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quinta-feira, 26 de março de 2020

O Global Coronavirus e a Gripe Sazonal - Qual a maior ameaça?.. - " Surto de Gripe, em Itália, no último inverno, registou quase três milhões de casos de gripe “– “Só numa semana meio milhão de pessoas foram atingidas - Talvez muitas dessas pessoas, idosas e já fragilizadas, poderão depois não ter resistido ao surto do covid-19 - Em Portugal, a gripe sazonal e o tempo frio no último inverno fizeram mais de 5.500 mortes - Na Europa mata 60.000 pessoas por ano. Ao menos fosse imposta a vacina obrigatória mas nem isso se fez, apesar dos alertas da OMS - Navegar é preciso viver não é preciso" Mas que não se corra o risco de naufragar ao sabor dos ventos, correntes ou tempestades


Jorge Trabulo Marques - jornalista   - Que estes dias de incerteza e deriva, ao menos sirvam  para reflectir  um pouco mais na efemeridade da vida e espevitar  algum sentido de humor e de criatividade artística para não se resvalar para o desânimo e o tédio absoluto ou a um pânico generalizado. que é para onde parece apontar o azimute de uma navegação do salve-se quem puder  - Sobretudo por via do culto do egoísmo individual, que a era do vazio  desenvolve, tal é o exemplo do açambarcamento dos produtos alimentares.


APESAR DE TUDO - embora não sendo o atendimento mais desejável  e eficiente -   O QUE NOS VALE É AINDA TERMOS ALGUNS HOSPITAIS PÚBICOS  - "Tanto em Espanha como em Itália a despesa total em saúde, em % do PIB, é inferior à de Portugal. “  - No Ranking de serviços de saúde. Portugal à frente de Reino Unido e Espanha” - Não admira que por lá o pandemónio tenha surgido mais cedo https://www.dn.pt/portugal/portugal-mantem-14o-lugar-em-ranking-de-servicos-de-saude-europeus-9081306.html




Pedro Calvinho - dando largas à sua imaginação artística, no Facebook
Em Itália, segundo os  dados foram divulgados pela Proteção Civil durante a conferência de imprensa, o último boletim do  surto do Coronavírus apontava para 74.386 casos e 7.503 mortes. 9.362 pessoas curadas após contrair o coronavírus, 1.036 a mais que ontem.


Em Portugal, os últimos dados referem  60 vítimas mortais devido aos mais 17 óbitos que no dia anterior. O número de casos

Mais de que uma pandemia,  apontada  como alastramento  à escala global,  pelos vistos, cada vez mais se assemelha a  uma avassaladora vaga de pânico,  com consequências desastrosas, quer nas instabilidade emocional e psicológica  das populações, quer no desastre económico desencadeado

A Organização Internacional do Trabalho, agência das Nações Unidas, estima que mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo vão perder o emprego por causa do novo coronavírus.

CORONAVÍRUS COVID 19- Visto pelo poeta - Euclides Cavaco
"O mundo a tremer sem fazer o que fazer "





AS MORTES PROVOCADAS POR OUTRAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS, ATÁ PARECE JÁ TEREM PERDIDO RELEVÂNCIA Como se fosse uma fatalidade inevitável

Pois, tal como é reconhecido, por quem, atentamente, observava o evoluir  da pandemia,  "estamos perdendo muitas infecções, não apenas na China, mas em outros países, e, portanto, o CFR pode ser ainda mais baixo. É provável que muitos indivíduos com sintomas respiratórios leves (típicos no inverno) estejam infectados, mas nunca diagnosticados. Somente após o término deste surto, quando forem feitos estudos sorológicos para determinar a extensão da infecção, teremos uma CFR precisa.   http://www.virology.ws/2020/03/05/sars-cov-2-coronavirus-case-fatality-ratio


Identificaram-se as características do coronavirus e  a forma como se manifesta, havendo já quem afirme que já foi encontrada  uma vacina que  cientistas  alemães testaram com ratos, afirmando-se, também,  que,  embora os sintomas possam parecer semelhantes aos do gripe sazonal, no entanto, dizem que a taxa de reprodução do novo coronavirus, poderá atingir  o dobro da gripe sazonal, que normalmente infecta 1,3 novas pessoas para cada paciente. Mas, seja como for, o que já sabe é que a mortalidade causada pela gripe sazonal atinge enormissimas proporções


ITALIA – O MAIS ANTIGO PAIS DA EUROPA – COM A POPULAÇÃO MAIS ENVELHECIDA E SEM AMPARO SOCIAL – Tal o destino  para onde caminha Portugal e o resto dos países do chamado velho mundo. – Não é por acaso que por lá imperam  uns tais padrinhos da “Cosa Nostra”, hábeis em cuidar das suas saúdes e das suas famílias

NO PAÍS ONDE A GRIPE TEVE PROPORÇÕES AVASSALADORAS  NO ÚLTIMO INVERNO -   “Surto de gripe na Itália chega a meio milhão de pessoas atingidas em uma semana"  
Quase três milhões de casos de gripe foram registados na Itália neste inverno. -Surto de gripe na Itália chega a meio milhão de pessoas atingidas em uma semana
Desde o início da temporada de gripe, em outubro de 2019, 2.768.000 casos em todo o país foram confirmados por testes de laboratório, de acordo com dados do InfluNet  publicados em 19 de janeiro.
Um total de 488.000 casos foram registrados apenas na semana passada, sinalizando que a temporada de gripe está atingindo seu pico em janeiro, como previsto.Estas são as regiões italianas mais afetadas pelo surto Excerto de  https://www.thelocal.it/20200123/flu-outbreak-in-italy-half-a-million-people-struck-down-in-a-week

ALARMANTE ESTATÍSTICA DE MORTES POR GRIPE EM PORTUGAL - O ano passado morreram em Portugal mais de 3000 e em 2014-15? "Mais de 5.500 mortes por gripe e frio no último inverno em Portugal - A época 2014/2015 foi a que teve o maior registo de mortes além do esperado desde a época gripal 1998/1999 A gripe e o tempo frio no último inverno fizeram mais de 5.500 mortes além do que era esperado, segundo o relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe hoje divulgado e referente à época gripal 2014/2015.

