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segunda-feira, 31 de março de 2014

25 de Abril 40ª aniversário: com romances: “Os Memoráveis”, de Lídia Jorge; “Nas Bocas do Mundo”, de Joaquim Vieira; «A Porta para a Liberdade», de Pedro Prostes da Fonseca, sobre a evasão do Forte de Peniche, de Álvaro Cunhal – Além de vários espetáculos, conferências e debates

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Assim vão 40 anos depois do 25 de Abril:  Portugal, ensombrado por uma grave e profunda crise económica e social, exigindo-lhe o reembolso dos milhões que foram canalizados pela CEE, mas desbaratados por sucessivos malabarismos corruptos, agora sob o controlo de uma inaceitável e agressiva intervenção externa, semeando o desemprego e  colocando em risco a nossa própria soberania e independência.



40º Aniversário da Revolução de Abril  (1974- 2014) já começou a ser assinalado com diversas iniciativas, desde lançamentos de livros, debates, conferências, exposições e espetáculos, em vários pontos do país. Não significa, porém, que venha a ser (esteja a ser) a informação mais privilegiada dos media, as razões são conhecidas. Antes do 25 de Abril, havia a censura, agora existe outra, sob o rótulo de democrata e pluralista - Salazar, que saiba, não era dono de jornais, agora temos, familiares do nosso  Presidente da República, que detêm um autêntico arsenal de rádios e jornais – e dos mais importantes. Um observador atento, sabe do que falo. Aliás, tal como reconhece, Fernando Lima um dos seus polémicos assessores,   “a informação não domesticada é ameaça para governantes, explicando que a mediatização afecta o trabalho de quem está no poder, acentuando a necessidade do controlo do fluxo noticioso por parte dos governante”

Há ainda quem cante Abril, talvez mais por uma profunda saudade e desilusão (ou o fado português, não é isso mesmo?) de que com o coração em festa numa bem cimentada e próspera esperança no futuro

Alguns políticos quiseram dar-lhe outro rumo diferente mas também, esses,  os mais bem intencionados, há muito foram atropelados, tal como os militares mais ousados. Pois não são eles que detêm o poder ou o controlo dos media e as cumplicidades com o poder judicial e económico .

“O que é memorável não é o que ficou enterrado no passado; memorável é o que do passado se recolhe e se pode projetar no futuro”. Lídia Jorge

COMEMORAR ABRIL OU RESTAURAR O 1º DE DEZEMBRO E REINVENTAR OUTRA REVOLUÇÃO?




Do que resta do 25 de Abril, afinal o que mudou?!.. O que temos que mereça ainda ser digno de ser festejado?!... – Talvez seja preferível  reabilitar o  1º de dezembro, cujo feriado já foi excomungado. Sim, temos níveis de desemprego e de pobreza, como nunca tivemos. . A hipocrisia da classe política dominante a vender os bens públicos e a promover leis, que servem unicamente o poder económico. É um facto que, muitas das empresas que vieram a ser privatizadas, até estavam, sobretudo, nas mãos do ingleses e alemães. Sim, mas era no tempo em que o capitalismo fascista – pelo menos na Europa - ainda tinha algum pudor social. O de hoje perdeu completamente a vergonha e tornou-se mais desumano, egoísta e agressivo com os tentáculos a nível global.

JÁ LÁ VAI O TEMPO QUE O CAPITALISMO PERDEU A SUA MÁSCARA

"A expansão económica do pós-Segunda Guerra Mundial, também conhecida como o boom econômico pós-guerra ou Era de Ouro do capitalismo, foi um período de prosperidade económica em meados do século XX, que ocorreu principalmente em países ocidentais após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e durou até início de 1970.

Ela terminou com o colapso dos acordos de Bretton Woods em 1971, a crise do petróleo de 1973, e o “crash” da bolsa em 1973-1974, o que levou à recessão da década de 1970. (…Expansão econômica do pós-Segunda Guerra 

“OS MEMORÁVEIS” do 25 de Abril

Tal o pesadelo e a hipocrisia que nos assola, que há quem a não aguente e não veja outra forma de expor o seu desabafo, senão através de um romance: -   É, de certo modo,  o caso de “Os Memoráveis”, o  mais recente livro de Lídia Jorge - Não se aguenta indefinidamente a hipocrisia. E ela está durando demasiado . Está testando a nossa resistência, a resistência da gente jovem”, declarou ao Jornal   PÚBLICO Frisando que, “O que é memorável não é o que ficou enterrado no passado; memorável é o que do passado se recolhe e se pode projetar no futuro”

Até porque a liberdade expressão, também ela já foi pervertida sob diversas formas – Pois está visto que o liberalismo prospera mais nas democracias burguesas  que nas ditaduras – Mas até nestas, parece já não haver  salvação  possível –Veja-se o que se passa com o capitalismo da ditadura chinesa: estende-se pelo mundo inteiro e nem quer saber se há respeito ou não pelos direitos humanos fundamentais.

