Jorge Trabulo Marques – Jornalista e Investigador
O Solstício do Inverno, entrou oficialmente hoje às 10h02min, Esta data marca o início do inverno em Portugal e em todo o hemisfério norte, e do verão no hemisfério sul, assinalando o início da estação no hemisfério norte (a mais fria apesar da Terra vir a estar o mais perto do sol a 2 de janeiro). O sol neste dia de solstício estará o mais baixo possível no céu em Lisboa e aquando da sua passagem meridiana atingirá a altura mínima de 28°
Pedra fálica a curta distância do castro do Curral da Pedra e alinhada com o nascer do sol do solstício do Inverno, é outras das maravilhas nos Templos do Sol, no maciço dos Tambores
O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
No Planalto dos Tambores, além dos calendários solares, alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão, existem também dois alinhamentos sagrados com o solstício do Inverno - Um dos quais descoberto há 6 anos por Albano Chaves - A segunda descoberta, ocorreu no ano seguinte próximo do Castro do Curral da Pedra
O Maciço dos Tambores, Mancheia e Quebras, na astronomia da Pré-História é realmente um fabuloso mundo ,de surpresas – Os antigos povos que viveram e se abrigaram em cabanas de pedras ou nas cavernas dos penedos, eram realmente dedicados veneradores e exímios observadores dos astros: tanto do sol, como da Lua e das Constelações. E, por certo, também dos planetas que gravitam em torno da astro solar
Não me tendo podido deslocar à minha aldeia, optei por ficar em casa, na cidade. Era aí que gostaria de viver o solstício do Inverno à minha maneira, mas tal não me foi possível. – Todavia, aqui lhe recordo algumas imagens e vídeos de celebrações anteriores
Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente
"Durante a história da humanidade vários calendários foram criados e apagados do mapa. Calendários dos antigos egípcios, sumérios, maias, babilónios, astecas, entre muitos. A maioria deles tem as suas origens ligadas às religiões seguidas por cada civilização como marco da sua contagem, nos ciclos solares ou lunares". os diversos calendários da humanidade
As origens da Astronomia se encontram na pré-história da civilizações humanas. Os conhecimentos disponíveis sobre a Astronomia pré-histórica são ainda relativamente escassos, por existirem poucas fontes sobre as atividades e conhecimentos dos primeiros povos. As mais antigas fontes datam de aproximadamente 50000 anos atrás, quando provavelmente a espécie humana aprendeu a deixar registos mais permanentes de suas atividades, através de pinturas rupestres (nas paredes de cavernas), esculturas, túmulos, gravações em pedra, artefatos e construções megalíticas (feitas com rochas). Existem gravações dessa época feitas em pedras, que representam agrupamentos estelares como as Plêiades e as constelações de Ursa Maior e Ursa Menor, entre outras. Em várias regiões da Europa são encontrados megalitos, menires e vários outros conjuntos de blocos de rochas orientados, em sua grande maioria, na direção do Sol nascentes. Em Carnac, na França, Callanish, na Escócia, e em Stonehenge, na Inglaterra, encontram-se megalitos muito estudados atualmente por vários "arqueoastrônomos". História da Astronomia
Atualmente, a humanidade tem ao seu dispor os mais sofisticados meios científicos ao serviço da astronomia - e há alguns milénios atrás, como era?! ... O homem não apareceu há milénios mas a sua evolução tem origem à milhões de anos . E, naturalmente, que a sua vida sempre esteve intimamente ligada às estações do ano e o movimento aparente do sol - E quem é que hoje não se apercebe dos diferentes pontos que o nascer ou o ocaso tomam na geografia donde reside habita? Por isso mesmo, podia não ser-lhe fácil deslocar ou erguer um enorme megálito para servir de marco de referência ou para, junto dele, fazerem os seus cultos (o que, aliás, mesmo assim, não se importariam, graças à sua infinita paciência, num tempo em que a sua existência era regida pelas leis da natureza e não pelas velocidades supersónicas); contudo, eles podiam facilmente balizar os pontos principais do percurso solar. E foi o que fizeram: nuns casos, de forma mais majestosa, noutros talvez apenas como modestos penedos.
