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terça-feira, 16 de maio de 2023

O Solstício do Verão 2023 – É celebrado dia 21 de Junho no Maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, de Vila Nova de Foz Côa. Com o tradicional cortejo druida e momentos de poesia, ramos de flores e muito brilho e alegria

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Coordenaador do Evento -  De manhã, ao nascer do sol, é celebrado  em Stonehenge, no condado de Wilshire, Inglaterra, e,  ao pôr do sol, desde 2003, nos Tambores-Mancheia - aldeia de Chãs, abrilhantado pelo grupo de Gaiteiros  Tok d'gaita de Miranda do Douro.
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Evento que tem contado com o apoio do Município Foz-coense e a Junta de Freguesia local, a cujas entidades, desde já agradecemos o renovado patrocínio., que contamos nos seja concedido -Nomeadamente ao  Presidente João Paulo Lucas Donas Botto Sousa, um entusiasta destas celebrações - tal como o seu antecessor, Gustavo Sousa Duarte,  ao qual também devemos vários apoios- Além da Junta de Freguesia,  bem como do amável e da inexcedível e habitual colaboração de António Lourenço, José Lebreiro, Agostinho Soares, Carlos Palma, assim como da excelente colaboração fotográfica de Adriano Ferreira e de Pedro Daniel. 


 . O maciço dos Tambores, Quebradas e Mancheia a curta distância da aldeia de Chãs, é uma vez mais o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano. Excetuando o Inverno, que é o tempo em que o frio se instala e os dias se tornam cinzentos e frios - o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a  Mãe-Natureza, indo  ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e  na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, legamos as nossas raízes étnicas e culturais  mais profundas.

O solstício do Verão, 2023, no Hemisfério Norte, ocorre em Portugal, dia 21 de junho às 14h58. Este é o dia mais longo do ano no hemisfério norte. Vai ser festejado, ao pôr-do-sol, com música celta, louvores e rituais às forças da natureza, numa zona castreja, em Chãs, concelho de Foz Côa, com a já tradicional cerimónia mística, junto a um dos calendários pré-históricos, que estão alinhados com o inicio das estações do ano 




O solstício de verão é o momento em que o Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do Equador, em junho no hemisfério norte, e em dezembro no hemisfério sul.- O termo "solstício" vem do Latim solstitius que significa "ponto onde a trajetória do sol aparenta não se deslocar.


Esta   é uma das mais surpreendentes maravilhas herdadas das antigas civilizações do megalitismo, dos raríssimos calendários solares, que ainda persistem da pré-história – Um dos um dos templos solares do  fabuloso “Stonhenge Português” – De recordar que, o  cristianismo usou muitos dos antigos locais sagrados, erguidos por civilizações pré-históricas, para construir sobre eles igrejas, as quais estão direcionadas justamente no sentido de nascente poente, tal como estão os antigos  calendários solares

O início das  cerimónias evocativas do Solstício de Verão estão agendadas para as 18.30, com o desfile do cortejo alegórico druida, que partirá, do adro da aldeia, até ao local das celebrações – As festas em sudação ao dia maior do ano, pretendem evocar antigas tradições ligadas aos ciclos da Natureza e ao culto solar

Alinhamento com os equinócios no santuário rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srªa

Celebração do Equinócio do Outono – 22-09-20 – Chãs – Foz Côa- Com a presença do  poeta Manuel Daniel - Falecido, meses depois, em Janeiro de 2021 - Natural de Meda, residente, desde há vários anos, em V.N. de Foz Côa - Advogado, escritor, jornalista, poeta, dramaturgo, autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para crianças, 20 das quais ainda inéditas 

“No fundo, com tudo isto, nós queremos interrogar o Universo para saber quem somos e o que fazemos aqui. Em todo este esforço à volta da contemplação do sol, do fenómeno da vida e dos movimentos dos astros, em tudo isto há uma interrogação latente: que é o homem que se está a perguntar a si mesmo, quem é ele e o que faz sobre a terra. Queremos saber através destas celebrações, ainda que o não pensemos, a nossa total identidade” Poeta  Manuel Daniel,

Pelas 2045 horas, os participantes na ação podem testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício, numa imagem de grande simbolismo histórico e místico - Trata-se de um imponente bloco granítico de forma arredondada, com três metros de diâmetro e a configuração do globo solar e da esfera celeste, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto por antigos povos que habitaram a área -Desde o neolítico e calcolítico, civilizações de que existem abundantes vestígios

Ergue-se sobranceiro ao maravilhoso Vale da Ribeira Centeeira, em cujo curso, a jusante, se situam as gravuras dos Piscos, um dos principais núcleos da arte rupestre paleolítica, Património da Humanidade.

O sol, ao pôr-se a vários quilómetros no horizonte - na margem oposta ao vale, sobranceiro ao monte dos Tambores, estende os seus raios em perfeito alinhamento com a crista de uma gigantesca estrutura megalítica e no mesmo enfiamento de um pequeno círculo cavaco na rocha, proporcionando uma imagem de raro esplendor e significado

Só quem se encontre no local,  e nos momentos em que os raios solares atravessarem de extremo a extremo o eixo da curiosa câmara, poderá ter a plena consciência de estar perante a revelação de uma fabulosa visão, de um verdadeiro hino à Natureza! – à Terra, aos Céus, ao Cosmos
Sua filha e esposo - 21-06-2022
Adriano V Rodrigues 2014

 Na celebração do solstício do Verão, do passado dia 21 de Junho, prestamos homenagem ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues – Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, 94 anos, que, por motivos de saúde e da sua avançada idade, se fez representar por sua filha e esposo -  

Foi este prestigiado investigador, o primeiro  a debruçar-se sobre o estudo  da Pedra da Cabeleira, nos anos 50, que classificou  como local de culto ou de sacrifícios -  Referência emblemática no distrito da Guarda, que, por motivos de saúde, se fez representar pela sua filha Miriam Rodrigues, na companhia de seu amado esposo

Foi ele quem trouxe à luz do conhecimento científico os primeiros contributos do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, a que já nos referimos em postagens anteriores - Sem os quais, dificilmente teríamos sido entusiasmados a desvendar os segredos, que a dita pedra ainda guardava

TOM GRAVES, AUTOR DO LIVRO AGULHAS DE PEDRA – A ACUMPUCLTURA DA TERRA – JÁ ESTEVE NOS TEMPLOS DO SOL

 Deslocou-se da Austrália, expressamente para estudar os dois alinhamentos. E concluiu que ambos os monumentos se se situam em sítios para onde convergem vários veios de água. Graves, defende que os lugares sagrados são centros para os quais muitas das linhas de água convergem umas com as outras e também com os centros padrões de linhas acima do solo, à semelhança do que acontece com as artérias do corpo humano.

A Margarida e  o Rui  - dois brilhantes músicos -

A participação de Dom Manuel dos Santos, Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe, na celebração do Equinócio do Outono, na manhã de 23 de Setembro 2015,  junto ao altar da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, embora norteada por espírito académico ou curiosidade científica, sim, sendo ele possuidor de  elevada formação religiosa mas  também de fina sensibilidade poética,  multirracial e  multicultural,  é, indubitavelmente, um magnífico exemplo de coragem e de tolerância  pelo  respeito e defesa dos valores patrimoniais da nossa mais recuada  ancestralidade, quer de matriz mística, cultural ou histórica.  https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-2015-chas-foz-coa.html

 Espantoso achado, encontrado nos Tambores  – pelo autor deste blogue – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - J. Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia, designa um parecido, de troféu




Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora  talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de  comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos



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