(imagem do lançamento de "Hoje Comecei a Morrer" - que o autor gentilmente nos enviou.)
Henrique Tigo está em franca e profícua produção literária - Dois meses depois do lançamento da peça de teatro "Portas de Abril" - a que me referi neste site - , apresentado no passado dia 24 de Abril, ei-lo de novo agora numa brilhante senda poética.
Henrique Tigo está em franca e profícua produção literária - Dois meses depois do lançamento da peça de teatro "Portas de Abril" - a que me referi neste site - , apresentado no passado dia 24 de Abril, ei-lo de novo agora numa brilhante senda poética.
Estranha forma de poesia, é o título da mais recente obra do poeta, pintor e dramaturgo, Henrique Tigo Mourato, que vai ser lançado, hoje, pelas 18.30 no Centro Cultural Malaposta, com a participação especial do músico e
compositor, Carlos Alberto Moniz, dos atores e escritores, Guilherme Leite e
José Fanha, bem assim da presença de Mário Máximo, poeta e diretor do Centro
Cultural de Malaposta, na Rua de Angola, Olival Basto
“Diz Henrique Tigo, no
convite que dirigiu aos amigos e à imprensa: “Neste livro estão poemas de uma criança,
que começou a olhar o mundo, de um adolescente que começou a olhar para
a sombra, e de um adulto, que tem preocupações, aspirações e que querer
deixar uma marca, da sua passagem neste mundo.
São mais
de vinte e cinco anos de poesia, são vinte e cinco anos da minha vida!”
“Não me considero um poeta, por isso ter batizado este livro como “Estranha forma de Poesia”, pois nestes poemas, estão os temas e as personagens que povoam o meu imaginário
“Não me considero um poeta, por isso ter batizado este livro como “Estranha forma de Poesia”, pois nestes poemas, estão os temas e as personagens que povoam o meu imaginário
HENRIQUE TIGO - PINTOR E
POETA DA MAIS PURA ÁGUA
Ainda não tive o prazer de
ler o livro, porém, o Henrique, meu amigo de longa data, filho de outro grande
amigo, do mestre H.MOURATO, teve a gentileza de me enviar um dos seus belos
poemas, que vou ter o prazer de aqui
editar em primeira mão.
Confesso que, o que li, não constituiu, propriamente, uma surpresa, ja que foi muito para além do limiar dessa fronteira: a confirmação de que, o poeta e o pintor, Henrique Tigo, moram juntos na mesma pessoa – São indissociáveis – E quem é um bom pintor – e ele já deu provas extraordinárias dessa faceta - também pode ser um bom poeta, ou vice-versa.
Aliás, e o que é a pintura se não uma maneira singular de dar corpo, forma ou cores aos sentimentos, aos arrebatamentos, incontroláveis, da inspiração ou da imaginação?... – Sim, não me resta a menor dúvida, que, embora ele diga, “não me considero um poeta", estamos em presença de um POETA, com letras maiúsculas - Ou, como diz Fernando Pessoa, não fosse “o poeta um fingidor” que “Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente.” -Para logo lançar o aviso ou o alerta de que: “E os que lêem o que escreve, /Na dor lida sentem bem,/Não as duas que ele teve, /Mas só a que eles não têm!"
Confesso que, o que li, não constituiu, propriamente, uma surpresa, ja que foi muito para além do limiar dessa fronteira: a confirmação de que, o poeta e o pintor, Henrique Tigo, moram juntos na mesma pessoa – São indissociáveis – E quem é um bom pintor – e ele já deu provas extraordinárias dessa faceta - também pode ser um bom poeta, ou vice-versa.
Aliás, e o que é a pintura se não uma maneira singular de dar corpo, forma ou cores aos sentimentos, aos arrebatamentos, incontroláveis, da inspiração ou da imaginação?... – Sim, não me resta a menor dúvida, que, embora ele diga, “não me considero um poeta", estamos em presença de um POETA, com letras maiúsculas - Ou, como diz Fernando Pessoa, não fosse “o poeta um fingidor” que “Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/A dor que deveras sente.” -Para logo lançar o aviso ou o alerta de que: “E os que lêem o que escreve, /Na dor lida sentem bem,/Não as duas que ele teve, /Mas só a que eles não têm!"
