Está mais do que visto que este ano é o ano dos benfiquistas: o Campeonato está no papo: é festejado já no próximo domingo e a Taça de Portugal vai juntar-se na mesma assentada:– Só por milagre é que o Rio Ave poderia estragar a desejada festa no Jamor aos artistas de Jorge
Com a sementeira de amarelos que cedo começou
por ser distribuída por Pedro Proença, era suposto que alguém ia acabar por ser
expulso – Foi esta a impressão que cedo tive e não me enganei. Siqueira, aos 28 e, para não destoar, Quaresma, aos 88 –
Jorge Jesus, que fazia deste jogo a cereja no bolo que faltava, gesticulava
NOITE
DE GLÓRIA NO ESTÁDIO DA LUZ – MAS DEMASIADO
VIOLENTA PARA CARDÍACOS
A
Luz cedo começou a vibrar mas depois a vibração parecia voltar-se para o
adversário – Tais foram as emoções que, à saída do estádio, o silvo que mais se
destacava era o da sirene das ambulâncias, que vinham a dar assistência a alguns problemas
cardíacos, parecendo eclipsar as buzinadelas da festa, que circulavam nas imediações.
De
facto, a história do jogo é simples: em boa parte, mais confusão de que futebol. Mas também algum
futebol de alto recorte e impróprio para os que sofrem com a tensão alta:
Salvio ao 17 minutos reduziu a magra
vantagem que o Porto trazia do jogo nas Antas, colocou as duas equipas
empatadas e eletrizou o Estádio da Luz, que viria a empalidecer um pouco com os dois amarelos mostrados a Siqueira – E, como um azar
nunca vem só, Varela, que cedo começou a
mostrar os dotes de ser a alma portista,
confirma o seu talento aos 52 minutos, murchando ainda mais os fusíveis aos
corações dos diabos vermelhos, que
começavam a desesperar com assobios e bocas de toda a ordem, ao ponto de haver quem
perdesse a tramontana e toca de entrar dentro do campo para mostrar que tinha ali ido para ver o seu clube vencer.
O Estádio da Luz ainda chegou alimentar o sonho azul mas estava escrito que o Benfica não ia deixar escapar a sua festa
Reestabelecida imediatamente a ordem pelas forças de segurança, e como
a bola é redonda, em futebol tudo pode acontecer e , pelos vistos, a noite ia
ser de arromba para os benfiquistas
Aos 58’, Salvio é derrubado por Reyes . Jorge Jesus, endiabrado entra pelo campo adentro e faz questão de que seja Enzo a marcar o penalti. Como experiente e intuitivo que é, ele lá sabia de das razões de que só podia confiar no pé certeiro daquele jogador. Feito o 2-1, a esperança voltava a renascer por toda a arena.
Aos 58’, Salvio é derrubado por Reyes . Jorge Jesus, endiabrado entra pelo campo adentro e faz questão de que seja Enzo a marcar o penalti. Como experiente e intuitivo que é, ele lá sabia de das razões de que só podia confiar no pé certeiro daquele jogador. Feito o 2-1, a esperança voltava a renascer por toda a arena.
Mesmo assim, o resultado ainda era insuficiente: o Porto continuava em vantagem e teve tudo a seu favor para acabar vencedor: com mais um jogador em campo e com a possibilidade de cada golo valer como que a dobrar. Mas houve desnorte na equipa e até no treinador Luís de Castro, que não tardaria a ir fazer companhia a Jorge Jesus.
Ao 80
vem a estocada final – André Gomes, que habilmente desarma a
defesa portista, eleva ao rubro o Estádio da Luz e silencia por completo o
batuque da classe dos dragões, que rufavam lá pelo anel das alturas - É a consumação da grande festa que os benfiquistas mais desejavam e a grande oportunidade que os homens do Norte não queriam deixar perder.
Ecos da Imprensa
Diz o Público, “O FC Porto não conseguiu reagir e perdeu o seu prémio de consolação da época (resta-lhe a Taça da Liga, cujo acesso à final também irá disputar com o Benfica). Os “encarnados” mantêm todos os objectivos intactos. E daqui a quatro dias, quase de certeza irá fazer a sua primeira festa”. Benfica continua com os objectivos intactos,
A BOLA - O Benfica qualificou-se para a final da Taça de Portugal, ao vencer o FC
Porto por 3-1. Mesmo reduzidos a 10 jogadores desde os 28 minutos, por expulsão
de Siqueira, os encarnados deram a volta à eliminatória, depois de terem
perdido por 0-1 no encontro da primeira mão Benfica vence FC Porto (3-1)
e carimba passagem à final
.
Todas as histórias, sejam elas grandes ou
pequenas, têm um início e esta começa com Fábio Coentrão. Porquê com o Figo das
Caxinas? Porque desde que ele se foi que o Benfica ainda não encontrou aquele
defesa-esquerdo. Puxemos o filme atrás: Emerson, Melgarejo, André Almeida,
Bruno Cortez e Siqueira. Estes cinco da vida airada passaram por lá, mas deste
quinteto é o brasileiro emprestado pelo Granada que mais se aproxima de
Coentrão. O Manel é português e chama
se André Gomes - Expresso
Mais Futebol - "Dando a volta à derrota mínima da primeira mão, o Benfica tornou-se o primeiro finalista da Taça de Portugal, impondo ao FC Porto (3-1) a 11ª derrota da temporada. Uma vitória encarnada que, pelo simbolismo – primeira vez desde 1993 que o Benfica ganha dois jogos ao FC Porto no mesmo ano civil – e pelas circunstâncias – conseguida após 65 minutos em inferioridade numérica e com um golo memorável de André Gomes a sublinhar a proeza – vale bem mais do que uma presença no Jamor: tem contornos de ponto de viragem numa história bem maior. Uma reviravolta que vale bem mais do que a ida ao Jamor
RTP Jorge Jesus (Treinador do Benfica): "É um jogo que nos transporta para a primeira final desta época.
Ainda temos a da Taça da Liga e a da Liga Europa. Tivemos 27 minutos muito
fortes, até à expulsão do Siqueira. Éramos uma equipa mais determinada. Depois
da expulsão tivemos alguma dificuldade em nos adaptarmos ao facto de estarmos a
jogar com 10 elementos. Não tínhamos trabalhado ao longo da semana nesse
sentido Desporto - Notícias - RTP
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