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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EQUINÓCIO DO OUTONO AO NASCER DO SOL, DIA 23, COM POEMAS DE “ALMA ERRANTE” DO JUDEU ELIEZER KAMENEZKY – SINGELA HOMENAGEM À DIÁSPORA SAFARDISTA.



OUTONO - A ESTAÇÃO QUE NOS REMETE AOS SENTIMENTOS NOSTÁLGICOS MAIS CONTRADITÓRIOS, MAS SIMULTANEAMENTE PROFUNDOS E DE UMA ENORME ELEVAÇÃO:

AO FIM DE UM CICLO, AO FIM DA VIDA, À RAZÃO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA E DO UNIVERSO, 




MAS TAMBÉM APONTAR-NOS OS NOVOS CAMINHOS DA RENOVAÇÃO, AS PISTAS DE UM NOVO CICLO, QUE DEPOIS DE HIBERNAR, COM OS DIAS QUE VÃO SUCESSIVAMENTE MINGUAR E SER MAIS FRESCOS E FRIOS, HAVERÁ DE DESPONTAR E FLORESCER COM O SOL RISONHO DA PRIMAVERA.

O Verão vai despedir-se de nós no próximo dia 23. Ele que, parecia tardar, afinal acabou até por ser pródigo, bem acalorado, tendo-nos proporcionado maravilhosas manhãs e tardes banhadas de Luz. E noites muito serenas. Que parecem querer perpetuar-se pela estação que lhe sucede. Porém, as saudades que dele poderíamos ter, vão ser compensadas pela aguarela de cores que o Outono nos vai trazer - E já por aí não faltam surpreendentes matizes dessa sinfonia mágica de sons e de tons por arvoredos de jardins e parques, vinhedos e pomares. É o despertar de uma outra magia que se oferece à contemplação dos nossos olhos e ao sentimento dos nossos corações. Vamos, pois, saudar a estação mais nostálgica e romântica do ano: aquela em que as folhas se desprendem como que chorosas pelos saborosos frutos que lhe roubámos.

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TEMPLOS DO SOL - NO MONTE DOS TAMBORES - CRUZAMENTO DE ESPIRITUALIDADES E DE CULTURAS - DESDE OS TEMPOS IMEMORIAIS ATÉ AOS NOSSOS DIAS






NÃO PRIVILEGIAMOS CREDOS OU RELIGIÕES MAS O AMOR E RESPEITO PELA NATUREZA, A SALVAGUARDA DOS VALORES DO PATRIMÓNIO ANCESTRAL, O CULTO DA FRATERNIDADE, DA CONVIVÊNCIA, DA TOLERÂNCIA E DO CONHECIMENTO

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Já por aqui passaram os mais diversos estudiosos e pessoas de várias religiões ou crenças: desde os Hare Krishna- à .PFI Federação Pagã Portugal, que realizou o seu XI encontro anual de paganismo no Solstício do Verão -.Ano 2007 - Portugal - Pagan Federation International........FESTIVAL SOLSTICIAL COM A PRESENÇA DE PAGÃOS Partilhamos do espírito iconémico. Estamos abertos a todos que vierem por bem - Se for um deles, não falte:

Venha observar um dos Calendários Pré-históricos mais Antigos da Humanidade - Numa cerimónia simples - entre as 08.00 -08.30 - mas plena de simbologia e luz outonal. Privilegiamos a sua presença a qualquer outro tipo de expressão. Desprendida mas de coração aberto aos mais belos momentos. Mas se se fizer acompanhar de algum instrumento musical, para prolongar por mais algum tempo o nosso convívio, também será bem-vindo. 



Pois é com a sua inteira disponibilidade e boa vontade que contamos recebê-lo. Num lugar sagrado, há muito eleito por deuses antigos e os povos que os adoravam. Em recolhimento e introspecção com a Natureza. Em perfeito elo de sublimidade e intimidade, entre a palavra poética, a Mãe-Terra e o rosto magnificente do seu expoente máximo, que a ilumina e vivifica: o esplendoroso Leão dos Céus.


Crentes de que as nuvens não o toldem na sua gloriosa e matinal ascensão. Para uma vez mais agradecermos a abundância dos seus frutos e podermos contemplar o brilho acariciador e purificador dos luzentos raios que atravessam a pequena gruta, em semi-arco, frente ao altar do imponente frontespicio da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora - primevo e majestoso Templo Solar, que se ergue no Monte dos Tambores, arredores da aldeia de Chãs.






