Benilde Ou a Virgem Mãe (1975), Amor de Perdição (1979) e Le Soulier de Satin (O Sapato de Cetim, 1985).


rio Soares, de seu nome completo Mário Alberto Nobre Lopes Soaresnasceu em Lisboa, em 7 de Dezembro de 1924, filho de João Lopes Soares e de Elisa Nobre Soares. Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao Estado Novo, atividades que levariam o governo de Salazar a deportá-lo para São Tomé[1], onde permaneceu até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o exílio em França[2]. No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 afirma-se como líder partidário no campo democrático, sendo ainda Ministro de alguns dos governos provisórios. Em seguida foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhando o processo de construção de políticas sociais pré-adesão às Comunidades Europeias. Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 - Desde os tempos de estudante universitário foi um activo resistente à ditadura. Iniciou então um longo e persistente combate que o levou a estar presente e activo na organização da oposição democrática ao salazarismo. – Mais pormenores da sua biografia em http://www.fmsoares.pt/mario_soares/ e h - ttps://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares


 

terça-feira, 19 de julho de 2022

Dom Manuel António – Nos santuários dos Templos do Sol, em 2015 - O Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe, renunciou ao cargo, após 15 anos de missão no arquipélago das Ilhas Verdes do Equador

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  - C 

Dom Manuel António, Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe –, renunciou ao cargo, após 15 anos de missão no arquipélago - Sendo substituído interinamente, por Dom António Pedro, Bispo auxiliar de Luanda, Angola

D. Manuel António Mendes dos Santos, natural da pequena aldeia de São Joaninho, concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Devotado Pastor e também o homem de fina sensibilidade teológica e poética, autor de vários livros de poesia, renunciou ao cargo, após 15 anos de missão no arquipélago

Distinta figura da igreja católica, também  muito admirada e conhecida no nosso distrito, tendo participado na celebração do Equinócio do Outono, na manhã de 23 de setembro de 2015, junto ao altar da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, em Chãs, de V. N. de Foz Côa, depois de me ter recebido na sua residência em S. Tomé  e ter participado no encerramento da exposição, que apresentei nos finais de Julho de 2015, no Centro Cultural Português, intitulada Sobreviver nos Mar dos Tornados e Tubarões,  38 dias à deriva numa piroga

Pormenores e imagens da visita emhttps://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-festejado-hoje-no.html https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-2015-chas-foz-coa.html

A visita, a este  santuário rupestre,  embora norteada por espírito académico ou curiosidade científica, mas  também de fina sensibilidade religiosa e poética, multirracial e  multicultural,   indubitavelmente, um magnífico exemplo de coragem e de tolerância  pelo  respeito e defesa dos valores patrimoniais da nossa mais recuada  ancestralidade, quer de matriz mística, cultural ou histórica. 

Tendo sido recebido pelo então Presidente do nosso município, Gustavo Duarte, encontro que decorreu de forma cordial, calorosa e muito franca. Oportunidade para uma variada e interessantíssima troca de impressões: desde os temporais aos religiosos.   Dom Manuel manifestou-se muito satisfeito pela celebração daquele evento, que, em sua opinião, justifica ser apoiado e divulgado. E também muito bem impressionado do que pôde observar nas visitas que fez à Erva Moira e Museu do Côa. Falou também dos seus livros e da sua missão pastoral em S. Tomé. 

No final da receção, houve uma troca presentes: D. Manuel dos Santos, foi presenteado por duas importantes obras publicadas pelo município e duas garrafas do mais afamado vinho generoso do Mundo, que é o do Douro. De parte do distinto vigário da igreja de S. Tomé e Príncipe, a oferta do seu mais recente livro de poemas 

Eis as breve mas calorosas e significativa palavras, de José Lebreiro, membro da Foz Côa Friends Associação  um dos mais assíduos e ativos participantes nas celebrações dos equinócios e Solstícios:

 "Quero manifestar a minha alegria e o dom que tive hoje em partilhar com Dom Manuel estes momentos. Bem-haja, Dom Manuel por aquilo que me enriqueceu. É um dom ouvir! É um dom  interiorizar a sua palavra: o Senhor  toca no mais íntimo de cada um de nós. Tocou-me e quero-lhe agradecer! E quero  manifestar-lhe  a minha alegria de hoje aqui estar. De o ter conhecido, tal como o Jorge o conheceu, em São Tomé e que se estabelceram, entre vós,  esses  laços fortes!...

