JORGE TRABULO MARQUES - Jornalista
Depois da tradicional Procissão, ter percorrido várias artérias de Alfama, atraindo milhares de fiéis e de turistas e após a celebração litúrgica, com o altar erguido na escadaria da Sé Catedral, o andor com a sua imagem recolheu à sua igreja, uns metros abaixo para o encerramento da sua festa
A procissão de Santo António de Lisboa,
continua a ser a mais concorrida de todas as festividades religiosas da capital
– Não só para fieis como para curiosos e turistas: Pois,
como é sabido, multidão atrai multidão. E foi o que, uma vez mais, ali constatámos,
na qualidade do jornalista e observador.
Quando ali chegámos, já o desfile religioso, se concentrava frente aos frontispício da emblemática Sé de Lisboa, com a
cerimónia do adeus presidida pelo Bispo Auxiliar D. Américo Aguiar,
que, além da evocação, ao legado exemplar das virtudes de Santo António,
devoto servo da fé de Cristo, bem como dos franciscanos, que o têm tido
como patrono e seu guia – Depois, a
imagem de Santo António recolheu à sua igreja, uns metros abaixo - o
único templo lisboeta que, com todo o seu simbolismo, é propriedade da
autarquia, onde decorreu a última cerimónia religiosa do dia, a que
assistimos.
Não é frequente, cantarem-se os parabéns de aniversário, seguidos de salvas de palmas, no interior de uma igreja, e então com a beleza e a monumentalidade da igreja de Santo António – Mas foi justamente o que ali, testemunhámos, ao fim da tarde ontem – Dedicados ao jovem Evandro Menezes, natural da Freguesia da Vila das Lajes, Ilha Terceira, Açores, onde nasceu no dia 13 de Junho de 1996, além de extraordinário talento, é um caso singular de uma grande devoção ao Santo António: pois, a sua voz e os sons dedilhados pela sua guitarra ou viola, emprestam, de facto, uma sonoridade e um cunho verdadeiramente encantatório e sobrenatural.
O
ano passado, vimo-lo acompanhado de sua mãe e foi até com alguns dos
seus sons, que ali gravámos que ilustrámos vários vídeos, que dedicamos a
STP – Este ano foi acompanhado por Delmindo, outro extraordinário
músico, e, por vezes, também por Fernanda – São alguns desses sublimes
momentos, que lhe oferecemos num vídeo, que dedicamos ao encerramento da
festa religiosa ao Santo
António, um dos santos mais populares da Igreja Católica, cuja imagem
é venerada nas várias igrejas portuguesas, italianas, brasileiras e
também no sul de França.
Foi
bom ter lá ido, porque é sempre bonito ver exaltações ao sagrado, seja a
que pretexto for. Os coros religiosos, que, desde criança, sempre me
encantaram, que habitualmente ouço em minha casa, que é precisamente
os que escuto, através da Internet, enquanto escrevo estas linhas, são
para mim como um alento espiritual, conquanto tenha uma maneira, muito minha de me dirigir ao sagrado,
Até porque, tal como é teológica e cientificamente reconhecido, a imaginação e os sentimentos do ser humano, têm essa
necessidade, de sentir a sublimação e a transcendência, a do culto ou a
devoção por qualquer coisa que ultrapassasse a sua compreensão. De
outro modo, a vida ser-lhe ia insuportável, independentemente de
quaisquer crenças e convicções religiosas.
IMPRENSA DESTACA A MOBILIZAÇÃO DE FIÉIS E TURISTAS À MAIS ANTIGA E CONCORRIDA FESTA RELIGIOSA DA CAPITAL
Rádio Renascença - "Milhares em procissão nas ruas de Lisboa. “Temos de ter orgulho de testemunhar que Santo António é nosso" 13 jun, 2019 - 23:07 • José Carlos Silva, com redação
Com
a relíquia de Santo António na mão e junto ao peito, o bispo auxiliar
de Lisboa lembrou o exemplo de simplicidade de Santo António e dos
franciscanos.
A
imagem e uma relíquia de Santo António voltaram esta quinta-feira à
tarde a dar uma volta por Alfama, em Lisboa, na procissão dedicada ao
santo.
Não
foi fácil para a Polícia Municipal manter a caixa de segurança, com os
fiéis a tentarem romper o cordão para chegar o mais perto possível de
Santo António. Afinal de contas, esta é uma procissão especial.
