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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Celebração do Solstício do Verão 21 de Junho 2018 - Recebemo-lo em Festa, em Chãs – Vila N. de Foz Côa - O Dia Maior do Ano, amanheceu, com sol esplendoroso, manteve-se brilhante até ao meio da tarde – Depois o céu cobriu-se de névoas, com trovoadas em várias partes do horizonte – Gaiteiros de Mogadouro, percorreram as ruas da aldeia e deram uma nota de alegria e festa, por onde passaram – Devido a ameaças de chuva, não se fez o tradicional cortejo e as cerimónias tiveram de ser confinadas no frontispício do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Sra, com a leitura de poemas alusivos ao sol e à estação



TEMPLOS DO SOL - NO MONTE DOS TAMBORES - CRUZAMENTO DE ESPIRITUALIDADES E DE CULTURAS - DESDE OS TEMPOS IMEMORIAIS ATÉ AOS NOSSOS DIAS






NÃO PRIVILEGIAMOS CREDOS OU RELIGIÕES MAS O AMOR E RESPEITO PELA NATUREZA, A SALVAGUARDA DOS VALORES DO PATRIMÓNIO ANCESTRAL, O CULTO DA FRATERNIDADE, DA CONVIVÊNCIA, DA TOLERÂNCIA E DO CONHECIMENTO

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Já por aqui passaram os mais diversos estudiosos e pessoas de várias religiões ou crenças: desde os Hare Krishna- à .PFI Federação Pagã Portugal, que realizou o seu XI encontro anual de paganismo no Solstício do Verão -.Ano 2007 - Portugal - Pagan Federation International........FESTIVAL SOLSTICIAL COM A PRESENÇA DE PAGÃOS Partilhamos do espírito iconémico. Estamos abertos a todos que vierem por bem -



This is the wonderful land of the temples of the sun and the Sacred Valley Coa - These are the places where primitive men, erected fabulous solar calendars on giant granite boulders - and also the area (perimeter) where men of the Upper Paleolithic, they entered fantastic pictures on slate plaques - As Gravuras Paleolíticas do Vale do Côa - ..

Esta é a maravilhosa terra dos templos do sol e do Sagrado Vale do Côa - Estes são os lugares onde os homens primitivos, ergueram fabulosos calendários solares em gigantes pedras de granito - E também a área (perímetro) onde os homens do Paleolítico superior, inscreveram fantásticas gravuras em placas de xisto - Património da Humanidade.As Gravuras Paleolíticas do Vale do Côa.



NO IMENSO COSMOS SOMOS APENAS UM MINÚSCULO GRÃO DE AREIA MAS PERTENCEMOS AO MESMO TODO! AO SUPREMO UNIVERSO MARAVILHOSO!- PORÉM A VIDA HUMANA É BREVE, QUASE ETERNOS SÃO OS ASTROS MAS SÓ A INTELIGÊNCIA UNIVERSAL É PERENE - GLÓRIA AO SOL E A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE! - SEDE BEM-VINDOS A UM DOS MAIS PRIMITIVOS CALENDÁRIOS SOLARES, ESFERA SIMPLES EM PEDRA GRANÍTICA LASCADA, MAS TALVEZ DOS MAIS BELOS TEMPLOS QUE GLORIFICAM E CELEBRAM A ESPLENDOROSA LUZ QUE TUDO ANIMA E VIVIFICA.

 

O Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte,    ocorreu, astronomicamente, às 11h07min, de hoje, marcando o início da estação, a mais quente apesar da Terra vir a estar o mais longe do sol a 6 de Julho). – Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa,  neste dia, 21 de junho de 2018 o disco solar despontou acima do horizonte  às 06:11:46 horas e pôr-se-á às 21:04:53 horas em Lisboa.

