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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

LUIS DE MATOS - O MENINO FADISTA QUE EU CONHECI NA GRANDE NOITE DE FADO – Cresceu e, com a sua voz, fez-se um grande artista

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Jorge Trabulo Marques  - Jornalita



O Luís de Matos era assim um miúdo... quando eu o conheci no Coliseu dos Recreios e contou aos ouvintes da estação de rádio(onde eu trabalhava) as suas aspirações e os seus lindos sonhos .. Cresceu, fez-se adulto e a sua voz foi-se também modelando com a idade. Desde aquele dia, nunca mais nos vimos. Todavia, uma coisa nele julgo que nunca mudou: um certo ar de inocência, a graça e a alma de um verdadeiro fadista de gema: de um talento que nasceu e cresceu para o fado.É o que eu descubro quando o vejo e o ouço cantar através dos seus vídeos.







Oh!..Como o tempo passa!... Era ainda o rapazinho, uma criança... Tinha 13 anitos. Mas já era uma estrela numa qualquer longínqua constelação. Naquela altura, parece que ainda não sabias bem se haverias de escrever o Luís com s ou com z: optaste pelo s. Acho bem. O z significa ziguezague. Não tem nada a ver contigo. O s é o símbolo da Sabedoria, da palavra Sagres, donde partiu Portugal às descobertas e, Sebastianismo, o rei jovem, aventureiro e destemido, que queria alargar as fronteiras deste pequeno retângulo, conquistado aos mouros e aos castelhanos. Mas pequeno demais para quem via no mar e nos céus todo o espaço da sua liberdade. Eu já disse o mesmo em relação a outro nome grande do nosso país.





E, tu Luís, tendo sido, de algum modo, caldeado pela maresia do Tejo, que é um autêntico braço de mar, pois bem: o s em Luís é o que se ajusta melhor à tua personalidade. De alguém em que o sonho, mais de que um projecto, é uma forma de estar e de alimento espiritual e artístico na sua vida. Não és Vaz nem Camões, mas és o Luís de Matos!

Luís de Matos, nasceu no ano de 1976. Julgo que sob a influência do dragão chinês e dos elementos terra e o fogo. Só assim é que a sua voz assume o calor e a melodia das verdadeiras raízes dos lugares onde nasceu e das fontes, das águas que lhe mataram a sede e em que se banhou. E do sol e dos espaços que o viram nascer e crescer.

Ainda estou a ver-te e o ouvir-te cantar, como se fosse agora. Que linda voz de rouxinol!... Tanta gente em pé a baterem-te as palmas!... O Coliseu estremeceu com tamanhas revoadas quando ali cantaste pela primeira vez, naquela grande noite do fado... Oh, e quantos aplausos não recebeste no momento em que era sagrado o grande vencedor na classe dos juvenis!

Luís: não sei se te recordarás, quando me aproximei de ti com o microfone ligado a um pequeno gravador.. Mas a noite era de muitas estrelas no céu e tu eras das mais brilhantes. Ouvias e sentias o calor dos aplausos, porém, o teu coração e a tua imaginação, deviam estar em fermente sublimidade e apoteose, longe de tudo e de todos. Estavas certamente noutra galáxia...Não poderias estar atento a tudo...

No entanto, se, com um pouco de esforço de memória, recuares no tempo, talvez possas lá ir ... Não àquela noite em si, ao seu tamanho e brilho: pois fora demasiado grande e calorosa, para ires buscar tantas lembranças. Mas algo em que possas entrever um ou outro pormenor menos difuso, que acaso tivesse ficado retido nos teus olhos... Quem sabe...Até porque, naquela altura, não eram assim tantos os repórteres e muito menos as estações de rádio ou de televisão.

E até os jornais... houve uns que desapareceram e houve outros que entretanto apareceram. Talvez o leque de opções fosse maior de que hoje: pois, nos ias de hoje, são todos mais ou menos parecidos, não apenas ideologicamente como na forma como abordam as notícias e os acontecimentos. Todos são sensacionalistas e, antes, as águas estavam mais ou menos separadas; apenas o fazia o jornal do crime. É a tal coisa... vivemos na era de um certo vazio das ideologias, longe dos que amam e querem preservar o que há de mais genuíno nas tradições das gentes e dos lugares onde nasceram... Vai sendo cada vez mais uma luta titânica e inglória... Os tempos são mais propensos aos egoísmos e a um desenfreado materialismo, que não se compadece com os verdadeiros sentimentos e a forma de se ser autêntico.Mas há que não desistir e lutar. Pois, só assim, a vida tem o seu verdadeiro significado ou sentido.