Além de celebrarmos a chegada do Outono, o dia em que as trevas da noite se igualam à claridade do dia, serão lidos alguns poemas de Eliezer kamenezky - Do seu livro, ALMA ERRANTE, prefaciado por Fernando Pessoa, de quem foi amigo. A obra, que contém ainda o retrato do autor, pintado por José Malhoa, foi publicada em 1932. Temos o privilégio de ter o livro do poeta judeu ucraniano - É também uma forma singela de nos associarmos às várias iniciativas que vão ter lugar na Guarda, Belmonte e Trancoso, integradas no II FESTIVAL INTERNACIONAL DA MEMÓRIA SEFARDITA, que decorrem de 18 a 21 de Setembro.....Mais pormenores em II FESTIVAL INTERNACIONAL DA MEMÓRIA SEFARDITA - Trancoso

ALMA ERRANTE, TÍTULO DOS VERSOS DE ELIEZER KAMENEZKY, NÃO PODERIA SINTETIZAR MELHOR A PRÓPRIA ERRÂNCIA DO POVO JUDAICO. 

"Eliezer Kamenezky nasceu na Ucrânia, em 1888. Andou por vários lugares do mundo, desde os quinze anos, a partir de certa altura difundindo o naturismo e a «alimentação natural» (dizia-se «fungívero»). Chegou a Portugal, vindo do Brasil, nos anos 20, e aqui viria a morrer (em 1957). Conheceu Fernando Pessoa, que lhe escreveu um desconcertante prefácio para o livro de poemas, Alma Errante (1932). Deixou inédito um romance autobiográfico, Peregrinando. A investigadora italiana Amina Di Munno traduziu-o e apresentou-o em Itália com o título Eliezer, debaixo da autoria de Fernando Pessoa, num volume prefaciado por Luciana Stegagno Picchio (Roma, Lucarini, 1991) - In dias felizes: Numa nota de rodapé


Deixou a sua terra aos 14 anos,"seguindo uma companhia de ópera e foi aos 19 anos, “sob o céu de Itália, em Milao,   que levado pelas suas observações da  Natureza e pela leitura dos filósofos gregos, de Rousseau, de Tolstói, etc.   , despiu as vestes caricatas da civilização,   para se fazer apóstolo do Naturismo. Ei-lo pelo mundo fora,  percorrendo a Itália, a Suiça, a Grécia, a Terra sangta, Egipto, Arábia, Índia, as duas Américas, caminheiro do  do Ideal, pregando e distribuindo opúsculos.”Eliezer Kamenesky – Wikipédia

 
Fernando Pessoa, com quem ele se dava muito, escreveu o longo prefácio para as suas poesias. Prefácio estranho, pois não hesita em menosprezar a arte poética do prefaciado, justificadamente talvez, mas não é muito comum aceitar-se escrever um prefácio quando se não aprecia a obra.

Mas aquele texto de Pessoa focando a maçonaria, os judeus e os rosacruces, causou grande polémica na época. E, conhecidas como são as origens genealógicas cristãs-novas de Fernando Pessoa, não é menos estranho que tenha terminado o seu ensaio com a afirmação de que um judeu o não poderia ter escrito.

Quanto ao romance «Eliezer» reina ainda hoje densa neblina sobre o que se passou com ele. Um exemplar do manuscrito foi encontrado também na famosa arca do espólio de Fernando Pessoa" - Excerto de Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena





 

















Os lisboetas do meu tempo, dos anos da segunda Grande Guerra, quando a capital era ainda uma cidade de costumes bastante provincianos, lembram-se com certeza daquele judeu russo, excêntrico, de longa barba, basta cabeleira, e olhar penetrante, calçando sandálias, que não podia passar despercebido. 





Eu era garoto, mas lembro-me de o ter visto algumas vezes, em jardins e lugares públicos, reunindo à sua volta os passantes, à semelhança dos vendedores da “banha da cobra”, como o povo chamava então aos propagandistas de jardim.”

