Jorge Trabulo Marques - Coordenador do evento
NAS
PINTURAS DE ALTAMIRA, LASCAUX E DO CÔA - “ESTÁ TUDO”, "A MATRIZ DA
ARTE" - -DIZ O LIVRO "JÚLIO POMAR O PINTOR NO TEMPO" - De autoria da historiadora, Irene Flunser Pimentel - Com quem tivemos oportunidade de registar uma breve entrevista, após a sessão do lançamento da obra, que decorreu no passado dia 7 no Museu Atlier Júlio Pomar, que poderá ouvir mais à frente, num vídeo bem como o curioso diálogo, com a sua mãe, com 95 anos de idade, natural da Suíça, mais velha 3 anos que o artista Português,
uma coleccionadora apaixonada das suas obras e catálogos, após o que falámos também com
o seu filho:- o Arquitecto e Artista Plástico, Rui Pimentel, irmão da
autora
O Solstício de Verão, o dia mais
longo do ano para o Hemisfério Norte, ocorrerá
no dia 21 de Junho de 2018 às 11h07min, marcando o início da estação (a mais
quente apesar da Terra vir a estar o mais
longe do sol a 6 de Julho). – Segundo o Observatório
Astronómico de Lisboa, o sol neste dia de solstício estará o
mais alto possível no céu em Lisboa e aquando da sua passagem meridiana atingirá
a altura máxima de 75° . A duração do
dia no Solstício de Verão é efetivamente a mais longa. A 21 de junho de 2018 o
disco solar nascerá às 06:11:46 horas e pôr-se-á às 21:04:53 horas em Lisboa. 21:04:53 horas em Lisboa.
.
.
Natural
da Suíça (cantão alemão), veio para Portugal, em 1949, pouco tempo depois da
Guerra, por cá ficou e constitui família e se tem sentido muito feliz – Já depois
de ter casado com um português, engenheiro químico farmacêutico, filho do fundador
do laboratório Sanitas, que após a sua morte viria a administrar.
.
.
A
Comissão das Festas nos Templos Pré-históricos dos Tambores, em Chãs, à
semelhança dos anos anteriores, uma vez mais vai organizar a
celebração do Solstício do Verão, a decorrer a partir do meio da tarde do
próximo dia 21, com a participação do
Grupo Lua
Nova-Gaiteiros De Mogadouro e o
apoio especial da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, sem o qual teria sido inviável o brilhantismo musical da
celebração, além do apoio, que se espera da Junta de Freguesia e da
já habitual colaboração da
Foz Côa Friends Associação bem como da
amável compreensão dos proprietários dos sítios
As cerimónias
evocativas, começam a partir do meio da tarde da próxima quinta-feira,
dia 21, com uma cerimónia mística que evocará sacrifícios e rituais celtas, junto
ao antiquíssimo altar de pedra localizado no patamar da vertente rochosa de uma
zona castreja. E a leitura de poemas alusivas à estação estival
Depois de uma
arruada pelas ruas da aldeia, que terá início às 17, 30 horas, pelo Grupo Lua Nova, Gaiteiros de Mogadouro,
seguir-se-á às 18 horas, o cortejo
celta, pelo antigo caminho romano, desfilando até ao Maciço dos Tambores, já
conhecido pelo planalto dos Templos do Sol, por aqui se situarem alguns dos
mais belos calendários solares da humanidade, erguidos pelos povos, que,
nos períodos do
Neolítico e Calcolítico, por aqui se refugiaram, se abrigaram, de
que existem abundantes vestígios, culutando os seus deuses, festejando e
orientando a sua vida, simples e humilde, em estreita ligação com a natureza e
o ritmo das estações do ano
Com a primeira paragem no altar sacrificial da Pedra da Cabeleira de N~ª Srª, e,
deste santuário rupestre, rumando à Pedra dos Poetas, no recinto do qual
serão lidos poemas de vários poetas, alusivos à cerimónia evocativa e onde, às 20.45, os
participantes, poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre
o eixo da Pedra do Solstício. justamente no momento em que o sol se
despede do maior dia do ano, na margem esquerda da colina sobranceira ao
magnifico vale da ribeira centeeira,
.A PEDRA DO SOLSTÍCIO - VISTA DO QUADRANTE NORTE OU DO QUADRANTE SUL TOMA A FORMA DE UM ESTRANHO CRÂNIO
Amuleto, em osso e ainda em excelente estado de conservação que se calcula com mais de 5000 anos, encontrado pelo autor deste site, a cerca de 200 metros do Templo Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado ao nascer do sol dos equinócios
O monumental calendário
solar, quando observado da retaguarda, configura a insólita imagem
de um gigantesco crânio pronto a ser decepado, como que, evocando,
certamente, bárbaros ritos ancestrais - , abrindo-se, todavia, em forma
de auspicioso leque, no seu frontispício voltado a poente,
atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca
da 4,5 metros de comprimento, iluminada pelo seu eixo no momento em
que o Sol começa a elevar-se por detrás do recinto amuralhado, como que
assinalando, astronómica e matemáticamente, o primeiro dia dos dois ciclos das estações do ano, os equinócios do Outono e da Primavera.
