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domingo, 20 de abril de 2014

Chãs – Hoje foi dia de Páscoa na minha aldeia – As festividades religiosas continuam a ser os únicos acontecimentos que quebram a rotina do resto do ano e mostram que a vida continua








 Hoje também  foi dia de Páscoa na minha aldeia - E, por sinal, com um tempo magnífico, bonitas abertas, contrariamente ao que sucedeu, lá por outras bandas  - Por aqui não chove muito e, muitas vezes, bem se precisava - Se bem que ainda não haja razões de queixa. Novelos grossos de nuvens brancas pelo céu, de onde em onde, mas nem por isso a toldarem um Domingo de Páscoa, pleno de brilho e luminosidade . 

Missa, seguida de procissão do adro da igreja à capela da praça, no alto do povo e daqui de volta ao adro da igreja. Depois o folar de casa em casa (com a tradicional mensagem de aleluia pelo pároco Bernardo) e o convívio entre os que estão e os que vieram das suas vidas, em França ou noutros pontos do nosso país. Mas cada vez menos. Não havendo nascimentos, não existindo renovação de gerações, o que se espera?....A agonia lenta do país profundo...E uma boa parte dos seus habitantes já esperam o seus dias nos lares
 
 



Por isso, as festas religiosas ainda continuam a  ser os dias grandes nas pequenas aldeias de Portugal, em vias de desertificação - E o único elo da diáspora conviver com familiares e amigos - Aldeia de Chãs um dos muitos exemplos num Portugal envelhecido. Natal, Páscoa, festa da padroeira, em Agosto, que marca também o regresso dos emigrantes em França, é quando a aldeia se renova e mostra, que, por enquanto, ainda existe - Até quando... Aqui deixo o registo de algumas imagens - especialmente dedicadas aos meus conterrâneos, que, por qualquer razão, não puderam aqui estar neste dia, revejam os que lhe são queridos e matem deste modo um pouco da saudade da ausência que não puderam suprir.












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