Ora, estou certo que é
justamente esse estranho repto ou apelo lançado por Henrique Tigo, ao amigos e desconhecidos,
que, à cautela, o terá levado a batizar esta sua primeira incursão poética “Por
estranha forma de poesia”
– De resto, "Estranha forma de vida ou estranha forma de poesia", são expressões recorrentes dos grande génios – Assim o escreveu e cantou Amália Rodrigues – E, afinal, também não foi o título dado pela atribulada vida de Florbela Espanca, a genial poeta que morreu com apenas 36 anos, “de uma doença que ninguém entendeu” - Sim, e depois quem é que, verdadeiramente, é capaz de entender o que um poeta escreveu?!... Até ele próprio - Já que, quando o poeta escreve um belo poema, o seu estado de alma, transcende-o, vai além do patamar dos sentir de um estado normal - E, ao descer das alturas, é perfeitamente natural que nem ele mesmo, já compreenda o que acabou de escrever.
– De resto, "Estranha forma de vida ou estranha forma de poesia", são expressões recorrentes dos grande génios – Assim o escreveu e cantou Amália Rodrigues – E, afinal, também não foi o título dado pela atribulada vida de Florbela Espanca, a genial poeta que morreu com apenas 36 anos, “de uma doença que ninguém entendeu” - Sim, e depois quem é que, verdadeiramente, é capaz de entender o que um poeta escreveu?!... Até ele próprio - Já que, quando o poeta escreve um belo poema, o seu estado de alma, transcende-o, vai além do patamar dos sentir de um estado normal - E, ao descer das alturas, é perfeitamente natural que nem ele mesmo, já compreenda o que acabou de escrever.
ESTRANHA MULTIPLICIDADE DE
SER POETA - OU DESEJAR MORRER
O poeta da Mensagem,
divagou ou teve como o escape os famosos heterónimos. António Ramos Rosa,
conquanto não se notabilizasse como desenhador de rostos, mas no campo da
poesia, fazia deles uma outra forma de expressão artística. E fez centenas
deles ao longo da sua vida. Pessoalmente, tive o prazer de assistir ao instante da criação de alguns desses desenhos - Um dos quais - entre outros que mo ofereceu - concedendo-me a honra do mo dedicar.
Daí a certeza de que, os
bons poetas, forçosamente têm de ser múltiplos ou triplos nas várias formas de expressar
a
sua sensibilidade, sobre as suas múltividências
e o mundo que o rodeia.
Os dotes do pintor, Henrique Tigo, já eu lhos conhecia, desde há uns anos – aliás, quem sai aos seus não degenera e, pelos vistos, ele tem mesmo a quem sair – Pois creio que nas suas veias corre o mesmo talento de seu pai, H. Morato, a fonte inspiradora do nativo de Santiago de Cacém, onde veio ao mundo em 10 de Maio de 1947, para se projetar na pintura, escultura, como desenhador e gravador, justamente considerado “um grande artista, versátil, multifacetado, original, criativo e enérgico” - e também bem humorado – No fundo, poder-se-á dizer que é este também o caminho inspirador que trilha o amado filho, Henrique Tigo.
Os dotes do pintor, Henrique Tigo, já eu lhos conhecia, desde há uns anos – aliás, quem sai aos seus não degenera e, pelos vistos, ele tem mesmo a quem sair – Pois creio que nas suas veias corre o mesmo talento de seu pai, H. Morato, a fonte inspiradora do nativo de Santiago de Cacém, onde veio ao mundo em 10 de Maio de 1947, para se projetar na pintura, escultura, como desenhador e gravador, justamente considerado “um grande artista, versátil, multifacetado, original, criativo e enérgico” - e também bem humorado – No fundo, poder-se-á dizer que é este também o caminho inspirador que trilha o amado filho, Henrique Tigo.
Claro que temos os poetas intelectuais, que escrevem versos, não por via do seu talento e da sua verbe inspiradora, mas porque leram muito e são capazes de versejar. Pois, não sendo a poesia sentida, como é possível que outros a sintam?!...