Esta extraordinária
imagem, configurando uma gigantesca
esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar projectando os seus dourados raios, a poente,
foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de
2003 e poderá repetir-se, todos os
anos, ao fim do dia mais longo do ano e
à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.
A partir do ponto
onde o sol então se pôs ( e voltará a
pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,
a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para
o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno,
distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai
pôr, em perfeito alinhamento com a
crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado,
a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.
Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direccionado. Feita a observação noutro ângulo, deforma-se e chega mesmo a parecer um estranho busto – Porventura, configurando, sabe-se lá, senão um outro simbolismo ou interpretação, ainda não decifrada.
Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direccionado. Feita a observação noutro ângulo, deforma-se e chega mesmo a parecer um estranho busto – Porventura, configurando, sabe-se lá, senão um outro simbolismo ou interpretação, ainda não decifrada.
.A PEDRA DO SOLSTÍCIO - VISTA DO QUADRANTE NORTE OU DO QUADRANTE SUL TOMA A FORMA DE UM ESTRANHO CRÂNIO
Amuleto, em osso e ainda em excelente estado de conservação que se calcula com mais de 5000 anos, encontrado pelo autor deste site, a cerca de 200 metros do Templo Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado ao nascer do sol dos equinócios
O SANTUÁRIO
RUPESTRE DA PEDRA DA CABELEIRA DE Nº SRª -É ATRAVESSADO PELOS RAIOS SOLARES DOS
NASCER DO SOL, NOS DOIS EQUINÓCIOS DO ANO, ATRAVÉS DA SUA GRUTA, EM SEMI-ARCO,
NA SUA BASE- Que naquele momento se assemelha ao chamado OLHO DE HORUS
O
templo sacrificial, que parece desafiar as leis do equilibro e da
gravidade, tal a acentuada inclinação e aparente frágil base de apoio,
ergue-se alpendrado sobre uma enorme laje que descai em forma de altar -
Destacando-se, silenciosa e majestosamente, no requebro do alto de
um vasto maciço rochoso, conhecido pelos penhascos dos Tambores na
vertente granítica do fértil e maravilhoso vale da Ribeira da
Centeeira. A mesma linha de água que, depois de correr de sul para
Norte e penetrar a leste no apertado e íngreme canhão das ladeiras
dos picos, vai desaguar ao Côa, junto à foz da qual se situam um dos
mais belos núcleos das gravuras paleolíticas do Vale Sagrado
EM ALTAMRIA “ESTÁ TUDO”,
ESTÁ "A MATRIZ DA ARTE" - Lê-se numa das primeiras páginas do livro "JÚLIO POMAR O PINTOr NO TEMPO"
"Em entrevistas dadas em
2013 e 2014, Júlio Pomar voltou a abordar, como já havia feito antes, o tema
dos fundamentos da arte, que podiam ser procurados nas pinturas de Altamira,
Lascaux e do Côa. Ao ser questionado sobre a afirmação de Picasso, segundo a
qual, depois de Altamira, tudo era «decadência», o pintor português respondeu
que se tratava de uma «frase de lucidez» e «quase uma tese de doutoramento»,
pois que no fundo se dizia que «está ali tudo» e está aí a matriz da arte'.
