Tenho acompanhado de perto o percurso jornalístico, politico e empresarial do Dr. Francisco Pinto Balsemão, tendo-o já tido a honra e o prazer de o entrevistar por duas vezes, quando trabalhei na extinta RDP-Rádio Comercial: uma vez, na galeria de arte do Casino do Estoril, sobre uma exposição de pintura de Isabel Torres, filha do seu grande amigo, César Torres.
Registo sonoro da entrevista
Mais tarde, na Redação do Expresso, que então se situava
nas proximidades da Praça Marquês Pombal e pronunciar-se-ia sobre a concessão
das televisões a operadores privados cujo registo sonoro ainda conservo no meu
vasto arquivo e que tomei a liberdade de editar num dos meus blogues e no
Youtube-
Tal como já foi destacado, Francisco Pinto Balsemão «foi Primeiro-Ministro dois anos e meio, um período curto na sua vida, mas foi um período decisivo para Portugal, pois presidiu aos últimos Governos que asseguraram a transição da revolução para a democracia». - Declarou António Costa, ha um ano, na sessão de homenagem a Francisco Pinto Balsemão, por ocasião dos 40 anos da tomada de posse do VII Governo Constitucional da Democracia Portuguesa, na residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa.
Francisco José Pereira Pinto Balsemão, embora tendo nascido em Lisboa, no dia 1 de setembro de 1937, o ex primeiro-ministro de Portugal entre Janeiro de 1981 e Junho de 1983, tem profundos laços familiares ao distrito da Guarda,, ao mesmo distrito onde no próximo dia 23, vamos celebrar o Equinócio do Outono, num dos templos do sol, existentes no maciços dos Tambores, aldeia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa.
Seu pai Henrique Patrício Pinto Balsemão nasceu no dia 9 de Setembro de 1897 na cidade mais alta de Portugal - O filho Francisco nasceu em Lisboa no dia 1 de Setembro de 1937, vai para 85 anos – Mas as suas raízes paternais assentam naquela cidade.
CONVITE E HOMENAGEM AO DR. FRANCISCO PINTO BALSEMÃO
Daí a razão pela qual o mês de Setembro, até seja o mais indicado para lhe prestarmos a nossa singela homenagem, como uma das personalidades relevantes do nosso distrito, pela sua valiosa prestação no domínio da comunicação social, além de outras áreas e atividades, onde igualmente se tem distinguido em prol da democracia e da cultura.
Indubitavelmente, sem o semanário Expresso, o jornalismo português teria ficado mais pobre, muitas noticias não teriam sido publicadas e muitas pessoas teriam ficado ignoradas, umas vezes criticadas, outras promovidas - isto para já não falar nos destinos da política -
O Expresso nasceu em 1973, na chamada primavera Marcelista, ou chamar-lhe-ia o Advento do 25 de Abril – Por esse tempo, o autor destas linhas encontrava-se em São Tomé. Depois de uma experiência, bem amarga pela vida da roça (para onde fui estagiar como técnico agrícola) era então operador no ERSTP e correspondente de uma revista de Angola, a Semana Ilustrada" - Nessa altura, já tinha plena consciência do que era o bisturi e até dos calabouços da PIDE e dos seus brutais mimos.
Sim, além do contributo que já, dera, antes do 25 de Abril, com a criação do jornal de referência que é o Expresso, avançou, na década de 1990 com a criação do primeiro canal privado de televisão, contribuindo para o pluralismo e enriquecimento da democracia portuguesa
Tendo ainda exercido os cargos de Coordenador da Ação Integrada de Base Territorial Turismo e Património no Vale de Côa e de provedor da Santa Casa da Misericórdia local – Um dos autarcas, condecorado com a Ordem do Mérito - grau de Comendador por Cavaco Silva
Todavia, já ali estivera por várias vezes: uma das quais na homenagem que prestámos à poetiza Maria da Assunção Carqueja, a sua saudosa esposa
Ocorreu em 23 de Setembro de 2014, na celebração do equinócio do Outono, na homenagem que então prestamos à poetiza Maria da Assunção Carqueja, à saudosa e sua muito querida esposa, antiga diretora do Centro de Docência Científica do Instituto de Investigação Científica de Angola. Metodóloga, e, posteriormente, Técnica Científica da União Europeia na área da Filosofia da Schola Europaea.https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2014/09/equinocio-do-outono-celebrado-num-dia.html
“Este, meus amigos, é um ato de iminente cultura popular! Isto é um modo de sentir, aquilo que, de mais vivo e mais puro existe na Terra e pode ser compreendido por todos os homens! “ Palavras do saudoso poeta, Manuel Daniel - Neste local em Setembro de 2020 - https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2020/09/equinocio-do-outono-celebracao-22-09-20.html
Poeta, dramaturgo, jornalista e advogado, homem culto e humanista, talento multifacetado e de rara sensibilidade, autor de uma vasta obra literária, natural de Meda, concelho limítrofe do termo desta aldeia, figura muito querida e prestigiada na nossa região, atualmente invisual, residente em V.N. de Foz Côa, desde há vários anos, onde casou, exerceu advocacia e continuou a dedicar-se à causa pública.
" Continuamos a ser perseguidores das preocupações que ocuparam os homens primitivos”: “E aqui estamos: a interrogarmo-nos a nós próprios, a saber quem somos, o que queremos! O que fazemos!...” Palavras do poeta invisual, jornalista, advogado e dramaturgo, Manuel Daniel, na sua expressiva alocução, em resposta ao poemas lidos e aos elogios preferidos na auspiciosa manhã do primeiro dia do Outono, no maciço granítico do planalto dos Tambores e Mancheia, onde termina a meseta ibérica, com os seus monumentais e majestosos penhascos e enigmáticos megalíticos, seus ancestrais postos de observação astronómica e locais de culto.
