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registado esta manhã às o7.10 - No Outono, hora de Verão, é às oito horas em ponto. Com leitura de poemas
de Friedrich Holderlin e Herberto Hélder - Amanhá lemos também Manuel Daniel e Olinda Beja
SEM GRANDE ESFORÇO, TAMBÉM ALI PODE FAZER A SUA ÁUREA SOLAR, IMITANDO AS ESTAMPILHAS SAGRADAS OU SENTAR-SE NA PEDRA DA AUDIÇÃO, SITUADA AO LADO - AUTÊNTICA CÂMARA DE RESSONÂNCIA EXTRA-TERRESTRE E FAZER UM PEDIDO DEVOTO AOS CÉUS!
Por essa razão, é dando voz à poesia que vamos saudar o nascer do sol do primeiro dia primaveril . A cerimónia tem início às 07.00 horas da manhã, momento em que o sol atravessa a gruta do enorme penedo. Com a leitura de poemas de Herberto Helder Friedrich Hölderlin . Olinda Beja e Manuel Daniel (a que já nos referimos, várias vezes neste site), o poeta filho destas terras da beira transmontana e alto duriense, do granito e do xisto, das amendoeiras em flor e de tantos outros temas que interpretam o sentir e a alma das nossas gentes.
Ondina Beja encontra-se, actualmente, no estrangeiro, onde leciona. Nasceu em São Tomé, é filha de pai beirão e mãe crioula santomense. Veio para Portugal ainda criança, a sua poesia consegue estabelecer o elo entre o cruzeiro do sul e o cruzeiro do norte. Está na primeira linha das nossas preferências nos Templos do Sol
O Inverno do nosso inferno frio e chuvoso, parece
já ter ido. A temperatura aumentou, tem havido um sol esplendoroso! O
tempo anda variado, tal como andam os novos tempos, mas, para já, mais um ciclo
solar se completa e outro se inicia, em paridade equacional de luz e de trevas,
com os dias a crescerem e as noites a minguarem. Pela aldeia e pelos
campos, o ar está impregnado do perfume das giestas floridas e de outras flores
campestres, pairam pela atmosfera aromas inebriantes, respiram-se essências que nos transmitem uma
harmonia terreal e celeste de paz e tranquilidade
Sem dúvida, um autêntico altar, que se ergue no extremo de um recinto amuralhado e com vista predominante sobre o maciço rochoso dos "Tambores", próximo de um antigo castro e dentro do perímetro do Parque Arqueológica, a curta distância da Pedra do Solstício, orientada no sentido nascente-poente.
Visto detrás, de costas para nascente, assume a forma de um gigântico crânio, que é atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no preciso momento em que o Sol nasce.
AS ANDORINHAS JÁ CHILREIAM E ALEGRAM OS ARES
As andorinhas também já chegaram. Pois já me dei conta, ao entrar em casa, agora à noite, pela porta debaixo da sacada, que há uma andorinha que ali pernoita., junto à antiga arca de azeite e arca do centeio e trigo e pia das azeitonas, e onde também os meus avós maternos e os meus pais, tinham os tunéis de vinho. Agora a casa está desabitada, dos seis que éramos, só estou eu e mais o meu irmão mais novo e ninguém aqui vive. Há dois anos, no Verão, encontrei uma cobra no sobrado, no piso de cima. Felizmente não me tenho apercebido de ratos, senão das andorinhas. Aquela que agora encontrei, pelos vistos, estranhou a minha presença mas. certamente, depressa se vai acostumar, já que nunca me importei de haver ali ninhos - Sujam o chão mas é um consolo assistir a mais este maravilhoso milagre da natureza e da criação.
Há as que preferem os beirais, outras as grutas da pedras mas esta é intrinsecamente uma espécie de andorinha ainda mais caseira - É das que fazem o ninho nos sótãos e nos entram pela casa adentro, como se fizessem parte da nossa família. Partem em Setembro, e antes de regressarem ao Norte de África, tanto as mais caseiras como as dos beirais, é uma alegria vê-las a chilrear, em jeito de despedida, pousadas nos fios dos telefones ou dos cabos eléctricos. De tal maneira se distribuem que até parece que prefiguram notas musicais - Sim, pois que seria a primavera sem o esvoaçar e alegria das inconfundíveis andorinhas!
Há as que preferem os beirais, outras as grutas da pedras mas esta é intrinsecamente uma espécie de andorinha ainda mais caseira - É das que fazem o ninho nos sótãos e nos entram pela casa adentro, como se fizessem parte da nossa família. Partem em Setembro, e antes de regressarem ao Norte de África, tanto as mais caseiras como as dos beirais, é uma alegria vê-las a chilrear, em jeito de despedida, pousadas nos fios dos telefones ou dos cabos eléctricos. De tal maneira se distribuem que até parece que prefiguram notas musicais - Sim, pois que seria a primavera sem o esvoaçar e alegria das inconfundíveis andorinhas!
