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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Papa Bento XVI, em Portugal, há 12 anos e a nova interpretação do 3º Segredo de Fátima: "O Senhor sempre nos disse que a Igreja sofrerá até o final do mundo" – Confusa, desorientada e paralisada aos apregoados abusos dentro da Igreja, que a média do liberalismo promove regularmente nas suas manchetes: em vez de apontar soluções à falta de vocações, deixa-se arrastar no engodo dos seus detratores e falcões


Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 

A Igreja Católica, à falta de padres, que envelhecem e não rejuvenescem, discute mas não consolida posições - E também ao envelhecimento do povo, a que as lideranças politicas ocidentais, ditas católicas ou cristãs, não dão passos para minorar o vazio do acelerado despovoamento das paróquias ou povoações.

Jorge T Marques . Finais dos anos 50

Bento XVI, conhecido como brilhante teólogo, encarregado no ano 2000 de explicar o terceiro segredo de Fátima, atualizou durante sua viagem a Portugal a mensagem confiada pela Virgem aos três pastorinhos em 1917

Com um conterrâneo meu - século XXI

France Presse 14/05/2010 - Ao associar a mensagem confiada pela Virgem aos três pastorinhos em 1917, às profecias com os apregoados escândalos de pedofilia que abalam a Igreja - Ou seja, o da Perseguição pelo liberalismo selvagem e pseudo-democratas

"Bento XVI acrescenta nova interpretação ao terceiro segredo de Fátima - Estaria enganado quem pensasse que a missão profética de Fátima foi cumprida. O homem pôde desencadear um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompê-lo

Recordou, também, que as profecias são mensagem "contra o egoísmo horrendo de nações, de raça, das ideologias de grupos e indivíduos"

Por seu turno, o Papa Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio, que, em 2013, sucedeu à renúncia, do Papa Bento XVI, o alemão, Joseph Aloisius Ratzinger, reconheceu que os abusos dentro da Igreja são "ainda mais graves e escandalosos”, e comparou aos sacerdotes que os cometeram com "lobos furiosos” e "delinquentes humanos”, qualificando-os como "ferramentas de Satanás”.

Mas será que os lobos furiosos somente abundam no seio da igreja não existem noutras classes sociais? Ou será apenas mais um discurso para atenuar a alarido dos sistemáticos ataques que povoam as manchetes da imprensa liberal e não atalhar o mal pela raiz? – Que era o de permitir que as vocações dependessem, não tanto daqueles que aceitam o celibato mas que o escolhem, como homens, entre os homens, apaixonados e devotados pela doutrina de cristo, do homem virtuoso, que nasceu de José e Maria. E, por isso, se erradicasse, de uma vez por todas, o conceito de castração ou da virgindade: que hipocritamente só existe em quem abdicar da vida conjugal ou da relação sexual.

Sim, tem razão o papa Francisco ao alertar para a "hemorragia" de freiras e padres em Itália e na Europa, dizendo que só Deus sabe quantos seminários, mosteiros, conventos e igrejas vão fechar por escassez de pessoas a prestar serviço religioso – Tendo já afirmado que a igreja deveria estudar a possibilidade de ordenar homens casados de fé provada, os designados "viri probati", para oficiarem

Mas, pelos vistos, fala-se da escassez de padres e da reforma estrutural, desde há vários anos, mas nenhum papa, desde Paulo VI a Francisco – ofereceu qualquer solução real para o problema. Sua única resposta à falta de padres tem sido a de instruir as pessoas a rezarem a Deus e encorajar mais rapazes a pensarem na vocação.

