José Silvério Maximino de Almeida, 86 anos, natural de Vila Nova de Foz Côa, faleceu no passado dia 02/11/2020, justamente na terra onde nasceu e à qual dedicou muito da sua vida - Sem dúvida, uma pessoa muito estimada e muito querida, que gozava de gerais simpatias em todo o concelho
Aproveito, para aqui recordar a breve mas expressiva entrevista que me concedeu, em Agosto de 2014 – Quis um feliz acaso, que, numa tarde ensolarada, pudesse registar para a posteridade um pequeno vídeo, ao deparar com ele tranquilamente sentado na soleira da porta das traseiras da igreja matriz, esperando o Rev. Padre Ferraz, com o qual se ia encontrar, tanto mais que, sendo católico praticante, era também das pessoas que estava sempre na primeira das fileiras para dar a sua colaboração, no que fosse preciso à sua Igreja.
Foi Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Foz Côa, durante três mandatos, que exerceu com muito empenho e dedicação. Desde a construção do edifício da Junta de Freguesia, Parque das Merendas, caminhos vicinais, e tantas outras obras de interesse para a maior freguesia do Concelho. Nascido e criado na Rua das Flores, residia na Av. Gago Coutinho, desta mesma cidade. Bairrista, assumido, no bom sentido da palavra, sem dúvida, um dos rostos mais populares de Foz Côa –
Escrevia, então, no meu blogue: "pese a sua avançada idade, continua a ter uma vida muito ativa, nomeadamente como membro da Santa Casa da Misericórdia, local, dinamizador do Rancho Folclórico de Vila Nova de Foz Côa – da Associação de Cultura Popular, da qual foi seu fundador. Onde está o rancho, lá está o José Silvério, com a sua bonomia, generosidade e dedicação, a emprestar o seu entusiasmo, a sua longa experiência de vida, o amor às boas causas da sua terra e à divulgação e promoção da cultura Fozcoense.
Dizia eu: Dos ares de Vila Nova de Foz Côa, já bem-dizia, Joaquim Azevedo, em 1877, na História eclesiástica de Lamego, citada pelo Cónego Marrano, no seu livro sobre “Nossa Senhora da Veiga", que Vila Nova é mui saudável, sem obstar a intemperança do ar, por extremo frio de Inverno, sem ter lenha, no Verão ardente com excesso sem água, frutas ou hortaliça, ainda que de tudo abunda, por vir cada dia de fora. Os naturais costumam chegar a velhice mui avançada, alguns passam de cem anos; um existiu em 1794, que militou na guerra da Liga e acompanhou o exército que entrou em Madrid." - Claro, que, nos tempos atuais, talvez não sejam tantos os que vão além dos cem anos, mas serão, certamente, mais os que chegam aos oitenta, dado que o índice de longevidade é maior de que há um século.
Nenhum comentário:
Postar um comentário