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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Rui Reininho: «Sou Um «gajo» do Porto”, com raízes em Vila Nova de Foz Côa – 25 de Abril: “Foi o começo do uso da palavra na minha veia musical”, declarou hoje ao DN - Mas de que vale cantar o céu azul e o sol sempre a brilhar” se até a eletricidade só já aquece a bolsa do cartão dourado pra nos tramar. – "Que tudo vá pró inferno!"


E PORQUE HOJE É SEXTA-FEIRA - AÍ TEMOS A MEMÓRIA DOS "GNR" -  UM DOS MAIS EMBLEMÁTICOS GRUPOS MUSICAIS PÓS 25 DE ABRIL - DE QUE RUI REININHO ERA A FIGURA DE PROA DO POP ROCK PORTUGUÊS - COM RAÍZES NO XISTO DO DOURO E DO CÔA



A voz, o percurso e o perfil de Rui Reininho, fazem dele uma das figuras mais carismáticas no panorama da música  pop-rock português, pós 25 de Abril – Para as pessoas da sua geração, e mais velhas, ele é como que a voz que ainda nos faz recuar ao romantismo da Revolução dos Cravos, de que nem tudo está perdido – Pelo menos enquanto nos soarem as canções e os sons que alimentaram os sonhos e o acordes da liberdade – A verdade é que a situação, económica, política e social, que se vive,  vai  de vento em popa aos milionários, enquanto a maioria aperta o cinto.  Multimilionários portugueses são mais e cada vez mais ricos...... Três portugueses integram lista dos mais ricos do mundo, 

Conheço o Rui Reininho, tal como Rui Veloso e outras vozes que surgiram na ribalta, com a o dealbar do 25 de Abril, nomeadamente, nos anos 80, quando estes e outros artistas eram as grandes vozes da Rádio Comercial, onde eu trabalhava e foi das primeiras estações radiofónicas a populariza-los.

Voltei a encontrar-me com o Rui Reininho, há uns tempos, no Bairro Alto – Foi no mês de Junho, uns dias antes da celebração do solstício do verão – Ao cumprimentá-lo, disse-lhe que gostaria que visitasse os Templos do Sol, nos arredores da minha aldeia, em Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa, a que ele, para minha agradável surpresa, me responde que, Foz Côa, era a terra dos seus avós paternos, que ainda lá tinha fortes laços familiares e que adorava Foz Côa – Um pretexto para logo me convidar a confraternizar com mais uns amigos, numa das típicas tasquinhas do popular bairro alfacinha - Posteriormente, encontrei-me com um dos seus parentes que me confessou igualmente esse vínculo familiar - Pormenores mais adiante ainda neste post



Uma das paisagens a caminho de Chãs para o Côa


Côa visto do alto do Monte Fariseu

 "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno "


 "ONDE ESTAVA NO 25 DE ABRIL?" -Esta a pergunta feita pelo Diário de Notícias, a Rui Reininho, no seguimento de um inquérito que este matutino está a  fazer acerca do 40º aniversário da Revolução dos Cravos 

“Foi o começo do uso da palavra na minha veia musical”


DN - Rui Reininho nasceu no Porto em 1955. Começou a carreira na música em 1977. Estudou Cinema. Em 1981 torna-se vocalista dos GNR. Desde então é a figura mais destacada da banda. Já gravou mais de 12 álbuns e escreveu mais de 200 canções.

DN de hoje:

"Onde é que estava no dia 25 de Abril?
Eu estava muito bem na caminha, a faltar ao primeiro tempo das aulas do secundário…
Qual foi a sua reação?
Quando cheguei ao Liceu António Nobre e não havia aulas, comentei que o golpe militar com o então general Spínola à cabeça só poderia ser uma manobra de extrema-direita, pelo que decidi apressar a minha fuga para a Bélgica, onde já estava a tratar do exílio.
Que episódio o marcou mais?
O cerco e tomada da PIDE/DGS pelas forças populares, na vizinhança do Cemitério Prado do Repouso [no Porto], a escassos cinco minutos da casa dos meus pais.
Qual é a figura que na sua opinião marcou o 25 de Abril?
O modo mediático e prático como o Dr. Mário Soares se apropriou da revolta foi fantástico.
O que mudou na sua vida pessoal?
Acabou o meu desejo de faltar à incorporação nas Forças Armadas, alargando os contingentes nas colónias. Começou uma senda inspiradora de ação de rua, que era clandestina e intramuros, e foi o começo do uso da palavra na minha veia musical.
O que de positivo trouxe o 25 de Abril?
Foi tudo positivo. Mesmo o aparecimento de algumas doenças e mal-estar psíquico.
E de negativo?
Houve uma certa brandura de costumes, que ainda hoje permite a recrudescência e a arrogância da banca e dos oportunistas vigentes.
O que falta mudar?
O verdadeiro paradigma de liberdade e democracia, em vez do apregoado economicismo.
Ainda faz sentido falar nos ideais de Abril?
Sim. E de civilização e evolução.
O que acha quando se diz que Portugal precisa de uma nova revolução?
Eles acham que o verdadeiro dever do revolucionário é fazer a (sua, deles, nossa ) revolução. E quem sou eu para discordar?