Um pouco antes, cerca das 23.45, os  raios solares,  se não desse a circunstância de as condições atmosféricas, terem sido adversas e toldado o céu,  os participantes nas cerimónias evocativas, poderiam testemunhar  momentos de sublime beleza, de grande simbolismo histórico e místico, com a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício - também já conhecida pelo Stonehenge Português, sim,  defronte a um dos mais belos calendários pré-históricos, geralmente designados como alinhamentos  sagrados, importantíssimo legado dos povos que por estas penhascos graníticos, se refugiaram e cultuaram os seus deuses, sobranceiro a um fértil e aprazível vale, erguido a escassos metros da vertente do Castro do Curral da Pedra, numa área também conhecida  por Mão-Cheia, que, segundo o estúdio Moisés Espírito Santos, que, por duas vezes, aqui deslocou, comporta ancestral simbologia solar.  

Trata-se, com efeito,  de um imponente bloco granítico de forma arredondada, com três metros de diâmetro e a configuração do globo solar e da esfera celeste, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto por antigos povos que habitaram a área - Desde o neolítico e calcolítico, civilizações das  quais existem abundantes vestígios

A extraordinária imagem,  que ali se então se contemplaria, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar  projetando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e poderá repetir-se,  todos os anos,  ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.
 
A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e  voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,  a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em  perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.

Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direcionado.  Feita a observação noutro ângulo, deforma-se e chega mesmo a parecer um estranho busto – Porventura, configurando, sabe-se lá, senão um outro simbolismo ou interpretação, ainda não decifrada.


A sessão,  evocativa, culminaria, então, junto a esse impressionante megalítico  com a exibição de sons celtas, a leitura de poemas, cânticos e louvores às forças da Natureza Ao mesmo tempo que, entre a distante cordilheira da outra margem, o nostálgico globo se despede, como que em perfeita harmonia com os últimos raios que vão tingindo de ouro o arco superior da majestosa e antiquíssima réplica terrestre


De mãos dadas com a ciência e as tradições ancestrais. Com astronomia e astroarqueologia, etnografia, história, linguística e arqueologia: a importância dos primitivos calendários solares, a relação do homem aos ciclos da natureza, à fertilidade da terra e ao culto do Sol - E o seu amor à arte, à poesia, à música, ao místico e ao sagrado.



Como já vai sendo habitual, o convite é extensivo,  não só à população da aldeia, do concelho e da região, mas também a estudiosos, investigadores, aos adoradores do sol e a todos aqueles que se interessem em aprofundar o passado histórico e cultural destas terras, em celebrar os ciclos da natureza, as tradições e os seus cultos ancestrais


E, de facto, vários especialistas, de reputada craveira, já por aqui  passaram e nos deram valiosos contributos. Desde Adriano Vasco Rodrigues - quem primeiro se debruçou sobre a importância do referido monumento, a António Sá Coixão - a que o nosso concelho deve o levantamento da carta arqueológico dos principais sítios de reconhecido interesse, bem como importantes escavações, a Manuel Pires Daniel,  advogado, Poeta, Drmaturgo, Ensaista  e Escritor;  Do  Prof.Máximo Ferreira – Astrónomo e Director do Centro de Ciência Viva de Constância; Do Dr. Albano Chaves - Linguista, a quem devemos a descoberta do alinhamento do (1) solstício do inverno nos templos do sol – albano chaves e



Tivemos também o prazer de contar com a presença do Eng. Gustavo Duarte, por várias vezes, atual Presidente da C.M. de V. N. de Foz Côa, do qual temos recebido dedicado apoio, bem como a colaboração do Prof. Dr. Moisés Espírito Santo, que nos ofereceu um interessante ESTUDO INÉDITO; ao radiestesista Tom Graves que VEIO DA AUSTRÁLIA PARA ESTUDAR AS PEDRAS DO SOL. E AO DR.LIMA GARCIA E À ASSOCIAÇÃO CULTURAL PAGÃ DE.. PFI - PORTUGAL .. A PRESENÇA DE PAGÃOS IBÉRICOS.Actor João Canto e Castro, Jorge Carvalho e Gonçalo Barata; Mila Simões de Abreu, que já aqui trouxe uma verdadeira embaixada de investigadores; Extinta Companhia de Dança de Lisboa, Amalgma; Hare Krishna, Quorum Balleth, entre outras participações Os técnicos do Parque Arqueológico, que nos acompanharam nos primeiros eventos e cuja Directora do PAVC, Alexandra Lima, já nos garantiu disponibilidade de cooperação