 
Eliezer Kamenezky não vendia produtos. Ele procurava convictamente fazer adeptos para a sua crença num modo de vida são, ligado à Natureza, à alimentação natural. São ideias que hoje já estão muito na moda, e até com mais premência, num mundo cuja deterioração só agora se começa a reconhecer. Naquele tempo eram ideias exóticas.

 
(...) Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens"
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(...)Ele nasceu em 7 de Abril de 1888, em Bachmut, uma cidade da Ucrânia, hoje chamada Artemivsk.
Eliezer saiu de casa dos pais, Izak e Sofia Kamenezky, aos 15 anos, com um saco de viagens às costas, “para percorrer Mundo”.
 
Era comum, naquela época, em que o futuro se apresentava encoberto por nuvens negras para os judeus da Europa oriental, os jovens saírem de casa muito novos, para procurar terras mais prometedoras onde trabalhar e fazer fortuna.
Kamemezky, porém, era um sonhador, menos preocupado com a vida material, antes ansioso por uma vida de aventuras, como nas histórias que bebia sofregamente nos livros de Júlio Verne e outros relatos de viagens... Eliezer Kamenezky | Ao correr da pena…

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Não falte. Não deixe de ser testemunha da mesma imagem que os nossos ancestrais admiraram e veneraram - Estamos certos de que não se arrependerá.



COLABORAÇÕES: - Nomeadamente, da Câmara Municipal. presidida pelo Eng. Gustavo Duarte - E a compreensão dos proprietários dos sítios: - Teresa Marques (que é também a presidente da Junta de Freguesia); de Fernando José Baltazar e José Alípio - O apoio dos indispensáveis companheiros e amigos, desde a primeira hora, António Lourenço, Amélia Lourenço, Silvério Baltazar, Jacinto Lucas, Eugénia, Jorge Castro Lopes, Adriano, Pedro Daniel, Maia Caetano, José Domingues, entre outros. E também de destacar, ultimamente, os nossos amigos do Foz Côa Friends nomeadamente JoséLebreiro, João Pala e José Ribeiro - E aos novos "filhos do sol", cuja colaboração foi muito importante no solstício do Verão - Jorge Mateus, Hermínio; Patrícia; Gabriel, Soares, entre outros

Adriano Vasco Rodrigues, que se vê na imagem ao lado, numa das visitas em que nos deu o prazer de o acompanharmos aos Tambores (antes da descoberta dos calendários solares, mas que acabaria por ser ele o grande inspirador), sem dúvida, uma referência nos Templos do Sol. Para além do arqueólogo, etnógrafo e historiador, atrevemo-nos mesmo a dizer que é também o místico, o profeta e o adivinho. Foi ele que trouxe à luz do conhecimento científico os primeiros contributos do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, a que já nos referimos em postagens anteriores - Sem os quais, dificilmente teríamos sido entusiasmados a desvendar os segredos, que a dita pedra ainda guardava.

Restaurantes*****E**** Alojamento



SUGESTÕES....CALCATERRA - Agroturismo em Mêda......Quinta do Chão D'Ordem - Agro Turismo no Vale do Côa......Pousada de Juventude Foz Côa......Albergaria Vale do Côa..
SITES PARA ESTUDIOSOS DE ASTRONOMIA E ASTRO-ARQUEOLOGIA


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 Jorge Trabulo Marques -Coordenador das Celebrações nos Templos do Sol
 
"Sefarditas (em hebraico ספרדים, sefardi; no plural, sefardim) é o termo usado para referir aos descendentes de Judeus originários de Portugal, Espanha, etc. A palavra tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica(Sefarad ספרד ).

Os sefarditas fugiram das perseguições que lhes foram movidas na Península Ibéricana inquisição espanhola (1478 -1834), onde eram perseguidos pela Igreja Católica, dirigindo-se a vários outros territórios. Uma grande parte fugiu para o norte de África, onde viveram durante séculos. Milhares se refugiaram no Novo Mundo, principalmente Brasil e México, onde nos dias atuais concentram milhares de descendentes dos fugitivos. Os sefarditas são divididos hoje em Ocidentais e Orientais. Os Ocidentais são os chamados judeus hispano-portugueses, enquanto os orientais são os sefardim que viveram no Império Otomano" - Excerto de .SEFARAD - Resgate de uma História. - JUDAISMO HUMANISTA


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