O Benfica vence o Estoril, num sprint imparável, logo nos primeiros minutos. Voltou a meter a embraiagem aos 20 e tudo indicava que havia goleada à vista. Mas não foi isso que sucedeu – Quebrado o enguiço do ano passado, o desfecho do jogo não podia ser outro. Pois não se pode querer tudo na mesma fornada. O resultado final, assim estava traçado. Dois secos, sem ripostada, mais de que obra arquitetada, é uma bela empreitada!
Na segunda parte, o Estoril acantonou-se no reduto benfiquista e ainda chegou a enviar a bola a trave mas estava lá o Oblak para fazer a fisga e afastar o mau agoiro prá bancada.
Não me apercebi desse pormenor mas diz o PÚBLICO que “A bola ainda voltou a entrar na baliza do Estoril, aos 56’, por acção de Lima, mas um dos assistentes do árbitro Paulo Baptista considerou (mal) que o avançado brasileiro do Benfica estava em fora-de-jogo.”
O que se passou o ano passado, era impossível que voltasse a acontecer. Durante toda a semana, não houve especialista do futebol que não agitasse “o trauma” causado pelo Estoril, ao desfeitear as ambições dos benfiquistas ao título de campeão na época transata. Dai a claque ter comparecido em massa. Sim, foi por isso que o Estádio da luz ficou quase arrebentar pelas costuras. Se não encheu, pouco faltou à fartura
Não era a tarde de sol de Sábado
- O domingo pôs-se brusco, logo pela manhã a meteorologia antevia chuva – Uma chatice, sobretudo para
quem fotografa. Estava-se a ver que ia ter o mesmo problema do anterior domingo
no Restelo. Mas o tempo lá se recompôs - Sem a graça do sol mas também
sem o incómodo da chuva. Excelente atmosfera para quem estava a ver e para quem
jogava.
Quando
me aproximei do relvado e olhei à minha volta, parecia ter entrado noutro
mundo. O vermelho estampava-se por todo o lado e ensaiavam-se gestos e palavras de uma tarde de glória. Pairava por toda a arena uma espécie de energia imbatível . Pressentia-se
que os donos da casa, não iam dar tréguas aos adversários...Tal era a confiança nas suas hostes e de que a vitória já parecia assegurada, que até houve quem levasse o catraio para o
sua estreia batizada.
Porém, não fosse o diabo tecê-las, diz-se que há um bruxo a trabalhar na Luz – Ou, por outras palavras, a fazer cruzes e outros quebrantos para tirar os enguiços a Jorge Jesus – Dizem que é brasileiro e entendido na matéria – Não creio que, só por si tivesse resolvido o mau feitiço, pois, a performance dos encarnados, de tal maneira tem brilhado pelos vários estádios e levantado garupa, que já faz história, mesmo lá fora – E, contra estas evidências, não há resistências ou bruxaria que se lhe oponham - Embora haja muito que esgrimir no campeonato, os ventos parecem soprar de vento em popa aos lampiões. E, a Pinto da Costa, não basta mudar de treinador, se o mais importante, permanece sem mudança - Que é não haver estrelas que brilhem no firmamento azul dos atuais campeões.
De facto, citando, o Marco
Vaza, do jornal PÚBLICO, diz que “Os números são impressionantes e falemos apenas do campeonato, sendo que o
Benfica (que tem um compromisso em Londres na próxima quinta-feira com o
Tottenham, a contar para a Liga Europa) tem mostrado força semelhante nas
outras competições. Depois de um início de época algo engasgado, o Benfica
alcançou uma regularidade de resultados e exibições, mesmo depois de ter
perdido Matic na reabertura do mercado. Nos últimos cinco jogos, cinco
vitórias, oito golos marcados e zero sofridos, uma constância que os
adversários não conseguem acompanhar. Depois desta jornada, este já não é um
campeonato para os outros conquistarem. É um campeonato que só o Benfica é que
pode perder. Benfica acabou
com o trauma à primeira aceleração - PÚBLICO
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