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sábado, 7 de novembro de 2020

V. N. de Foz Côa: Faleceu José Silvério Maximino de Almeida – Foi presidente da junta de freguesia da cidade onde nasceu – Dizia ele: Os Homens passam, as obras ficam – E, de facto, ele deixou muita obra - Pois quem é que, em Foz Côa, não conhecia o Sr. José Silvério, e o seu espírito magnânimo e voluntarista?

  JORGE TRAULO MARQUES  - JORNALISTA
 

José Silvério Maximino de Almeida, 86 anos, natural de Vila Nova de Foz Côa, faleceu no passado dia 02/11/2020, justamente na terra onde nasceu e à qual dedicou muito da sua vida - Sem dúvida, uma pessoa muito estimada e muito querida, que gozava de gerais simpatias em todo o concelho

Aproveito, para aqui recordar a breve mas expressiva entrevista que me concedeu, em Agosto de 2014 – Quis um feliz acaso, que, numa tarde ensolarada, pudesse registar para a posteridade um pequeno vídeo, ao deparar com ele tranquilamente sentado na soleira da porta das traseiras da igreja matriz, esperando o Rev. Padre Ferraz, com o qual  se ia encontrar, tanto mais que, sendo católico praticante, era também das pessoas que estava sempre na primeira das fileiras para dar a sua colaboração, no que fosse preciso à sua Igreja. 






Foz Côa: Os Homens passam, as obras ficam – Diz : José Silvério Maximino de Almeida
 Na breve entrevista, que me concedeu, recorda os anos de intenso labor autárquico em prol da sua freguesia, o prazer que teve em trabalhar com o então Presidente Gouveia e o orgulho sentido de quem deu o melhor de si, às boas causas, já que, como ele dizia, os homens passam mas as obras ficam. E, naturalmente, também o seu nome – Pois quem é que, em Foz Côa, não conhecia o Sr. José Silvério, e o seu espírito magnânimo e voluntarista?

Foi Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Foz Côa, durante três mandatos, que exerceu com muito empenho e dedicação. Desde a construção do edifício da Junta de Freguesia, Parque das Merendas, caminhos vicinais, e tantas outras obras de interesse para a maior freguesia do Concelho. Nascido e criado na Rua das Flores,  residia  na Av. Gago Coutinho, desta mesma cidade. Bairrista, assumido, no bom sentido da palavra, sem dúvida, um dos rostos mais populares de Foz Côa –

 Escrevia, então, no meu blogue: "pese a sua avançada idade, continua a ter uma vida muito ativa, nomeadamente como membro da Santa Casa da Misericórdia, local, dinamizador do Rancho Folclórico de Vila Nova de Foz Côa – da Associação de Cultura Popular, da qual foi seu fundador. Onde está o rancho, lá está o José Silvério, com a sua bonomia, generosidade e dedicação, a emprestar o seu entusiasmo, a sua longa experiência de vida, o amor às boas causas da sua terra e à divulgação e promoção da cultura Fozcoense.

 
FOZ CÔA, EM AGOSTO, MAIS AZUL, MOVIMENTADA, COLORIDA,  MUSICAL E DESCONTRAÍDA - Palavras de há seis anos - só que, desta vez, o confinamento pregou a sua partida



Dizia eu: Dos ares de Vila Nova de Foz Côa, já bem-dizia, Joaquim Azevedo, em 1877, na História eclesiástica de Lamego, citada pelo Cónego Marrano, no seu livro sobre “Nossa Senhora da Veiga", que  Vila Nova é mui saudável, sem obstar a intemperança do ar, por extremo frio de Inverno, sem ter lenha, no Verão ardente com excesso sem água, frutas ou hortaliça, ainda que de tudo abunda, por vir cada dia de fora. Os naturais costumam chegar a velhice mui avançada, alguns passam de cem anos; um existiu em 1794, que militou na guerra da Liga e acompanhou o exército que entrou em Madrid." - Claro, que, nos tempos atuais,  talvez não sejam tantos os que vão além dos cem anos, mas serão, certamente, mais os que chegam aos oitenta,  dado que  o índice de longevidade é maior de que há um século.

Ora, justamente, para que, em tempos de crise, não falte o ânimo e aspirações a uma longa vida saudável,  aí está o corolário de  um programa diversificado que pretendeu ir ao encontro de todos os “sabores” – Sim, Foz Côa, por esta altura, tem mais cor e movimento. Ares puríssimos, sob a cúpula de um imenso céu azul, já que por aqui   não há qualquer ponta de poluição e  o sol de Agosto tem o condão de lhe dar ainda mais luminosidade e brilho, ao mesmo tempo que os espaços se abrem e distendem  por largos horizontes. Além disso, tal como a maior parte das vilas e aldeias do interior, é pelo mês de Agosto que os emigrantes dão a nota colorida da sua presença e do seu entusiasmo – Isto para já não falar dos milhares de turistas, que por aqui passam – Ou haverá alguma dúvida de que, Vila Nova de Foz Côa, é já uma rota de turismo, obrigatório, para quem quer conhecer as maiores maravilhas, deste jardim à beira-mar plantado, que é  este nosso Portugal?!...

Sim, na capital de dois patrimónios  da Humanidade,  o mês de  Agosto,  tem a sua dinamização e a sua matriz muito especial: numa terra, onde os calores abundam, sobretudo no pino do verão, não há como saborear as noites quentes – E o Município,  à semelhança dos anos anteriores, não descurou um programa a condizer com a estação  e as exigência dos munícipes, mas também dos turistas que visitam a cidade, bem como  dos muitos emigrantes, que por esta altura, vêm visitar as suas famílias e matar saudades da sua terra.

Desde cinema ao ar livre, festival e acampamento da juventude, nos locais mais frescos e verdes, aos mais variadíssimos espetáculos: fado, folclore e música clássica, não é por falta de programa que as noites quentes de Agosto, perdem suavidade e bom  gosto.

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