"QUEREM UMA LUZ MELHOR
QUE A DO SOL!” - SÓ O SOL DA PRIMAVERA - SAUDÁMO-LA NO PRIMEIRO DIA DO
EQUINÓCIO - GRAÇAS A UM PUNHADO DE BONS AMIGOS - Numa manhã ventosa e gelada,
com o termómetro a descer até aos 6º negativos - Poucos mas irmanados de uma
alegria e de uma energia na alma e no coração, que nem as imagens nem as
palavras podem descrever, pois eram dos tais sentimentos que só a luz do sol
poderia compreender e abençoar – Coroados com momentos de poesia e pelo esplendor sublime que ilumina a
Terra, pelo brilho revigorador e purificador da Fonte da Vida! http://www.vida-e-tempos.com/2018/03/celebracao-do-equinocio-da-primavera.html
Ao António Lourenço, José Lebreiro e Agostinho
"AH! QUEREM uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me. Mas, se acaso me descontentam, O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me. Mas, se acaso me descontentam, O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!
Alberto Caeiro, in "Poemas
Inconjuntos"
Eu
escrevo versos ao meio-dia
e
a morte ao sol é uma cabeleira
que
passa em fios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou
vivo e escrevo sol
Se
as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no
vazio fresco
é
porque aboli todas as mentiras
e
não sou mais que este momento puro
no
acto de escrever e sol
A
vertigem única da verdade em riste
a
nulidade de todas as próximas paragens
navego
para o cimo
tombo
na claridade simples
e
os objectos atiram suas faces
e
na minha língua o sol trepida
Melhor
que beber vinho é mais claro
ser
no olhar o próprio olhar
a
maraviha é este espaço aberto
a
rua
um
grito
a
grande toalha do silêncio verde
António Ramos Rosa
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