Maria Barroso - Mário Soares – Vozes de um casal que já partiu em paz mas com muito sofrimento para eternidade – Recordadas em memórias de um repórter – Personalidades que fizeram história entre os vivos - ESPÍRITOS, DESTE NÍVEL, POR TÃO RAROS, são portadores de missões especiais mas só depois, de cumprida a espinhosa tarefa, o alto sacrifício, é que os deuses os levam para juntos do seu sagrado altar - Conheci Soares em S.Tomé
Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Breve entrevista, que, Maria Barroso, me concedeu por ocasião do lançamento do livro “Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal
Impressões de Maria Barroso, sobre o encontro do Presidente da República Portuguesa, Mário Soares e o Presidente da URSS, Mikhail Gorbachev, em Moscovo, no dia 20 de maio de 1991 - Ambos se emocionaram - E o que diriam hoje, com o seu afastamento, se fossem vivos e com o que se passa na atualidade?... - Estou certo que não se surpreenderiam, mesmo com a visão optimista, que então nutriam. - Pormenores mais à frente
Breve entrevista, em vídeo, que, Maria Barroso, me concedeu, no final do lançamento do livro “Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal de Miguel Esteves Cardoso, António Homem-Cardoso e Hélder Carita, pretexto para se falar do seu gosto pelos jardins, sítios repousantes que convidam à reflexão e à calma!... Que é uma coisa, que todos precisamos, tanto!
Por Jorge Trabulo Marques Jornalista, - Navegador dos Mares no Golfo da Guiné e Investigador
Na
verdade, ESPÍRITOS, DESTE NÍVEL, POR TÃO RAROS, são
portadores de um condão especial . Os Deuses, as Grandes Divindades
Espirituais, em geral, protegem-nos e confiam-lhes Altíssimas
Missões Proféticas, tornando-os em viajantes perpétuos... E só depois, de
cumprida a pesada herança, o alto sacrifício, os levam para juntos do seu sagrado
altar - É o que se pode dizer um amor, só correspondido, depois de elevado ao
mais alto martírio ou degrau de perfeição, e de nada
mais
haver a expiar!
Mário Soares, faleceu às
15:28, deste sábado, no Hospital da Cruz Vermelha, um mês depois de
ter completado 92 anos, onde estava internado desde o dia 13 de Dezembro,
"na presença constante dos filhos. Foram declarados 3 dias de luto nacional. O Governo decretou três dias de luto
nacional, o funeral realiza-se na terça-feira
CONHECI MÁRIO SOARES EM
S. TOMÉ - Tive o prazer de lhe fazer algumas breves entrevistas, como
repórter da RDP-Rádio Comercial. que guardo, assim como à sua esposa. -
Conheci-o pela primeira vez em S. Tomé - Mas não se pense que ele teve ali a
vida facilitada: quem lhe valeu foi o seu amigo Sr. Aprígio Malveiro, que era secretário da CM e que lhe deu
alojamento nos primeiros tempos e o protegeu da vigilância dos PIDEs, que
andavam quase sempre como cachorros atrás dele, a seguir-lhe os passos.. E
também a amizade que tinha com o administrador da Roça Água Izé, da CUF.
Vi-o várias vezes a passear sozinho -a
caminho do Tribunal. quando me ia sentar na esplanada do Café Baía - na foz do
Água Grande - Um PIDE (da policia politica colonial) que estava ali numa mesa
ao meu lado: comentou: lá vai aquele sacana! que há-de ser Presidente quando as
galinhas tiverem dentes. Enganou-se: o PIDE deixou de ser PIDE e ele foi
Presidente. E também o vi várias vezes nas sessões de cinema das quintas-feiras
no cinema Império - Troquei com ele umas breves palavras na Roça do Sr. Eng.