Continue, seja onde for! Porque, seja onde for, nós estaremos também consigo! A partir de hoje, seremos mais uma ovelha do seu rebanho!

Bem-haja, Dom Manuel 

Mudanças na Diocese de São Tomé e Príncipe

O Papa Francisco aceitou, no passado dia 13 de julho, a renúncia do Bispo de São Tomé e Príncipe e nomeou D. António Lunguiek Pedro Bengui como Administrador Apostólico.

D. Manuel António Mendes dos Santos, tinha sido nomeado bispo diocesano de São Tomé e Príncipe, desde 1 de Dezembro de 2006, pelo Papa Bento XVI, assumindo as funções no dia 18 de março de 2007, fazendo parte da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe. Sacerdote claretiano desde 1985, um olhar atento e uma voz amiga do povo são-tomense, um “veterano” de África e destas ilhas, que já conhecia desde Dezembro de 1993 .

D. Manuel António dos Santos de 62 anos, como titular, encarou a diocese de São Tomé e Príncipe, como um desafio a vencer a julgar pelas vicissitudes vividas pelo povo santomense que vão desde a pobreza, às seitas que se aproveitam da fragilidade das famílias pobres e a resistência das comunidades na aceitação de líderes pastorais.

Justificando a sua renúncia, Manuel António dos Santos, considera que "ser bispo em São Tomé e Príncipe não é fácil, porque é uma diocese e é também um país" e como resultado "o bispo é que acaba por ser o centro da igreja" e uma "figura muito solicitada" que está "sempre em movimento contínuo" para encontros, viagens e outras atividades.

Previa ficar 10 anos e acabou por se alongar por 15 - Mas, como se compreenderá, os anos pesam e a paciência  humana não é  infinita - Sobretudo, quando, a par da palavra do evangelho,  se deseja também fazer obra social e faltam os recursos económicos  -

Declarou que “foram 15 anos, sete meses e meio que estive nomeado bispo de São Tomé" e "começo por agradecer todo o carinho, todo o acolhimento que sempre senti, todo o calor humano com que sempre fui acolhido nesta terra", sublinhou Manuel António dos Santos.

O ex-líder da igreja católica em São Tomé e Príncipe, afirmou que durante a sua missão procurou "ser pastor de São Tomé" e até adquiriu a nacionalidade são-tomense para se sentir verdadeiramente "identificado com esse povo".

"Além disso é uma diocese com muitas dificuldades e exige do bispo o empenho para pensar o presente e o futuro da diocese e a verdade é que chegou o momento em que eu estava a sentir-me profundamente cansado [...] nos últimos tempos já me sentia com dificuldades em sentir ânimo para continuar", afirmou Manuel António dos Santos.

Contudo, explicou que desde que foi nomeado há quinze anos que definiu a meta máxima de 10 anos para o exercício da função, mas que acabou por se prolongar um pouco mais - Referem noticias divulgadas 

 Dom Manuel António Mendes do Santos,  já havia lançado um aviso aos seus paroquianos, há precisamente um ano, através de uma nota pastoral, no final da missa de domingo,  apelando à colaboração de todos,  veiculada pela Rádio Jubilar e divulgada pela Voz do Vaticano.

Noutros tempos, a diocese de São Tomé, teve fama e grandeza, abrangendo Angola, Moçambique e toda a bacia do Golfo da Guiné, até 1842, constituída sui iure a 31 de Janeiro de 1533 pelo Papa Clemente VII por desmembramento da Arquidiocese do Funchal

Agora, as preocupações, a par da ação religiosa, vão para as ações  sociais da Igreja, “no combate à pobreza e às necessidades e carências crónicas de boa parte da população».

