Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - O PROF. MOISÉS
ESPÍRITO SANTO, FEZ UM ESTUDO SOBRE A TOPONÍMIA DOS TEMPLOS PRÉ-HISTÓRICOS, NO
MONTE DOS TAMBORES, ALDEIA DE CHÃS, QUE AQUI LHE RECORDAMOS NESTE POST

Tal como dizia Platão, "A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro” e, no caso do namoro ou do enamoramento para toda a vida, sim, o sentimento do amor é ainda mais nobre e mais profundo, pois tem como suporte valores como a fidelidade, o espírito de entrega, de compreensão e de respeito mútuo, de tolerância, solidariedade, reciprocidade, doação e companheirismo. .

A sociedade de consumo, em que vivemos, mais propriamente subordinada à globalização do monopolismo capitalista, sem ideário, sem fronteiras e apátrida, também apelidada pela era do vazio, cada vez mais destituída de valores sociais, familiares e individuais, acentuando o culto do egoísmo, da vaidade e da ostentação, em detrimento da solidariedade e de uma verdadeira amizade:
Sim, aqueles tempo em que o matrimónio era um compromisso social e religioso para toda a vida, vai sendo cada vez mais raro: hoje em dia, o que está na moda são os divórcios - São as uniões de facto por conveniência e temporárias - No entanto, pese a crescente ausència ainda vai havendo bons exemplos - É o que lhe vimos aqui documentar.
Na postagem que dedicamos à celebração do Solstício do Verão, do passado dia 21, que decorreu numa tarde de sol e com belos momentos poéticos e de alegria, no já consagrado e místico lugar do maciço dos Tambores, prometemos dar mais pormenores, com imagens e videos, logo que nos fosse possivel.
Pois é justamente o que hoje vimos retomar, embora com algum atraso, devido a outros compromissos jornalisticos - Na verdade, além de termos contado com a inesperada presença de Isabel Santiago, cidadã santomense, professora universitária e investigadora na área de saúde de instituições académicas em Portugal, que o Bispo da diocese de STP, Dom Manuel dos Santos, como reconhecimento pelo seu trabalho na mobilização de doações e projetos sociais, designaria como a Embaixadora da Boa Vontade, e a que já nos referimos, vimos hoje aqui recordar outra bonita supressa, com que nos congratulamos, naquele auspicioso fim de tarde do maior dia do ano,
Indubitavemente, Manuel Reis e Isolina Gil, demonstraram-nos configuarem um magnífico testemunho de amor e de fidelidade, com um caloroso e expressivo abraço de eternos apaixonados, ante um cenário vasto, místico e mágico, que também os deixou rendidos e maravilhados.
“Namorar, amar, casar, estimar, cuidar, são atitudes e sentimentos que não têm idade e ninguém pode provar que uma amizade, dita tardia, sentida, vivida, oferecida por uma pessoa sénior, seja menos intensa, menos verdadeira e menos sólida do que esse mesmo sentimento, experienciado aos vinte ou trinta anos porque, em boa verdade, há valores, sentimentos e emoções que vivenciados ao longo da vida, poderão ter exuberâncias, causas e consequências diferentes e, cientificamente, parece que ainda não há conclusões sobre qual a faixa etária em que aquelas atitudes e sentimentos são mais autênticos e sólidos” - http://www.caminha2000.com/jornal/n622/cmd2.html.
Tal como dizia Platão, "A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro” e, no caso do namoro ou do enamoramento para toda a vida, sim, o sentimento do amor é ainda mais nobre e mais profundo, pois tem como suporte valores como a fidelidade, o espírito de entrega, de compreensão e de respeito mútuo, de tolerância, solidariedade, reciprocidade, doação e companheirismo. .
Indubitavemente, Manuel Reis e Isolina Gil, demonstraram-nos configuarem um magnífico testemunho de amor e de fidelidade, com um caloroso e expressivo abraço de eternos apaixonados, ante um cenário vasto, místico e mágico, que também os deixou rendidos e maravilhados.
Pois ficamos a saber, que, desde há 40 anos, repartem as suas vidas, vivendo em comunhão, tanto as adversidades como as felicidades, as alegrias e apreensões, os vários momentos das suas vidas – Sim, porque, casar não é só juntar os pertences, vai muito além disso. “Casar é dividir tudo, construir um novo mundo e continuar amando. É ter responsabilidades, compreensão e união”
«Amar não é apoderar-se egoisticamente. É viver uma atitude de dádiva desinteressada. Amar é também receber. Humildemente, agradecidamente. E isto, às vezes, é mais difícil do que dar. O amor é o intercâmbio de dois seres em tudo. Amar é compreender. Amar é sentir-se responsável pelo outro e conduzi-lo desinteressadamente. É abrir-se ao serviço do outro.» (Ibid.:22-23)”
videos que registamos em celebrações anteriores