- Esta a diferença que distingue os poetas dos versejadores - Henrique Tigo é um poeta - não mais um dos muitos que vêm para aí armados com livros de pretensa poesia, desprovida de sentimento e oca de vida sofrida ou intensamente vivida. E, sendo ele um grande poeta, compreende-se que, tal como Mário Sá Carneiro, deseje que a sua morte - quando um dia ocorrer - não seja motivo de lágrimas ou um corpo de carpideiras profissionais, mas mais um episódio de vida, transitório de alegria e de festa! - Daí que já tenha lançado o aviso, aos que vierem assistir a essa partida.
Ele chame-lhe testamento Maçom - "o poema sobre a morte, é o meu testamento Maçónico!" - revelou-nos num dos e-mails, depois de me enviar o poema e me ter pedido a minha opinião. "Como sabes sou maçom assumido e um dos nossos " trabalhos" era fazer o nosso testamento Maçónico e desta forma eu fiz o meu em forma de um poema e acho que foi muito feliz!" - Ainda bem. Não há como, em vida, encarar frontalmente a morte e ser Feliz.
Hoje
comecei a morrer
Mas quando eu morrer...
Que seja sem aviso,
Que seja breve e bem longe de olhares “indiscretos”…
Que seja sem aviso,
Que seja breve e bem longe de olhares “indiscretos”…
Não quero saber quanto tempo que me resta.
Um, Dois, Três meses para viver á pressa???
Não!!!
Que seja breve!
Não quero ter tempo para despedidas,
Telefonemas sucessivos…
Um, Dois, Três meses para viver á pressa???
Não!!!
Que seja breve!
Não quero ter tempo para despedidas,
Telefonemas sucessivos…
No dia que eu partir!
Quero ir de óculos para ver o
Oriente eterno.
Com o meu Avental,
um maço de tabaco
e o meu Isqueiro do Elvis…
Quero que no meu velório,
haja alegria e anedotas…
No meu caixão um esquadro e compasso,
em cima de uma paleta de pintor.
A hora marcada uma cadeia de união…
Não quero choros a destruir o barulho do Silêncio.
Não quero flores… deixam-me deprimido!!!
Quero ouvir os talheres á mesa,
naquele ágape de despedida
com os canhões bem carregados de pólvora!!!
Não quero flores… deixam-me deprimido!!!
Quero ouvir os talheres á mesa,
naquele ágape de despedida
com os canhões bem carregados de pólvora!!!
Que todos pensem o quanto insignificante.
Que o tudo se torna em nada.
Que o tudo se torna em nada.
Quando o caixão descer que,
Ninguém chore!!! que esteja toda a Gente de Pé,
Que atirem uma pedra, ao caixão
pelo mal que eu vós possa ter feito…
Ninguém chore!!! que esteja toda a Gente de Pé,
Que atirem uma pedra, ao caixão
pelo mal que eu vós possa ter feito…
Que os meus metais sejam oferecidos,
à quem realmente gostava de mim…
Passado um ano que façam uma exposição,
e nela ofereçam as minhas obras a quem as quiser,
Sabendo que um pouco de mim está nelas…
à quem realmente gostava de mim…
Passado um ano que façam uma exposição,
e nela ofereçam as minhas obras a quem as quiser,
Sabendo que um pouco de mim está nelas…
Só quero que de vez em quando se lembrem
Que um dia Passei pelas vossas vidas…
BRINCAR COM A MORTE - POR SIMPLES GOSTO DE A POETIZAR?!..
Naturalmente que, mesmo tratando-se de um testamento órfico, ele traz água no bico - Nada se diz por acaso - Tigo mandou-me o poema e pediu-me a opinião
- Eis um excerto do que lhe disse:
Escrever “hoje comecei a morrer”, julgo que não é o mesmo que dizer que se quer morrer. Pois, na verdade, sobretudo depois de se atingir uma certa idade (não é o teu caso, ainda és muito jovem) cada dia que passa é sempre um dia a menos no calendário de uma vida.
No fundo, creio que é mesmo com o intuito de que a tua poesia vá além do tempo efémero, da passagem fugaz da vida – E qual o poeta que não aspira a que sua musa seja eterna?!... Pois, na verdade, o que mais seduz o leitor dos grandes poetas, não é o legado do seu otimismo mas o fingimento da dor que deveras sente. E saber transmitir este sentimento, também exige arte poética. E só o sabem fazer – mesmo a fingir – aqueles que verdadeiramente sentem a dor, vivem intensamente o sofrimento.
