Solstício do Verão 2018, é hoje, 21
de Junho mas a Primavera despediu-se com fortíssima – Seja como for, é nosso firme propósito saudarmos o dia maior
do ano – E, por isso, cá estamos para o que der e vier - Associe-se, que não se arrependerá, pois a
sorte protege os audazes e se, ao pôr do sol, houver uma aberta, mesmo que seja
a única, como já num ano aconteceu, ficará maravilhado.
Chãs – Vila Nova de Foz Côa - O fim da tarde e principio da noite do
último dia da Primavera, despediu-se de forma tempestuosa, com fortes rajadas
de chuva, rugidores ecos de trovões atroando os espaços, antecedidos de sinistros
relâmpagos a rasgarem, fulgurantemente,
o espesso teto de novelos de nuvens de um escuríssimo e denso azul, a fazerem-me lembrar as tempestades
equatoriais, especialmente as que assolam os mares do Golfo da Guiné, pelos
quais andei 38 dias à deriva, há 43 anos, numa frágil piroga.
Vim de comboio, de
Lisboa, para celebrar o solstício do verão, na minha aldeia, tal como vem
acontecendo desde há vários anos, sob a minha coordenação, porém, pouco depois
de aqui ter chegado, fui surpreendido, num
misto de desencanto e frustração (se bem
que o cenário que se abria perante os meus olhos, também tinha a sua dramática beleza),
sim, pelo desencadear de uma fortíssima trovoada, como há muito não testemunhara,
nomeadamente, com tão atroadora e luminotécnica sinfonia, trazendo-me à memória, imagens e sons, que, a bem dizer, só na minha infância e adolescência, por aqui
se me deparavam, entre medos e mil cogitações, que, no fundo, de algum modo,
agora também retornavam, se bem que sobre essas e outras questões – E é o que,
lhe documento, nalguns dos excertos do vídeo que aqui registei.
Vinha confiante e
esperançado de que, a entrada do verão nos vinha proporcionar um dia luminoso e
soalhento, mas, pelos vistos, a despedida da Primavera, com tão surpreendente
trovoada tropical, veio causar-nos alguma frustração.
Mas, seja como for, é nosso
firme propósito saudarmos o dia maior do ano,
ou junto ao antiquíssimo calendário solar da Pedra do Sol, ou na própria
aldeia.
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