Salustino Graça, na Trindade. -
Era furriel Miliciano e tinha
ido comprar ananases para a cantina do quartel. Estava ele com o filho João e o
Sr. Eng - Às tantas, na altura em que estava a pesar os ananases, vira-se ele
para mim: então Sr. ;Militar: gosta de S. Tomé? Mas antes que eu respondesse,
apressa-se o João com esta pergunta: pai: sabes que diferença há entre um
ananás e um Abacaxis: quem responde é então o Sr. Engº., que era realmente uma
sumidade na cultura do ananás tendo ali uma das mais belas plantações da ilha-
Foi ele, que, ali, noutra das minhas deslocações me vendeu vários pés desta
planta para cultivar na agro-pecuária do quartel, que estava a meu cargo, onde
também, fiz algumas plantações de bananeiras
MÁRIO SOARES EM S. TOMÉ - Durante oito meses de exílio em São
Tomé, em 1968, Mário Soares viveu vigiado permanentemente pela polícia política
do Estado Novo, que manteve os são-tomenses à distância de tal forma que hoje
poucos se lembram da sua presença.
“Ninguém podia falar com ele porque a polícia não
deixava, eu até tinha medo mesmo de ver a varanda de casa dele”, disse à Lusa
Ângelo Carneiro, 76 anos, um dos poucos são-tomenses que conheceram de facto o
então advogado oposicionista de Salazar.(…)Durante a sua presença na ilha,
Soares recebeu o apoio de Fernando de Angolares, um português que viveu mais de
40 anos em São Tomé e faleceu no final de 2013.
COMUNICAÇÃO EPISTOLAR
COM MÁRIO SOARES – DO FORO SUPRANORMAL –
Durante alguns anos
escrevi várias cartas a diversas personalidades da vida portuguesa, e até à
Irmã Lúcia, exceptuando a esta figura, todas elas foram redigidas sob o
pseudónimo místico de Luís de Raziel -
Nuns casos enviei, noutros, simplesmente, acabaram por figurar no arquivo das
minhas elucubrações do foro mediúnico e espírita.- Alguns excertos foram
editados neste site, mas remetidos para arquivo, sem visibilidade
pública, aguardando oportunidade de serem trazidos à luz, com a data que foram
editas, quando se achar oportuno. - E assim tem sido
Por mim,
não tenho dúvidas - V. Exa. é dos raros espíritos iluminados, com
capacidades que não são facilmente aferíveis e explicáveis através
da filosofia tradicional e da lógica científica, e muito menos, compreendidos,
na sua plena extensão, pelo senso comum!...
Sou
um admirador da personalidade de Mário Soares - Ele era um espírito elevado e
eu sempre gostei de comunicar com espíritos elevados. Daí tê-lo incluído nas
minhas jornadas místicas - Ou seja, entre as figuras a quem dirigi as minhas
cartas: umas por admiração, outras apenas por impulsos inexplicáveis - Mas a
Mário Soares foi apenas por admiração - Se lhe sobrar tempo não deixe de ler o
que escrevi sobtre uma outra das figuras que muito admirei - Francisco Sá
Carneiro - http://www.vida-e-tempos.com/2013/11/caso-camarate-francisco-sa-carneiro.htmll
Talão do registo da carta que lhe enviei
em 27 de Março 2001 - Não tenho a certeza se a leu - pois ele deve receber
muita correspondência - mas, para mim, esse aspecto até nem era o mais
relevante: o que mais me importava era escrevê-la. E foi o que fiz, tal como
muitas outras que ( por demasiado longas) não lhas cheguei a enviar.