Vista do vale - junto ao castro do Curral da Pedra

Como é do conhecimento público, embora a igreja católica, seja o culto predominante nas Ilhas Verdes do Equador, naquele que é considerado um dos países africanos mais estáveis e democráticos, tanto os cristãos, quanto muçulmanos, convivem pacificamente; incorporando características de crenças nativas africanas, a pandemia veio agravar as dificuldades das populações mais carenciadas, em todo o mundo - E o papel da igreja católica, tem sido relevante, por via de doações à disponibilização de estruturas, distribuição de vale-refeição e confeção de máscaras doadas gratuitamente

Tendo recordado  que “os nossos missionários, já antes da independência criaram várias escolas primárias, tanto em S. Tomé como no Príncipe. Criaram a Escola de Artes e Ofícios, que teve um papel importante neste pais, e estiveram também na fundação do Liceu Nacional 

 A igreja serve refeições quentes a crianças e a idosos, em vários lugares. Para nós a população dos idosos  e das crianças, são muito vulneráveis. Por exemplo, fundei o Banco de Leite, tentando, em Portugal, angariar leite, papas lácteas, etc. para distribuir por São Tomé e Príncipe, de modo a melhorar  a sua qualidade alimentícia. Não se pode chegar a todos, infelizmente,  mas temos tido capacidade de oferecer leite às nossas crianças, na Casa dos Pequeninos, e , até, fazendo-o chegar  às crianças, no Príncipe - Mesmo através de outras instituições. 

DOM MANUEL DOS SANTOS – ORIUNDO DE UMA  HUMILDE FAMÍLIA BEIRÂ

“Sou da Beira, de facto: de São Joaninho de Castro Daire, distrito de Viseu. Sou o 5º de nove filhos, vivos ainda, graças a Deus.

Aos 11 anos fui para o seminário de Resende, do seminário de Lamego. Saí de lá aos 18 anos para entrar na Congregação dos Missionários Claretianos; ordenado padre, em 1985, na minha terra, por Dom António Xavier Monteiro, que era então o Bispo de Lamego,

Após a minha ordenação, fiquei a trabalhar nos Carvalhos, durante 9 anos. Em Novembro de 1993, vim para África; estive um mês em Luanda e “aterrei” em 6 de Janeiro de 94 nas terras de São Tomé. Foi então que pela primeira vez pisei o território são-tomense. Impressionou-me, na altura, logo o verde desta Ilha: de facto, era um verde tão intenso, que, um ano e meio depois, quando regressei a Portugal,   vi que não havia comparação possível, com os verdes desta terra..

Cinco dias depois, acabei por ir para Roma, onde regressei a Portugal, tendo sido escolhido  Vigário Provincial, às comunidades claretianas:

 Nessa qualidade, continuei a visitar constantemente São Tomé, e, em 2007, vim então para aqui, como Bispo de São Tomé e Príncipe.





Vem aí a Festa de Nª Sª de Assunção “Tocam os sinos da torre da igreja, Há rosmaninho e alecrim pelo chão. Na nossa aldeia que Deus a proteja! Vai passando a procissão”

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 







Vem aí o 15 de Agosto, da minha aldeia mas também de muitas mais -  O  feriado mais desejado de Nª Srª de Assunção,  vivamente  festejado nas mais diversas aldeias e vilarejos de Portugal - É o dia da tradicional Festa em honra de Nossa Senhora de Assunção, mas ao qual também já se associaram festas em honra de outras santas, com nomes diferentes.