  Em democracia, é o que se vê...Nos EUA, dois partidos dividem o poder, para fazerem de contas que são democratas, mas qual deles o mais diferente do outro?!.. Tal como noutras chamadas democracias, a mesma  farsa:  quem controla os media é o poder económico, que, por vezes até nos deixa falar ao mesmo tempo que nos vai indo ao bolso, reforçando as suas leis inócuas, injustas, promovendo a  especulação e a exploração

LÍDIA JORGE E O RECEIO DE SER TRITURADA PELA AVALANCHE  DA MESMA DESILUSÃO E ENXURRADA – APESAR DE TUDO AVANÇA COM O SEU LIVRO, CONFIANTE DE QUE ATRAVÉS DELE SEJA  HASTEADA A BANDEIRA DA ESPERANÇA

A democracia burguesa tem destas coisas: - permite falar pra desopilar. Embora o mais importante seja para quem parte e reparte. Aliviadas as tensões, há que acumular outras, e assim, sucessivamente, para não estoirar e perturbar o sistema institucional vigente. O 25 de Abril é outro  desses escapes, beneficiando mais o poder instituído de que revolucionando-o e prespetivando o futuro.

Lídia Jorge, na entrevista concedida ao PÚBLICO,  reconhece que “É impossível não imaginar  essa espécie de colagem, que me desgosta. Mas por outro lado este romance foi escrito em sintonia com o tempo. O facto de eu perceber que muita gente estava a questionar as mesmas coisas que eu deu-me uma espécie de humildade. Não me importo que o meu livro vá  numa espécie de enxurrada de acontecimentos. Porque esta é uma forma de fazer uma homenagem  a uma coisa que eu admiro muito, uma espécie de rasgão no tempo que aconteceu um dia , no passado. E que ainda hoje continua a ser misterioso, questionável , nós ainda vamos buscar lá uma semente de grande esperança. Eu queria espetar uma bandeira de esperança ao escrever este livro. Donde a terceira e a última parte dele"

ACREDITANDO UMA NOVA CANÇÃO

“Escrevi este livro sem circunstância literária. Escrevi-o empurrada por uma espécie de necessidade  de responder a um livro que escrevi há muitos anos, O Dia dos Prodígios. Ao longo destes anos, aprendi a olhar para aquilo que era uma esperança sem limites com outro olhar. Achei que poderia escrever sobre isto, sobre o correr do tempo, o que o tempo faz à esperança e como uma esperança pode desencadear outra. Sobre quando nós pensamos que a esperança está morrendo  e ela desencadeia respostas novas. Escrevi-o com a ideia de que pode haver uma nova canção  no mundo, embora também já tenha dito que este livro foi empurrado pela minha tristeza  pelo que está acontecer ao país

A crise económica? -  Sim, a crise económica. Mas que não se confundam as duas coisas. Uma é o sentimento que me empurrou até ao livro

VENCIDOS PELO LADO MENOR DA DEMOCRACIA

(…) “Em Os Memoráveis há o balanço da promessa. Há também algo em comum. Nos dois romances há uma tentativa de retrato do povo. E o retrato é muito semelhante . Se algo não mudou  está nessa base antropológica  e cultural funda  que é um contraste muito grande  entre a força de sonhar  e a debilidade do agir, organizar e concretizar . Aquilo que as figuras de O Dia dos Prodígios diziam há 30  e muitos ano, estas figuras demonstram.  Os próprios interpretes daquele dia exilaram-se na democracia . Deixaram-se vencer por lados menores da democracia" - Excertos da entrevista concedida a Andréia Azevedo Soares, Ipsion, jornal PÚBLICO, 28-03-2014.

LÍDIA JORGE – ENTRE AS GRANDES FIGURAS MUNDIAIS DA ATUALIDADE
Conheço o seu percurso desde o lançamento do seu primeiro livro. Admiro a sua obra e a sua personalidade. Tenho-a por uma boa amiga – Aliás, quem leia os seus livros ou com ela prive a primeira vez, dificilmente esquece a simpatia, a finura e a sensibilidade amistosa e cordial do seu carácter.   