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Junho 2008 - Rosa Ruella - Filha de Fernando Assis Pacheco |


A MORTE UM MÊS DEPOIS - Um mês depois, e justamente quando dali regressava a casa, ao ligar o rádio, qual não é o meu espanto e a minha tristeza quando ouço a notícia da sua morte, que o surpreendeu com uma mão cheia de livros à saída da livraria Bucholz, em Lisboa.
Foi a 30 de Novembro, aos 58 anos .No dia seguinte dirigi-me à mesma pedra e, com ajuda de um pequeno cinzel, fixei, dentro de um pequeno triângulo, as iniciais do seu nome, como singela homenagem à sua memória. Depois disso, já por lá passei muitas vezes, e, sempre que por ali passo, não deixo de o imaginar lá, com a mesma postura e expressando aquele seu largo sorriso aberto, que, aliás, lhe era tão familiar e que os seus entes queridos e muitos amigos, dificilmente esquecerão.

Foi a 30 de Novembro, aos 58 anos .No dia seguinte dirigi-me à mesma pedra e, com ajuda de um pequeno cinzel, fixei, dentro de um pequeno triângulo, as iniciais do seu nome, como singela homenagem à sua memória. Depois disso, já por lá passei muitas vezes, e, sempre que por ali passo, não deixo de o imaginar lá, com a mesma postura e expressando aquele seu largo sorriso aberto, que, aliás, lhe era tão familiar e que os seus entes queridos e muitos amigos, dificilmente esquecerão.
Imagem de José Oliveira -Fotógrafo da Visão - a Fernando Assis Pacheco
.Olá Fernando! ainda te vejo
Ali a sorrir e abrir os teus braços!
Na verdade, sempre que por ali vagueio,
por aqueles ermos lugares da minha aldeia,
não deixo de me lembrar de ti,
como se estivesse
ainda a ver-te abrir os braços aos céus,
coroados por aquele teu largo sorriso,
que te era tão pessoal, tão genuíno e tão teu!
Olhando à volta, ainda lá vejo recortado
o teu vulto, como que projectado
na linha do sol posto,
recortado com um perfil humano
por todo o espaço!
Vejo-te ainda com uma das mãos,
estendida ao longo do corpo
e, com a outra, apontada ao crepúsculo
com aquele olhar compenetrado,
como se quisesses descortinar
o que haveria para lá da mancha doirada
e rosácea, que se estendia acima do horizonte,
ao longo da extensa cordilheira dos montes,
e no sentido de sul para norte,
muito para lá do vale e da sinuosa linha,
onde o sol, momentos antes, se havia despedido
daquele nostálgico fim de tarde outonal.
Ao qual tu agora te rendias, plantado
no centro daquela pedra,
num gesto tão aberto, num esgar
tão vigoroso e arrebatado!…
- Oh ímpetos incontrolados da alma!
Oh misteriosos delírios de luz!
Oh trágicos prenúncios, inesperados símbolos da vida! –
Não era quereres respirar a pureza daqueles largos ares
ou sentires a emoção da plenitude da sua beleza
- oh misteriosas alturas! - mas tocares,
bem de perto, com o teu peito, o teu coração
e as tuas mãos, os místicos confins do Cosmos,
as maravilhas, os enigmas do Infinito!



