Meus parabéns, querida
avozinha do seus netos e dois filhos, ainda vivos - Eu não cheguei a conhecer
os meus avós, nem maternos nem paternos, mas fico contente com estas boas
novas.
As aldeias vão-se despovoando e envelhecendo, com o Portugal profundo a tocar mais no fundo da sua intemporalidade, a ficar mais deserto e solitário, povoações havendo, muitos casos, em que há mais casas vazias de que habitadas, e, noutras, já nem isso há, mas somente aglomerados de habitações de xisto ou de granito – Ainda não é o caso da freguesia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, mas, pelos vistos, para lá se caminha: para o dia em que as aldeias são meras quintas ou já lugares meramente arqueológicos. –
As aldeias vão-se despovoando e envelhecendo, com o Portugal profundo a tocar mais no fundo da sua intemporalidade, a ficar mais deserto e solitário, povoações havendo, muitos casos, em que há mais casas vazias de que habitadas, e, noutras, já nem isso há, mas somente aglomerados de habitações de xisto ou de granito – Ainda não é o caso da freguesia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, mas, pelos vistos, para lá se caminha: para o dia em que as aldeias são meras quintas ou já lugares meramente arqueológicos. –
Quando a luz dos teus olhos contemplo
Sinto a alma banhar-se-me em luz,
Como aquella que espalha n'um templo
Uma lâmpada ao pé d'uma cruz.
Sinto o que en talvez nunca na infância
Pude ao collo materno sentir;
Sinto Deus á mais curta distancia...
Sinto o que eu te não posso exprimir!
Vai-me a alma no vago delírio
De innocente que o somno enlevou...
E, assim como a essência de um lirio
Voa ao céo, a minha alma voou.
Anjo meu tutelar ! não me dizes
Porque fitas em mim esse olhar?...
Se ha no mundo quem ame infelizes,
Es tu só, anjo meu tutelar.
Poema de João De Deus
Poema de João De Deus
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