“Lídia Jorge foi considerada uma das “10 grandes vozes da literatura estrangeira” pela revista francesa Le Magazine Littéraire , ao lado da britânica Zadie Smith, do norte-americano Richard Powers, do Nobel chinês Mo Yan, da canadiana Alice Munro, do Nobel turco Orhan Pamuk, da norte-americana Laura Kasischke, do espanhol Enrique Vila-Matas, do norte-americano John Irving e do islandês Arnaldur Indridason
Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodígios (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003 Lídia Jorge - WOOK – Mais informação em Lídia Jorge - Infopédia e Lídia Jorge – Wikipédia

Lídia Jorge lança hoje 'Memoráveis'….Geral - ESPECIAL LÍDIA JORGE - Lídia Jorge. "Os ventos da história são superiores ao perdão dos homens"

OUTROS LIVROS NA ESTEIRA DE ABRIL - QUE VALE A PENA LER PARA MELHOR COMPREENSÃO HISTÓRICA: “A Porta da Liberdade” e "Nas Bocas do Mundo"

«A Porta para a Liberdade», de Pedro Prostes da Fonseca, apresenta factos inéditos sobre a evasão do Forte de Peniche, protagonizada por Álvaro Cunhal e mais nove homens. A edição é da Matéria Prima.
Muito setem escrito sobre a já lendária fuga de Álvaro Cunhal  do Forte de Peniche – E também já aqui nos referimos sobre um dos soldados da GNR que conheceu o dirigente do PCP naquele presidium e que admitiu ter trocado com o seu colega, no dia em que estava prevista a fuga.


!.
O Forte de Peniche era tido como uma das prisões de mais alta segurança do Estado Novo. Mas há pormenores que ainda se desconhecem, referi no passado dia 10 de Novembro – Nomeadamente, em relação ao soldado da GNR envolvido 


 "COLABOREI, SEM SABER, NA FUGA DE CUNHAL"

A fuga de Álvaro Cunhal do forte de Peniche, com outros presos,  ficou  a dever-se, em grande parte, ao soldado da GNR, José  Alves, que estava de sentinela àquela hora – Mas não era, José Alves, que nesse dia devia estar de serviço mas o soldado Profesto Augusto Fernandes, agora com 84 anos, natural de Chãs, freguesia do Concelho de Vila Nova de Foz Côa, que aceitou a troca. - E teve dissabores. Pois também foi chamado ao exaustivo e apertado inquérito dos Pides, que se seguiu,  mas confessa que não ficou chateado pela atitude do seu colega, que era um excelente profissional e  bom companheiro, mas que sentiu pena  e  deixou-o muito triste  ao  constar-se  das represálias que foram exercidas sobre a sua famíli


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"Deu-lhes a liberdade! Pois que mal haviam feito aquelas pessoas?!.Ninguém ali estava por ter cometido qualquer roubo ou outro crime!.". - Por isso diz que não está arrependido de ter sido usado.  Tinha-me calhado ter ficado ali destacado. Não fui escolhido  por ser duro! Aconteceu!...  Preferia  ficar de sentinela, dias seguidos, no quartel da GNR, em Lisboa, donde nos mandavam para estas missões do que ir ali a fazer aquela vigilância!....Era um lugar frio, húmido e desagradávelOs presos sabiam que nós tínhamos uma arma e não nos viam como amigos. Os Pides olhavam-nos com desconfiança e eram arrogantes!.Eram ríspidos e desconfiados para connosco e com os carcereiros e, os  interrogatórios aos presos,  eram longos e desumanos. Tínhamos que os gramar quase todos os dias. Até nós tínhamos  medo deles!.. Nunca fui comunista mas se  visse hoje, aquele meu camarada, dava-lhe um abraço!... Não era qualquer um que se atrevia a correr os riscos que ele correu!.

Pelos vistos, nem tudo ainda foi revelado – Tal o secretismo envolvido na preparação e na fuga, que, pelo que se depreende, factos houve que  ficaram apenas na mente dos seus intervenientes – Todavia,  para um bom jornalista, que goste de investigar até ao discreto dos pormenores, não há mistérios  indecifráveis – É o que se conclui da leitura do excelente livro de Pedro Prostes da Fonseca -  Acerca do  que ocorreu, naquele já distante 3 de Janeiro de 1960, em que  dez homens, entre os quais, Álvaro Cunhal, se evadiram do Forte de Peniche.
Considerada, até hoje,  uma das mais importantes e espetaculares fugas  do Portugal salazarista, só foi possível graças a um homem, Jorge Alves. Soldado da GNR.





