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sábado, 10 de maio de 2014

Jaime Neves – Ignorado nas exposições dos 40 anos do 25 de Abril – Acusação é do coronel Manuel Amaro Bernardo na apresentação do Livro de Henrique Tigo "As Portas de Abril", na Casa da Cultura dos Olivais, com a presença de Edmundo Pedro - histórico da resistência antifascista em Portugal, 12 anos no Tarrafal.

Operacional Jaime Neves - Incompreendido em vida e depois da sua morte - Por alguns setores políticos da sociedade portuguesa



A afirmação foi proferida pelo coronel do exército e historiador, Manuel Amaro Bernardo, na sessão do lançamento de “Portas de Abril” – Livro de autoria de Henrique Tigo, na Casa de Cultura de Odivelas - "É uma desconsideração a tipos que estão condenados a ser ignorados, nesta fase dos 40 anos, uma deles é o coronel Jaime Neves", alegando que "a maior parte do pessoal não sabe que ele teve uma ação preponderante   no 25 de Abril, na Avenida das Naus"


O general Jaime Neves, que chefiou o regimento de comandos no golpe militar de 25 de Novembro de 1975, faleceu no dia 27/01/2013,  aos 75 anos,  no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa- De recordar que, um mês depois, da  sua morte, ao ser votado, no Parlamento, um voto de pesar apresentado em conjunto pela maioria e socialistas, as bancadas do  (PCP, Bloco de Esquerda e Verdes) votaram contra PCP, Bloco e Verdes contra voto de pesar a Jaime Neves  - Aliás, já em 2009, os comunistas,  se insurgiram contra “a promoção a major-general do coronel Jaime Neves, que consideraram "uma medida imprevidente e injustificada"  PCP insurge-se contra promoção de Jaime Neves a general


JAIME NEVES – UM TRANSMONTANO, QUE EM VIDA TAMBÉM SE EMPENHARA PELO PROGRESSO DA REGIÃO

Jaime Alberto Gonçalves das Neves, mais conhecido por Jaime Neves, nasceu  em São Martinho de anta, Saborosa, a 24 de Março (na mesma terra de Miguel Torga)   - Embora sendo mais conhecido pela sua participação na “Revolução dos Cravos" e nas operações  dos “comandos no 25 de Novembro”, foi também um homem atento ao desenvolvimento económico da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, tendo sido uma das destacadas figuras que visitou a extinta  Adega Cooperativa de V. Nova de Foz Côa, por ocasião da polémica –barragem-gravuras, tal como atesta a foto, que aqui reproduzimos, ao lado de Abílio Pereira,  então presente da referida cooperativa

“Agraciado a 13 de Julho de 1995 pelo então presidente da República, Mário Soares e com o posto de Coronel, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.  E promovido a  a major-general, por proposta do Exército e com a aprovação das chefias de todos os ramos das Forças Armadas e após sugestão de António Ramalho Eanes e Vasco Rocha Vieira Jaime Neves – Wikipédia,



EDMUNDO PEDRO – 12 ANOS NO TARRAFAL, EM CABO VERDE - COM 95 ANOS DE IDADE – UM DOS HISTÓRICOS DA RESISTÊNCIA ANTE-SALAZARISTA – ATENTAMENTE ESCUTADO



 Edmundo Pedro, um dos históricos da resistência à ditadura salazarista, 97 anos de vida e de muitas adversidades, recordou alguns episódios da suas lutas e prisões, antes e depois do 25 de Abril  - Uma das personalidades que ali foi atentamente escutada.

Edmundo Pedro, nasceu em Alcoentre, a 8 de Novembro de 197,   um dos mais antigos históricos da resistência antifascista em Portugal, aderiu à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em 1931, sendo preso no ano seguinte, com apenas 15 anos de idade, por participar na preparação de uma greve nas oficinas do Arsebal do Alfeite.

