Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador
Tenho por Dom Duarte,
a maior admiração e simpatia, pelas suas provas de generosidade e solidariedade
social, manifestando um profundo interesse e amor por Portugal e por toda a
presença de Portugal no mundo-
Conheci-o, pela primeira
vez em S. Tomé, onde queria fixar residência, quando, em 1973-74. Marcello Caetano,
ordenou a sua expulsão de Angola – Mas também, nesta Ilha, acabou por não ser
autorizado a fixar-se
Ao verdadeiro
representante da Monarquia Portuguesa, os meus parabéns por este dia especial,
com votos sinceros de felicidades, uma vida longa, com paz, saúde e muita
alegria junto da sua amada família.
Ao verdadeiro representante da Monarquia Portuguesa, os meus parabéns por este dia especial, com votos sinceros de felicidades, uma vida longa, com paz, saúde e muita alegria junto da sua amada família.
Entre 1968 e 1971 cumpriu o serviço militar em Angola como tenente-piloto da Força Aérea Portuguesa, passando, em 1972, para a vida civil. Nesse mesmo ano organizou, com um grupo multiétnico angolano, uma lista independente de candidatos à Assembleia Nacional, iniciativa que terminou com a sua expulsão do território angolano por ordens do, então Presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo
Foto posterior ao 25 de Abril, em S. Tomé |
Foi então que se deslocou a S. Tomé para aqui ver se podia adquirir uma pequena área de cultivo para se dedicar à exploração de ananases e de outras culturas tropicais, especialmente baunilha e pimenta, com a participação e experiência de pequenos produtores agrícolas da terra, tendo me pedido a minha opinião sobre o melhor local, visto me conhecer atrtravés da revista angolana Semana Ilustrada .
A 25 de abril de 1974, divulgou um comunicado enquanto pretendente ao trono, onde afirmou: "Vivo intensamente este momento de transcendente importância para a Nação. Dou o meu inteiro apoio ao Movimento das Forças Armadas e à Junta de Salvação Nacional".
Dom Duarte Pio, duque de Bragança é o pretendente ao extinto trono português, como chefe da Casa de Bragança, bisneto do Rei D. Miguel I, ramo da Casa de Bragança. Com a extinção das dinastias de linha masculina descendentes da Rainha Maria II em 1932, os descendentes de D. Miguel tornaram-se os únicos Braganças de linha masculina
Duarte Pio estudou em Portugal, iniciando o seu percurso no Colégio das Caldinhas, situado nas Caldas da Saúde, em Santo Tirso, que frequentou entre 1957 e 1959. No ano letivo de 1959/60 estudou no Liceu Nacional Sá de Miranda, em Braga. Em 1960 ingressou no Colégio Militar em Lisboa, em simultâneo com o seu irmão Miguel.[8] Mais tarde, frequentou o curso de engenharia agrónoma, contudo sem obter a licenciatura, e estudou no Instituto para o Desenvolvimento da Universidade de Genebra.
UM GRANDE AMIGO DAS ILHAS VERDES DO EQUADOR
De recordar que, Duarte Pio, aquando da sua visita a S. Tomé, no âmbito da peregrinação da imagem da nossa senhora de Fátima a estas ilhas, ofereceu ao então Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, algumas armas "históricas" da sua família.
Em Fevereiro de 2017, Dom Duarte Duque de Bragança, estava pela 10ª vez em S. Tomé, para uma estadia de cinco dias, quando foi supreendido pela morte do seu irmão mais novo, D. Henrique de Bragança, 67 anos de idade, duque de Coimbra, Morreu o irmão mais novo de D. Duarte Pio de Bragança
Ele veio a S. Tomé, não propriamente para fazer turismo, conquanto reconheça as suas potencialidades, mas para dar o contributo da Casa de Bragança para obras de caráter social e também dar o seu estímulo para iniciativas no campo da agricultura, que é uma das áreas , em que reconhece existirem excelentes perspetivas de desenvolvimento, nomeadamente na exploração das chamadas especiarias, que levaram os marinheiros portugueses a demandar as longínquas Índias, os mares da Austrália e Indonésia - Timor.
Observador atento |
Ao aproximar-me da porta, o dono do restaurante, veio ao meu encontro, abrindo desabridamente os braços, nestes termos: Você não entra aqui em minha casa! – Foi, então, que, de lá de dentro, ouço de uma das pessoas, a voz de Dom Duarte Pio de Bragança, que teve um gesto à altura dos pergaminhos da sua nobreza, dizendo: Por favor, deixe entrar esse senhor, que é meu convidado. - E lá fui sentar-me à mesa do corajoso Príncipe, para minha reconfortante surpresa e satisfação. Gesto este que acabaria por consolidar um relacionamento muito cordial e honroso, que se prolongaria, desde então, até aos dias de hoje
Eu mesmo lhe confessei que tinha alguma experiência da cultura do ananás, quer na Brigada de Fomento-Agro-Pecuário, quer no serviço militar, como furriel miliciano, quando ali estive encarregado da Agropecuária – Trocámos impressões e aconselhei-o também a falar com alguém da Roça S. Vicente, do Eng. Salustino da Graça, na vila da Trindade, que era a propriedade que tinha uma das melhores explorações de ananaseiros, próximo da então Vila da Trindade.
