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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Festa do Solstício do Verão, em Chãs – Sábado 21 de Junho – Com gaiteiros e violinos e cortejo celta - Desde o meio da tarde ao pôr-do-sol, sob o tema “Oração à Luz de Guerra Junqueiro – “Luz que nos dás o olhar, luz encantada! Bendita sejas, luz, bendita sejas! Sejas bendita em nós, ó fonte de harmonia!” – Homenagens ao poeta de Ligares e ao sacerdote José da Silva, de Penude - E à noite a festa sanjoanina, na aldeia, com diversão e os comes e bebes tradicionais.


Depois   VISONE vídeos, imagens e outra informação na postagem que editamos no passado dia 4 de junho  - Clike  ao lado ou aqui  - celebracao-do-solsticio-do-verao-21-de.html  

participação do Grupo Lua Nova, Gaiteiros de Mogadouro e a exibição musical , no adro da igreja do   duo Ale&Ole - Olena Sokolovska (violino) e Pedro Ospina (guitarra e laúd)



 Vídeo registado de véspera - dia 20- À cautela  - e com um belo dia de sol - lemos versos de Guerra Junqueiro e registámos o alinhamento solsticial - Estava era muito vento.... pelo que só ficou o gesto e a intenção


Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte, e  que marcará o início da estação estival,  vai ser celebrado na tarde de   Sábado, dia 21, ao toque de gaiteiros e sons de violino, com uma cerimónia mística que evocará sacrifícios e rituais celtas – E destaque para duas homenagens, sob o tema “Oração à luz”, título de um dos mais belos poemas de Guerra Junqueiro, que será homenageado com o sacerdote,    José da Silva (recentemente falecido), figura muito estimada neste concelho.



Ao fim da tarde, pelas 20.45 horas, os participantes na ação evocativa poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício

15.30 – Em  Foz Côa – Desfile do Grupo dos Gaiteiro Lua Nova – de Mogadouro, desde avenida até junto à Igreja Matriz – Para lembrar um dos habituais trajetos do Cónego José - 17.00 Horas – Em Chãs - Arruada nas ruas da aldeia pelo mesmo grupo de gaiteiros- 18.30 – Partida do cortejo celta do adro da igreja --18.30 – Partida do cortejo celta do adro da igreja-..19.00 – Homenagem na Pedra da Cabeleira de Nª Srª ao Cónego José da Silva -20.00 – 20.45 – Celebração do dia maior do ano na Pedra do Solstício, com a leitura do poema "Oraçao à Luz"......21.00 horas – Homenagem a Guerra Junqueiro, no Altar dos Poetas -  Com a leitura de alguns dos seus poemas e breves intervenções sobre a sua vida e obra A partir das 22 – horas – Festa Sanjoanina no adro da igreja 




Participe nas  celebrações do início da estação mais aguardada do ano e associe-se à alegria e ao esplendor do espírito solsticial, no momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.










"Luz que nos dás o pão, ó luz amada!
Luz que nos dás o sangue, ó luz doirada!
Luz que nos dás o olhar, luz encantada!
Bendita sejas, luz, bendita sejas!

Sejas bendita em nós, ó fonte de harmonia!
Sejas bendita em nós, ó urna de alegria!
Bendito seja o filho teu, o alvor do dia!
Perpetuamente, ó luz, ó mãe, bendita sejas!"



 Guerra Junqueiro






 O VERÃO VAI CHEGAR - NÃO SEJA PRESIONEIRO DA METEREOLOGIA - COM OU SEM NUVENS,  VAMOS FESTEJAR  O PRIMEIRO DIA DO VERÃO



 

Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte, e  que marcará o início da estação estival,  vai ser celebrado na tarde do  próximo Sábado, dia 21, com uma cerimónia mística que evocará sacrifícios e rituais celtas, junto a um antigo altar de pedra localizado no patamar da vertente rochosa da depressão sísmica do graben de Longroiva, nas faldas de um antigo castro,  lugar dos Tambores, em Chãs, concelho de Foz Côa.