Até porque, sendo um dos quatro feriados católicos, também o é nacional e há que aproveitar a benesse de calhar a meio do mês mais gostoso do ano, com o regresso dos emigrantes, em força para matarem saudades da sua santa-terrinha - Outros, porém, quis o destino  que já não voltassem vivos

Depois de dois anos das limitações impostas pela Covid-19, espera que os momentos de calorosa alegria e fraternidade, voltem a expandir-se no adro da igreja e a manifestar a sua religiosidade na tradicional procissão pelas ruas da aldeia.
Nossa Senhora de Assunção - vem aí o 15 de Agosto -– Desde as mais famosas, em Santo Tirso e Vila Flor (Vilas Boas) à da misteriosa aldeia de Chãs, Douro-Guarda , onde a santa tem cabeleira na pedra, até à longínqua Alhandra (Estado de Paraíba) no sul do Brasil, com missas, procissões e ” shows religiosos”

 

domingo, 17 de julho de 2022

Incêndios num Portugal arder! – Não se limpa o mato à volta das casas, das aldeias, bermas dos caminhos e estradas! - Que se espera?!... Faça-se cumprir a lei! - Erro ter-se acabado com as brigadas florestais por vigilantes - A mira dos subsídios, a piromania e dias abrasivos incendeiam o país - Se a população rural está envelhecida, o que faz o poder local para a livrar da ameaça incendiária?... O cenário dos campos em Espanha, em grande parte é bem diferente


JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA 

Diz a lei, que, "em caso de impossibilidade de notificação postal ou pessoal do destinatário, a Câmara Municipal procede à notificação por edital, no qual será fixado o prazo máximo de 10 dias úteis, para proceder à gestão de combustível do prédio, em cumprimento voluntário do dever de limpeza do terreno". 
- As aldeias e vilas do país profundo, estão desertificadas e envelhecidas e vai sendo difícil arranjar quem trabalhe na lavoura  - Além de que, muitos que o podem fazer, também não se mostram muito disponibilizados a vergar a mola. Se houver um subsídio à mão ou de um pardeeiro ardido, para quê ir fazer calos nas mãos... 


TROCARAM-SE LIMPADORES DO MATO E CANTONEIROS POR VIGILANTES - Eram bem mais eficientes e preventivos - Não se consta que fizessem greves durante os incêndios.

O Estado tinha as brigadas florestais, que eram os trabalhadores que faziam a manutenção ao longo do ano e, depois, na época dos incêndios, eram os primeiros a avançar porque conheciam o terreno, tinham materiais, viaturas, etc., e tinham também os guardas florestais. Agora temos vigilantes de telescópios ou de drones. Só que, quando o fogo pega, este não espera que o vão combater

Diz noticia - “Fogo destrói solar centenário e toda a história de uma família –“ O  que não diz é que estava encaixado de mato à volta – Ainda por cima,  a negligência do proprietário atira-se aos bombeiros.

Domingos Calvão estava na propriedade quando o fogo chegou, pelo telhado, e saiu de lá apenas com um retrato antigo, a preto e branco, da sua mãe, umas calças e uma lanterna. Tudo o que tinha na mão. - DN

O que esperam os donos das casas que nem sequer limpam o mato em redor das suas casas? – Que sejam os bombeiros a ocuparem-se dessa elementar obrigação?.... Basta transpor a fronteira de Portugal para Espanha, ou vice-versa, por via área ou terrestre, para constatar que o dito jardim à beira-mar plantado, dominado pelo caciquismo parasita, tem mais semelhanças com a negligência dos países africanos ou do terceiro mundo, que com o resto da Europa  - Descendentes de selvagens  pastores de Viriato,  que os romanos se viram gregos para domesticar, tendência agravada mais tarde com a expansão colonial, assim parece persistir a mentalidade ancestral dos chamados lusitanos. 

ESPANHA HÁ MUITO DEFENDEU  A PRESERVAÇÃO FLORESTAL - Política Florestal na Espanha desenvolve através de um programa florestal, conforme definido no Painel Intergovernamental sobre Florestas das Nações Unidas em 1997, tendo os principais objectivos contribuir para o desenvolvimento rural da silvicultura manter e melhorar o estado de conservação as montanhas e seu potencial económico.