A Igreja Católica, posicionou-se contra o liberalismo desde seu surgimento no século XVIII, em favor da democracia. E o egoísmo individualista do liberalismo selvagem e outros disfarçados de democratas, não lhe perdoam, pelo que, não faltam episódios, frequentemente, para gaudio da imprensa dominada pelas forças liberais, unicamente com o objetivo de a humilhar e destruir

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NÃO ÀS TOURADAS MEDIEVAIS NEM ÀS PROCISSÕES QUE AS VENERAM E IDOLATRAM  .- Qual arena dos imperadores da velha Roma, antes dos cristãos serem atirados às feras! E também daquelas onde os fiéis se arrastam de joelhos ou deitados em suplícios que escandalizam a terra e os céus!..  -  Então que sadismo de Deus é este que se compraz com o sofrimento do seus súbitos e veneradores!... Mas gosto do esplendor e dos seus cânticos, quando   as crianças assumem figuras etéreas de anjos, quando os olhos dos adultos se concentram na luz de uma vela e os passos vão seguindo a cadência dos hinos entoados por vozes dos devotos e dos sons que  a filarmónica toca, desde que os andores saem ao adro e vão dar a volta por ruas e capelas.




  Mas gosto desta: Em todas as religiões, há aspectos negativos e positivos. Guardo  boas memórias de criança (dos coros e das procissões, que ainda hoje, constituem para mim, como que um espontâneo apelo ao sagrado, ao sobrenatural  e me comovem - E então se  acompanhados com a banda filarmónica, ó céus!... Onde estais?!... -E, ao pensar naqueles dias, quando andei sozinho perdido no mar alto, confesso que essas imagens até me deram algum alento. 

Conquanto não seja católico praticante,, sim, considero-me um místico à minha maneira, reconheço, no entanto, que o papel da igreja é importante como alento e conforto espiritual da sociedade.

É certo que, a Igreja de Cristo, com o decorrer dos anos, se foi divorciando das palavras humildes do seu fundador e deixando-se atrair aos poderes temporais -Sim, também porque a igreja não é um edifício, mas a simbologia dos milhões de fieis da doutrina cristã e suas palavras bíblicas.

Não há seres humanos perfeitos: a divindade perfeita, só existe por inteiro numa criança quando recria o mundo, as coisas, os animais, com o seu olhar deslumbrado e o seu profundo interroga” Diz o escritor Vergílio Ferreira, em Pensar

Os sacerdotes, seja qual for a sua posição hierárquica na igreja, são seres humanos, suscetíveis das suas fraquezas, como qualquer criatura humana - Não vejo que arvorem em santos, salvo casos excecionais, pelo que não se pode fazer uma tempestade em copo d'água; o de se culpabilizarem uns quantos e pagarem por todos.

Com as chamadas comissões independentes - os santinhos: personalidades intocáveis e inócuas, pois que se aponte aquele que não tenha o seu telhado de vidro, os seus recalcamentos, as suas frustrações e preconceitos, os seus vícios e as suas virtudes

Mas por que razão não fazem a políticos? No meio artístico e a outras atividades? – Estou certo que não lhes faltaria matéria prima e abundante

Pois saberão, com certeza, as suas mentes liberais, pretensamente iluminadas, que, os valores da família e outros valores sagrados, sem as quais a vida perde sentido é facilmente absorvida pelo ganância e vaidade consumista da era do vazio, que vem galopando e tornando as massas humanas, mera mercadoria consumista


Além de centenas de entrevistas às mais diferentes personalidades, e até no meio prisional, para a então RDP-Rádio Comercial, tendo editado um livro com alguns do mais perigosos cadastrados, sob o titulo, Quando Mato Alguém Fico Um Bocado Deprimindo, sim, fui o primeiro repórter da rádio a denunciar os casos de pedofilia no Parque Eduardo XVII, ondo os miúdos faziam prostituição às escancaradas por detrás das árvores e por entre os arbustos – E, segundo me declararam, a sua clientela é bem diversificada, onde não faltavam figuras famosas

De resto, muitos desses miúdos, já consequência de enormes problemas familiares, alguns deles abusados no seio dos seus lares, até para se afirmarem, gostavam de se gabar ter relações com personalidades, conhecidas nas televisões – Não me admira, que, mais tarde adultos, o façam ainda de forma mais imaginativa e convincente.

