- com imagens, recordando o certame do ano passado -
Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Depois de Amália nos ter deixado, falar-se de fado, de quem ainda se apresenta nos palcos, é o mesmo que associar o nome de Mariza à Canção Nacional, já elevada à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade - Pois é justamente, a voz da inconfundível e mais famosa nativa de Moçambique, nascida na ex-Lourenço Marques (atual Maputo), em 16 de Dezembro de 1973, a grande atração da III Festival do Vinho de Douro Superior, a decorrer nos dias 30 de Maio e 1 de Junho.
Festival
do Vinho do Douro Superior
Começou, há três anos, nos dias 19, 20 e 21 de Outubro, no Pavilhão de
Exposições e Feiras de V. N. de Foz Côa, onde desde logo se enraizou como a mostra
dos vinhos das melhores cepas, que se produzem nesta sub-região, com o espírito determiando de quem
desejava lembrar, a quem visita esta cidade e aos mais distraídos, que os néctares vinícolas, mais apreciados e famosos do Douro, têm origem nas terras do Monte Meão - Nomeadamente, nas faldas
do lendário monte, no cimo do qual ainda restam vestígios de uma muralha e de
lagaretas, a que se dá hoje o nome de
Castelo Velho, que se supõem terem sido usadas para fabrico de vinho, desde o
período romano.Ou haverá algum apreciador do melhor vinho do Mundo, que não tenha ouvido falar do Barca Velha, da Quinta do Vale Meão?!.. - Sim, colhido, fermentado e engarrafado nas encostas do tal mítico monte, que o Douro contorna quase completamente - E, naturalmente, não apenas ali, mas também no que se colhe e produz noutras encostas e ladeiras xistosas de todo o concelho, um dos únicos das históricas terras durienses, com todas as suas 17 freguesias, integradas na região demarcada do vinho do Porto.
E,
também porque não dizê-lo, nos vizinhos concelhos - que, de resto, igualmente ali vão
estar representados - Carrazeda de Ansiães, Figueira
de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Meda, São João da Pesqueira e
Torre de Moncorvo.
O segundo certame, a que se somou idêntico sucesso, com a
reafirmação do estatuto de Vila Nova de
Foz Côa, Capital do Douro Superior foi antecipado para 24, 25
e 26 de Maio, sendo os “palcos” os mesmos: a Expo Côa - Pavilhão de
Exposições e Feiras e o centro da cidade.
Este ano vai decorrer uns dias depois e igualmente pelos mesmos locais, tendo, no entanto, como polo central, o já emblemático Pavilhão de Exposições e Feiras de Vila Nova de Foz Côa.
Este ano vai decorrer uns dias depois e igualmente pelos mesmos locais, tendo, no entanto, como polo central, o já emblemático Pavilhão de Exposições e Feiras de Vila Nova de Foz Côa.
Um festival de vinhos - oportunidade de os provar e também de apreciar outros sabores - De os levar para casa: desde a doçaria tradicional, Figos, amêndoa em grão ou açucarada, súplicas, biscoitos e as bolas mais variadas- Enchidos, venda do melhor azeite e de artesanato. - Para já não
falarmos da gastronomia local na qual poderá encomendar, nos retaurantes, omeletes de espargos, salada de azedas e
um bom cabrito assado ou no forno, um saboroso naco de javali, migas de peixe,
entre outros apetitoso pratos regionais – Naturalmente que tudo regado com o melhor vinho à
sua escolha.
O evento
é organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa e Fundação Côa Parque, com os apoios do
IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto) e da Revista de Vinhos, que, uma
vez mais, ali levam os mais cotados especialistas e profissionais do
setor, no qual se esperam milhares de visitantes, já que, nos três
dias em que vai decorrer, estão programadas várias demonstrações artísticas,
desde números de magia, malabarismo, intervenções de teatro de rua,
percussão tradicional portuguesa e um concerto de música ao vivo no Sábado à
noite, com Mariza, .a diva do Fado
GUSTAVO DUARTE - O PIONIERO DO CERTAME - ENTUSIASMADO COM O ÊXITO
Em declarações, ao Jornal Interior, "O presidente da Câmara de Foz Côa alimenta «boas» expetativas para um evento, «que já é uma referência na região», pelo que espera que a adesão do público possa ser «superior» à do ano passado, quando passaram pelo pavilhão da Expo Côa cerca de seis mil pessoas. Gustavo Duarte indica que uma das «novidades» deste ano será a realização de um jantar vínico no Museu do Côa agendado para dia 30 com um «chefe conceituado», cujo nome ainda permanece no “segredo dos deuses”. O autarca realça a confirmação do espetáculo de Mariza e mostra-se confiante de que «no mínimo» o festival «tenha a mesma adesão que teve nas outras duas mas estou convicto que este ano até poderá superar», até porque «já há um maior conhecimento» por parte do público.
Em relação aos produtores
presentes, o edil sustenta que no ano passado «quase todas» as empresas que
comercializam vinhos do Douro Superior estiveram representadas e nesta edição a
«forte adesão» mantém-se. Possivelmente, irá haver um «aumento» no número de
stands na área dos sabores. - Excerto de O Interior
Programa
09h40 – A Arquitectura
Vinhateira do Vale: Terraços, Patamares e sua Sustentabilidade :: António
Magalhães (Fladgate Partnership)
10h10 – Business & Biodiversity: A
Actividade Económica Vitivinícola e a Protecção da Biodiversidade e da
Paisagem Vitícola Duriense :: José Maria Soares Franco (Duorum Vinhos) e
Nuno Vilela (Sinergiae)
11h40 – A Importância das Castas Autóctones ::
António Graça (Sogrape)
11h10 – Coffee break
11h30 – A Biodiversidade
e o Vinho do Douro :: Rui Soares (Real Companhia Velha)
12h00 – Evolução
das Operações Culturais Vitivinícolas no Douro: da Modernidade do Séc. XX
para a Sustentabilidade do Séc. XXI :: Fernando Alves (Symington Family
Estates)
12h30 – Eno e Eco Turismo no Vale do Douro: Recurso em
Crescimento :: Ana Correia (Adriano Ramos Pinto)
13h00 – Debate
13h30
– Encerramento
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário