(não perca a excelente reportagem fotográfica de Adriano Ferreira, sobre o desfile etnográfico de Vila Nova de Foz Côa, que contamos editar na postagem seguinte)
Quem
corre por gosto não cansa. Num passeio não se corre, caminha-se e, mesmo que os
caminhos sejam velhos trilhos, ora
subindo ora descendo ou vice-versa, se a paisagem for de encher o olhar,
dificilmente haverá lugar para
canseiras. E terá sido o que se passou com os caminheiros, que demandaram os montes de granito e de xisto, desde a colina
do Castelo de Numão, até à Quinta do Vesúvio – Mas que paisagens mais
fantásticas!
Há tantos sacrifícios e tanta história esquecida por estes trechos maravilhosos!
Tal
como explicamos, numa das anteriores postagens, e, com muita pena nossa, não
nos foi possível deixar a capital e estar presente, neste último fim-de-semana,
ou seja, nos últimos dias do encerramento da Festa da Amendoeira em Flor. Todavia,
avaliar pelas imagens que pudemos admirar, concluímos que o programa foi
realmente muito aliciante e variado. Houve passeios pelos campos e um muito participativo e concorrido desfile
etnográfico-alegórico, que percorreu as principais avenidas e ruas de Foz Côa,
do qual contamos referi-nos no post
seguinte, graças à amável colaboração do nosso amigo Adriano Ferreira, que teve
a gentileza de nos enviar uma excelente seleção de fotos. Mas, para já, vamos reportarmo-nos
ao II Percurso Pedestre - Numão em Flor rumo
ao Vesúvio., tomando a liberdade de aqui editarmos algumas das maravilhosas
fotos do blogue Foz Côa Friends Associação, bem assim excertos
dos testemunhos desse magnífico passeio, que foi, de facto, de encher o olhar!
DEPOIS DE BEM RECEBIDOS, LÁ
FORAM POR VEREDAS E SOCALCOS EM DEMANDA
DO DOURO MARAVILHOSO
Nestas coisas não se pode
ir de barriga a dar horas, há que confortar primeiro o estômago, assim fizeram
os ousados e bem-dispostos caminheiros – E não há como um bom mata-bicho: “Recebidos no Centro Interpretativo, que
revisitámos, e recomendamos, recebemos o primeiro brinde, pelo anfitrião e
Amigo José Fernandes, em representação da Junta, que nos convidou a tomar
agradável ' mata - bicho '.
"Reunido o Grupo e
feita a foto de memória, percorremos ruas da Vila rumo ao Castelo, agora ainda
mais belo pela intervenção de limpeza que acaba de ser feita" - Registada a foto da
praxe, ei-los, antes de se fazerem à caminhada, a desfilar alegres e prazenteiros pelas ruas
da vetusta freguesia, com origem antiquíssima, agora uma pequena e graciosa aldeia mas noutros tempos uma urbe importantíssima - Assim reza a história que “As condições
geomorfológicas propiciaram a fixação humana no local desde remotas eras,
tendo-se encontrado vestígios desde o Neolítico final à época romana. Assim,
pretenderam alguns autores que o topónimo derivasse da palavra pré-romana
“Nauman”, significando “cidade forte” relacionada com penedias, chegando alguns
eruditos do século XVIII e XIX a localizar aqui a famosa Numantia dos celtiberos,
conquistada pelos romanos em 133 a.C. e que hoje unanimemente se considera ser
próximo de Soria (Espanha); outros afirmam que poderá antes derivar do nome
pessoal árabe “Numãn”, sendo testemunho da ocupação islâmica" Castelo de Numão - Direcção Regional de Cultura do Norte
Bom, mas esses tempos, já lá vão –
Agora, há que ir ao encontro da memória e passear por lugares, que nunca
deixaram de fazer história. Umas vezes de lutas guerreiras, outras de sacrifícios
e de canseiras - E, pelos vistos, valeu
a pena terem descido até à quinta do Vesúvio, onde foram bem recebidos e