 Libertado um ano depois, voltou à acção política, junto das escolas industriais da altura, sendo preso novamente em 1936. Esteve nas prisões do  Aljube, Peniche e Caxias antes de ser enviado para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, juntamente com o pai. Ali esteve preso durante dez anos, sendo o mais jovem prisioneiro político do campo.
Durante a prisão rompe com o PCP, depois de ser suspenso por planear uma fuga sem autorização do partido. Libertado em 1946, regressa a Portugal e à luta política. Participa no assalto ao quartel militar de Beja, em 1962  e volta a ser preso, por mais três anos. Aderiu ao  Partido Socialista depois da Revolução dos Cravos, sendo eleito Deputado à À Assembleia da República na I e na III legislatura, tendo sido ainda Presidente da RTP Edmundo Pedro –






“As Portas de Abril”, livro do escritor, poeta e pintor Henrique Tigo, depois de ter sido apresentado na sala do café do Centro Cultural  Malaposta, foi a vez de também ser lançado, anteontem, dia 8, na Casa da Cultura dos  Olivais, com intervenções do ator e cantor profissional  Fernando Pereira do coronel do exercito e historiador" Manuel Amaro Bernardo; de Edmundo Pedro - histórico da resistência antifascista em Portugal

O evento, que foi antecedido com a exibição  de algumas passagens da peça, "Contos com História" 

De Revolução a Revolução: do regicídio até à madrugada do 25 de Abril., com a encenação de Carlos Piecho,  contou ainda com as presenças de Francisco Pina Queiroz, Diretor da Casa da Cultura dos Olivais, representantes da Associação Portuguesa dos Poetas, que leram poemas alusivos ao 25 de Abril, bem como dos editores da “Calçada de Letras,  pintor H. Mourato, pai de Henrique Tigo, bem assim como de outros amigos e admiradores da sua obra,  entre outras  pessoas que quiseram associar-se ao acontecimento cultural.

Como surgiu a ideia do livro “As portas de Abril” - Um livro destinado aos jovens mas que tem pode refrescar a memória dos mais crescidos.

"Henrique Tigo nasceu a 01 de Agosto de 1978, quatro anos e quase quatro meses depois do 25 de Abril de 1974. Quando tinha 15 anos já se tinham passado quase duas décadas da Revolução dos Cravos e a sua ainda curta tinha sido de «Convivência com pessoas que viveram de perto os horrores do Estado Novo, que sofreram, mas nunca deixaram de lutar e acreditar num Portugal melhor». Desta convivência nasceu o interesse pelo que se passou nos 48 anos de fascismo em Portugal e a vontade de participar na divulgação do que foram esses anos para que as gerações que já nasceram em Liberdade possam conhecer esses tempos negros e não permitem que novas ditaduras possam surgir em Portugal.

Assim, apesar de ter apenas 15 anos, Henrique Tigo decidiu escrever uma peça de teatro,  que pudesse ajudar a cumprir esses objetivos.


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«Para muitos, pode parecer estranho que um jovem nascido após o 25 de Abril de 1974, escreva uma peça de teatro sobre aquilo que nunca viveu na pele», diz Henrique Tigo, que apesar desse facto afirma identificar-se «Com todos os valores que presidiram à génese e ao desencadeamento esperançoso do 25 de Abril, cujos objetivos estratégicos e pragmáticos, todavia, ainda não foram totalmente cumpridos». 

“O mestre H. Mourato, pai de Henrique Tigo, é o responsável pelas belíssimas ilustrações do livro e o autor a brincar comenta que este livro tem quatro Henriques: Henrique Tigo, autor, Henrique Mourato, ilustrador, Henrique Mendonça, autor do prefácio e Henrique Ribeiro, revisor e responsável pela paginação"



"Este é o sexto livro de Henrique Tigo que já publicou Analise Demográfica do Concelho de Góis, em 2007 (edição da ADIBER); Analise Demográfica e Histórica da Freguesia da Buraca, em 2007 (edição da JFB)" Novo livro de Henrique Tigo As Portas de Abril


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