Noutra ocasião em que, após ter estado em Altamira e em Lascaux, visitara o
Côa, Pomar dissera ter tido então «Um choque», pois se tratou de «tocar no
fundo», através de «uma luz tão forte que nos impede de ver». Consciente do
aparente paradoxo, afirmou que esse princípio da contradição constante lhe
parecia precisamente «ser uma marca da experiência da arte e, antes disso, da
vida--'.
Ainda noutra ocasião, Pomar
voltaria a referir a extraordinária contemporaneidade do gesto que levou a
«inserir na rocha o traço, o volume, a cor» em Altamira, Lascaux e na Foz do
Côa. Acrescentando que a gravura enquanto técnica de reprodução permitia
«recuar até ao princípio», à arte dos «primórdios», caracterizou esse gesto
como estando «em contacto direto com uma motivação originária da arte, nascida
da reunião entre o gesto técnico, a eleição de um plano de inscrição arrancado
ao mundo por mero exercício de abstração (o da superfície da rocha), e a vontade de nele
inscrever os mistérios da vida. Esse propósitos
poderiam ter sido ditos por Pomar em
qualquer outro momento da sua vida, desde que se envolveu nos meandros da arte
da vida, muitos milénios depois de
Altamira, Lascaux ou Côa"
Associada
à exposição de uma vasta coleção das suas obras, de diferentes fases,
patente no Museu
do Côa, até ao principio de Agosto, assinalando os 25 anos sobre a
descoberta das gravuras e os 70 anos de carreira de Júlio Pomar com a exposição "Incisão no Tempo",
composta por duas centenas de trabalhos de diferentes fases do pintor -
Durante a qual serão feitas referências ao livro editado, no passado
dia 7, no Altlier-Museu Júlio Pomar de autoria de Irene Flunser Pimentel
HOMENAGEM A JÚLIO POMAR NAS CERIMÓNIAS EVOCATIVAS DO SOLSTÍCIO DO VERÃO, DIA 21, Aldeia de
Chãs, V. N. de Foz Côa -
Documento da PIDE - Editado no livro |
A obra, prevista ainda em vida do pintor, foi apresentada no passado dia 7, no Atelier-Museu Júlio Pomar, com a presença de autora, seguida de uma sessão de autógrafos, a cujo lançamento tivemos o prazer de assistir e de ali fazermos alguns registos de reportagem, ouvindo Irene Flunser Pimental, a sua mãe, uma anciã de origem suíça, admiradora e colecionadora de muitas obras de Júlio Pomar, assim como do seu filho, o Arquiteto, Rui Pimentel, outro apaixonado pela obra e a figura de Júlio Pomar, do qual também nutrimos grande admiração, tendo-o o entrevistado por várias vezes, nomeadamente nos anos 80 e princípios da ´década de 90.
A
historiadora, vencedora do Prémio Pessoa 2007, descreve, na obra, os contextos
político, social e cultural da vida de Júlio Pomar (1926-2018), dando
importância às suas facetas de crítico, historiador e teorizador da arte.
Pintor e escultor, falecido no passado dia 22 de maio,
em Lisboa, Júlio Pomar é considerado um dos criadores de referência da arte
moderna e contemporânea portuguesa, tendo o seu desaparecimento gerado muitas
reações de personalidades da cultura e da política lamentando a "imensa
perda" para o país.
Inicialmente, Irene Flunser Pimentel foi convidada
pelo Atelier-Museu Júlio Pomar "a partilhar, em modo oral, como numa
conferência ou conversa informal, aspetos sobre o modo como se exerciam a
censura e repressão, conducentes a diversos apagamentos históricos, sobre os
quais se desconhece, em concreto, o modo como aconteciam", recorda a
diretora do Atlier-Museu, Sara Antónia Matos, num texto sobre o lançamento da
obra.
