. O que dizem os Brasileiros: "Novo
Acordo Ortográfico
visa simplificar as regras ortográficas da Língua Portuguesa e aumentar o
prestígio social da língua no cenário internacional Sua
implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: 2009 – vigência ainda
não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa dos livros didáticos às novas
regras; e a partir de 2013 – vigência obrigatória em todo o território
nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo Ortográfico” já se encontrava
assinado desde 1990 por oito países que falam a língua portuguesa, inclusive
pelo Brasil, mas só agora é que teve sua implementação. -
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já
que uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia é apenas um aspecto
superficial da escrita da língua, e que as diferenças entre o Português falado
nos diversos países lusófonos subsistirão em questões referentes à
pronúncia, vocabulário e gramática. Uma língua muda em função de seus falantes
e do tempo, não por meio de Leis ou Acordos. Novo Acordo Ortográfico Descomplicado
CONTINUA O FOLHETIM ORTOGRÁFICO -
“O Parlamento aprovou esta
sexta-feira a recomendação ao Governo para que crie um grupo de trabalho no
âmbito da Presidência do Conselho de Ministros para fazer o acompanhamento do
acordo ortográfico. O texto foi proposto pelos deputados centristas José
Ribeiro e Castro e Michael Seufert e pelo social-democrata João Mota Amaral.Deputados
querem passar para Governo o ónus da análise aoacordo ortográfico
“Para a maioria dos alunos do
1º ciclo do ensino básico, estranho é escrever “Egito” ou “ótimo” com a letra
“p” – Escrevia, ontem, o DN, sob o título “Acordo ortográfico é realidade nas
escolas desde 2011/2012” – Este diário, que adotou o acordo com o Globo) refere
que “no que respeita ao sistema educativo, o acordo Ortográfico há muito que
deixou de ser uma questão em aberto. Nas escolas, a nova grafia é aplicada
desde 2011/12. Ou seja: há dois anos letivos e meio, sendo que para muitos
alunos é já a única forma de escrever em português que conhecem”
Pois assim não entendem
alguns puristas da língua portuguesa, bem como uns quantos deputados, que se
desunham em fazer marcha atrás – Recusando aceitar algumas normas simplificadoras, já aprovadas pelos países da lusofonia, no Governo de Cavaco Silva, como se tal instrumento pudesse constituir algum atentado linguístico - Vendo, porventura, em tal acordo, algum insulto que o portuga, passe a usar
alguns aspectos da mesma ortografia do brasuca.
Nós, do continente, mais os madeirenses e os açorianos, sim, estima-se que sejamos aí uns 10 632 482 falantes, nada que se compare aos 200 milhões de habitantes no Brasil, calculados em 2013 todavia, assiste-nos o pleno direito de sermos óptimistas e extraordinariamente activos, com o “p” reforçado, poucos mas orgulhosamente sós, tal como profetizava o botas: Orgulhosamente Sós"
Nós, do continente, mais os madeirenses e os açorianos, sim, estima-se que sejamos aí uns 10 632 482 falantes, nada que se compare aos 200 milhões de habitantes no Brasil, calculados em 2013 todavia, assiste-nos o pleno direito de sermos óptimistas e extraordinariamente activos, com o “p” reforçado, poucos mas orgulhosamente sós, tal como profetizava o botas: Orgulhosamente Sós"
VIDA-E-TEMPOS.COM SEGUE OS NOVOS
TEMPOS MAS NÃO DESCURA: a metaphysica e a esthética do passado
Sim, é verdade, as palavras também se comem: há palavras amorosas, gostosas ou odiosas - Por isso, há, também, muito quem goste de enrolar todas as vogais e consoantes no céu de boca como quem chupa um gelado de chocolate. Por mim, prefiro soltá-las e escrevê-las livremente a ter que enrolá-las com todos os adornos desnecessários
Ecos:Acordo ortográfico - o debate exagerado…Expresso poupa letras e adota acordo ortográfico - Expresso.pt
Ecos:Acordo ortográfico - o debate exagerado…Expresso poupa letras e adota acordo ortográfico - Expresso.pt
(auto-retrato de Peregrino da Luz nos seus devaneios místico-artísticos)
Não venho aqui, propriamente alongar-me com a polémica, pois a minha opção, há muito está tomada: como tenho por há hábito estender-me nos meus textos, gostaria de poupar energias e não ter que premir, no teclado do meu computador, algumas letras absolutamente desnecessárias. Sou português, nado e criado numa portuguesíssima aldeia da chamada beira transmontana, mas gostaria de aproveitar a atualidade do tema para lembrar, aos nossos deputados e governantes, que, não só os mirandeses, têm o direito a oficializar o seu dialeto, há que criar tantos dicionários, como quantas as especificidades linguísticas do nosso país – sobretudo, não esquecer de reforçar o nome de Viseu, com duplo ss, de outro modo seria um atentado à memória do corajoso pastor dos Montes Hermínios, já por si ultrajada por há muito se ter esquecido e renegado o seu dialeto - Isto para já não falar das diversas metamorfoses linguísiticas que sofreram os versos de Camões
PESSOA, TAL COMO PENSAVA E ESCREVIA
NO SEU TEMPO
“Faz por agir como os outros e pensar differentemente d’elles. Não cuides que há relação entre agir e pensar. Ha opposição. Os maiores homens de acção teem sido perfeitos animaes de intelligência. Os ousados pensadores teem sido incapazes de um gesto ousado ou de um passo fóra do passeio” – Fernando Pessoa.
“Faz por agir como os outros e pensar differentemente d’elles. Não cuides que há relação entre agir e pensar. Ha opposição. Os maiores homens de acção teem sido perfeitos animaes de intelligência. Os ousados pensadores teem sido incapazes de um gesto ousado ou de um passo fóra do passeio” – Fernando Pessoa.
“Quantos géneros de ficções há?”
– Perguntava e respondia, Fernando Pessoa
- “as que formam a religião e metaphysica, as que formam a moral e os
costumes e as que formam a esthética”
…”os maiores poetas da
humanidade são também os mais humanos, e porque são os mais humanos são os maus
universaes
Sucede, porém, que quanto mais
nos approximamos da universalidade mais nos afastamos da particularidade. O
poeta que, no seu tempo, mais se approxime da universalidade humana, é, por isso mesmo, o
que mais se afasta do espírito d’esse seu tempo, a não ser que nelle haja
elementos acessórios que, por si, o approximem do tempo me que vive. Shakespeare,
o mais humano e universal dos poetas, não foi comprehendido no seu tempo senão como creador de figuras cómicas.(…)
Resulta de aqui que, quanto
maior é o poeta, menos será comprehendido no seu tempo, ou, pelo menos, na sua geração.
A bem da nossa ”civilização
christã”
“A fé que originariamente expandimos foi, não
a christã em geral , mas a catholica em
particular. Desde logo se deve concluir que a expansão do catholicismo continua
a ser uma das nossas missões imperiais.
Sucede, porém, que nem nas
circumstancias geraes da Europa, nem nas nossas em particular, são as mesmas do
que quando fizemos, e sobretudo quando iniciámos, os nossos descobrimentos e
conquistas. Naquelle tempo , primeiro na generalidade da Europa, depois na
particularidade , não só nossa mas da
maioria dos paizes, catholiscismo e chistianismo estavam consubstanciados ,
e com elles consubstanciada a rêde de
actividades a que chamamos civilização. Uma missão civilizacional podia pois
considerar-se como naturalmente
incluente (incluindo) uma dilatação do
catholicismo.
EPITAPHIO
Christãos! Aqui já no pó da sepultura
Uma jovem filha da melancholia
O seu viver foi repleto de
amargura
Seu rir foi pranto, dor sua
alegria.
Quando eu me sento á janela
Pelo vidros qu’a neve embassa
Julgo ver imagem d’ella
Que já não passa, não passa.