Mas, tu, ó Luís, continua a cantar os teus fados, ao jeito da tua voz e como tu sabes. Não fujas nunca ao teu sentir, ao que te vai na alma e canta!... Canta, como tu sabes, sem te preocupares com as modas ou imitações... Pois, só assim, serás digno de ti próprio e daqueles que gostam de te ouvir cantar o fado - Estes são, pois, os meus desejos sinceros: os votos de que o sonho jamais deixe de comandar o teu destino e o verdadeiro sentido da tua vida.
Que o Grande Foco, Força Criadora te Ilumine e te Proteja
Luís de Raziell

Vidente Vara de Deus
Pseudónimo artístico e espiritual
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DADOS BIOGRÁFICOS DO FADISTA LUÍS DE MATOS - OBTIDOS NA WEB


A suprema criação musical, e a mais pura forma de comunicação e expressão da cultura portuguesa. O Fado é e será sempre um ícone na expressão nacional.

O Fado é, na sua essência e objectivo, a emoção. Emoções universais que atingem o coração de qualquer ser humano onde quer que se encontre.
Luís Matos é a expressão de uma nova geração do Fado.
Luís Filipe A. Matos, nasceu em Lisboa, em S. Sebastião da Pedreira.
Alfacinha de gema, desde muito novo começou a tomar o gosto pelo canto e o Fado piscou-lhe o olho.
Com apenas 12 anos e depois de muito já ter cantado em colectividades e associações de bairros, começa a cantar em diversas casas de Fado de Lisboa, tais como “Adega Machado”, “Adega Mesquita”, “Tímpanos”, “Luso”, “Severa”… e para seu contentamento muitas das vezes com o prazer da companhia e amizade do saudoso Fernando Maurício.
Em 1989, passado apenas 1 ano desde os primeiros passos como fadista, concorreu e venceu a Grande Noite do Fado na categoria de juvenis. Obviamente e, apesar de ser um jovem, começava-se a pensar que começara ali uma nova etapa da sua curta carreira, porém, por motivos pessoais, em 1990, afasta-se completamente do meio artístico, dedicando-se apenas aos estudos.

Mas algo mais forte e porque o fado lhe “corria nas veias” regressou, passados 14 anos, mais concretamente em 2004, numa mera brincadeira entre amigos, numa colectividade de Cultura e Recreio, onde decorria uma noite de Fados.

Finalmente e a partir desse dia, nada mais o parou e o certo é que em 2005, volta a concorrer à Grande noite do Fado no Teatro São Luís, organizada pela Casa da Imprensa e volta a ganhar, mas na categoria de seniores.
Dono de uma voz limpa e de um estilo muito próprio, tem actuado em grandes palcos de norte a sul do país bem como em diversos países espalhados pela Europa. Da sua carreira faz também parte a sua prestação num musical, em que recordava dois consagrados fadistas, (Amália Rodrigues e Fernando Maurício).
Durante estes anos fez parte do elenco do restaurante “Os Ferreiras”, assim como do “Solar do Tomás” actuando ainda em algumas das casas de fado mais conhecidas como “Marquês da Sé”. Luís Matos é hoje um dos cantores residentes da casa de fado “A Tipóia” e da “Adega Mesquita”.
Fadista de profissão, ou “…de corpo e alma” como ele mais gosta de ser referido, começa a tirar frutos do seu esforço com a gravação deste que é o seu 2º trabalho. Com este cd, tenta impor a sua presença no vastíssimo mosaico da canção nacional e concerteza que, com as reconhecidas capacidades e talento que tem, aliado à sua total dedicação e saudável ambição, atingirá todas as metas que a si próprio prometeu.
Com a edição de “Espelho da Alma” traduz o amor que sente mas que seria impossível de exprimir apenas por palavras.
A voz de Luís Matos é “O Espelho da Alma” e da sua paixão pela música, demonstrando a sua essência como fadista.
Luis Matos - Espelho da alma
1. Quanto mais coração bates
2. O Fado, a guitarra e eu
3. Deixem-me ser
4. Louco de saudade
5. Rezando pedi por ti
6. O Fado que trago em mim
7. Os meus cinco sentidos
8. Daqui a dois dias
9. Quero tanto aos olhos teus
10. És tu
11. Os búzios
12. Guitarra Portuguesa