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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CELEBRAÇÃO DO EQUINÓCIO DO OUTONO– 21 e 22 DE SETEMBRO 2008


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NASCER DO SOL NA PEDRA DA CABELEIRA, EM FOZ CÔA, ASSINALA ENTRADA DO OUTONO – 21 e 22 DE SETEMBRO

A estação marcada por migrações de animais e pelas colheitas e o cair da folha de muitas árvores, é recebida segunda-feira, no recinto amuralhado do Santuário Sacrificial da Pedra da Cabeleira, localizado numa zona castreja em Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa.

O enorme penedo está orientado no sentido nascente-poente e possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no seu eixo no momento em que o Sol se ergue no horizonte, proporcionando uma imagem invulgar

A observação do alinhamento solar decorre, entre as 08.00 e 08.30, no lugar de Quebradas-Tambores, num rochoso planalto sobre o Vale da Ribeira de Piscos, em cujo curso se situam alguns dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade. Mas o fenómeno poderá começar a ser visto de véspera, a 21, Domingo – Oportunidade excelente para principiar bem um santo dia. Num local agreste mas encantador - Longe do habitual bulício urbano, em perfeita comunhão com a Natureza e com os olhos postos numa das mais belas imagens solares!!

Alcandorado na vertente do afloramento granítico, e num ponto predominante, existe ainda um outro calendário pré-histórico, conhecido pela Pedra do Sol, apontado ao pôr-do-sol do dia maior do ano. onde decorrem as celebrações do Solstício do Verão, já consideradas como o Stonehenge português.A primeira referência ao Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., que o classificou como local de culto ou de sacrifícios.

Jorge Trabulo Marques, filho da terra e dinamizador do evento, acredita que, ambos os monumentos, além de terem sido cultuados pelos antigos povos que se fixaram no planalto e nas suas vertentes rochosas, aproveitando a fertilidade do vale sobranceiro, os teriam também utilizado como postos de observação astronómica nas suas festividades e nos seus rituais, com uma forte ligação à agricultura, à fertilidade e às estações do ano.


O objectivo destas iniciativas, que contam apenas com o apoio da Junta de Freguesia, visam festejar os ciclos da natureza, evocar tradições ancestrais, caídas no esquecimento e ao mesmo tempo recolher opiniões e aprofundar o estudo da área através de contributos de investigadores e de todos quantos queiram reviver as mais belas imagens de um passado, pleno de história e de misticismo.

Por isso, se as condições atmosféricas o permitirem, embora tratando-se de um mero acto simbólico ( já que as festividades principais estão reservadas para a Primavera e Verão), a Comissão Organizadora das celebrações do Equinócio e do Solstício, está confiante de que os participantes poderão ser contemplados com ascensão de um nascer do sol equinocial, muito diferente do habitual.

Jorge Trabulo Marques – Da Comissão Organizadora das Celebrações do Equinócio e do Solstício, no Tambores, Chãs.

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