BRINCAR COM A MORTE - POR SIMPLES GOSTO DE A POETIZAR?!..
Naturalmente que, mesmo tratando-se de um testamento órfico, ele traz água no bico - Nada se diz por acaso - Tigo mandou-me o poema e pediu-me a opinião
- Eis um excerto do que lhe disse:
Olá Henrique, mas que pessimismo é esse?
Sim, gosto do teu poema – Ao menos falas da morte de
uma maneira aliviada, não transportas o peso da mágoa para quem cá ficar - Obviamente, que não és o primeiro a poetizar
a morte – Os poetas são por natureza obcecados pelas questões existenciais – do
" quando eu morrer" - Só que tu não relegas o morrer para o futuro,
assumes mesmo por inteiro e sem meias palavras que "hoje comecei a
morrer" - Mas porquê?!...
Escrever “hoje comecei a morrer”, julgo que não é o mesmo que dizer que se quer morrer. Pois, na verdade, sobretudo depois de se atingir uma certa idade (não é o teu caso, ainda és muito jovem) cada dia que passa é sempre um dia a menos no calendário de uma vida.
Há quem, logo pouco tempo depois do nascimento, mercê de uma enfermidade
incurável, comece a morrer. A aproximação desse desfecho, pode ocorrer em
qualquer altura. Não escolhe ricos nem pobres, nem idades. Para suavizar a sua
chegada, há, pelo menos, que a saber poetizar – Sim, se é por esta razão, acho
o poema brincalhão e bonito.
Mas, ao mesmo tempo, deixas-me intrigado, levas-me a
questionar a razão de pegares desse modo a morte pelos cornos. Não, não, essa tua
ironia brincalhona traz água no bico…”Se os sem abrigo que
andam aí na rua aguentam por que é que nós não aguentamos?"
Pois é a tal coisa! É
muito fácil dizer estas banalidades ou barbaridades pela boca de um banqueiro, a
quem não faltam milhões ou que nunca teve
necessidade de comer o pão que diabo amassou. Sei que tens
tido lutas tremendas para arranjares emprego
- Claro que, por motivos de
desespero, não serias o primeiro a avisar os amigos, de que hoje comecei a morrer – Outros nem sequer se dão ao
cuidado de lançar esse aviso – Fazem-no no mais absoluto silêncio. E milhares
têm sido - Sim, sobra-lhe dignidade mas falta-lhes o essencial, os meios
mínimos e indispensáveis para resistir ou subsistir – Por isso, ou vão roubar
ou se matam – Não tendo a frieza bastante para roubar, claro, escusado será
dizer porque sucumbem – Infelizmente, num
Portugal vendido aos estrangeiro, esse tem sido o desfecho de muitas
vidas.
Bom, não quero atrever-me a que me passe pela cabeça que seja o desespero a razão que te fez escrever esse poema – De
outro modo, ou não o fazias ou tê-lo-ias feito, vociferando com tudo e com
todos – E não é isso que ali transmites aos teus amigos.
No fundo, creio que é mesmo com o intuito de que a tua poesia vá além do tempo efémero, da passagem fugaz da vida – E qual o poeta que não aspira a que sua musa seja eterna?!... Pois, na verdade, o que mais seduz o leitor dos grandes poetas, não é o legado do seu otimismo mas o fingimento da dor que deveras sente. E saber transmitir este sentimento, também exige arte poética. E só o sabem fazer – mesmo a fingir – aqueles que verdadeiramente sentem a dor, vivem intensamente o sofrimento.
A poesia, tal como deve ser entendida e não a forma
poética, brota dos grandes momentos comoção: dramática ou eufórica. Sim, gosto
do poema é um poema para se ler em qualquer momento – Interroga, divaga e diverte.