Sofri uma tentativa de abuso sexual, aos 12 anos, por um mendigo, em Lisboa, quando para aqui, vindo da minha aldeia, como marçano, num dia em que procurei abrigo nuns arbustos do Jardim da Alameda St António Capuchos - Conheci, bem cedo, essa afronta, e, posteriormente, aos 14 anos, em Santo Tirso.

Também entrevistei dezenas de jovens prostitutas, tendo oferecido algumas bobines à Presidente da Associação, de O NINHO, uma associação de proteção às prostitutas, com os relatos dos seus dramas e das suas histórias, que me disse que os iria encaminhar para o episcopado, visto esta associação, estar sob a sua tutela. -Não foi por que ali tivesse havido referências a sacerdotes, mas com a finalidade de as ajudar a compreender melhor as suas vidas.

Tal como é recordado, no Brasil, em finais da década de 1850 acirraram-se os debates sobre o casamento de não católicos. Alguns políticos liberais travaram uma batalha para tomar da Igreja Católica a hegemonia sobre as uniões, que acabou gerando a Lei 1.144 de 11 de setembro de 1861, alvo de muitas críticas, porque reconhecia os casamentos de não católicos mediante três condições: era obrigatório um ato religioso (casais que quisessem dispensar o ato religioso não podiam fazê-lo; e no interior do país era muito comum a falta de sacerdotes); era obrigatório registrar o casamento, sendo este feito por um pastor protestante reconhecido pelo Estado (caso raro; "onde não houvesse ministro protestante não haveria casamento de protestante" - Recorda Elza Silva Cardoso, na sua Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de História,

 MALDITA PEDOFILIA - Graça em todos sectores da sociedade - Em todos os credos e profissões - Não se pode fazer da igreja, a expiação de um pecado que talvez seja tão anigo como o próprio homem 

ALUNO NA ESCOLA AGRICOLA  CONDE S. BENTO , EM SANTO TIRSO 

Para minha decepção, logo, no primeiro ano, um jovem sacerdote, da igreja que fazia paredes-meias com a nossa instituição, tomou uma atitude que bastante me decepcionou.  Desde algum tempo que andava a fazer amizade comigo e mais dois colegas - Convidava-nos ao seu quarto e oferecia-nos chocolates. Um dia à noite, depois do jantar, apareceu por lá e convidou-me a dar um passeio pela marginal do rio, que faz confronto com as hortas e os campos da Escola. - Um lugar tão aprazível, tão belo! - Quando revejo as imagens dessa encantadora paisagem meus olhos toldam-se de lágrimas - Porém, subsistem duas más recordações:  o afogamento de um companheiro (oito dias para o duque da ribeira, varrer com as fateichas o açude desde o velho moinho, junto à ponte, até lá ao extremo norte da quinta, até que por fim lá o encontrou e ali bem perto onde se havia atirado à água do Rio Ave, preso a uns arbustos A outra é a dessa inesperada atitude.


Quando viu que não havia ninguém, vai daí de me tapar a boca, puxar as calças e me encostar violentamente à braguilha. Mordi-lhe a mão e escapou-se pela bouça. Ao mesmo tempo que eu lhe chamava todos os nomes do mundo que me vinham à cabeça. Se o vínculo já era frágil, quebrou-se definitivamente - E o mais caricato é que ele era um dos sacerdotes que ia dizer a missa aos domingos na nossa capela, onde, uma formatura da Mocidade Portuguesa, tinha de lá ir  prestar guarda honra à bandeira: de camisa e calça curta, no Inverno, era de arrepiar. Mas eram assim aqueles tempos do obscurantismo - A igreja de boa convivência com o Salazarismo - O mau é que os políticos de agora, ainda são mais desonestos, enquanto a miséria galopa como nunca.


 

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