Entrevista editada por Bárbara Cruz “Foi o começo do uso da palavra na minha veia musical” 

Rui Reininho-GNR-Pronúncia do Norte Festival Portugal



RUI REININHO QUE SE CUIDE – SE LEVANTA DEMASIADO A VOZ, CORTAM-LHE O PIO – QUEM CONTROLA A ELETRICIDADE EM PORTUGAL  TEM OLHOS DE BICO  E ORDENAM-SE COMO INCANSÁVEIS FORMIGAS - São pacíficas e ordeiras mas  também não gostam que alguém lhes perturbe o ninho e o carreiro .Luz em Portugal é das mais caras da Europa

Rui Reininho, num espetáculo recente, em jeito de ironia,  dizia que "não se pode falar de política" - E para quê?... Para correr o risco de, num dia destes, num próximo espetáculo, lhe desligarem a eletricidade e perder o pio
 EDP está quase sem acionistas portugueses

Veja-se a noticia de hoje, no mesmo jornal em que ele próprio é noticia: EDP está quase sem acionistas portugueses«A José de Mello vendeu ontem 2,6% do capital da EDP e gerou uma pequena revolução na empresa. Neste momento, a elétrica "nacional" está quase sem acionistas portugueses. Dos 10 investidores qualificados da EDP apenas dois são portugueses: a José de Mello que ficou agora com 2% e o BCP, que mantém os 2,63%. Os restantes oito são todos estrangeiros.  EDP está quase sem acionistas portugueses... Chineses receberam maioria dos 472 vistos "gold"


JOSÉ ANTÓNIO REININHO – RECENTEMENTE FALECIDO  EM FOZ CÔA – FALOU-ME DOS LAÇOS DA FAMÍLIA REININHO AO POPULAR MÚSICO, LETRISTA E CANTOR - PROPRIETÁRIO DESTA MAGNÍFICA QUINTA  - Onde, certamente, Rui Reininho, se a conhecesse,  poderia inspirar-se para mais uma das suas bem apalavradas e cantadas "pronúncias do norte"


Quinta do Reguengo - da Família Reininho - Vejam lá se não há ali uns traços fisionómicos!


Rui Reininho,
que completou 58 anos, no passado dia 10 de Fevereiro, é natural do Porto, filho de funcionário e mediador de seguros, fruto de uma ligação com a atriz Alexandra Leite In   Correio da Manhã 10/02/2013 -

 Todavia, pelo lado paterno, tem fortes laços com Vila Nova de Foz Côa, o seu  avô paterno, de origem espanhola, fixou-se no Pocinho, como funcionário da CP – Desse ramo familiar, descendia   José António Reininho, um dos mais prósperos e empreendedores vinicultores  do concelho de Vila Nova de Foz Côa – Proprietário da Quinta do Reguengo, situada na margem esquerda do Rio Douro, inserida no Vale Meão, onde se produz o famoso vinho da Barca Velha.

Mostrando-nos o retrato do patriarca Reininho

 Mas a vida dá as suas voltas, tal como os tempos, e, da última vez que estive com ele, em Agosto passado, encontrei-o à porta de sua casa,  queixando-se de problemas de saúde, queixando-se da crise e debatendo-se também com algumas dificuldades económicas. 

Tinha à sua frente uma cesta de fruta para vender, a quem passasse – Quando o questionara  como ia a sua quinta, onde o encontrara, nos finais da década de 90, a voltas com grandes túneis, numa antiga e enorme adega, respondeu-me que,  não tendo ninguém dos seus (pois só tem filhas) que quisesse continuar com as lides da lavoura, estava a pensar vendê-la. 