No caso da personalidade de Mário
Soares, alguns excertos foram inicialmente editados, em vários posts no meu
site Desoculto Noturno, porém, devido à extinção do mesmo, decidi transferi-los
com a mesma data para Templos do Sol,com o intuito de serem divulgadas quando
se achasse oportuno – – E assim tem sido
De algum modo inspirado num livro da
poetiza e escritora, Fernanda de Castro,, que tive a honra e o trazer de entrevistar em sua casa - O seu
Livro era com figuras famosas falecidas, eu preferi no entanto as que
ainda viviam e traçar-lhe o percurso das suas vidas passadas -
Era
uma forma epistolar mais de reflexão e de introspecção de ordem
espiritual de que propriamente com carácter temporário e politico. -
Mário Soares, foi uma dessas figuras - Umas cartas foram-lhe enviadas,
outras, por tão extensas, ficaram inacabadas e por enviar - É o caso do texto
que a seguir aqui apresento, acerca das suas reencarnações, que comecei
a escrever em Dezembro de 2002.
MÁRIO SOARES - UM PREDESTINADO...
O Além de que lhe venho falar, não é de um lugar
determinado, não é de um outro mundo....é tão somente daquele mundo que está
para além da nossa compreensão e das nossas percepções vulgares
Hoje tornei publicamente visível. este post
-
Não leve a mal esta minha ousadia em foro
íntimo, mas é minha convicção que o Sr. Dr. Mário Soares, enquanto puro sangue
jupiteriano ( e ainda devido a outras influências enriquecedoras de vidas
anteriores),embora não sendo um homem religioso, no sentido tradicional do
termo, é-o, contudo, no da seriedade e no sentido de missão – O homem que
não deixa de interrogar-se sobre as grandes dúvidas e questões que mais
se levantam aos espíritos sensíveis e evoluídos, nomeadamente acerca das
origens da vida e dos grandes mistérios do Universo. O homem de profundas
convicções idealistas, que não esmorece ante as maiores dificuldades e
perigos! – Enfrenta as batalhas, os pleitos, de rosto erguido! –
Vai em frente! Qual cavaleiro vindo das brumas que, ao rasgar-se-lhe o
horizonte em luz, em claridade, vai até onde a última centelha espreita e o
ilumina! Não se detém na vã contemplação de inúteis devaneios, reflecte e
discorre, como poucos, utilizando, a par da sua inteligência superior, as
imensas capacidades do inconsciente, do instinto e do sonho... Desde a
política aos grandes temas da vida, nada escapa à sua apurada sensibilidade! –
Tem o condão da eloquência dos grande sábios e a visão dos profetas
iluminados!
Sim, V. Exa. é o cidadão das grandes causas da sua pátria e do mundo! É o
enviado, o predestinado à Terra, ao solo e ao Mar Português! – Às suas
gentes e ao seu futuro! – Estou certo que a História assim o haverá
de recordar! - POSTAGEM EDITADA NESTE SITE EM 2008 - TEMPORARIAMENTE REMETIDA PARA ARQUIVO
MÁRIO SOARES E AS SUAS TRANSMIGRAÇÕES - E a Vida para além da Vida -
Percursos dos Mistérios do Além
Percursos dos Mistérios do Além
06/12/2008 - - sou a mesma pessoa que, em 27 de Março de
2001, e através da carta, a que atrás aludi, lhe disse, textualmente, o
seguinte, a propósito das densas nuvens que via, então, pairar no
horizonte: “Sem com isto pretender ser alarmista, penso que o Ano
de 2001(ironia das ironias), o tão badalado e tão profetizado Ano da Odisseia
do Espaço), vai ser, certamente, um ano para esquecer - o ano de todas as
“odisseias” - E, ao que parece, ainda agora a procissão vai no adro.”
- Estas minhas proféticas palavras, escrevi-lhas eu na 2ª página da dita carta
(registada), tendo acrescentado, na 3ª página, ainda o seguinte: “Como
disse, vejo com apreensão o decurso do Ano 2001(não é um ano bom: no que já nos
trouxe e naquilo que de negativo nos poderá trazer - a nós e aos outros Postagem editada neste site em 2008 - Remetida para arquivo temporariamente - Será reaberta, logo que se considere oportuno
MÁRIO SOARES - A SIMBOLOGIA DE UM IMPÉRIO – MAR, RIO . SAGRES E OS
VERSOS DA PROFECIA DE DOM SEBASTIÃO O DESEJADO "QUE AINDA HÃ-DE VIR
NUMA MANHÃ DE NEVOEIRO.."
