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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

4ª Edição do CineCoa- Exibe hoje filme de Eusébio, na Praça do Município, com a presença de alguns ídolos do seu tempo - A par de exposição da sua vida na Biblioteca Municipal, patente até 10 de Outubro – Encerra no domingo com a ante-estreia mundial do filme de João Botelho - A Arte da Luz Tem 20.000 Anos,


O Festival CineCoa, que vai no segundo dia da sua programação (de 10 a 14 de Setembro) começou há quatro anos, ganhou raízes e prestígio. Além disso, estendeu-se de Vila Nova de Foz Côa à  cidade do Porto, num conjunto de iniciativas  centradas na figura de Pier Paolo Pasolini (As Cinzas de Pasolini) a decorrer no Rivoli – Teatro Municipal e na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Filmes, exposições, debates, com a presença de algumas personalidades nacionais e estrangeiras.

A organização, de inciativa e da responsabilidade do municipio fozcoense, reconhecendo o sucesso das três anteriores edições, conclui não existir incompatibilidade em mostrar filmes de autor, exigentes e intensos num território sem grandes tradições cinematográficas e que estes não são só exclusivos dos grandes centros urbanos. A linha editorial do festival foca o seu ponto de interesse em cineastas do presente e cineastas do passado, a partir dos quais se convocam filmes de todas as épocas e géneros.

 FILME DE "O PANTERA NEGRA, ESTA NOITE NA PRAÇA DO MUNICÍPI


Foz Côa é palco de outras excelentes propostas cinematográficas,  bem como debates e a exposição, Eusébio – Pantera Negra, em homenagem aquele que foi considerado o melhor futebolista de todos os tempos,  acompanhada pela projeção do filme,  O Pantera Negra, que será exibido esta noite, pelas 22 horas, na Praça do Município, com a presença de alguns antigos  jogadores do Benfica, amigos e familiares.

“Realizado pelo veterano espanhol Juan de Orduña (autor de El Último Cuplé, que fez de Sara Montiel uma vedeta), Eusébio, a Pantera Negra é um “docudrama”, uma mistura de documentário e ficção. O filme foi feito quando o grande jogador anunciara a sua próxima retirada da profissão e reconstitui a sua infância em Moçambique, utilizando atores, passando depois aos seus anos de glória. Um importante documento sobre uma glória do futebol português, que também é uma espécie de biografia autorizada”.

Eusébio da Silva Ferreira, nasceu no dia 25 de Janeiro de 1942, na então cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo – A lua estava em quarto crescente e com esta imagem no hemisfério sul - Eusébio declarou ao DN que não esperava chegar aos 70 anos Nunca pensei em chegar aos 70 anos– Mas ele nasceu sob a influência de Cavalo, no Zodíaco chinês (que viria a ser conhecido de Pantera Negra) e deu-lhe a força e agilidade bastante – não só para se tornar no genial jogador de arte e corredor de fundo, à velocidade de cruzeiro, em conduzir a bola, driblar e fintar os adversários e marcar os golos, enquanto o diabo esfregava um olho, com a pontaria e a presteza que  só ele sabia – como ter a resistência necessária para enfrentar as maiores adversidades, enfim, até que  o coração não corespondeu aos seus apelos e se apagou

 Estudava eu na Escola Agrícola, em Santo Tirso – Víamos os jogos numa televisão no refeitório - Claro, ainda a preto e branco. Sou um pouco mais novo que Eusébio, mas tenho bem presente na memória a sua fulgurante carreira. Nomeadamente, em 1962, nos memoráveis jogos para a conquista da segunda Taça dos Campeões Europeus. Sobretudo, naquela célebre final com o Real Madrid, em que, a equipa do Benfica, depois de ter estado a perder por dois golos de desvantagem, eis que, a inspiração do Pantera Negra, vem ao de cima, fuzila as redes dos madrilenos com dois golos, cifrando-se o resultado num sensacional 5-3 - Que daria o mote para uma nova canção benfiquista: cinco a três, foi a conta que Deus fez!- Foi realmente um período áureo, que, dificilmente, com a actual direcção, poderá lograr. 


OTTO GLÓRIA ADMIRAVA MUITO EUSÉBIO - NAS SUAS MEMÓRIAS (QUE NÃO CHEGOU A PUBLICAR) DISSE-ME QUE FALAVA MUITO DELE

Quem admirava muito o Eusébio era o treinador brasileiro Oto Glória Tinha uma admiração muito especial por ele - Contou-me alguns episódicos e fez-me essa revelação na sala de jantar do Hotel Altis. Estava ele, eu, o Presidente Fernando Martins e creio que o Director do Hotel - Às tantas perguntou-me se eu não queria publicar as suas memórias - Andava já a queixar-se de problemas de saúde e não queria morrer sem publicar os seus diários. Infelizmente, acabaria por morrer nesse mesmo ano. Manifestei-lhe a minha simpatia por tão honrosa proposta mas respondi-lhe que não tinha tempo, como repórter de rádio, andava sempre com o tempo muito ocupado. Foi pena... Espero que um dia a família o faça.


 .VALE SAGRADO EM DESTAQUE


Refere o programa, que “Para esta 4ª edição do festival oferecemos a Carta Branca à jornalista Leonor Pinhão. E uma vez que este foi um ano de mundial de futebol no Brasil, contemplamos um mini ciclo sobre cinema e futebol em jeito de homenagem ao Rei Eusébio desaparecido recentemente, com a presença de amigos e familiares seus. Em complemento a esta homenagem, o Sport Lisboa e Benfica associa-se ao CINECOA, com um conjunto de objectos e narrativas pertencentes a Eusébio em parceria com o Museu Benfica – Cosme Damião.

O certamente, termina domingo, com a antestreia mundial do filme a “A Arte da Luz Tem 20.000 Anos,  média-metragem (55 minutos) encomendada a João Botelho e que o realizador define como uma homenagem à “maior concentração da grande 'Arte da Luz' que no mundo aconteceu”. 




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