(atualização- 09-04-2018) Parabéns, José por mais esta prenda que
oferece aos seus admiradores e
naturalistas – Refere a SIC, que o ervanário e poeta, prepara-se para editar o
sexto livro aos 99 anos "A Idade é Para Meninos traz-nos esta semana a história de José Salgueiro,
um ervanário e poeta, de 99 anos, que acredita que as plantas podem curar todos
os males e que, apesar de ter só a 4.ª classe, já editou cinco livros e tem
outro, pronto para ser publicado ainda este ano, antes de completar um século
de vida. SIC Notícias | Ervanário e poeta, prepara-se para editar
o sexto livro
"O ser poeta não se aprende... É uma dádiva da natureza" - que herdou do seu pai
Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Fui
músico e sapateiro,
Sou
poeta e hortelão
Ervanário
a tempo inteiro
E
das damas campeão.
Este homem, de 95 anos de idade, é um dos mais belos exemplos de sensibilidade e de genuína sabedoria popular – E também de lúcida e bem-conservada longevidade. Um verdadeiro autodidata, que não tem mais do que a 4ª classe mas que, leu muito, aprendeu muito com a vida.
Entrevistámo-lo no último dia da Feira do Livro, em Lisboa, já quase sobre a hora do encerramento, onde autografava Relatos de Uma Vida e Ervas, Usos e Saberes - É das tais pessoas que dá gosto ouvir. Que não cansa e de quem se aprende sempre “coisinhas” importantes. Fala com a espontaneidade e a sinceridade dos iluminados, sim, sabe do que fala.
Combater a bronquite com a sabedoria do
Mestre José Salgueiro
“Conheço
o Mundo sem lá ir” – diz. Só começou a
escrever poesia depois do 25 de Abril: "ou era como eu queria ou eu não fazia
nada" – Até ali era só para brinquedos mas
não ligava . “A minha poesia é rica e é
dura. Alguma gente, ao lê-la queima-se, não gosta dela. Porquê?... Fala das
torturas aos negros. O homem branco caçava-os e vendia-os para América central.
Exportava os negros como quem exportava sardinhas ou outra coisa qualquer” .
Não deixe de ouvir os vídeos que
gravámos com ele . E de ler os seus
livros de poesia e acerca dos segredos e dos seus conhecimentos da ervanária – Baseados na sua longa experiência de
vida e da sua profunda crença na cura
através das plantas.
Ouça o que deve ou não comer para evitar o cancro - Tratar bem os intestinos, o segredo da longevidade do Mestre José Salgueiro. Que, todos os dias, de manhã, toma uma colher de sopa de linhaça moída e da mais escura. Evita o cancro e reforça dos intestinos. Polvilhar o comer de vez em quando com canela moída e comer diariamente brócolos cozidos a vapor, é outros dos conselhos do mestre José Salgueiro para combater a doença que mais mata em Portugal – Espinafres, brócolos, couve de Bruxelas, salsa e espinafre, estes os produtos que deverá comer para não engrossar as estatísticas do maior flagelo da humanidade
Para combater a gastrite,
aconselha o chá de camomila, de erva
cidreira ou de tomilho e uma colher de sopa de linhaça todos os dias ao pequeno
almoço – E, para gota, umas papas de farelos de trigo com cebola cortada miúda,
dentro de um saco, sobre a barriga, diz que é remédio santo – “Passam-se semanas
que não bebo uma gota água mas chás disto ou daquilo” – E assim já perfez os
seus 95 anos, são como um pero.
Combater o cancro com os ensinamentos dos 95 anos do Mestre José
Salgueiro
Ouça o que deve ou não comer para evitar o cancro - Tratar bem os intestinos, o segredo da longevidade do Mestre José Salgueiro. Que, todos os dias, de manhã, toma uma colher de sopa de linhaça moída e da mais escura. Evita o cancro e reforça dos intestinos. Polvilhar o comer de vez em quando com canela moída e comer diariamente brócolos cozidos a vapor, é outros dos conselhos do mestre José Salgueiro para combater a doença que mais mata em Portugal – Espinafres, brócolos, couve de Bruxelas, salsa e espinafre, estes os produtos que deverá comer para não engrossar as estatísticas do maior flagelo da humanidade
"Os
meus órgãos foram sempre fracos ma eu trateio-os bem – Não há dia em que não coma uma colher de linhaça"
No vídeo seguinte - Ouça os ensinamentos do Mestre José Salgueiro, como combater os diabetes, a gastrite e a gota
As bicas, o açúcar matam milhões – Diz o
Mestre José Salgueiro . Para combater os diabetes, tem que se reduzir nos
doces, comendo tremoço seco em jejum, beber chã de São Roberto e comer cinco
dentes de alho por dia”– Lembra que o diabético para viver bem tem de comer um
bocadinho de abacaxi ou ananás todos os dias, ao almoço e ao jantar
Refere
a sua biografia ( e da qual nos falou de alguns episódios) que “José Salgueiro nasceu em
1919 no Monte da Boavista próximo de Montemor-o-Novo. Começou a trabalhar desde
cedo. Foi aguadeiro em feiras e romarias, vendeu sardinhas de monte em monte,
trabalhou na ceifa e nas hortas, até que aos 14 anos aprendeu a profissão de
sapateiro que só deixaria aos 50 anos para se dedicar a uma das suas paixões:
as plantas medicinais. Durante a sua vida tem-se dedicado a inúmeras
actividades e interesses. Jogou futebol, foi músico na Sociedade Pedrista onde
tocou clarinete, saxofone e oboé; tem sido campeão de damas e é poeta popular.
Foi com a mãe, quando a acompanhava no trabalho nos campos, que começou a
aprender a reconhecer as plantas e as mezinhas que com elas se preparavam.
Desde então, de forma autodidacta, tem-se dedicado ao seu estudo, colheita
secagem e venda”.
O
HOMEM QUE APRENDEU COM AS LIÇÕES DA
MÃE-NATUREZA - "Viu o mundo mudar e assistiu à II Guerra Mundial. Fugiu
ao regime de Salazar porque não concordava com a sua política. Começou a
trabalhar cedo e aos 14 anos aprendeu o ofício de sapateiro. Mais de 30 anos
depois decidiu entregar-se ao seu verdadeiro amor: o estudo das plantas
medicinais. É ainda campeão de damas e os adjectivos parecem não esgotar-se
para uma longa vida que já dura há mais de 90 anos. Deita-se com um caderno à
cabeceira para não esquecer as ideias que lhe pairam na cabeça, e só consegue
adormecer depois das duas horas da manhã. Foi aguadeiro em feiras e romarias,
vendeu sardinhas de monte em monte, trabalhou na ceifa e nas hortas. Aos 17
anos teve um grave problema nos olhos e “curou-se” sozinho com óleo de fígado
de bacalhau. Descobriu assim que a sua vocação não estava no ofício de
sapateiro, mas na sensibilidade em reconhecer as plantas, que aprendeu enquanto
acompanhava a mãe nos trabalhos do campo. Decidiu aprender sozinho tudo o que
hoje sabe sobre plantas e mezinhas. Escreveu um livro e está a preparar outro.
À mão, porque de computador não percebe nada. Quem olha para José Salgueiro
fica confuso e espantado. Os cabelos brancos não deixam adivinhar a idade.-
Excerto de https://t0dajoana.blogs.sapo.pt/mestre-salgueiro-2648
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