Ao fim da tarde, pelas 20.45 horas, os participantes na ação evocativa poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício 




Homenagens ao poeta Cónego José da Silva e ao poeta Guerra Junqueiro – A partir das 19 horas da tarde de Sábado do dia 21, na Pedra da Cabeleira de Nª Senhora. A participação do grupo de gaiteiros de Mogadouro - Lua  Nova e o  duo Ale&Ole - Olena Sokolovska (violino) e Pedro  Ospina (guitarra e laúd  magrebe)

ESCUTEIROS, CICLISTAS, CAMINHEIROS E MEMBROS DE OUTRAS ASSOCIAÇÕES – A tarde é de evocação e de nostalgia, lembrando quem já não está entre nós  mas é também de alegria, de uma linda festa e de sol! – Não faltem com a vossa presença e entusiasmo!





A chegada do Verão é a estação mais desejada do ano -  E que beleza e significado não teria esse dia,  se, irmanados pelo mesmo sentimento comum,  ali se reunissem grupos das associações de escuteiros, de motards, de bombeiros, pessoas das representações mais diversas, amigos e admiradores do  falecido Cónego José! – Sim, se puder, não falte! - Venha pois celebrar o dia maior do ano e, ao mesmo tempo, associar-se a tão simbólico ato evocativo, integrado nas festividades, que estão previstas  para o próximo dia 21, Sábado, sob o tema Oração à Luz,  título de um dos mais belos poemas de Guerra Junqueiro.

Como é sabido, figuras, como: Fernando Assis Pacheco, Miguel Torga, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, Agostinho da Silva, Prof. Adriano Vasco Rodrigues, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ondina Beja, os poetas da nossa terra, Manuel Daniel e Hamilton Tavares, bem como o jornalista Fernando Cepeda, pela divulgação que fez da nossa região, do concelho e dos Templos do Sol, foram alguns dos nomes que ali já evocámos.

 A Comissão das Festas nos Templos Pré-históricos dos Tambores, em Chãs, à semelhança dos anos anteriores, uma vez mais vai  organizar a celebração do Solstício do Verão, que este ano decorre a partir do meio da tarde do dia 21, num sábado – Desta vez, com destaque para duas homenagens e sob o tema “Oração à luz” título de um dos mais belos poemas de Guerra Junqueiro – Ao  Cónego José da Silva (recentemente falecido) com um breve ato litúrgico, na Pedra de Cabeleira de Nossa Senhora, a cujo ato, estamos certo, não deixarão de comparecer muitas das pessoas que tanto o admiravam.

COM SOL OU CÉU NEBULADO  - VAMOS CELEBRAR O SOLSTÍCIO DO VERÃO 


O maciço dos Tambores, em Chãs, onde termina a meseta hibérnica e começa o douro maravilhoso,  é das áreas do país onde chove menos ao longo do ano –  Porém, os caprichos do tempo, ultrapassam o  querer humano. Não dependem da sua vontade. Todavia, não podem contrariar a determinação em querer saudar – seja em que condições for – uma data tão deseja nos 365 dias. E é este o nosso firme desejo.. Seria um sacrilégio demasiado duro de aceitar. . Sim, correm previsões  que o tempo atmosférico vai mudar para sábado e domingo. Seja como for, de  um modo ou do outro, com céu limpo ou nebulado, faremos a nossa festa -  

Uma vez mais, vamos saudar e celebrar o Solstício do Verão, nos Templos do Sol!


 Evocando  antigas tradições desaparecidas dos povos que ali viveram, homenageando figuras, nacionais ou regionais, vivas ou que já nos deixaram, cujo exemplo cívico, cultural ou social,  não pode nem deve ser esquecido – Ou, pelo menos, cuja conduta e dedicação ao bem-comum,  justifique ser avivado e relembrado.   - E nada mais significativo  de que no dia maior do ano!

A celebração do solstício – e as homenagens -  vão decorrer num local  maravilhoso, num cenário que deslumbra os olhos de quem ali se encontrar – E, assim, por certo, terão ficado os olhos do saudoso Cónego, José da Silva, nas vezes que ali nos deu o prazer da sua visita. E, não pudendo estar já entre nós, fisicamente, mas acreditando que do alto do céu, o seu espírito iluminado e bondoso, não deixe de nos olhar, pois, acrescentaremos, sem receio de exagero das nossas palavras: - que magnifico não seria, reunirem-se, naquele mesmo local, muitos dos que o admiraram, muitos dos que conviveram com ele ou ouviram da sua voz a palavra de Deus!