"Dada a extensão e profundidade da investigação
que se materializou em vertente escrita, o Atelier-Museu convidou Irene Flunser
Pimental a publicar o seu estudo, que teve como ponto de partida a figura de
Júlio Pomar, aspirando assim contribuir para dar a compreender estes processos
históricos, de apagamento e distorção, postos em prática pelos regimes de
repressão quase sempre através de canais invisíveis, e que não raras vezes
continuam a efetivar-se por outras vias, nomeadamente o silêncio a que são
votados certos assuntos incómodos ou pouco consensuais", acrescenta, no
texto.
A autora do livro - editado pelo Atelier-Museu e pela
Sistema Solar - detém um vasto currículo sobre o período e instituições do
Estado Novo, garantindo o acesso aos arquivos da Torre do Tombo, onde se
encontram os dossiers e os arquivos da PIDE, polícia política do tempo do
regime de Oliveira Salazar.
O Atelier-Museu Júlio Pomar foi aberto em 2013, num
edifício em Lisboa perto da residência do artista, com um acervo de cerca de
400 obras, que este doou à Fundação Júlio Pomar, de pintura, escultura,
desenho, gravura, cerâmica, colagens e ‘assemblage’. https://24.sapo.pt/vida/artigos/livro-julio-pomar-o-pintor-no-tempo-de-irene-flunser-pimentel-e-lancado-hoje
Trata-se, pois, de uma singela homenagem, associando-nos, ao
mesmo tempo, ao espírito da exposição,
patente no Museu do Côa, que celebra 70
anos de carreira de Júlio Pomar com a exposição "Incisão no Tempo",
juntando duas centenas de trabalhos de diferentes fases do pintor, datadas dos
anos 70 do século passado, em que o pintor explora as entradas de touros e
campinos, numa figuração de certo modo, semelhante às existentes nas gravuras
do Côa”, explicou à Lusa, a curadora da exposição, Sara Antónia Matos, diretora
do Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa.
Ao longo das várias salas do museu estão expostas cerca de 200 peças da coleção do Atelier-Museu, que preserva, investiga e divulga a obra de Júlio Pomar, datadas de diversas fases do percurso do artista e que dão conta dos seus 70 anos de carreira. Museu do Côa celebra 70 anos de carreira de Júlio Pomar até 5 de
“JÚLIO POMAR O PINTOR NO
TEMPO” – “Pessoa encantadora”, diz Irene
Flunser Pimentel
Estivemos na apresentação
do livro “JÚLIO POMAR O PINTOR DO TEMPO”, lançado no passado dia 7, no salão do
Atelier-Museu Júlio Pomar, uma legenda mítica na pintura
moderna portuguesa, que fez o pleno da sua obra e da sua vida, atravessando dois séculos, desde o primeiro
ano da ditadura, pois nasceu em 10 de
Janeiro de 1926 e o Estado novo foi implantado em 26 de Maio, mais tarde, tendo
sido preso pela PIDE, com Mário Soares e outros artistas e políticos,
considerados “desafetos ao regime”.
No final da exposição, sobre o conteúdo da obra e da sessão
de autógrafos, que se seguiu, de autoria de Irene Funser Pimentel, falámos com a historiadora, após o que ouvimos ainda a sua mãe, com 95 anos, três
anos mais velha que Pomar, natural da Suíça alemã, que veio para Portugal, em 1949, uma grande apaixonada
e colecionadora das obras do artista português, tendo ainda registado do seu filho, Rui Pimentel, arquiteto e artista plástico, as
impressões que lhe deixou a obra e a personagem de Pomar, assim como um curioso episódio, relacionado
com a referida coleção, que sua mãe, começara a reunir, desde há muitos anos, desde quadros a catálogos..
CONHECI A OBRA DE JÚLIO
POMAR, DESDE SEMPRE, SOBRETUDO AS FASES DOS ANOS, 60 E 70 – ERA UMA PESSOA ENCANTADORA”
Júlio Pomar (1926-2018), era uma pessoa encantadora! Conheci-o, pessoalmente,
no principio do anos 70, 71 – diz a investigadora - mas já conhecia a sua obra, desde a década anterior através dos quadros, adquiridos por sua mãe, uma colecionadora apaixonada dos trabalhos de
Pomar.