OS ENIGMAS DO UNIVERSO – POR ERNTESTO
HAERCHEL - Excertos extraídos diretamente do livro, traduzido para a língua portuguesa em 1926
Escrevia Ernst Haeckel , (traduzido no linguarejar do seu tempo), que a “A origem e a primeira apparição do individuo humano tanto o corpo como a alma – passavam ainda, no começo do século XIX, por ser segredos absolutos. (….) Mas a physicologia de então, desviava decididamente estes dados empíricos, que se podiam immediatamente demonstrar com a ajuda do microscópio- e atinha-se firmemente ao dogma tradicional da preformação embryonária
(…) Leibnitz aplicou muito
logicamente a esta teoria do encaixe á alma humana; denegou-lhe um
desenvolvimento verdadeiro.(…) Assim eu pretendo que as almas, que hão de vir a
ser um dia alma, estavam presentes no esperma, assim como as de outras
espécies; que ellas existiram sempre, sob a forma de corpos organisados, nos
antepassados até Adão, isto é desde o começo das coisas”. Idéas analogas persistiram , tanto na biologia como na
philosophia, até por 1830, epocha em que a reforma da embryologia por Baer lhes deu o golpe mortal. Mas no
domínio da psychologia souberam manter-se, mesmo até aos nossos dias, não
representam senão um grupo d’essas
numerosas e estranhas idéas mysticas que ainda hoje se encontram na ontogenia
da alma.
MYTHOLOGIA DA ORIGEM DA ALMA –
As informações precisas que adquirimos
n’nestes últimos anos pela
ethnologia comparada ,
relativamente á maneira como se formaram
os diversos mythos nos antigos povos civilisados e nos povos primitivos actuaes, são também de
um grande interesse para a psichogenia
(…) enviamos os leitores para a excellente obra de A. Svoboda: as formas da crença (1887). Do ponto de visto do seu contheudo scientifico ou poético, os mythos psychogeneticos pódem ser classificados, de maneira seguinte, em cinco grupos: 1 Mytho da metempsychose: a alma existia antes no corpo d’um outro animal e não faz senão passa d’este para o corpo do homem; os sacerdotes egypceios, por exemplo, affirmavam que a alma depois da morte do corpo, errava atravez de todas as especies animaes e, depois de três mil annos, reentrava num corpo humano.
(…) enviamos os leitores para a excellente obra de A. Svoboda: as formas da crença (1887). Do ponto de visto do seu contheudo scientifico ou poético, os mythos psychogeneticos pódem ser classificados, de maneira seguinte, em cinco grupos: 1 Mytho da metempsychose: a alma existia antes no corpo d’um outro animal e não faz senão passa d’este para o corpo do homem; os sacerdotes egypceios, por exemplo, affirmavam que a alma depois da morte do corpo, errava atravez de todas as especies animaes e, depois de três mil annos, reentrava num corpo humano.
(…) O germen feminino, o óvulo,
e o crepusculo fecundante masculino, o espermatozoide , são simples cellulas .
Estas cellulas vivas poussuem uma somma
de propriedades physiologicas que
reunimos sob o termo d´alma cellular .
(…) Quando duas especies de cellulas, em consequencia da cópula , veem
a encontrar-se, ou quando são postas em contacto por uma fecundação artificial
(por exemplo nos peixes) attrahem-se
reciprocamente e abraçam-se
estreitamente. A causa d’esta attracção
cellular é de natureza chimica …
_ Excertos do livro “ENGMAS DO UNIVERSO” de Ernesto Haeckel
ACORDO NÃO É RECEBIDO PACIFICAMENTE: GERA GRANDES PAIXÕES – MAS NÃO SERÁ PELA VIA DOS PRECONCEITOS E DAS CONTRADIÇÕES QUE A LÍNGUA PORTUGUESA PODERÁ CUMPRIR O SEU IDEAL E TORNAR-SE UM IMENSO PORTUGAL
ACORDO NÃO É RECEBIDO PACIFICAMENTE: GERA GRANDES PAIXÕES – MAS NÃO SERÁ PELA VIA DOS PRECONCEITOS E DAS CONTRADIÇÕES QUE A LÍNGUA PORTUGUESA PODERÁ CUMPRIR O SEU IDEAL E TORNAR-SE UM IMENSO PORTUGAL
Estava longe de imaginar que o acordo ortográfico tocasse tão
profundamente os sentimentos pessoais Talvez o facto de ter vivido 12
anos em S. Tomé (África) me tivesse dado algum distanciamento sobre a forma de
encarar esta questão. Mesmo ainda no tempo em que o regime vigente persistia na teimosia de ser colonialista. – E porquê? Porque me habituei a olhar para Portugal, não
como um império colonial mas como uma parcela de uma certa lusofonia ou
lusitanidade. Não no sentido intrinsecamente nacionalista mas universalista. Em
que, Portugal – para cumprir eficazmente o seu destino, tal como diz a canção
– longe de acalentar preconceitos coloniais, mas de humildemente reconhecer as
suas fraquezas e as suas virtudes e não arvorar-se o campeão da língua
portuguesa.