"Se dividirmos a palavra Soares, em duas sílabas, o que é que se
poderá subentender?... Pois bem, como a primeira sílaba é muda, e a segunda
aberta, fica o S sozinho, a soar a Sagres! – Ah! Sim, que
significado mais maravilhoso, que força mais expressiva para todos nós,
portugueses, pronunciar a palavra Sagres! – Ponto de partida das naus que
haviam de dar a volta ao mundo. Mas não só o S tem a ver com o começo da
palavra Sagres, tem igualmente uma forte conotação com o nome de Sebastião, ou
seja, com o rei D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir, em
1578, cujo mistério à volta do seu desaparecimento e da tragédia que envolveu
os milhares de portugueses que ali pareceram, haveria de fazer renascer um halo
de esperança para Portugal, que viria a consubstanciar-se no ressuscitar do
Quinto Império – Cujo surgimento messiânico e profético começara a desenhar-se
com a espantosa vitória de D.Afonso Henriques, aos mouros, em 1139, na célebre
batalha de Ourique, conquista decisiva para a consolidação do reino - Pormenores editados em 2008 neste site - Remetidos temporariamente para arquivo - Serão divulgados com o mesmo post e data, logo que se considere oportuno
MÁRIO SOARES - (1) - CARTA DE UM VIDENTE A UM VISIONÁRIO
(2)E Carta da revelação de um Segredo Transcendental …
Não lhe vou revelar o meu nome verdadeiro, tal como
também não lhe indico a minha morada - Por isso, esta carta, vai com morada
fictícia e assinada sob pseudónimo. O registo é apenas para ter a certeza que
lhe chega às mãos e não se vai extraviar pelo caminho. Peço-lhe desculpa de
assim proceder; não é para me proteger de qualquer intento oculto, mas porque é
mesmo assim que eu me sinto bem a escrever no papel de vidente e médium - Ou
por outras palavras: por ser precisamente deste modo, no mais absoluto silêncio
de minha casa (ou nalgum ermo das fragas da minha aldeia) e dentro do mais
cerrado anonimato, que eu julgo poder desenvolver e pôr à prova as minhas
capacidades extra- sensoriais- Editada em meados de 2011 – mas por enquanto
não visível publicamente
Público - Quem olhar para os últimos 50 anos da história de
Portugal vai encontrar sempre Mário Soares: no ataque à ditadura, na libertação
democrática, na resistência ao comunismo, na opção europeia, na solidez
democrática. Foi, nos momentos decisivos, o líder de que Portugal precisava – e
é por isso que hoje o país lhe deve muito. https://www.publico.pt/2017/01/07/politica/noticia/morreu-mario-soares-adeus-a-um-portugues-maior-1756035
Maria Barroso morreu na madrugada, dia
7 de julho, 2015. no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, Natural de Olhão,Maria
de Jesus Simões Barroso Soares nasceu no dia 2 de maio
de 1925. Era a quinta de sete filhos do oficial do Exército Alfredo
José Barrose da professora primária Maria
da Encarnação Simões
Maria Barroso. A antiga primeira-dama e mulher de
Mário Soares faleceu aos 90 anos, vítima de uma hemorragia intracraniana, depois de ter caído em casa dia 26 de junho, estando desde então em coma
A mulher do ex-Presidente da República foi
internada na madrugada do dia 26 de junho, no HCV, na sequência de uma queda,
estando desde então em coma profundo.