Com
a relíquia de Santo António na mão e junto ao peito, seguiu D. Américo
Aguiar, o bispo auxiliar de Lisboa, que na chegada junto à Sé de Lisboa
lembrou o exemplo de Santo António e dos franciscanos.
“Que
também nós sejamos tocados por esse testemunho sempre, na simplicidade
da nossa vida. Não temos de ter tudo para nós, à custa de menos para os
outros. Deus providencia e providenciou tudo para todos, o problema é
que alguns acham que é tudo para eles e mais nada para os outros. O
nosso papel é sermos capazes de cativar no coração de todos para termos
consciência disso mesmo.”
O bispo auxiliar de Lisboa deixou outro recado: Santo António é português, mas também temos de fazer por isso.
“Podemos
ir a qualquer ponto do mundo, ao país mais estranho, que vamos
encontrar uma imagem, uma capela ou um oratório dedicado a Santo António
de Lisboa. Mas nós temos de fazer por isso. Ficamos chateados dizem
Santo António de Pádua, mas nós temos de fazer por isso, todos nós, a
cidade. Temos de ter orgulho de testemunhar que o António é nosso, não é
só que a taça é nossa, é que o António é nosso”, afirmou D. Américo
Aguiar, que se estreou na procissão de Santo António em Lisboa. https://rr.sapo.pt/noticia/154727/milhares-em-procissao-nas-ruas-de-lisboa-santo-antonio-e-nosso
"Muitos milhares de fiéis acorreram à tradicional Procissão de Santo António, no dia 13 de junho, integrando-se no cortejo ou assistindo à sua passagem, juntamente com muitos outros milhares de turistas.
A
venerada imagem de Santo António - que, não sendo o padroeiro da cidade
é, pelo menos, o patrono dos bairros que envolvem a colina do Castelo -
saiu da igreja de que é orago ao final da tarde, sendo o seu andor
transportado numa viatura do Regimento de Sapadores Bombeiros,
com efetivos da Polícia Municipal assegurando a escolta que, com a ajuda
de varas, permitiam a passagem da imagem entre as decorações festivas
dos arraiais.
O desfile
processional, na qual se integravam o presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, Fernando Medina, e o presidente da Junta de freguesia de Santa
Maria Maior, Miguel Coelho, abria com o turifário e a Cruz, entre
lanternas. Seguiam-se os acólitos e os membros de diversas confrarias e
irmandades dos oragos de diversas igrejas, capelas e ermidas de Lisboa, e
os membros professos de várias ordens religiosas. Vinham então as
imagens dos diversos santos que se foram incorporando ao longo da
Procissão, à passagem pelos templos de que são orago e, naturalmente, a
viatura do RSB com a imagem de Santo António. Logo a seguir, a
representação da Câmara Municipal de Lisboa e de outras entidades civis,
escoltada por elementos da Polícia Municipal, encerrava esta primeira
secção do cortejo processional.
A
segunda secção, eminentemente religiosa, era composta pelos diáconos,
sacerdotes, cónegos do Cabido da Sé, bispos e o Pálio. Finalmente, a
banda que marcou o ritmo do andamento compunha a terceira secção, com
todo o povo que seguia no encalço da imagem.A Procissão percorreu
grande parte dos bairros da colina do Castelo, maioritariamente
artérias de Alfama: passou as Cruzes da Sé até S. João da Praça
(incorporando-se então no cortejo a imagem de S. João Baptista), Largos
de S. Rafael e de S. Miguel (incorporando-se aqui a imagem do patrono da
Igreja de S. Miguel), Rua da regueira, Rua dos Remédios, Largo de Santo
Estêvão (incorporação da imagem deste santo), Rua das escolas Gerais,
Travessa de S. Tomé, Largo das Portas do Sol, Largo de Santa Luzia
(incorporação das imagens de S. Tiago e Santa Luzia), Rua do Limoeiro,
Largo de S. Martinho, e Largo da Sé, onde decorreu a celebração
litúrgica, com o altar erguido na escadaria desta catedral. Finalmente, a
imagem de Santo António recolheu à sua igreja, uns metros abaixo - o
único templo lisboeta que, com todo o seu simbolismo, é propriedade da
autarquia. http://www.cm-lisboa.pt/municipio/noticias/detalhe-da-noticia/article/procissao-de-santo-antonio-5
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