Não perca a oportunidade única e auspiciosa de contemplar os últimos raios do pôr do sol do dia maior do ano, pousando no horizonte a ocidente (num dos perfis das colinas da  outra margem do magnífico  vale), rasando, do lado de cá,  o alto da curvatura de uma autêntica esfera solar e armilar, em perfeito alinhamento   com o centro de um pequeno círculo – o vaso sacrificial - incrustado na superfície rochosa do monumental anfiteatro, onde assenta o majestoso calendário pré-histórico.






Fala-se de mudança de tempo no fim de samana, mas nós estamos determinados a fazer o  cortejo celta, desde o adro da aldeia, até à Pedra do Solstício. Com paragem na Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora (santuário alinhado com os equinócios) para prestarmos uma singela homenagem a uma figura querida da nossa terra, do nosso concelho e até da nossa região, que recentemente nos deixou e que por vários vezes nos deu o prazer de nos acompanhar – É o já saudoso Cónego José  - Pode parecer incongruente uma festa de cunho pagão, associar-se a uma figura da igreja, pelo contrário, foi nestes antigos locais de culto que os primórdios do cristianismo foram buscar os primeiros ensinamentos – Tanto assim que se situavam nos pontos mais belos e benfazejos da terra. Não é por acaso que as antigas igrejas estão direcionadas de nascente para poente ou que as mais lindas ermidas foram edificadas no alto dos montes mais altaneiros de horizontes mais amplos e maravilhosos.



Feita a breve mas significativa homenagem, o cortejo druida, acompanhado pelos som das gaitas do Grupo Lua Nova de Mogadouro, dirige-se finalmente para a Pedra do Solstício, onde serão lidos poemas evocativos à abençoada luz solar, fonte de vida, que a todos ilumina por igual, seja rico ou pobre, se ouvirão sons de violinos até ao momento em que o alinhamento solar nos contemple





Por fim, terminaremos a nossa celebração, na Pedra dos Poetas, com homenagem a Guerra Junqueiro, o poeta natural deLigares,  Freixo de Espada a Cinta – que faz fronteira com o nosso concelho e que, se fosse vivo, que alegria ele não sentiria se ali nos pudesse acompanhar. Não o podendo fazer corporalmente, acreditamos que, o espírito daqueles que “que por obras valerosas, se vão da lei da morte libertando”, nem por isso se deixará de pairar como testemunho eterno da sua inapagável memoria


Sanjoanina no adro da igreja  - Oferecida pela Junta de Freguesia de Chãs, na pessoa da Dr. Teresa Marques, a quem agradecemos a inestimável colaboração e, uma vez mais, a celebração do solstício na sua propriedade. E, naturalmente, um agradecimento, muito especial, à Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, na pessoa do seu Presidente, Egº Gustavo Duarte – Bem assim a todos os habituais colaboradores, designadamente, António Lourenço e Amélia Lourenço, e, com certeza, aos nossos amigos da Foz Côa Friends Associação, de quem temos sempre contado com o mais dedicado empenho, José Lobreiro, João Pala , Adriano Ferreira e José Ribeiro.





Guerra Junqueiro: Oração à Luz (1904)
 (...)Ó luz, ó luz, o mundo que te devora,
Mas revives no mundo a toda a hora.

Morres para nascer a todo o instante,
Mais perfeita, mais pura e mais brilhante.

Sim, mais brilhante: a claridade
Vem só do amor e da verdade.

Tu revives, ó luz, mais amorosa
Na água fluida, trémula e viscosa.

Na água fecundante e conjugal,
Mãe do homem, do verme e do cristal.

Na água móvel, mágica, indecisa,
Onde a vida fermenta e fraterniza…

Por onde o sangue a e seiva, ébrios d’amor,
Circulam para a ideia ou para a flor!

Mas a água te absorve e te agradece,
Nunca te esquece, ó luz, nunca te esquece:

Almas da água, quando se casaram,
Foi com beijos de luz que se beijaram.

Excerto

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