Pedra do
Sete Estrelo, com sete fossetes (petróglifos)
formando a Ursa Maior, que despertou a atenção de Tom Graves, em Outubro de
2008 quando visitou os Templos do Sol e os alinhamentos sagrados. Aliás,
fui eu que o encaminhei a esta pedra, que já há muito me intrigava.
Fizeram-se vários conjunturas mas nenhuma nos levou a tal
possibilidade. Agora é que me dei conta de que as enigmáticas covinhas, formam
a Ursa maior - É uma rocha muito
estranha com duas configurações completamente diferentes, que indica os
quatro pontos cardeais. E é sabido que, o sete estrelo, em todos os
tempos, foi uma das constelações com maior simbolismo. Veja as imagens e outros pormenores em https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2014/01/pedra-da-ursa-maior-nos-templos-do-sol.html
(
O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi desfeita.- Pormenores em (1) solstício do inverno nos templos do sol – albano chaves em (2) solstício do inverno nos templos do sol
O autor de Agulhas de Pedra - A Acupunctura da Terra , famoso livro de investigação, sobre a influência da terra na alma e vida do ser humano, desloca-se com frequência aos chamados pontos nodais ou lugares Sagrados da Terra que, desde que desapareceram as antigas civilizações que os cultuavam, têm praticamente permanecido escondidos dos olhares profanos। Em Portugal, já visitou o Cromolech de Almendres no Alentejo e alguns menires da região de Sintra. Em Outubro, de 2008, veio expressamente da Austrália, onde reside, para visitar a Pedra da Cabeleira, alinhada com os Equinócios, e a Pedra do Sol, alinhada com o Solstício do Verão
Ora foi precisamente esta a teoria que o conhecido escritor e investigador aceitou ali testar. Pelos vistos, com êxito, durante largas e pacientes horas de sucessivas triangulações com a sua varinha de radestesista. Tendo confirmado a existência de vários veios de água que convergem para aqueles sítios - De seguida, tendo peregrinado por vários trilhos do Maciço dos Tambores, além do encantamento que esta área lhe infundiu e de ter podido observar importantes vestígios arqueológicos, alertava-me para o facto de que poderiam existir outros alinhamentos e outras simbologias noutras pedras, algumas das quais fotografara e assinalara com as respetivas coordenadas, dado lhe terem chamado especial atenção
Esta questão foi abordada pelo Dr. Albano Chaves, no colóquio sobre as Cosmogonias da Pré-história ao Ocidente Peninsular, que antecedeu a celebração do solstício do verão, em junho de 2008, a propósito do alinhamento das cinco capelas de Leça de Palmeira, com a constelação Cisne. http://www.vida-e-tempos.com/2011/06/2imagens-do-solticio-do-verao-21.html Lembrando que “ é frequentíssimo haver capelas a coroar elevações do terreno, tanto em Portugal como em tantos outros países. E é frequentíssimo haver locais de culto, nos nossos dias, que foram construídos em locais de culto muito mais antigos ou até estes terem sido aproveitados para capelas – E eu admito que, no território de Leça da Palmeira, há muitos milhares de anos, alguém com profundos conhecimentos de astronomia ou pelo menos gostando de observar o que se passa lá em cima, terá reparado nalgumas elevações naturais (actualmente identificadas, como Santana, Corpo Santo e São Clemente) e ter-se-á lembrado de representar ali, em Leça da Palmeira, que, na altura, era também a sua terra, a constelação do Cisne” – Mais pormenores em (1) solstício do inverno nos templos do sol
Sim, foi uma peregrinação lindíssima! - Pena não ter podido contar com a participação do Albano Chaves – Mas, tal como lhe disse, através de e-mail. compreendo a sua impossibilidade. Pois, também ele, nesta altura, dizia estar a fazer umas observações em Leça da Palmeira – Por certo, na sequência do interessante estudo que fez acerca do alinhamento das cinco capelas alinhadas com a constelação cisne.
A referida pedra, em forma de falo (tal como é demonstrado nas várias imagens) situada no extremo de um pequeno terreiro, a escassos 40 ou 50 metros do Castro do Curral da Pedra, ali ao lado do Altar do Poetas, local escolhido para acampamento de um grupo de membros da Associação Cultural Pagã – Pelo que se pode depreender, acertaram com o a escolha do melhor local – Quer como ponto dominante, quer pela sua ancestralidade.
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