Jorge Trabulo Marques - Jornalista
António Martinho
Baptista, que deixou a direção do Parque
arqueológico do Côa, há dois anos, e aos 67 de idade, mesmo depois de reformado, nem assim deixou
de continuar a ser o entusiasta e ativo investigador
Foi um dos principais
arqueólogos, a quem se ficou a dever o estudo
aprofundado e a inventariação museológica das gravuras
rupestres em 1982, bem como todo um riquíssimo espólio de material
lítico, trabalho esse desenvolvido com
muito empenho e saber, por empenhados investigadores que tudo
fizeram para que o mais vasto e valioso conjunto de
gravuras e pinturas do paleolítico e a céu aberto, fosse salvaguardado e
elevado a Património da Humanidade mundial e ficou
.
.
Em plena noite, no Vale do Côa, com luz artificial |
E os resultados estão à vista: com a
publicação de um livro juvenil, que já teve honras de convivios e de apresentação diversas, no mês de Abril, a que deu o ttulo de: “Vozes das Pedras – A vida no Neolítico” – Inerido no
projeto Pedras – Área Arqueológica Mezio-Gião - ARDAL/Porta
do Mezio, que visa dar resposta a uma crescente procura do turista
do Parque Nacional da Peneda-Gerês e da Porta do Mezio, em particular, por
estes monumentos culturais, oferecendo-lhe novos suportes e experiências
relativos a esta temática, contribuindo, ao mesmo tempo, para a
preservação e valorização desta área arqueológica, de relevância para a região
UMA ESCRITA ANTES DA ESCRITA - LIVRO SOBRE A ARTE RUPESTRE DOS MONTES DE
GIÃO – Considerado um dos mais notáveis santuários de arte
rupestre do noroeste peninsular
O evento teve início no
dia 4 de Abril, com o “Vozes das Pedras… na Escola”. Esta ação foi organizada
no Agrupamento de Escolas de Valdevez, dirigida aos alunos do 5º e 7º ano, teve
como objetivo dar a conhecer todo o projeto ao público escolar, bem como
oferecer um livro juvenil “Vozes das Pedras - A vida no Neolítico” e um jogo de
mesa “Vozes das Pedras – Área Arqueológica Mezio-Gião ”Excerto de . http://www.correiodominho.pt/noticias/ardal-porta-do-mezio-apresenta-resultados-do-projeto-vozes-das-pedras/117154
O Projeto Vozes das Pedras- promoção e valorização da Área Megalítica do Mezio/Gião, apresentado pela ARDAL e aprovado pelo Programa Operacional da Região Norte 2020 – Património Cultural, financiado pelo FEDER e apoiado pelo Municipio de Arcos de Valdevez, foi apresentado esta semana em 3 eventos. Na Casa das Artes de Arcos de Valdevez foi apresentado o livro “Uma Escrita antes da escrita”, com textos e fotografias de António Martinho Baptista e que retrata a arte rupestre dos Montes do Gião.
Nesta apresentação, o autor, António Martinho Baptista, afirmou sentir uma forte ligação ao local, pois logo que
chegou ao PNPG realizou trabalhos no Gião, e fez um breve enquadramento deste
santuário, referindo e enaltecendo o facto de este local ter marcas de há 5000
atrás.
O Gião é uma zona que apresenta uma arte
antropocêntrica, avançou António Baptista, dizendo que se centra na figura
humana, a qual se encontra explanada em centenas de gravuras. “É uma notável coleção de representações de figuras humanas,
interligadas entre si” e “uma notável mistura de
paisagem natural e humanizada. É um santuário rupestre e a arte rupestre é um
elemento agregador da paisagem”, atestou.
Para o autor este local deve ser uma referência naquilo que toca aos locais
de visitação da pré-história do Norte de Portugal.
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