"Jorge Alves era um homem simples, sem filiação política, mas cansado de um Portugal amordaçado e revoltado com a hierarquia militar à qual pertencia. Em A Porta para a Liberdade, o jornalista Pedro Prostes da Fonseca conta-nos a história do soldado cujo acto mudou a história do Partido Comunista Português (PCP) e, por arrasto, da luta antifascista.
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OPINIÃO " A obra narra a preparação e a fuga, bem como o que aconteceu depois a Jorge Alves, que viu a sua vida mudar de um modo radical e definitivo, como se compreende. E suporta-se nos testemunhos deixados pelo guarda e pelos seus familiares. Tal como os comunistas que fugiram nessa noite, Jorge Alves, com o apoio da máquina do PCP, veio a exilar-se na Roménia, nunca mais regressando a Portugal e vindo a falecer seis anos antes da Revolução de 25 de Abril. Jorge Alves acabou mesmo por se divorciar da sua esposa ainda antes deste acontecimento histórico. - Excerto de  Farol da Nossa Terra – A TÔMBOLA DA HISTÓRIA



Também conheço pessoalmente  Pedro Prostes da Fonseca, cujo talento literário muito admiro, como jornalista, escritor  e como pessoa. Foi dos  estudiosos que já se deslocou aos Templos do Sol, na minha aldeia, com a esposa e filhos, para um artigo no semanário Sol – Além disso, a ele fico também a dever um dos artigos mais interessantes,  que até hoje se  publicaram, acerca das minhas odisseias nos mares do Golfo da Guiné, na revista Tabú, deste semanário.


“Pedro Prostes da Fonseca, nasceu em Lisboa em 1962 e iniciou-se no jornalismo na Agência Lusa, depois de cinco anos como documentalista. De 1998 até hoje passou, como efectivo, pela Ferreira & Bento (editor da revista Vela & Náutica), Grupo Impala (director das revistas Casa & Campo e Nova Gente em Férias), Jornal 24Horas (coordenador), Jornal Meios e Publicidade (chefe de redacção), revista Arquitectura e Vida (chefe de redacção) e semanário SOL (coordenador). Como colaborador, publicou artigos no semanário O Golo, nas revistas Sábado, Superjovem e Arquitectura & Construção e no semanário Expresso. Em 1999 fundou a empresa Culturmedia, vocacionada para projectos culturais e editoriais no domínio das autarquias, e no ano seguinte publicou o seu primeiro livro para crianças - "Histórias dos 4 Cantinhos", pela editora Paulinas.- In Pedro Prostes da Foncesa - IM Magazine - O melhor que se faz no mundo para um mundo melhor




«Nas Bocas do Mundo – O 25 de Abril e o PREC na Imprensa Internacional», por Joaquim Vieira e Reto Monico -  Foi lançado no primeiro dia da primavera, com apresentação de Vasco Lourenço.

Depois  do lançamento da obra biográfica de Álvaro Cunhal, o Homem e o Mito, a que tive o prazer de assistir  e me referir neste site  Álvaro Cunhal - O Homem e O Mitobiografia ilustrada de Joaquim Viera , de novo a surpreender-nos com o lançamento de mais um importante trabalho de investigação – Desta feita acerca  do que  escreveu a imprensa estrangeira “durante um período de 19 meses, entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975, Portugal ocupou primeiras páginas de jornais, capas de todo o mundo, com uma intensidade que nunca antes ocorrera na sua história”. «Nas Bocas do Mundo



 


Joaquim Vieira nasceu em Leiria, em 1951. Jornalista, ensaísta e documentarista, foi membro da direção de vários órgãos de informação (Expresso, RTP, Grande Reportagem). Assinou a série em 10 volumes Portugal Século XX - Crónica em Imagens e dirigiu uma coleção de 18 fotobiografias (de que escreveu os volumes sobre Salazar, Marcelo Caetano, Almada Negreiros e Benoliel) e Crónica de Ouro do Futebol Português (cinco volumes) e ainda A Nossa Telefonia - 75 anos de Rádio Pública em Portugal. Coautor de Mataram o Rei! - O Regicídio na Imprensa Internacional, República em Portugal! - O 5 de Outubro visto pela Imprensa Internacional e Os Meus 35 Anos com Salazar, escreveu Jornalismo Contemporâneo - Os Media entre a Era Gutenberg e o Paradigma Digital , Mocidade Portuguesa - Homens para um Estado Novo, A Governanta e Só um Milagre nos Salva. Os seus mais recentes documentários intitularam-se Maior que o Pensamento e Os Mitos da República. O seu trabalho foi reconhecido com diversos galardões. Tem dois filhos, nascidos em 1997 e 2004”.




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