Irene Flunser Pimentel, autora
do livro “JÚLIO POMAR O PINTOR NO TEMPO”, confessou-nos que o livro foi projetado
o ano passado, portanto ainda em vida do pintor, a convite do Atlier-Museu Júlio
Pomar, para que, na sua qualidade de historiadora de arte, pudesse inserir os vários
aspetos da vida do artista (1926-2018), no contexto politico, social e cultural do seu
tempo, nomeadamente da ditadura, um período que o pintor atravessou, desde
criança.
Disse-nos que conhece a
obra de Pomar, desde sempre, sobretudo as fases dos anos 60 e 70, confessando-se
ser sua admiradora, tanto mais, que, além de reconhecer nele, o artista plástico,
multifacetado, quer como pintor, escultor, gravador, apreciou também a forma como era um extraordinário teórico da arte.
Na apresentação do livro,
esteve ainda presente, a sua mãe, uma anciã de 95 anos de idade, mais velha 3
anos que e Júlio Pomar, com a qual tivemos também o prazer de falar, junto de
algumas obras, ali expostas, que fazem parte da sua coleção, confessando-se, uma grande apaixonada de Júlio Pomar.
Outra das pessoas, com quem de seguida tivemos
o gosto de dialogar, foi com o seu filho, Rui Pimentel, também ele artista plástico, com variadíssimos
trabalhos nas áreas do design gráfico, cenografia para teatro, banda desenhada,
diaporamas, ilustração, conceção de exposições e caricatura., que igualmente
nos confessou a sua admiração pela obra e vida de Júlio Pomar, tendo-nos relatado
um interessante episódio, que registámos na composição em vídeo, com imagens da
exposição e de algumas das obras de Júlio Pomar, ali expostas.
Rui Pimentel formou-se em
Arquitetura pela Escola Superior Técnica Federal de Zurique, na Suíça,
desenvolvendo, além das suas atividades como arquiteto, trabalhos nas áreas do
design gráfico, cenografia para teatro, banda desenhada, diaporamas,
ilustração, conceção de exposições e caricatura.
Desde 1973 tem vindo a
publicar desenhos, caricaturas e cartoons em várias publicações estrangeiras e
portuguesas, tendo estado ligado desde 1987 até à sua extinção ao periódico O
Jornal, continuando a trabalhar na revista Visão, onde semanalmente colabora na
crónica Puro Veneno.
Rui Pimentel, que recebeu
este ano o Prémio Nacional de Caricatura, já participou em exposições coletivas
na Irlanda, Brasil, Turquia, Croácia, Suíça, Alemanha, França, Espanha e Macau,
estando representado nas coleções do Museu de Caricatura e Cartoon de Basileia,
na Suíça, e no Museu Casa da História de Bona, na Alemanha. - http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/pgra-drcultura-
ALGUNS
TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE UM NOTÁVEL CURRÍCULO DE IRENE LUNSER PIMENTEL – DA VENCEDORA DO PRÉMIO PESSOA E DO QUE SE DIZ DA AUTORA DA OBRA – “JÚLIO POMAR O
PINTOR NO TEMPO”
Irene
Flunser Pimentel – É licenciada
em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre
em História Contemporânea (séc. XX) e doutorada em História Institucional e
Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa. Elaborou diversos estudos sobre o Estado Novo, o
período da II Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política
durante a ditadura de Salazar e Caetano, e, mais recentemente sobre o período
de transição para a Democracia. É investigadora do Instituto de História
Contemporânea (FCSH da UNL), tendo terminado um projeto de Pós-Doutoramento,
aprovado pela FCT, intitulado "O processo de justiça política
relativamente à PIDE/DGS na transição para a democracia em Portugal".
É autora de diversos livros, entre os quais se destacam: História das
Organizações Femininas do Estado Novo (2000), Judeus em Portugal durante
a Segunda Guerra Mundial (2006), A História da PIDE (2007), Espiões
em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial (2013) e O Caso da PIDE/DGS
(2017). É co-autora de Salazar, Portugal e o Holocausto (2013) e de Mulheres
Portuguesas (2015).