O Jornal O FOZCOENSE, de 1 de Abril, traz a notícia do seu falecimento, na secção de necrologia. Aproveito para apresentar à família enlutada os meus sentidos pêsames, pois, tratava-se, de facto, uma pessoa amável e muito considerada.





Na verdade, em  Foz Côa, o apelido Reininho, que não é muito comum, existe em várias famílias – 

Todavia, pelo que pude apurar apenas uma dessas famílias tem laços diretos com o famoso cantor Rui Reininho, é o Sr. José António Reininho, recentemente falecido, e a sua irmã – De resto, até no perfil físico, há grandes aparências. O avó do Rui (de origem espanhola) fixou-se em Foz Côa . Mas é de admitir também que,  nos demais Reininhos, possa existir algum parentesco – É uma questão que ainda não pude aprofundar.


Ravinas do Côa - Serviços Turismo e Aventura – Empresa de António Júlio Reininho

Embora não se confirmem os laços à família de Rui Reininho é curioso que, pelo menos, prevalece um certo espírito de ousadia e de empreendorismo – 

Por exemplo, o António Júlio Reininho, na imagem a escalar uma das escarpas do poio, além de ativo interveniente na política da autarquia local, é um arrojado e dinâmico empresário – Através da empresa Ravinas do Côa, organiza “Passeios de burro, Caminhadas, Canoagem, Escalada, Rappel, Slide, Passeios Todo Terreno, Passeios de Barco no Douro, Asinoterapia, Visitas às Gravuras do Vale do Côa, Passeios de Barco no Douro Internacional, Animação para grupos escolares, empresas e outros grupos Ravinas do Côa - Serviços Turismo e Aventura - Vila Nova 



 “Sou um «gajo» do Porto”. É assim que se define Rui Reininho, um dos nomes mais intimamente ligados ao pop-rock português. Aos 54 anos, com mais de mil espectáculos no currículo, o rosto e a voz dos GNR, que tem marcado a diferença no panorama musical pela sua irreverência, acaba de lançar um álbum a solo – Companhia das Índias. Adepto do FC Porto e das tripas, Reininho considera a vida como “um desporto radical”.  

Nascido no Porto, na Maternidade Júlio Dinis, ou “fábrica dos tripeiros”, como refere, Rui Reininho é o típico portuense. “Não sou bairrista mas tenho várias características tipicamente nortenhas, como a teimosia, o orgulho, a força de conquista e um certo forretismo tripeiro. Sou mesmo um «cabeça de granito»”, brinca. O cantor identifica-se totalmente com a cidade, tendo várias afinidades com os seus habitantes, embora não tenha a pronúncia cerrada que os caracteriza.
O Porto é a cidade onde cresceu e viveu as suas maiores experiências. Morava próximo ao Campo 24 de Agosto, frequentava a Avenida Rodrigues de Freitas – a rua das Belas Artes – onde fez as suas amizades e teve as primeiras namoradas. “Adorava as miúdas de Artes, eram excêntricas”, conta. A Baixa, mais propriamente a zona do Coliseu, Maus Hábitos – onde ensaiou diversas vezes – o Escondidinho, o Olímpia e o Piolho são locais de referência que lhe despertam saudade. Recorda os anos 70 como os mais activos devido aos vários conflitos ideológicos que se faziam sentir um pouco por toda a cidade. “Lembro-me bem das consequências dessas intervenções. Era engraçadíssima essa «guerra civil familiar»”. De acordo com o artista, a Baixa era um local cheio de vida que proporcionava convívios muito «freak».Tem saudades da juventude, quando se considerava indestrutível, apesar de ser mais feliz agora. “Deixei de ser tão ansioso e aprendi a ser mais controlado e equilibrado. Mas continuo a achar que sou um «ganda maluco»”. Grande parte dessa transformação advém da sua ligação às medicinas alternativas e à entrega à meditação, num espírito muito «zen».

Rui Reininho considera que tudo na vida tem de ser conquistado. “Os jovens têm de viver intensamente, a vida é que é o verdadeiro desporto radical. A Geração SMS não me cativa. A essência está no convívio entre as pessoas”.   Porto de conquistas Rui Reininho | Entrevistas - Viva Porto

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