Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Meu Abraço
Solidário a Todos os Artistas, neste dia de um grande palco comum de isolamento
universal com um belo poema de António Ramos Rosa e imagens registadas no
Teatro D. Maria II, no dia em que o poeta do
"Alvor do Mundo, ali foi homenageado
"Alvor do Mundo, ali foi homenageado
"O dia
mundial do teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro ,
data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris.
A fogueira
fazia refletir a imagem das pessoas na parede, o que levou um rapaz a se
levantar e fazer gestos engraçados que se refletiam em sombras. Um texto
improvisado acompanhava as imagens, trazendo a ideia de personagens fracos,
fortes, oprimidos, opressores e até de Deus e do diabo, segundo conta Margarida
Saraiva, da Escola Superior de Teatro e Cinema, de Portugal.
A representação existe desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais para contar aos outros como eles eram e o que faziam, se eram bravos, se atacavam, ou seja, era a necessidade de comunicação entre os homens.- Excerto de https://brasilescola.uol.com.br/data
"Pode a fragilidade fundar sobre a areia imóvel
a residência da consolidação silenciosa
quando a perda a habita
e já nem sequer pode tocar o harmónio da sombra
onde o espaço ainda pulsava
e um horizonte embora de obscuro violeta ainda fulgia?
Na orla do deserto a alma toca o nervo do impossível
E não encontra a espádua firme a que se ampare
O que ela é ter perdido o gosto das coisas
amadas
e não ter construído a espaçosa morada
com rasgadas janelas para um jardim edénico
e não haver nunca atingido o cimo da maturidade
em que as flores e as nuvens fossem o móvel alfabeto
da divindade vaga na sua fluída e rescendente fluidez
António Ramos Rosa.
16 de Abril de 1993
In O Alvor do Mundo
António
Vítor Ramos Rosa, nasceu em Faro, a 17 de Outubro de 1924, faleceu em Lisboa,
23 de Setembro de 2013
"Poeta,
tradutor e desenhador português - . Frequentou em Faro os
estudos secundários, que não concluiu por motivos de saúde. Trabalhou como
empregado de escritório, desenvolvendo simultaneamente o gosto pela leitura dos
principais escritores portugueses e estrangeiros, com especial preferência
pelos poetas. Em 1945 vai para Lisboa e dois anos depois volta a Faro, tendo
integrado as fileiras do M.U.D. Juvenil, onde militou activamente. Regressado a
Lisboa, foi professor de Português, Francês e Inglês, ao mesmo tempo que estava
empregado numa firma comercial, e começou a fazer traduções para a
Europa-América, trabalho que nunca mais abandonaria e no qual veio a atingir
notável qualidade.
O continuado
interesse pela actividade literária levou-o a relacionar-se com um grupo de escritores
que o incentivaram na publicação dos seus poemas e artigos de crítica, tendo
colaborado em numerosos jornais e revistas. Com alguns desses escritores,
fundou em 1951 a revista Árvore, que veio a ser uma das mais marcantes da
década, procurando divulgar os textos dos poetas e prosadores portugueses mais
significativos no tempo, bem como os grandes nomes da literatura estrangeira.
Co-dirigiu também as revistas Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia.
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