Foi atriz na companhia de Teatro Rey Colaço-Robles
Monteiro, onde se estreou em 1944 com a peçaAparências, de
Jacinto Benavente. No cinema, estreou-se emMudar
de Vida, dePaulo Rocha, e participou em
três filmes deManoel de Oliveira,Le Soulier de Satin,Amor
de Perdiçãoe Benilde
ou a Virgem Mãe. Foi diretora do Colégio Moderno, fundadora
do Partido Socialista, primeira-dama de Portugal entre 1986 e 1996, presidente
da Cruz Vermelha Portuguesa, sócia-fundadora e presidente da ONGD Pro
Dignitate e da Fundação Aristides de Sousa Mendes. Pragmática,Maria
Barroso semprefoi uma
mulher de convicções fortes, que lutou para concretizar os seus sonhoshttp://caras.sapo.pt/famosos/2015-07-07-Morreu-Maria-Barroso Leia
aqui o seu perfil: 90 anos de uma vida preenchida
O PRAZER DOS JARDINS E O ENCONTRO COM SAKHAROV NA UNIÃO SOVIÉTICA DOS
FINAIS DOS ANOS 80 -Tenho fé que o mundo se vai melhorar e que nós vamos
ter um mundo de tranquilidade e de paz, finalmente… Daqui a um tempo!... Não
será para, já já, mas tenho muita fé.
Maria Barroso, já não faz parte do mundo dos vivos: nasceu em Fuseta
em 2 de Maio de 1925 e faleceu, em Lisboa, em Julho de 2015
Que recordações é que lhe trazem os jardins? –
MB – Para mim têm sempre uma ideia muito romântica de expressar, de prazer,
de convívio!,,,
JTM – Gosta de passear pelos jardins?
MB Gosto: faço isso quanto poso, quanto estou em Belém!... Faço, quanto
posso, noutros jardins, noutros sítios, no norte ou no sul do país: acho que
são sítios repousantes! Que convidam à reflexão e à cala, que é uma coisa que
todos precisamos tanto.
JTM –Está-se a referir aos jardins do norte do Pais?
MB – Do norte e do Sul do país!... Mas, como a Elena Vaz da Silva, acabou
de dizer há uma monumentalidade diferente do centro e do sul…
JTM – É uma pessoa muito viajada: ainda recentemente esteve na União
Soviética. Lá também viu bonitos jardins?
MB - Bom, na União Soviética, foi interessante a viagem! É umam
realidade que está nos antípodas da nossa mas é curioso conhecer um mundo
diferente do nosso: tentar apreender a sua maneira de sentir e de estar!.. É
difícil quando há barreiras, quase intransponíveis da língua!... Mas, de
qualquer maneira, é sempre uma experiência interessante.
JTM – Quais foram os aspetos para si mais curiosos, mais importantes,
digamos assim?
MB – Para que rádio eu estou a falar?
JTM – Está a falar para a Rádio Comercial, 24 Hora.
MB – Bom, achei muito interessante ver parte do país, que eu não conhecia:
só tinha passado dois dias, em Moscovo, quando o meu marido, era
Ministro dos Negócios Estrangeiros. Gostei de conhecer melhor
Moscovo; gostei de conhecer um pouco da Arménia e do Azerbaijão! Gostei de
contactar com as pessoas. Gostei até de ver a distância que existe, entre
aquilo que Gorbatchov diz, de fascinante e a perestroika e a distância
que existe entre aquilo que pretende fazer ou pretende fazer… Sonha fazer e
que, efetivamente, existe.
JTM – Acredita mesmo no que diz o livro? … Nessa nova linha de
orientação?...
Bom, o que ele diz, eu penso que é uma revolução!... Aliás, ele
próprio confessa que é uma segunda revolução aquilo que ele diz!... Ele
confessa o fracasso do sistrema!... Isso parece-me que já é importante!... É
uma confissão corajosa!... Que, até aqui, não tínhamos visto em nenhum livro a
confessar que o sistema tinha fracassado…. De qualquer maneira, nós temos que
acreditar! .. E forçar aquilo que é possível do exterior fazê-lo! Para que
passe das palavras aos atos. Como cidadãos do mundo, como o próprio Gorbatchov
diz, nós estamos todos no mesmo barco e não haverá uma segunda Arca de
Noé!... Nós estamos efetivamente todos no mesmo barco e não queremos
que haja um confronto entre as duas superpotências!... ´Portanto, é importante
para nós, devemos a nossa palavra de esperança para que o diálogo se
estabeleça, se consolide e tenha as suas consequências! Que são para todos nós,
cidadãos do mundo.