Foi reconhecida com diversos prémios e distinções, nomeadamente o Prémio
Carolina Michaelis, 1999, Prémio Adérito Sedas Nunes, 2007, Prémio
Pessoa, 2007, Prémio Seeds of Science, categoria "Ciências
Sociais e Humanas", 2009. É Chevalière de la Légion d'honneur francesa.
https://www.wook.pt/autor/irene-flunser-pimentel/37743
Irene Flunser Pimentel: “Estamos a caminhar perigosamente para uma
situação de guerra” A
historiadora Irene Flunser Pimentel lançou, com Margarida de Magalhães Ramalho,
o livro “O Comboio do Luxemburgo – Os refugiados judeus que Portugal não salvou
em 1940”. É sobre ele que fala, sobre o passado, o prese
Irene
Flunser Pimentel (…) A vida
de Irene Flunser Pimentel nunca se pareceu com a das mulheres sobre as quais
escreve livros de História. A cada Um o Seu Lugar, A política feminina do
Estado Novo é o volume mais recente de uma série de estudos que vem fazendo
sobre o período da ditadura em Portugal.
Enquanto investigadora,
reclama uma distância em relação ao objecto de estudo. A pretexto do livro, fez
o que nunca tinha feito numa entrevista: olhou-se imersa num movimento
político, num tempo, falou dos excessos e das desilusões. A sua história
enquanto dirigente de grupos de extrema-esquerda nunca havia sido contada. as. http://anabelamotaribeiro.pt/64735.html
ALGUNS
TRAÇOS BIOGRÁFICOS DE UM NOTÁVEL CURRÍCULO DE IRENE LUNSER PIMENTEL – DA VENCEDORA DO PRÉMIO PESSOA E DO QUE SE DIZ DA AUTORA DA OBRA – “JÚLIO POMAR O
PINTOR NO TEMPO”
Irene
Flunser Pimentel – É licenciada
em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre
em História Contemporânea (séc. XX) e doutorada em História Institucional e
Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa. Elaborou diversos estudos sobre o Estado Novo, o
período da II Guerra Mundial, a situação das mulheres e a polícia política
durante a ditadura de Salazar e Caetano, e, mais recentemente sobre o período
de transição para a Democracia. É investigadora do Instituto de História
Contemporânea (FCSH da UNL), tendo terminado um projeto de Pós-Doutoramento,
aprovado pela FCT, intitulado "O processo de justiça política
relativamente à PIDE/DGS na transição para a democracia em Portugal".
É autora de diversos livros, entre os quais se destacam: História das
Organizações Femininas do Estado Novo (2000), Judeus em Portugal durante
a Segunda Guerra Mundial (2006), A História da PIDE (2007), Espiões
em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial (2013) e O Caso da PIDE/DGS
(2017). É co-autora de Salazar, Portugal e o Holocausto (2013) e de Mulheres
Portuguesas (2015).
Foi reconhecida com diversos prémios e distinções, nomeadamente o Prémio
Carolina Michaelis, 1999, Prémio Adérito Sedas Nunes, 2007, Prémio
Pessoa, 2007, Prémio Seeds of Science, categoria "Ciências
Sociais e Humanas", 2009. É Chevalière de la Légion d'honneur francesa.
https://www.wook.pt/autor/irene-flunser-pimentel/37743
Irene Flunser Pimentel: “Estamos a caminhar perigosamente para uma
situação de guerra” A
historiadora Irene Flunser Pimentel lançou, com Margarida de Magalhães Ramalho,
o livro “O Comboio do Luxemburgo – Os refugiados judeus que Portugal não salvou
em 1940”. É sobre ele que fala, sobre o passado, o prese
Irene
Flunser Pimentel (…) A vida
de Irene Flunser Pimentel nunca se pareceu com a das mulheres sobre as quais
escreve livros de História. A cada Um o Seu Lugar, A política feminina do
Estado Novo é o volume mais recente de uma série de estudos que vem fazendo
sobre o período da ditadura em Portugal.
