Jorge Trabulo
Marques – Coordenador das Celebrações do Solstício e Equinócios
Depois de ver este post, não deixe de ouvir a entrevista, em video, a Irene Flunser Pimentel - Autora do livro JÚLIO POMAR O PINTOR NO TEMPO", bem como do breve diálogo, que travámos com a sua mãe, natural da Suíça (alemã), com 95 anos, uma apaixonada coleccionadora das obras do artista português. E ainda as impressões que registámos com o seu filho, o arquiteto e artista plástico, Rui Pimentel - Em: http://www.vida-e-tempos.com/2018/06/julio-pomar-o-pintor-do-tempo-livro-de.html
O Solstício de Verão, o dia mais
longo do ano para o Hemisfério Norte, ocorrerá
no dia 21 de junho de 2018 às 11h07min, marcando o início da estação (a mais
quente apesar da Terra vir a estar o mais
longe do sol a 6 de Julho). – Segundo o Observatório
Astronómico de Lisboa, o sol neste dia de solstício estará o
mais alto possível no céu em Lisboa e aquando da sua passagem meridiana atingirá
a altura máxima de 75° . A duração do
dia no Solstício de Verão é efetivamente a mais longa. A 21 de junho de 2018 o
disco solar nascerá às 06:11:46 horas e pôr-se-á às 21:04:53 horas em Lisboa.
.
A Comissão das Festas nos Templos Pré-históricos dos Tambores, em Chãs, à semelhança dos anos anteriores, uma vez mais vai organizar a celebração do Solstício do Verão, a decorrer a partir do meio da tarde do próximo dia 21, com a participação do Grupo Lua Nova-Gaiteiros De Mogadouro e o apoio especial da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, sem o qual teria sido inviável o brilhantismo musical da celebração, além do apoio, que se espera da Junta de Freguesia e da já habitual colaboração da Foz Côa Friends Associação bem como da amável compreensão dos proprietários dos sítios
SEDE BEM-VINDOS
Vinde, e sede bem-vindos - Vinde Ver esses antigos sacrários!
Vinde Visitá-los! - Vinde ver
esses calmos e míticos lugares
repletos de silêncio, de
solidão e de rocha,
povoados por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se
destacam
nas vertentes rochosas, no
cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam,
encasteladas, quase se diluem e confundem,
desfiguradas, por toda a
vasta mancha acidentada,
tisnada e calva, da erma
paisagem!
Vinde, pois, estender o vosso
olhar sobre os grande espaços abertos,
onde as mais poderosas
energias da terra e do cosmos
se fundem e expandem,
subtilmente,
vos saúdam e acolhem,
alegremente,
para que, assim, bem
recebidos,
nos altares daqueles
puríssimos ares,
possais contemplar o que é
divino,
aquilo que, a todos, fala
a linguagem da imortalidade,
a silenciosa voz das coisas
sublimes,
generosa dádiva que, a todos
por igual, é oferecida!
JTM
As cerimónias
evocativas, começam a partir do meio da tarde da próxima quinta-feira,
dia 21, com uma cerimónia mística que evocará sacrifícios e rituais celtas, junto
ao antiquíssimo altar de pedra localizado no patamar da vertente rochosa de uma
zona castreja. E a leitura de poemas alusivas à estação estival
Depois de uma
arruada pelas ruas da aldeia, que terá início às 17, 30 horas, pelo Grupo Lua Nova, Gaiteiros de Mogadouro,
seguir-se-á às 18 horas, o cortejo
celta, pelo antigo caminho romano, desfilando até ao Maciço dos Tambores, já
conhecido pelo planalto dos Templos do Sol, por aqui se situarem alguns dos
mais belos calendários solares da humanidade, erguidos pelos povos, que,
nos períodos do
Neolítico e Calcolítico, por aqui se refugiaram, se abrigaram, de
que existem abundantes vestígios, culutando os seus deuses, festejando e
orientando a sua vida, simples e humilde, em estreita ligação com a natureza e
o ritmo das estações do ano
Com a primeira paragem no altar sacrificial da Pedra da Cabeleira de N~ª Srª, e,
deste santuário rupestre, rumando à Pedra dos Poetas, no recinto do qual
serão lidos poemas de vários poetas, alusivos à cerimónia evocativa e onde, às 20.45, os
participantes, poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre
o eixo da Pedra do Solstício. justamente no momento em que o sol se
despede do maior dia do ano, na margem esquerda da colina sobranceira ao
magnifico vale da ribeira centeeira,
Esta extraordinária
imagem, configurando uma gigantesca
esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar projectando os seus dourados raios, a poente,
foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de
2003 e poderá repetir-se, todos os
anos, ao fim do dia mais longo do ano e
à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.
A partir do ponto
onde o sol então se pôs ( e voltará a
pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,
a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para
o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno,
distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai
pôr, em perfeito alinhamento com a
crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado,
a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.
Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direccionado. Feita a observação noutro ângulo, deforma-se e chega mesmo a parecer um estranho busto – Porventura, configurando, sabe-se lá, senão um outro simbolismo ou interpretação, ainda não decifrada.
Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direccionado. Feita a observação noutro ângulo, deforma-se e chega mesmo a parecer um estranho busto – Porventura, configurando, sabe-se lá, senão um outro simbolismo ou interpretação, ainda não decifrada.
.A PEDRA DO SOLSTÍCIO - VISTA DO QUADRANTE NORTE OU DO QUADRANTE SUL TOMA A FORMA DE UM ESTRANHO CRÂNIO
Amuleto, em osso
e ainda em excelente estado de conservação que se calcula com mais de 5000
anos, encontrado pelo autor deste site, a cerca de 200 metros do Templo
Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado ao nascer do sol dos
equinócios
Associada
à exposição de uma vasta coleção das suas obras, de diferentes fases,
patente no Museu
do Côa, até ao principio de Agosto, assinalando os 25 anos sobre a
descoberta das gravuras e os 70 anos de carreira de Júlio Pomar com a exposição "Incisão no Tempo",
composta por duas centenas de trabalhos de diferentes fases do pintor -
Durante a qual serão feitas referências ao livro editado, no passado
dia 7, no Altlier-Museu Júlio Pomar de autoria de Irene Flunser Pimentel
HOMENAGEM A JÚLIO POMAR NAS CERIMÓNIAS EVOCATIVAS DO SOLSTÍCIO DO VERÃO, DIA 21, Aldeia de
Chãs, V. N. de Foz Côa -
A obra, prevista ainda em vida do pintor, foi apresentada no passado dia 7, no Atelier-Museu Júlio Pomar, com a presença de autora, seguida de uma sessão de autógrafos, a cujo lançamento tivemos o prazer de assistir e de ali fazermos alguns registos de reportagem, ouvindo Irene Flunser Pimental, a sua mãe, uma anciã de origem suíça, admiradora e colecionadora de muitas obras de Júlio Pomar, assim como do seu filho, o Arquiteto, Rui Pimentel, outro apaixonado pela obra e a figura de Júlio Pomar, do qual também nutrimos grande admiração, tendo-o o entrevistado por várias vezes, nomeadamente nos anos 80 e princípios da ´década de 90.
A
historiadora, vencedora do Prémio Pessoa 2007, descreve, na obra, os contextos
político, social e cultural da vida de Júlio Pomar (1926-2018), dando
importância às suas facetas de crítico, historiador e teorizador da arte.
Pintor e escultor, falecido no passado dia 22 de maio,
em Lisboa, Júlio Pomar é considerado um dos criadores de referência da arte
moderna e contemporânea portuguesa, tendo o seu desaparecimento gerado muitas
reações de personalidades da cultura e da política lamentando a "imensa
perda" para o país.
Inicialmente, Irene Flunser Pimentel foi convidada
pelo Atelier-Museu Júlio Pomar "a partilhar, em modo oral, como numa
conferência ou conversa informal, aspetos sobre o modo como se exerciam a
censura e repressão, conducentes a diversos apagamentos históricos, sobre os
quais se desconhece, em concreto, o modo como aconteciam", recorda a
diretora do Atlier-Museu, Sara Antónia Matos, num texto sobre o lançamento da
obra.
"Dada a extensão e profundidade da investigação
que se materializou em vertente escrita, o Atelier-Museu convidou Irene Flunser
Pimental a publicar o seu estudo, que teve como ponto de partida a figura de
Júlio Pomar, aspirando assim contribuir para dar a compreender estes processos
históricos, de apagamento e distorção, postos em prática pelos regimes de
repressão quase sempre através de canais invisíveis, e que não raras vezes
continuam a efetivar-se por outras vias, nomeadamente o silêncio a que são
votados certos assuntos incómodos ou pouco consensuais", acrescenta, no
texto.
A autora do livro - editado pelo Atelier-Museu e pela
Sistema Solar - detém um vasto currículo sobre o período e instituições do
Estado Novo, garantindo o acesso aos arquivos da Torre do Tombo, onde se
encontram os dossiers e os arquivos da PIDE, polícia política do tempo do
regime de Oliveira Salazar.
O Atelier-Museu Júlio Pomar foi aberto em 2013, num
edifício em Lisboa perto da residência do artista, com um acervo de cerca de
400 obras, que este doou à Fundação Júlio Pomar, de pintura, escultura,
desenho, gravura, cerâmica, colagens e ‘assemblage’. https://24.sapo.pt/vida/artigos/livro-julio-pomar-o-pintor-no-tempo-de-irene-flunser-pimentel-e-lancado-hoje
Trata-se. Pois, de uma singela homenagem, associando-nos, ao
mesmo tempo, ao espírito da exposição,
patente no Museu do Côa, que celebra 70
anos de carreira de Júlio Pomar com a exposição "Incisão no Tempo",
juntando duas centenas de trabalhos de diferentes fases do pintor, datadas dos
anos 70 do século passado, em que o pintor explora as entradas de touros e
campinos, numa figuração de certo modo, semelhante às existentes nas gravuras
do Côa”, explicou à Lusa, a curadora da exposição, Sara Antónia Matos, diretora
do Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa.
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