Nesta região,  onde as chuvas, geralmente escasseiam,  a despedida da Primavera, teve um final de tarde e um principio da noite,  assolado por fortíssima tempestade tropical, com toda a metralha sinfónica de trovões e relâmpagos, a rasgarem fulgurantemente os ares, atroando espaços a fora, como há muito por aqui não testemunhara, porém, horas depois, o tempo acalmou e a manhã do primeiro e mais longo dia do Verão, até raiou esplendorosa e banhada de luz: o sol, no seu movimento aparente, foi curvando o azul da  transparente e luminosa abóbada celeste, até que, ao aproximar-se o meio da tarde,   os novelos de nuvens  brancas e de um escuro azul,  pousadas nos distantes horizontes, se foram erguendo e estendendo pela imensidade dos céus, com os  sinais evidentes que o cenário do dia anterior se iria repetir 

Porém, conquanto não passassem de uns pequenos chuviscos e  de algumas grossas gotas de água, que caíram  sobre o planalto onde a aldeia se situa, no entanto, receando o fantasma das trovoadas que pairavam,  em tom de grave ameaça,  por quase  todos os quadrantes, o bastante para que, depois da arruada pela aldeia, com a bela  animação do Grupo de LUA NOVA - GAITEIROS DE MOGADOURO , à cautela não pudéssemos realizar o tradicional cortejo celta, desde o adro até à Pedra do Sol  e acabássemos por ficar junto ao altar sacrificial do Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, abrigados pela acentuada inclinação do seu frontispício –Sim, do antiquíssimo e imponente calendário solar, onde decorrem as celebrações dos equinócios do Outono e da Primavera, cujos raios solares atravessam a sua graciosa gruta, em forma de semi-arco, ao raiar do primeiro dia dessas estações, prefigurando o emblemático  Olho de Hórus um símbolo mitológico do  Antigo Egito, representando o Deus egípcio do sol nascente, ou seja, a personificação da luz que  tinha como inimigo Seth, o deus da desordem e da violência – Resta saber em que circunstâncias foi importado e em que época e a relação havida entre as ancestrais culturas mediterrânicas e  europeias,  nomeadamente, neolíticas, calcolíticas e as sucessivas civilizações seguintes, da idade do bronze e do ferro, com este espantoso símbolo Olho de Hórus – Wikipédia,  Tendo aqui decorrido as cerimónias evocativas, que havíamos agendado para as celebrações, junto a outro templo solar, com a leitura de poemas  de Manuel Daniel, Fernanda de Castro, Alexandre Herculano, Dinis da Cruz e Silva, Maria Assunção Carqueja, já falecida, esposa do Pof. Adriano Vasco Rodrigues, bem como a leitura de um excerto do livro JÚLIO POMAR O PINTOR NO TEMPO, de autoria de Irene Flunser Pimentel, em homenagem ao grande pintor português falecido no passado dia 22 de Maio, do qual estão patentes duas centenas de obras no Museu do Côa, até ao próximo dia 5 de Agosto..



COLABORAÇÕES: - Nomeadamente, da Câmara Municipal. presidida pelo Eng. Gustavo Duarte - E a compreensão dos proprietários dos sítios: - Teresa Marques O apoio dos indispensáveis companheiros e amigos, desde a primeira hora, António Lourenço, Amélia Lourenço,  José lebreiro, da Associaçao Foz Côa Friends Agostinho. Carla e Mnauel Coelho

Adriano Vasco Rodrigues, que se vê na imagem ao lado, numa das visitas em que nos deu o prazer de o acompanharmos aos Tambores (antes da descoberta dos calendários solares, mas que acabaria por ser ele o grande inspirador), sem dúvida, uma referência nos Templos do Sol. Para além do arqueólogo, etnógrafo e historiador, atrevemo-nos mesmo a dizer que é também o místico, o profeta e o adivinho. Foi ele que trouxe à luz do conhecimento científico os primeiros contributos do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, a que já nos referimos em postagens anteriores - Sem os quais, dificilmente teríamos sido entusiasmados a desvendar os segredos, que a dita pedra ainda guardava.




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