Na RDP-Rádio Comercial - Década 80 |
Outro curioso encontro, que aqui recordo numa fotografia, acima editada, ocorreu no antigo solar dos Visconde Banho de Almendra, correspondendo ao convite dos familiares deste belo e vetusto edifício, no qual um dos generais de Napoleão se aquartelara, na altura das invasões francesas.
Na adega coop de Foz Côa, defendor do Património do Cõa |
Em período de exílio que atingiu a Família Real, nasceu na Suíça mas em território português: na Embaixada de Portugal em Berna, a 15 de Maio de 1945. Teve por padrinhos Sua Santidade o Papa Pio XII e por madrinha a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança, então viúva de D. Carlos I, Rei de Portugal.
Permitido o regresso a Portugal da Família Real nos anos 50, estudou no Colégio Nuno Álvares (Caldas da Saúde) em Santo Tirso entre 1957 e 1959.
Em 1960 ingressou no Colégio Militar, prosseguindo, posteriormente, os Seus estudos no Instituto Superior de Agronomia e ainda no Instituto para o Desenvolvimento na Universidade de Genebra.
Cumpre o serviço militar em Angola como Tenente Piloto Aviador da Força Aérea entre 1968 e 1971. Durante esse período conheceu em profundidade as populações das então Províncias Ultramarinas, estabelecendo relações de amizade, em particular, com chefes tradicionais e lideres espirituais das várias religiões, circunstancias essas que lhe criaram dificuldades acrescidas com as autoridades em Lisboa.
Como Presidente da Campanha “Timor 87”, desenvolveu actividades de apoio a Timor e aos Timorenses residentes em Portugal e noutros países, iniciativa que teve o mérito de dar um maior destaque à Causa Timorense.
Sob a presidência do Senhor Dom Duarte participaram dessa campanha numerosas personalidades notáveis de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa da altura, conseguindo-se a construção de um bairro para Timorenses desalojados.
Através da Fundação Dom Manuel II, instituição que preside, deu continuidade a esse empenho através de ajudas financeiras para a concretização de projectos nos domínios da educação, cultura e promoção do desenvolvimento humano em Timor e noutros países lusófonos.
Encetou contactos a vários níveis incluindo uma visita aos Governantes Indonésios, e a Timor Sob ocupação, que contribuiu decisivamente para uma mudança da atitude do Governo Indonésio e para O despertar de consciências em relação ao processo de independência daquele território.
É Presidente Honorário e membro de diversas instituições, sendo actualmente membro do Conselho Supremo dos Antigos Alunos do Colégio Militar e Presidente Honorário do Prémio Infante D. Henrique, programa vocacionado para jovens e que tem como Presidente Internacional S.A.R. o Duque de Edimburgo.
Desde muito jovem dedicou a sua atenção á defesa do ambiente, pertencendo desde os dez anos à Liga para a Protecção da Natureza.
Manifestando um profundo interesse e amor por Portugal e por toda a presença de Portugal no mundo, só ou acompanhado da sua Família percorre anualmente várias regiões do País, países lusófonos e comunidades portuguesas no mundo inteiro a convite dos responsáveis locais.
Agraciado por múltiplas ordens honoríficas, o Duque De Bragança está ligado por laços familiares a várias Casas Reais da Europa, nomeadamente: Luxemburgo, Áustria-Hungria, Bélgica, Liechenstein, Itália, Espanha, Roménia, Sérvia, Bulgária Thurn e Taxis, Bourbom Parma, Loewenstein etc.
Visita regularmente países com estreita relação histórica a Portugal frequentemente a convite dos respectivos Governos ou Chefes de Estado com quem mantém laços de amizade, como por exemplo o Brasil, Arábia Saudita, os Emiratos Árabes Unidos, Japão, China, Marrocos, Rússia, Estados Unidos, etc.
Casou a 13 de Maio de 1995, com a Senhora Dona Isabel de Herédia, e é pai de:
Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, nascido a 25 de Março de 1996 e baptizado em Braga a 1 de Junho de 1996,
Dona Maria Francisca nascida a 3 de Março de 1997 e baptizada em Vila Viçosa em 31 de Maio de 1997
Dom Dinis nascido a 25 de Novembro de 1999 e baptizado no Porto em 19 de Fevereiro de 2000. http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/sardomduarte.asp
Muitos foram os meus artigos censurados, devolvidos ao autor, mesmo tendo em conta as loas que obrigatoriamente tinha de dedicar à propaganda colonial, pois de outro modo era impensável escrever uma linha. Contudo, nem assim logrei captar a confiança do regime ditatorial, ao ponto de me ter sido instaurado um inquérito, que obstou a minha admissão nos quadros do então Emissor Regional de STP, da EN, onde trabalhava como ténico-operador, devido a um artigo por mim publicado na revista Semana Ilustrada. Tenho ainda o documento dessa iníquia represália. Cheguei a São Tomé, tal como saí: sem nada nos bolsos.Todavia, possuidor de uma experiência de vida, que não há dinheiro algum que ma pague.
Nunca nenhuma revista ou jornal dedicara tanto espaço nas suas páginas, como a Revista Semana Ilustrada - A Semana Ilustrada, era muito apreciada e popular, nas Ilhas Verdes do Equador, tanto pelos santomenses, que a chegaram até a homenagear, como pela comunidade portuguesa – Esta só nos deixou de apoiar, quando passamos a publicar artigos das manifestações pró-independência e dos massacres do Batepá
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