guiados pelo caseiro, Sr. Agostinho,que
lhe mostrou a adega e os lagares, após o que houve lugar a uma apetitosa merenda, tendo como pano de fundo uma das mais
belas e tranquilas albufeiras do Douro
E, naturalmente, tendo corrido tudo às mil
maravilhas, havia que que felicitar e dar os parabéns a quem os merece – E foi o
que fizeram os Foz Côa Friends Associação, através do seu blogue – Pois, é bem sabido, que, nestas coisas, a
união faz a força. "Felicitamos a Helena Gonçalves,' alma do evento ' , o Amigo José Fernandes,
pela Junta, o guia José, a População pela forma elevada e carinhosa como nos
receberam e saudamos o Grupo do qual já temos saudades. - Mais pormenores e fotos em http://fozcoafriends.blogspot.pt/2014/03/ii-caminhada-numao-em-flor-numao-vesuvio_11.html
IV Passeio "Raid
Terra das Tomatas" – Ou mais uma nova Caminhada
de “Piscar os Piscos”
Não temos as imagens
deste último passeio aos Piscos, na manhã de sábado passado, mas acreditamos
tenha sido igualmente aliciante, tal como fora o organizado por ocasião de São
Martinho.
Pois, é bem verdade: quando “Deus quer, o
homem sonha, a obra nasce. Assim pensava o
poeta Fernando Pessoa, e assim também terão pensado meia dúzia de carolas da
dinâmica Associação, que tem sido a alma de interessantes caminhadas culturais
– E de muitos outros eventos. Até mesmo na participação do desfile etnográfico.
Em ambos os dias, não deixaram de dar o seu extraordinário contributo
Mas veja o leitor
como se organiza um lindo passeio – sim, pois é sensação que nos transmitem as fotografias, da caminha
aos Piscos, em Novembro passado –
Recorda, Carmem Guerra, que subscreveu o post “Piscar os Piscos” que “Há tempos, em
conversa de Amigos, surgiu a ideia de uma caminhada cultural de Muxagata aos
Piscos. Unindo vontades e Instituições, Fundação Côa Parque, Junta de Freguesia de Muxagata e Amigos do Concelho ‘ FozCôa Friends, Associação ‘, aprazou-se o dia 9, Sábado mais próximo de S.
Martinho para recolhermos a protecção do dito verão, que fez jus à crença e nos
brindou com resplandecente sol e calor.
Recebidos pela Senhora
Presidente, D. Adelaide, à hora aprazada, demandámos a frontaria da porta onde
estão gravados o Mocho e as Gatas, que dão corpo a uma das origens do nome da
Localidade”Mais pormenores e imagens em http://fozcoafriends.blogspot.pt/2013/11/caminhada-piscar-os-piscos.html
E, de novo, ali voltaram
outros caminheiros, agora a pretexto do roteiro à terra das tomatas, pois, conquanto
os montes não mudem, há sempre renovados cambiantes nestas espantosas paisagens
)
TERRA DOS BONS TOMATES OU DE BOAS TOMATAS E DE FALOS HISTÓRICOS
Não esquecer que, além de bons tomates, ou
tomatas, já os homens do paleolítico, se diziam bem avantajados - De tal sorte que assim o quiseram testemunhar na pedra à posteridade - Pois dizem os estudos arqueológicos, acerca do Homem de Piscos e seu gigante falo, de que se trata de "uma raríssima representação
paleolítica de uma figura antropomórfica, a do “Homem
de Piscos” (no mundo inteiro deve haver no máximo uma dezena). Gravado
e revestido pela técnica filiforme, com 63 cm de altura e 22 cm de largura, com
cerca de 10000 a.C., com crânio de nuca saliente, boca aberta extasiada e
um sexo desmesurado em ejaculação. A relembrar aos vindouros que a sexualidade
é uma necessidade vital prazenteiro, um acto transcendental, sendo em algumas
sociedades também um acto religioso. O que desejaria o nosso coevo artista
comunicar?"
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