Vista áerea de costa portuguesa 

Espanha limpa as florestas, Portugal cultiva o mato A devastação  incendiária vai continuar porque há subsídios na mira para sacar  e a industria dos incêndios  para alimentar - Um pais arder porque  ninguém quer limpar o mato à volta das casas,  imersas por arvoredo e capinzal,  nem as bermas das estradas e proprietários, absentistas, esperam que seja o Estado a encher-lhes os cofres – Os madeireiros, que empregam mão-de-obra precária e mal paga, agora falam em postos de trabalho que não promovem

ERRO TER-SE ACABACABADO COM AS BRIGADAS FLORESTAIS   -  A tarefa foi entregue à GNR conta, que,  com cerca de 500 guardas-florestais ao serviço, têm como missão, não limpar mas  fiscalizar e investigar os ilícitos nos domínios florestal, caça e pesca.

Como é sabido, a  ação do homem no meio ambiente tem sido a principal causa  da destruição da vegetação. Dentre elas, o fogo é, provavelmente, o maior responsável pela devastação em todo o território nacional, e dependendo da intensidade das queimadas, a destruição pode ser total  e irreversível, ou prejudicar o crescimento e outras características silvicas e pastoris

Epidemia incendiária na mira do subsidio fácil – Há aldeias cercadas de mato que podem desaparecer numa noite – Quem viaje por qualquer linha de comboio ou através das estradas e caminhos, facilmente se aperceberá de que, a qualquer momento, pode deparar com incêndio pela frente ou ao seu lado   – Inadmissível que nem as fábricas cumpram a lei da limpeza do mato à sua volta  - Até centrais de distribuição de eletricidade

 O que diz a lei - Os matos à volta das habitações, armazéns, oficinas ou de outras instalações devem ser limpos até pelo menos 50 metros de distância.

Os responsáveis, , que detenham terrenos e lotes destinados à construção, são obrigados a manter os terrenos e lotes referidos, limpos e isentos de vegetação ou outros detritos que possam de alguma forma gerar combustível, suscetível de produzir incêndios ou causar insalubridade, maus odores, pragas e/ou degradação ambiental do local e áreas confinantes.

b) As copas das árvores e dos arbustos devem estar distanciadas no mínimo 5 m da edificação) No estrato arbóreo a distância entre copas das árvores deve ser no mínimo de 4 m, devendo estar desramadas em 50 % da sua altura até que esta atinja 8 m, altura a partir da qual a desramação deve alcançar no mínimo 4 m acima do solo;

1 - Não é permitido manter árvores, arbustos, silvados ou sebes pendentes sobre a via pública que estorvem a livre e cómoda passagem e impeçam a limpeza urbana.

2 - Nos taludes de corte, compete aos responsáveis pelos terrenos a realização da sua limpeza.

Em caso de impossibilidade de notificação postal ou pessoal do destinatário, a Câmara Municipal procede à notificação por edital, no qual será fixado o prazo máximo de 10 dias úteis, para proceder à gestão de combustível do prédio, em cumprimento voluntário do dever de limpeza do terreno.

É  um facto, indubitável, que, com as profundas alterações climatéricas, devido às agressões da poluição, tudo se conjuga para que a devastação incendiária seja galopante: até porque, cortar as árvores dá muito trabalho, pelo que, nestas coisas, a criminosa indústria incendiária ou através de mentes perversas, está sempre a salvo, menos as vidas que são apanhadas pelas labaredas


De facto, Portugal,  está arder em variadíssimos pontos de Norte Sul -  As profundas alterações climáticas, com a China e a Índia a poluir drasticamente a atmosfera para exportarem toda a gama de  quinquilharias para o ocidente, por via do liberalismo selvagem que permite que as fábricas europeias sejam instaladas onde  não se respeitam nem os mais elementares direitos humanos nem as mais básicas normas ambientais - Para depois nos invadirem com o seu comércio e esmagarem  o comércio local e destroçarem o meio ambiente.

O que diz a lei - Os matos à volta das habitações, armazéns, oficinas ou de outras instalações devem ser limpos até pelo menos 50 metros de distância.