Enquanto investigadora,
reclama uma distância em relação ao objecto de estudo. A pretexto do livro, fez
o que nunca tinha feito numa entrevista: olhou-se imersa num movimento
político, num tempo, falou dos excessos e das desilusões. A sua história
enquanto dirigente de grupos de extrema-esquerda nunca havia sido contada. as. http://anabelamotaribeiro.pt/64735.html
É autora de diversos livros, entre os quais se destacam: História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000), Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial (2006), A História da PIDE (2007), Espiões em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial (2013) e O Caso da PIDE/DGS (2017). É co-autora de Salazar, Portugal e o Holocausto (2013) e de Mulheres Portuguesas (2015).
Foi reconhecida com diversos prémios e distinções, nomeadamente o Prémio Carolina Michaelis, 1999, Prémio Adérito Sedas Nunes, 2007, Prémio Pessoa, 2007, Prémio Seeds of Science, categoria "Ciências Sociais e Humanas", 2009. É Chevalière de la Légion d'honneur francesa. https://www.wook.pt/autor/irene-flunser-pimentel/37743
Júlio Pomar,
sempre juvenil e insaciável na libertação das artes plásticas
"Sobre Júlio Pomar, talvez o nome mais
indispensável das artes plásticas portuguesas, uma constante omnipresença
criativa desde o neorrealismo até aos dias de hoje, parece que tudo estava
escrito sobre a obra multifacetada, o ativismo político dos anos 1940 e 1950, o
seu trabalho entre Paris e Lisboa, o gigantismo da sua obra, pois ele foi o nº1
do neorrealismo, desestabilizou o traço e a forma, moldou cerâmica e vidro, fez
escultura e assemblage, murais, retrato, tapeçaria, ilustração, cenografia, foi
o nº1 da cooperativa Gravura, ei-lo sempre juvenil e insaciável, o mais
contemporâneo dos nossos artistas contemporâneos; mas nem tudo estava escrito,
faltava o pintor no tempo, houvera um passado, uma militância e um confronto
sem tréguas entre a sua arte e um regime ditatorial. Esse quase foi ocupado por
um ensaio de grande precisão e rigor. Júlio Pomar confrontou a ordem então
estabelecida, foi o fogueiro das vanguardas estéticas que atiraram os cânones
nacionalistas para o caixote do lixo. Foi ele, acima de tudo.
A historiadora Irene Flunser Pimentel, no
início de 2017 foi convidada pelo Atelier-Museu Júlio Pomar a fazer uma
reflexão que, de algum modo, destapasse os processos, mecanismos e meandros da
censura política exercida à data em Portugal. Assim nasceu este precioso ensaio
em que o artista é sistematicamente inserido no contexto político e histórico
do Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano. Como diz a historiadora na nota
prévia: “O que aqui se pode ler é uma descrição dos contextos político, social
e cultural da vida de Júlio Pomar, dando importância às suas facetas de crítico
e historiador e teorizador de arte, a começar pelo neorrealismo na pintura, nos
anos 40 e parte da década de 50, e a terminar em 1974”. É este o propósito a
que se acomete “Júlio Pomar, O Pintor no Tempo” por Irene Flunser Pimentel,
Atelier-Museu Júlio Pomar / Sistema Solar (Documenta), 2017.
Júlio Pomar nasceu com a Ditadura
Nacional, a historiadora enquadra os eventos sobre a ascensão do regime de
Salazar, o ingresso de Pomar nas escolas de belas-artes de Lisboa e Porto, os
seus primeiros e consagrados quadros neorrealistas, os seus escritos, a
ideologia do neorrealismo, nomeadamente a partir de 1945, ano em que participa
na Missão Estética de Férias de Évora e dá profunda atenção ao trabalho de
outros contemporâneos. O confronto com a arte oficial do Estado Novo é dado
pelas Exposições Gerais de Artes Plásticas, patentes na Sociedade Nacional das
Belas-Artes, iniciadas em 1946, quando se iniciou a Guerra Fria. Pomar
ativíssimo, detido pela PIDE, escreveu nas revistas, agindo no seio do MUDJ,
pinta O Almoço do Trolha, a polícia política manda destruir o
mural do cinema Batalha.