– Sabemos que houve alguma coisa que a deixou um tanto ou quanto
triste: foi não ter tido a oportunidade de visitar a esposa de Gorbatchov
BM – Sim, tive pena de não a conhecer, porque parece uma personalidade
muito curiosa! Coim uma visão, também muito diferente da realidade
soviética: uma mulher voltada com uma grande abertura para o undo
ocidental… por aquilo que eu tenho lido, por aquilo que eu tenho visto. No
entanto, tive um momento muito emocionante, que para mim justificava a visita à
União Soviética, foi o encontro com o casal Andrei Sakharov Foi extremamente
emocionante! Gostei muito de os conhecer ele tinha uma paixão pela
personalidade de Sakharov, tinha lido alguns dos seus livros!... Tinha-me
servido, muitas vezes dos seus textos, como argumento para expor aquilo que eu
pensava e sentia em relação ao sistema comunista… De maneira, que, conhecer
aquele homem, que falou com uma serenidade. Com uma coragem, com uma
firmeza, uma clareza muito grande, foi para mim extremamente emocionante:
conhecer a ele e à mulher, cujo livro também tinha acabado de ler.
– Foi para ele um momento emocionante!... Sabemos que o Dr. Mário
Soares, se emocionou!
MB – Emocionámos-nos os dois bastante, com o casal Sakharov… E sentimos,
que. ter de facto em liberdade, junto de nós, aquele casal, que sofreu
tanto, poder agora falar livremente…- porque, nós sabemos que havia
maneira da nossa conversa poder ser escutada, com certeza; não somos ingénuos,
nesse ponto - mas a verdade é que pudemos falar livremente com ele e
ele pôde falar livremente connosco, isso já foi muito importante!… Depois
vermo-los afastar para o seu mundo e saber que eu voltava para um mundo
livre, para uma país democrata, emocionou-me
extraordinariamente também.
– Uma última pergunta: ficou a pairar ou pelos a promessa da
indicação de visita de Gorbatchov a Portugal? Houve algum diálogo a esse
respeito?
MB – Não sei… O convite foi feito. O meu marido declarou-o… De maneira que
esperemos que se concretiza… Eu tenho fé… Sabe, eu tenha uma visão otimista das
coisas!... Tenho confiança no futuro… Tenho fé que o mundo se vai melhorar e
que nós vamos ter um mundo de tranquilidade e de paz, finalmente… Daqui a um
tempo!... Não será para, já já, mas tenho muita fé.
Eu penso que é uma galeria muito bonita, que é um espaço muito
moderno, muito interessante e gostei muito de ver a exposição
Mário Soares, de seu nome completo Mário Alberto Nobre Lopes Soares, nasceu em Lisboa, em 7 de Dezembro de 1924, filho de João Lopes Soares e de Elisa Nobre Soares. Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao Estado Novo, atividades que levariam o governo de Salazar a deportá-lo para São Tomé[1], onde permaneceu até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o exílio em França[2]. No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 afirma-se como líder partidário no campo democrático, sendo ainda Ministro de alguns dos governos provisórios. Em seguida foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhando o processo de construção de políticas sociais pré-adesão às Comunidades Europeias. Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 - Desde os tempos de estudante universitário foi um activo resistente à ditadura. Iniciou então um longo e persistente combate que o levou a estar presente e activo na organização da oposição democrática ao salazarismo. – Mais pormenores da sua biografia em http://www.fmsoares.pt/mario_soares/ e h - ttps://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Soares
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