João Botelho foi dar um abraço à produtora de Filmes do Tejo II, e às personagens do seu filme documentário, “quatro” artistas portugueses contemporâneos, que, na noite, deste último sábado, foi apresentado, com lotação esgotada, num dos auditórios da Culturgest da CGD, integrado no Doclisboa’14 – Festival Internacional de Cinema, a decorrer em várias salas, de 16 a 26 de Outubro, com a exibição de 250 filmes de 40 países, 40 estreias mundiais, 18 delas de realizadores internacionais.
O documentário
"Quatro", de João Botelho, cuja antestreia decorrera em
Junho, na Cinemateca, em Lisboa, a pouco mais de dois meses da chegada aos
cinemas de “Os Maias”, procura mostrar quatro
expressões artísticas de autores contemporâneos que o cineasta admira: na pintura, desenho, fotografia e escultura. Como
sejam: João e Jorge Queiroz, Pedro e Francisco Tropa, “ Filmei-os a trabalhar,
filmei a criação das suas obras. Amigos, cúmplices, diferentes, mas todos obcecados
na aventura estranha que ´é a produção artística neste início confuso do século XXI” – Lê-se
na Sinopses da programação do Doclisboa’14
– Festival Internacional de Cinema, a decorrer em várias salas, de 16 a 26 de
Outubro, com a exibição de 250
filmes de 40 países, 40 estreias mundiais, 18 delas de realizadores
internacionais.
QUANDO AS BOAS IMAGENS VALEM
POR MIL PALAVRAS
Uma boa imagem vale por mil
palavras e, João Botelho, tem consciência disso. Ele, o cineasta que sabe realizar filmes com extraordinárias imagens,
prefere mostrá-las, de que falar – E foi
o que fez durante a curta apresentação daquele
documentário
“Como sabem, o cinema começou
com uma invenção científica mas também com uma invenção nas feiras, porque
ainda não havia os centros comercias. (…) De vez em quando há assim uns malucos
(….) que acham que o cinema não é uma
arte, que é uma arte de vampiros, não é uma arte pura (…) Eu aqui não conto nada, senão
determinados artistas que eu amo. O João, o seu irmão Jorge, o Pedro e o Francisco.
É uma ideia de criação, que é maravilhosa. Não falo quase nada. Não há
entrevistas. Não explicam nada. Trabalham, criam. As pessoas estão na terra
para fazer coisas e eles fazem-nas como ninguém” – E terminou dizendo que não
teve apoios da EDP, porque “não são famosos”
O QUE SE DISSE DESTE DOCUMENTÁRIO E DE OUTROS FILMES RECENTES
“Sem contemplações, sem remédio, sem
justificações, filmei-os a trabalhar, filmei a criação das suas obras",
diz João Botelho, que percorreu os universos dos artistas: "Pintura,
desenho, fotografia e escultura".
"Amigos, cúmplices, diferentes, mas todos
obcecados na aventura estranha que é a produção artística neste início confuso
do século XXI. Rigorosos. O melhor que há em Portugal”, afirma o realizador, no
balanço do documentário.
João e Jorge Queiroz e Pedro e Francisco Tropa
estão presentes em coleções do Centro de Arte Moderna, da Culturgest ou de
Serralves, e já representaram Portugal e galerias portuguesas, em mostras
internacionais como a Arco, em Madrid, e as bienais de Veneza e de São Paulo. - Excerto.Documentário de João Botelho em antestreia
“Só acredito num deus que saiba dançar” é uma
exposição em que o cineasta João Botelho se dá conhecer a partir das suas
afinidades com os artistas e as outras artes. No Centro Internacional de Artes
José Guimarães, dançando entre as pinturas, os objectos e os filmes.
(…) “Isto não é um filme que põe os artistas a
falar, mas que mostra os artistas a fazer, que mostra os seus processos de
trabalho”, diz, antes de revelar o encontro que esteve na origem do filme:
“Conheci-os através de uma amiga comum e visitei-os num edifício, na Avenida da
Liberdade, onde trabalham. São artistas excelentes, pessoas formidáveis que
formam uma família, uma escola pois ajudam outros artistas, mais jovens. Do trabalho
de João [Queiroz] tinha visto uma ou duas pinturas, mas depois vi a exposição
na Culturgest e fiquei maravilhado. Os outros, fui conhecendo. São belíssimos
artistas. Estão todos aqui”. – excerto “. João Botelho dançando entre as pinturas, os objectos
“Assinou alguns dos mais importantes filmes do
cinema português e agora leva às salas Os Maias, adaptado da obra de Eça
de Queirós. João Botelho estudou Engenharia Mecânica, mas apaixonou-se pelo
cinema enquanto fugia das praxes em Coimbra. Eterno contestatário, diz que o 25
de Abril foi o dia mais feliz da sua vida, ainda mais que o nascimento dos três
filhos. Venceu um cancro e, nessa altura, decidiu que nunca mais adoeceria.
Noctívago convicto, aos 65 anos não tem medo da morte, apenas de deixar de
poder dançar. – Excerto João Botelho: 'Não tenho
certezas, só dúvidas'
"No Vale do Côa, a “Arte da Luz” no seu esplendor
por todo o sempre diante de nós, mesmo para aqueles que ainda não viram, mas
que seguramente farão a peregrinação obrigatória, porque é de arte que se
trata, e a arte é condição primordial da existência humana e da sua liberdade.
Benditos sejam os que lutaram contra quem queria inundar e sepultar para sempre
talvez o maior tesouro artístico que existe em Portugal. Benditos sejam os que
nos livraram do pecado infecto da destruição irremediável do legado de artistas
geniais que produziram a maior concentração da grande “Arte da Luz” que no
mundo aconteceu! Há mais de 15 mil anos, há mais de 20.000 anos num pequeno e
desgraçado território que há apenas 900 anos se passou a chamar Portugal! (João
Botelho, Agosto de 2014) A Arte da Luz Tem 20.000 Anos JOÃO BOTELHO .
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