Os responsáveis,  que detenham terrenos e lotes destinados à construção, são obrigados a manter os terrenos e lotes referidos, limpos e isentos de vegetação ou outros detritos que possam de alguma forma gerar combustível, suscetível de produzir incêndios ou causar insalubridade, maus odores, pragas e/ou degradação ambiental do local e áreas confinantes.

b) As copas das árvores e dos arbustos devem estar distanciadas no mínimo 5 m da edificação;c) No estrato arbóreo a distância entre copas das árvores deve ser no mínimo de 4 m, devendo estar desramadas em 50 % da sua altura até que esta atinja 8 m, altura a partir da qual a desramação deve alcançar no mínimo 4 m acima do solo;

1 - Não é permitido manter árvores, arbustos, silvados ou sebes pendentes sobre a via pública que estorvem a livre e cómoda passagem e impeçam a limpeza urbana.

2-taludes de corte, compete aos responsáveis pelos terrenos a realização da sua limpeza.

Em caso de impossibilidade de notificação postal ou pessoal do destinatário, a Câmara Municipal procede à notificação por edital, no qual será fixado o prazo máximo de 10 dias úteis, para proceder à gestão de combustível do prédio, em cumprimento voluntário do dever de limpeza do terreno.

ELITES RUINS E O POVO PASMADO POR FALTA DE LIDERANÇAS SÉRIAS E RESPONSÁVEIS


"As elites de Portugal são elites estrangeiradas e que se comportam em Portugal quase como elites coloniais"  (..) são famílias que vieram instalar-se em Portugal. A primeira grande leva que ainda hoje domina a economia portuguesa, veio no tempo do Marquês de Pombal, que quis desenvolver a indústria em Portugal, porque não encontrou no nosso país, as pessoas capazes de dirigir estas empresas. E então teve de recorrer a estrangeiros para virem implantar a indústria. Mas depois houve uma segunda leva” – Diz Fonseca de Almeida -   autor do livro “As Elites de Portugal -  Inadaptação, Crise e Desafios - reconhece que estas “

Eu diria que não existem elites portuguesas; quanto muito, eu diria que há contra elites portuguesas. As pessoas que procuram ascender à liderança do País, com esforço, com trabalho, com dedicação mas estão afastadas do poder.





O POVO CONTINUA MERGULHADO NO EXPEDIENTE DO CHICO ESPERTO  E DA ILETRÍCIA  PELA CONTRA-CULTURA  TELENOVESCA - DO SENSACIONALISMO E DA ENCENAÇÃO 
 
Foi sempre povo a lutar por Portugal “mesmo quando elites nos falharam", disse  Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações do 10 de Junho de 2016, palavras que se enquadram na denúncia desta obra, que, aliás, conhece, visto ter estado presente, numa sessão de autógrafos do autor, na Feira do Livro, Braga - O Presidente da República, afirmou que  foi o povo, a arraia miúda, quem nos momentos de crise, soube compreender os sacrifícios e privações em favor de um futuro mais digno e mais justo. O povo, sempre o povo, a lutar por Portugal. Mesmo quando algumas elites - ou melhor, as que como tal se julgavam - nos falharam, em troca de prebendas vantajosas, de títulos pomposos, meros ouropéis luzidios, de autocontemplações deslumbradas ou simplesmente tiveram medo de ver a realidade e de decidir com visão e sem preconceitos”




Espetáculo Televisivo estimula a mente dos pirómanos e dos políticos de terra queimada para promoverem a sua demagogia

"Verão de 2005, o país a arder, e a cobertura dos incêndios não descolava dos ecrãs: era uma questão de “share incendiário”, como lhe chamou Eduardo Cintra Torres num artigo de opinião divulgado no “Público”. Os canais generalistas chegaram a sentar-se para tentar um acordo sobre o tempo dado à cobertura. E o então ministro da Administração Interna, António Costa, sublinhava as “diferenças da cobertura dos incêndios noutros países: menos duração, menos chamas”.

NÃO BASTA LEGISLAÇÃO PARA CONDENAR OU ENCLAUSURAR OS  PIRÓMANOS MANÍACOS – Estes são apenas parte do problema: porque também haverá quem os ateia para ganhar dinheiro  e até com fins políticos de arranjar argumentos para verberar ódios, calúnias e  acusações.