Não teme a morte – E, de um modo geral, toda a agente a receia. Ou, pelo menos,
sabe que esse é o destino último de todos os mortais. Sim, falar da morte é um
tema recorrente dos poetas. A morte só está no pensamento dos que pensam. Os
animais presentem a aproximação da morte, o perigo iminente, o fogo assusta-os
e fá-lo fugir . Um simples fósforo aceso numa noite escura é o bastante para
afugentar um leão ou o animal felino mais temível da floresta – Mas, para o ser
humano, o fogo tem um duplo sentido: tanto pode significar destruição como um
estado caloroso, de euforia, sublimidade e vida! - E até significar amor ardente - "Amor é fogo que arde sem se ver", mas, para os
irracionais, o fogo é morte, é mesmo fogo a valer.
(...) Meu Caro Henrique,
não vou a pensar que já começaste a morrer ou que queiras morrer, pelo contrário, esse teu belo poema não me traz a imagem da
morte mas um imenso desejo de viver, de continuares a escrever bonitos poemas em
que até a morte – quando um dia chegar – não seja tomada a sério mas levada a
brincar.
Um grande abraço e venha daí essa estranha forma de
fazer poesia.
Jorge Trabulo Marques
No dia 9 de Junho de 2014 às 00:28,
"A minha Infância foi
assim:
Sinto saudades que quase
tudo o que vivi na minha infância… Tenho saudades do Bairro Alto, saudades de
andar em cima das árvores no Jardim Príncipe Real, do Conservatório Nacional,
dos sons dos “artistas” da musica e do grito: - Acção!!.
Tenho saudades, da Dona
Laurinda, daquela bata branca e dos seus gritos que se ouviam no Hospital São
Luiz.
Saudades das bolas de Berlim
que perfumavam a minha mala da escola primária, do cheiro a café e dos cariocas
de Limão da Brasileira do Chiado e das conversas dos “Adultos” no Coche Real.
Das cores das exposições e dos “croquetes” das Galerias.
Tenho saudades quando revejo
os retratos do meu passado, quando olho para as cicatrizes que me ficaram de
andar na escola e de andar de bicicleta… Sinto saudades do cheiro das castanhas
assadas no Outono e dos Churros da “Costa” no Verão, e das montras de Natal nos
Armazéns Grandella, no Inverno.
Sinto tantas saudades dos
amigos que cresceram e nunca mais os vi, e daquelas corridas de carrinhos nos
passeios da Rua dos Mouros.
Sinta daquelas pessoas por
quem nunca mais me cruzei… e do cheiro das tintas da tipografia do meu Pai! Do
que eu sinto mesmo, mesmo saudades é daqueles que partiram e eu nunca me pode
despedir…
Dessas vivências de criança
o que mais tenho saudades são dos meus Avós, do cheiro da Sopa de feijão da
minha Avó, do jogo de cartas e dominó do meu Avô…
Assim tenho saudades das
coisas que vivi mas principalmente daquelas que deixei passar sem tirar o seu
melhor proveito, mas mesmo assim, posso afirmar que tive uma infância cheia e
rica de pessoas, cores, formas, cheiros e não trocava a minha infância por
nenhuma. - In O Mundo Visto por HENRIQUE TIGO: 03/01/2012
HENRIQUE TIGO
Henrique Tigo,
nasceu em Lisboa, decada de 70, Comendador da Ordem de São Miguel de Ala.
Pedreiro-livre. É Licenciado em Geografia e Desenvolvimento Regional pela
Universidade Lusófona. Tem ainda os cursos: de Gravura, da Cooperativa de
Gravadores Portugueses e de Xilogravura, da Universidade Lusófona. Tem
publicado vários artigos e ensaios ligados a Geografia e não só em variados
jornais. Autor dos Livros; Analise Demográfica do Concelho de Góis, em 2007
(edição da ADIBER), Um pequeno retrato de Colmeias 2008 (Edição do Noticias de
Colmeias). Autor da tese “O papel das ONG’s na educação para o
Desenvolvimento”, Autor da peça de teatro “As Portas de Abril”, Edição Calçada
das Letras 2014; "Estranha forma de Poesia" Edição Ideia Fixe 2014.
Escreveu ainda vários prefácios. Participou nos livros: Introdução ao Pensamento
do Prof. Agostinho da Silva; Aspectos das Artes plásticas III; Arte 98; In
Memoriam de Agostinho da Silva,entre outros. Além de Geógrafo é Pintor,
Escultor, Gravador e Poeta.
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