ALMAS POÉTICAS E PAGÃS - DESDE QUE O HOMEM É HOMEM
"Em todas as Eras tem havido mulheres e homens cujas almas tem sido profundamente tocadas pela Natureza, pessoas para as quais as estrelas falam do seu gracioso silêncio, para as quais a Lua não é só um corpo celeste, para as quais as plantas e os densos bosques são como catedrais da alma” – Este pensamento é atribuido aos pagãos mas, a bem dizer, a todos o corações poéticos. O Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira, alinhado com o nascer do sol dos Equinócios da Primavera e do Outono, é um dos lugares onde, desde as mais recuadas eras, os povos celebram o ciclo das estações e se entregam ao culto da Mãe-Natureza.
Calendário pré-histórico - Situado no
Monte dos Tambores Mancheia da aldeia de Chãs de Vila Nova de Foz Coa - está
alinhado com o pôr do sol no solstício de verão - o vídeo foi gravado, 22 de
junho. Um dia após a festa do solstício. Esta enorme pedra tem uma forma
esférica. Está em perfeito alinhamento com o momento em que o sol se esconde a
borda das colinas com vista para o vale e um pequeno buraco circular a poucos
metros para o leste. A pedra tem a forma de um busto humano é observado no lado
sul ou o norte.
No passado, quando as pessoas regiam as suas vidas com os ciclos lunares e solares, vivendo em perfeita comunhão com a Natureza (mesmo sem os conhecimentos que hoje dispomos - e quem sabe senão o de outros mais avançados que entretanto se perderam) , eles tinham os seus próprios calendários astronómicos e, pelos vistos, em perfeito alinhamento com a entrada de cada estação, a avaliar pelos muitos testemunhos existentes em diversos pontos do globo
Vários investigadores têm-se debruçado sobre o estudo dos dois monumentos megalíticos: um apontado aos Equinócios e outro ao Solstício do Verão. Desde o historiador Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que foi quem primeiro classificou a Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, como local de culto ou de sacrifícios, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". Por sua vez, Prof. Moisés Espírito Santo, autor da Sociologia das Religiões, deslocou-se, por duas vezes, ao local, tendo oferecido à Comissão Organizadora, um importante estudo da toponímia da área envolvente, concluindo que alguns dos nomes se relacionam com o culto do sol. Outro dos entusiastas pelos dois calendários pré-históricos, tem sido o astrónomo Máximo Ferreira, que também já ali dirigiu em visita de estudo. Quem veio propositadamente da Austrália, com o objectivo de fazer um levantamento sobre a Radiestesia dos sítios, foi o inglês Tom Graves, Agulhas de Pedra - A Acupunctura da Terra
“Será que existiram outras civilizações, e terão sido elas superiores à nossa? Terão desaparecido por completo, levando consigo homens e coisas, engolidas pelas ondas abissais da História, ou terão, pelo contrário, deixado os seus restos, os seus restos calcinados pelo sopro abrasador dos ventos seculares, espalhados um pouco por toda a parte? Eis outras tantas hesitações e questões reveladas pela leitura da especialidade.
E põe-se ainda outra interrogação: dever-se-á falar de civilizações ou de uma só civilização? Pois encontram-se megálitos dispersos por todo o globo.
(…) E, entre estes , temos Stonehenge, esse cículo de gigantescas pedras erectas, levantadas, pelo menos, uns quinze séculos antes de Cristo, existente em Inglaterra, perto de Salisbury. Desde sempre que este enorme monumento intrigou os arqueólogos, mas eis que já há , agora, quem se interrogue sobre se não se trataria de uma espécie de ordenador gigante, de uma genial simplicidade, capaz de calcular, por meio de manipulações extremamente simples, a data dos eclipses e toda uma série de fenómenos astronómicos .” – Questão levantada por Patrick Ferryn e Ivan Verheiden, no seu livro “As Pedras e a Escrita.
(atualização)
PÚBLICO - "O poeta Herberto Helder morreu, aos 84 anos, na segunda-feira em Cascais. O poeta que nasceu em 1930 no Funchal morreu em casa. As causas da morte não foram reveladas. Era considerado o maior poeta português da segunda metade do século XX. A cerimónia funebre realiza-se na quarta-feira e vai ser reservada à família, segundo comunicado da Porto Editora.Morreu o poeta Herberto Helder
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