As celebrações dos equinócios da Primavera e do Outono, bem como do Solstício do Verão, no “Stonehenge Português”, nos Templos do Sol do Maciço dos Tambores, arredores da aldeia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, já se impuseram, naturalmente, no calendário das festividades dos ciclos das estações do ano, como uma redescoberta dos saberes ancestrais esquecidos, num retorno à terra, às mais genuínas tradições do homem com a Natureza, da qual tanto se vai divorciando.
Conquanto não tendo ainda o mesmo eco mediático do Stonehenge, em
Inglaterra, creio, que, quem conhecesse um e outro, não trocaria a
tranquilidade e a beleza deste local pelo ruído e a confusão onde afluem várias
dezenas de milhares de pessoas num só dia – Tal como poderá constatar através
dos linkes que lhe envio do blogue onde têm sido divulgados
Pois é, justamente, num
destes lugares e num mês muito
especial da sua vida, em que completa 85 anos
- na qualidade de autor e dinamizador destes eventos, que têm contado
com o apoio da junta de freguesia e do município fozcoense – que tomei a liberdade de convidar Francisco Pinto Balsaão, convite que já lhe dirigi através da sua secretária, sim, a dar-nos o prazer de
partilhar do mesmo esplendor e alegria da celebração do Equinócio do Outono,
que vai decorrer no próximo dia 23 de Setembro,
com início às 08.00 horas, no Santuário Rupestre da Pedra da cabeleira
de Nº Srª, majestoso monumento megalítico, pré-histórico, cuja graciosa gruta é
atravessada pelos raios dos nascer do sol.
Calendários solares, estes, também já visitados por uma expedição
de jornalistas da Associação da Imprensa Estrangeira, em 2007, além de
reportagens por parte dos principais canais da televisão portuguesa – RTP, SIC
e TVI – E pelas mais diversas personalidades, algumas das quais aqui já
homenageadas – Visto também ser esta uma das intenções das nossas celebrações:
associar ao esplendor solar, momentos musicais e de poesia, bem como lembrar ou
destacar figuras cujas vidas se tenham destacado a nível regional ou nacional.
Não esquecendo,Tom Graves, autor do livro Acupunctura da Terra e Adriano Vasco Rodrigues - quem primeiro se debruçou sobre a importância do Santuário Rupestre da Pedra da cabeleira de Nª Srª, bem como a Sá Coixão - a que o nosso concelho deve o levantamento da carta arqueológico dos principais sítios de reconhecido interesse, bem como importantes escavações.
Mas também outros especialistas, de reconhecido mérito e prestígio, ali estiveram. Refiro-me ao astrónomo Máximo Ferreira ao sociólogo, Moisés Espírito Santo. Cujas observações, no plano interpretativo da toponímia da área, nos disponibilizou
Um é a Pedra do Sol ou Pedra do Solstício, - enorme monólito em forma de esfera; https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2021/06/solsticio-do-verao-2021-recebido-em.html
O outro, é o Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado aos equinócios da Primavera e do Outono, classificado, há vários anos, pelo historiador Adriano Vasco Rodrigues, como antigo local de culto do crânio e de sacrifícios, e, posteriormente, em 2002, pelo autor destas linhas, como um verdadeiro calendário astronómico primitivo. A que se seguiria a descoberta da Pedra do Sol, apontado ao pôr-do-sol do dia maior do ano.
Desde o neolítico a outros períodos posteriores e ocupações, nomeadamente, pelos tão lendários celtas e cétiberos, aproveitando-se dos seus abrigos naturais , das suas cavernas e de outros sítios privilegiados, sepultando ali os seus mortos, e cultuando e adorando os seus deuses.
Sim, pelos tais famosos povos dos vasos e dos mágicos bosques, que também por ali andaram nos tempos em que aquelas fragas se florestavam de carrascos, sobreiros e carvalhos, e, por isso, se acredita que aaqui teriam exercido os seus ritos, nomeadamente ao Deus Sol: com festividades que coincidiriam com as mudanças ocorridas na natureza, exteriorizando, assim, o seu forte enraizamento às suas tradições campestres e à terra, ao ambiente que os rodeava e às suas crenças, neste caso com a data em que o Deus Sol atinge o seu máximo esplendor, as flores vão ao rubro com as suas cores; em que em todos e em tudo se expande de alegria, plenitude, fertilidade e abundância
Estas celebrações, não visam a apologia de qualquer culto de especifico, seja pagão ou
religioso, seja que culto for: - Pretende-se, isso sim, que promovam o
reencontro e o convívio humano, que se afirmem como genuínas manifestações
populares, de uma alegre e festiva comunhão com aquele fantástico
cenário natural - E, se possível, de louvor e de fé, imbuído nos mais nobres
valores espirituais e lúdicos: sejam no evocar tradições antiquíssimas caídas
no esquecimento, seja nos valores de que, cada crença, julga ser seguidora e
defensora.
Prof Moisés E. Santo |
Cada peregrino participa
de acordo com os seus credos e sentimentos: para abrilhantar o evento, já ali
contámos com a participação de escolas de dança e ballet,
por grupos de gaiteiros e de concertinas, duetos de violinistas
E também com a presença
de várias personalidades: nomeadamente do Bispo da Diocese de S. Tomé e
Príncipe https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-2015-chas-foz-coa.html …. https://www.youtube.com/watch?v=FsTo8Qy_e2k
E de António Ponces de Carvalho, que teve a amabilidade de calorosamente nos surpreender com poemas diretamente lidos do magnifico livro, Campo de Flores, de João Deus, bem como poemas cantados por sua esposa https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2019/09/celebrado-o-equinocio-do-outono-23-09.html
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