Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Investigador - Autor da descoberta e coordenador dos eventos - Este é dos raros lugares da Europa – e talvez do mundo – onde ainda
persistem calendários pré-históricos alinhados com todas as estações do
ano – As festividades evocativas, iniciam-se com o tradicional cortejo
druida às 18 horas, a partir do adro da igreja, acompanhadas pelo Grupo de Gaiteiros Mirandum - De Miranda do Douro - Em direção ao Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de N Sra (cuja gruta, em forma de sumi-arco) é atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos equinócios da Primavera e do Verão ), após o que se dirigirá à Pedra do Solstício.
DEUS SEJA LOUVADO - PELA
PAZ E HARMONIA DA HUMANIDADE - O sol ao pôr-se, no dia maior do ano, ao alto do
lado de lá da margem da ribeira Centeeira, que corre de sul para Norte e vai
desaguar ao rio Côa, onde toma o nome de Ribeira dos Piscos, seus raios ficam
em perfeito alinhamento com a crista deste majestoso bloco e uma cova circular
- circulo vocativo das oferendas e sacrifícios - a uns metros a nascente – O local, conhecido por mão-cheia, Tambores, fica
situado na vertente de um antigo castro nos arredores da aldeia de Chãs,
concelho de Vila Nova de Foz Côa – Tem sido cenário para a celebração do
solstício do Verão – A imagem foi registada na véspera de uma das celebrações - Que é justamente a que tencionámos registar também ainda hoje - Uma vez que a diferença é mínima do eixo da pedra e pode ser vista, dois dias antes e dois dias depois - Até porque, o "termo
"solstício" vem do Latim sendo composto pelas palavras sol e
sistere (que não se mexe). Visto da Terra, o sol parece parado,
mantendo uma posição fixa ao nascer e ao se pôr, durante algum tempo.
g
Saudação
.de Boas-Vindas, na véspera do solstício do Verão, dia 20 de Junho de 2019, aos
peregrinos que se esperam vir participar na Celebração do Solstício do Verão -
"O solstício de
verão de 2019 ocorre a 21 de junho (sexta-feira), mais
precisamente às 16h54 em Portugal. Este
momento marca oficialmente o início do verão. https://www.calendarr.com/portugal/solsticio-de-verao/
Associe-se, pois, à nossa saudação e partilhe do mesmo
esplendor e alegria dos nossos mais longínquos antepassados - Local mágico,
pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o
esplendor solar podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem
contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área
Além da leitura de poemas de vários poetas, vamos também prestar uma
singela homenagem a Silvério Augusto Baltazar, um filho muito estimado na nossa
aldeia, das raras memórias, mais antigas e ainda vivas, pela qual passam muitas
recordações dos costumes das nossas gentes,
tal como o documentam as suas palavras, extraídas
do amável e extenso diálogo, que tivemos
com ele no interior e à porta de sua casa, - Uma vida de muito trabalho e de muita dedicação,
à família, ao seu torrão natal e à comunidade: Silvério Baltazar,
Antigo Agricultor, artífice, taxista durante 47 anos e nosso devoto e generoso colaborador
– O rês do chão da casa de seus pais, onde ele também os ajudava, além da taverna
e mercearia, a mais antiga, chegou
também a ser posto do telefone e dos Correios – Silvério, é, pois, também a imagem
de um tempo que tende a cair no esquecimento, até pela desertificação e célere despovoamento da aldeia.
O solstício de 21 de Junho
marca o primeiro dia de verão no hemisfério norte (e de inverno no hemisfério
sul), com o maior número de horas de luz solar do ano.
Em termos astronómicos, o
solstício de verão consiste no momento em que o hemisfério norte da Terra está
mais diretamente virado para o Sol, com os polo norte inclinado em direção à
estrela a cerca de 23,5 graus.
Esta extraordinária
imagem, configurando uma gigantesca
esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar projectando os seus dourados raios, a poente,
foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de
2003 e poderá repetir-se, todos os
anos, ao fim do dia mais longo do ano e
à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.
A partir do ponto
onde o sol então se pôs ( e voltará a
pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,
a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para
o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno,
distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai
pôr, em perfeito alinhamento com a
crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado,
a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.
Local mágico,
pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o
esplendor solar podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem
contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área-
NASCER DO SOL NA PEDRA NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DE Nª SRª DA CABELEIRA, ASSINALA A ENTRADA DA PRIMAVERA E DO OUTONO
NASCER DO SOL NA PEDRA NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DE Nª SRª DA CABELEIRA, ASSINALA A ENTRADA DA PRIMAVERA E DO OUTONO
Os
Equinócios ocorrem duas vezes por ano, na primavera e no outono, nas
datas em que o dia e a noite têm igual duração. A partir daqui até ao
início do outono, o comprimento do dia começa a ser cada vez maior e as
noites mais curtas, devido ao Sol percorrer um arco mais longo e mais
alto no céu todos os dias, atingindo uma altura máxima no início do
Solstício de Verão. É exatamente o oposto no Hemisfério Sul, onde o dia
20 de março marca o início do Equinócio de Outono. http://oal.ul.pt/equinocio-da-primavera-2019/
Na
verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de
emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à
sublimação. Muitas destes espaços graníticos, são um permanente convite,
áurea unção e arroubamento aos sentidos.
Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
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