A gripe sazonal mata 60.000 pessoas por ano na Europa, e os cidadãos europeus não devem se opor à vacina – Declarou, em Roma, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge. após uma reunião dedicada à epidemia de coronavírus,  observando  que as vítimas registradas na Itália tinham "mais de 65 anos de idade e baixa imunidade", pessoas que são, portanto, também "vulneráveis à gripe sazonal".https://www.nexojornal.com.br/externo/2020/03/20/O-que-n%C3%A3o-nos-mata-nos-deixa-em-p%C3%A2nico

OMS - Temporada de gripe 2018–2019:  - Esta era a previsão da Organização Mundial de Saúde, tendo alertado, que "Durante os meses de inverno, a gripe pode infectar até 20% da população, dependendo de quais vírus estão circulando. As pessoas com risco aumentado de doença grave, uma vez infectadas, incluem idosos, mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas imunocomprometidas e pessoas com condições médicas crônicas subjacentes. Esses grupos representam uma proporção significativa da população na região europeia.
A OMS recomenda que todos os que correm o risco de desenvolver doenças graves por causa da infecção pela influenza, assim como os profissionais de saúde, recebam a vacinação contra a influenza sazonal. Como não é possível prever se um vírus influenza predominará em uma estação específica, as vacinas contra influenza sazonais devem abranger todos os vírus que se prevê que circulem, como influenza A (H3N2), influenza A (H1N1) e influenza B.http://www.euro.who.int/en/health-topics/communicable-diseases/influenza/news/news/2019/01/20182019-influenza-season-what-we-know-so-far
 Segundo um estudo de A. Rosano, divulgado o ano passado, o impacto da gripe no excesso de mortalidade em todas as idades na Itália, nas estações de inverno de 2013/14 a 2016/17,  indica uma média estimada de 5.290.000 casos, o que corresponde a uma incidência de 9%.

Mais de 68.000 mortes atribuíveis a epidemias de gripe foram estimadas no período do estudo. A Itália mostrou um maior excesso de mortalidade atribuível à gripe em comparação com outros países europeus. especialmente nos idosos.

Nos últimos anos, a Itália tem vindo a registar picos nas taxas de mortalidade, especialmente entre os idosos durante a época de Inverno. As epidemias de gripe têm sido indicadas como um dos potenciais determinantes desse excesso. O objetivo do nosso estudo foi o de estimar a contribuição atribuível da influenza ao excesso de mortalidade durante as estações da influenza de 2013/14 a 2016/17 na Itália.https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1201971219303285

COMBATE À PROPAGAÇÃO DO CORONAVIRUS -  UMA  NAVEGAÇÃO MAIS AO SABOR DAS INTEMPÉRIES Tal como um navio naufragado e à deriva  O que não nos mata nos deixa em pânico"

Gerd Gigerenzer 21 de mar de 2020(atualizado 23/03/2020 às 14h59)
O novo coronavírus não será a última pandemia que enfrentaremos. Para enfrentar os futuros surtos, precisamos melhorar a alfabetização de riscos e aprender a viver com incertezas
E a nossa resposta ao novo coronavírus deve ser guiada pelo que aprendemos com epidemias virais passadas.

Essa não é, porém, uma aposta segura. A epidemia de gripe suína de 2009 matou centenas de milhares, maioritariamente na África e no sudeste asiático. Mas na Europa, onde a ameaça era comparativamente menor, a mídia atualizava a taxa de mortalidade e o número de casos suspeitos diariamente. No Reino Unido, o governo previu que cerca de 65 mil cidadãos poderiam morrer pela doença. No fim das contas, menos de 500 morreram."

"Quando a gripe suína se espalhou, muitos governos seguiram a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e estocaram Tamifllu, um remédio que era vendido como capaz de proteger a população das consequências severas da gripe. No entanto, muitos especialistas que aconselhavam a OMS tinham ligação financeira com farmacêuticas, e ainda não há evidências de que o Tamiflu seja eficaz. Os Estados Unidos desperdiçaram mais de um bilhão de dólares, e o Reino Unido mais de 400 mil libras, nesse remédio – dinheiro que poderia ter sido utilizado na melhoria dos serviços de saúde.

(...) Conquistar a alfabetização de riscos em nível global daria a todos a chance de abordar situações como a pandemia de covid-19 com a cabeça mais fresca. O novo vírus deste ano não será o último. Como um primeiro passo em direção ao confronto dos futuros surtos, precisamos aprender a viver com as incertezas, em vez de nos deixar fazer  refém por elas. https://www.nexojornal.com.br/externo/2020/03/20/O-que-n%C3%A3o-nos-mata-nos-deixa-em-p%C3%A2nico




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