Pois há que reconhecer que, sem o contributo do português falado pelas antigas colónias, o que era, afinal, a nossa língua?!...Naturalmente que menos enriquecida e conhecida mundialmente. Ora, se se pretende algum entendimento em termos de ortografia, é indispensável que haja consensos de parte a parte – E, pelos vistos, fica-se com a impressão, a avaliar pelas paixões desencadeadas, de que os demais países de expressão portuguesa é que têm que submeter -se aos nossos caprichos linguísticos ou nacionalistas
Pois há que reconhecer que, sem o contributo do português falado pelas antigas colónias, o que era, afinal, a nossa língua?!...Naturalmente que menos enriquecida e conhecida mundialmente. Ora, se se pretende algum entendimento em termos de ortografia, é indispensável que haja consensos de parte a parte – E, pelos vistos, fica-se com a impressão, a avaliar pelas paixões desencadeadas, de que os demais países de expressão portuguesa é que têm que submeter -se aos nossos caprichos linguísticos ou nacionalistas
Já depois de ter editado este post, recebi um e-mail de um grande
amigo, de um dos homens mais cultos e que mais tem pugnado pelos valores
culturais do meu concelho e região – que teve a amabilidade de me enviar por e-mail o seu comentário, a que
já agradeci – Afirmando-me que “Quanto à
ortografia, nunca adoptei esta que foi imposta (para as escolas por
portaria ou decreto. E tem sido a nossa língua" a Pátria
Portuguesa"! ( Pessoa)
Tal como tive oportunidade de lhe
responder, confesso que hesitei editar o post sobre o acordo ortográfico. Pois
o assunto divide muito as opiniões. E, pelos vistos, acaloradamente. Tendo-lhe
dito que “Um amigo meu, que é pintor, também tem a sua opinião - Em relação à
preservação da nossa língua pátria. Confesso que eu tenho uma opinião
diferente. Concordo consigo, quando me diz que estas coisas não podem ser
impostas por decreto. Sim, é verdade. Mas, havendo necessidade de haver algum
acordo, havia que ser formalizado pelos governos dos países.
Pessoalmente, vejo muitas vantagens em
nos aproximarmos do povo irmão brasileiro. O português falado por uma população
de 200 milhões evolui muito mais de que ser por 10 mil. Os brasileiros são por
natureza mais expansivos e alegres - basta viverem num país tropical. Até na
vocalização das palavras. De forma mais aberta e quase soletrada. Enquanto o
nosso falar tende a ser mais fechado, não é tão sonante. Daí eles próprios não nos entenderem e chegarem
a dobrar os nossos filmes ou telenovelas. A língua não é estática,
evolui, sofre as naturais alterações. E eu creio que só temos a ganhar se nos
unirmos à grande nação brasileira. Pois, se assim não for, se não houver um acordo, não tarda que
o Brasil se distancie de nós e declare o brasileiro como a sua língua - E
depois que importância temos nós, em termos linguísticos no contexto cultural, económico e
linguístico das nações? - Vamos ficar com o nosso orgulho? - Orgulhosamente sós?!..
Obrigado, uma vez mais, pelo seu amável comentário,
que serviu ao mesmo tempo para eu também me alongar nas minhas reflexões, que
vou aproveitar para acrescentar ao texto, já editado - Um abraço amigo
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