- Minha linda Ilha de São Tomé!
- Imagem ardente dos anos da minha
juventude mais ousados!
Dada a impossibilidade de voltar a
poder vislumbrar-vos,
pelo menos por agora - será que
terei eu de conformar-me,
dando-vos por definitivo o meu adeus
para sempre!
Oh, não! Não posso acreditar em tal
fatalidade!
- Ó plenitude perdida dos meus
olhos!
Imagino-vos bem longe de mim
mas tenho-vos sempre no
pensamento!...
Não estais esquecida!... Por ora,
eu não posso ir junto de vós,
mas vinde então vós
ao encontro do meu coração!
Vinde numa manhã qualquer e
trazei-me
a esperança de um espasmo alegre de
frescura,
a junção da terra às palpitações do
meu peito!
Mesmo que seja a névoa saturada, o
nevoeiro
que pousa no cimo dos florestados
montes, do outeiro!
Ou apenas um único raio de luz do
firmamento azul
que vos serve de arco - Vinde ter
comigo,
abençoada dádiva!
- Generoso Éden terrestre!Trazei-me as múltiplas sensações,
que os anos e a distância já me
roubaram,
os agradáveis momentos de adoração
dos verdes coloridos, frescos e
intensos
das copadas árvores que formam os
densos
e misteriosos obós, amálgamas de
sinfonias
de sons e de cores, povoadas por
nervosas cascatas
e correntes de águas, impregnadas de
substâncias
aromáticas inesgotáveis, frémitos
de silêncio e deslumbramento
Nenhum comentário:
Postar um comentário