Jorge Trabulo Marques - Jornalista -,
Eduardo Lourenço , um dos mais distintos
ensaístas portugueses e pensadores do
século XX., na entrevista que me concedeu, há 4 anos, falou-me de Vergilio Ferreira e da sua imensa saudade do seu grande
amigo: tínhamos encontros e repensávamos o mundo” Ainda não somos
um grande mundo unido como devíamos ser " - Entre outras das suas
afirmações, designadamente do afastamento da Inglaterra da União Europeia, que então começava a desenhar-se .
Prossegue
a sua formação académica com um estágio na Universidade de Bordéus, em 1949, e
torna-se embaixador da cultura portuguesa nas universidades de Hamburgo e
Heidelberg (entre 1953 e 1955) e na Universidade de Montpellier (de 1956 a
1958).
É
docente durante um ano na Universidade Federal da Bahia, como professor
convidado de Filosofia, e passa a viver em França, em 1960.
Fixou
residência em Vence, cinco anos mais tarde, e foi reitor na Universidade de
Grenoble, de 1960 a 1965. Tornou-se professor jubilado em Nice, em 1988, um ano
antes se tornar conselheiro cultural junto da Embaixada Portuguesa em Roma, até
1991. Em 1999, passa a ocupar o cargo de administrador não executivo da
Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Ao
longo da sua vida, que perdura, Eduardo Lourenço publicou livros, ensaios e
pensamentos. Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a
poesia, colecionou prémios, dos quais se destacam o bem recente Prémio Pessoa
(em 2011), a Ordem de Santiago da Espada (1981) o Prémio Europeu de Ensaio
Charles Veillon, Prémio Camões (1996), Cavaleiro da Legião de Honra de França
(2002), Prémio Vergílio Ferreira (2001), Medalha de Mérito Cultural do
Ministério da Cultura (2008), além de diversos doutoramentos honoris causa.
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