-
A partir de 1948, com o
despontar do surrealismo, os dois movimentos estéticos separam-se. Pomar
multiplica-se no vidro, na cerâmica, na decoração, descobre a gravura. São anos
difíceis para a oposição política, estalam conflitos em que a estética e a
ideologia perdem o unanimismo. Funda-se a cooperativa Gravura, é uma porta
aberta para uma nova geração de artistas que veem os seus múltiplos em casa dos
associados: Bartolomeu Cid, Hogan, António Areal, Alice Jorge, Pomar, e tantos
outros, até Almada Negreiros colabora. A diversidade de intervenções de Pomar
parece imparável: jarras e garrafas coloridas de Pomar e Alice Jorge na loja
Rampa; entre 1957 e 1959, Pomar com Alice Jorge trabalham um mural de azulejos
na Avenida Infante Santo, em Lisboa; sopram ventos de liberdade com a campanha
de Humberto Delgado, aproximam-se ventos tumultuosos com a descolonização e com
as revoltas estudantis, a luta armada pela independência das colónias
portuguesas africanas obriga o regime de Salazar a recentrar-se; Pomar parte para
Paris mas a historiadora vai pontuando o acervo de acontecimentos que vão
alterando a vida interna e o isolamento de Salazar; Pomar anda lá e cá,
dedica-se ao retrato, alicia-se por novos temas, sem nunca abandonar o
figurativismo, na sequência de experiências que desenvolvera ainda nos anos
1950, vai decompondo formas, o nome Júlio Pomar já possui reconhecimento
internacional. A historiadora anota exposições e novos percursos de Pomar a
partir de 25 de abril.
Em jeito de síntese, a
autora lembra que Pomar se envolveu na atividade política clandestina, da
elaboração teórica cultural, fez-se pintor e desenhador fora dos cânones
escolares, sentiu a mão longa repressiva da polícia política, não se exilou mas
partiu para Paris e nunca fugiu às discussões sobre os grandes princípios da
estética. Por exemplo num questionário que lhe foi feito em 2014 diria que a
alternativa entre “erudito e popular” remetia para uma falsa contradição e um
engano. O popular era “resultado de uma cristalização e sintetização de saberes”
em “construções depuradas pelo tempo” que eram “formas extremamente eruditas”.
Afirmou não haver conteúdo sem forma e que toda a “cor que tem traço e todo o
traço é uma cor” da mesma forma que eram inseparáveis o espaço e o tempo. Pomar
lembrou que o ser humano precisa de dispor de tempo, sem o qual não haveria
espaço ou oportunidade para mais nada.
Uma bela homenagem ao
nome cimeiro das artes plásticas portuguesas, situando o homem a agir no tempo
e o tempo a abrir caminho para as ousadias do seu génio, irrequieto e
imparável, tal como o conhecemos desde os anos 1940. http://www.postal.pt/2018/03/julio-pomar-sempre-juvenil-insaciavel-na-libertacao-das-artes-plasticas/
. Expresso | Morreu Júlio Pomar, o artista que fez o pleno
“Uma legenda mítica na pintura moderna
portuguesa” “Nome maior da pintura
moderna portuguesa” e “um criativo irreverente e rebelde” – Júlio Pomar, o
artista que fez o pleno” - Títulos com que foi referida a sua a morte no
passado dia 22/05/2018
Expresso - “Há artistas cuja importância está ligada a
um momento específico da história da arte. Outros distinguem-se por conseguirem
dar sucessivos impulsos à obra ao longo da vida. Júlio Pomar, que faleceu esta
terça-feira em Lisboa, aos 92 anos, fez o pleno
OBSERVADOR - Morreu Júlio Pomar, “nome maior da pintura moderna
portuguesa” - PÚBLICO - Obituário | Morreu Júlio Pomar, “uma figura mítica da arte
portuguesa - “uma figura mítica da arte portuguesa .
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