CONTRIBUTO CIENTÍFICO DE MOISÉS ESPÍRITO SANTO - UM DOS MAIS PRESTIGIADOS ESPECIALISTAS DE TOPONÍMIA E DA SOCIOLOGIA DAS RELIGIÕES - QUE VEM AO ENCONTRO DAS NOSSAS PESQUISAS, JUNTO DE ESTUDIOSOS DE VÁRIOS SABERES, ASSOCIANDO NOMES SOLARES À TOPONÍMIA DOS TEMPLOS PRÉ-HISTÓRICOS, NO MONTE DOS TAMBORES, ALDEIA DE CHÃS - A que já nos referimos neste site, http://www.vida-e-tempos.com/2009/03/estudo-inedito-do-prof-moises-espirito.html
por aqueles ermos lugares da minha aldeia,
não deixo de me lembrar de ti,
como se estivesse
ainda a ver-te abrir os braços aos céus,
coroados por aquele teu largo sorriso,
que te era tão pessoal, tão genuíno e tão teu!
Olhando à volta, ainda lá vejo recortado
o teu vulto, como que projectado
na linha do sol posto,
recortado com um perfil humano
por todo o espaço!
Vejo-te ainda com uma das mãos,
estendida ao longo do corpo
e, com a outra, apontada ao crepúsculo
com aquele olhar compenetrado,
como se quisesses descortinar
o que haveria para lá da mancha doirada
e rosácea, que se estendia acima do horizonte,
ao longo da extensa cordilheira dos montes,
e no sentido de sul para norte,
muito para lá do vale e da sinuosa linha,
onde o sol, momentos antes, se havia despedido
daquele nostálgico fim de tarde outonal.
Ao qual tu agora te rendias, plantado
no centro daquela pedra,
num gesto tão aberto, num esgar
tão vigoroso e arrebatado!…
- Oh ímpetos incontrolados da alma!
Oh misteriosos delírios de luz!
Oh trágicos prenúncios, inesperados símbolos da vida! –
Não era quereres respirar a pureza daqueles largos ares
ou sentires a emoção da plenitude da sua beleza
- oh misteriosas alturas! - mas tocares,
bem de perto, com o teu peito, o teu coração
e as tuas mãos, os místicos confins do Cosmos,
as maravilhas, os enigmas do Infinito!

CONTRIBUTO CIENTÍFICO DE MOISÉS ESPÍRITO SANTO - UM DOS MAIS PRESTIGIADOS ESPECIALISTAS DE TOPONÍMIA E DA SOCIOLOGIA DAS RELIGIÕES - QUE VEM AO ENCONTRO DAS NOSSAS PESQUISAS, JUNTO DE ESTUDIOSOS DE VÁRIOS SABERES, ASSOCIANDO NOMES SOLARES À TOPONÍMIA DOS TEMPLOS PRÉ-HISTÓRICOS, NO MONTE DOS TAMBORES, ALDEIA DE CHÃS - A que já nos referimos neste site, http://www.vida-e-tempos.com/2009/03/estudo-inedito-do-prof-moises-espirito.html

O que vou expor não
consta nos livros de História de Portugal onde notamos uma crassa ignorância e
uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos।
Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer que os lusitanos eram
uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que
«durante mais tempo se opôs aos romanos», segundo Estrabão।
Quer dizer, a resistência dos lusitanos aos romanos durou 200 anos।
Porquê são assim ignorados pelos historiadores os nossos antepassados? Porque
eram libertários e ciosos da sua independência e cultura, e porque se opuseram
aos colonizadores। Leite de Vasconcelos
ousa até dizer que «os lusitanos esqueceram a sua língua; para a descobrir
seria necessário consultar a esfinge»।
Nós diríamos o seguinte: para que um povo esquecesse a sua língua materna em
favor da do colonizador, seria necessário que quatro gerações, dos bisavôs aos
bisnetos, durante cem anos, se calassem, não falassem entre si, nem uma
palavra, enquanto não aprendessem correctamente a língua do colonizador।

Tambores
Tom Graves - Autor do Livro Acumpultura da Terra |
É nome do monte onde
encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do
vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e,
metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da
terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da
Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte
Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19) situa um
santuário hebraico e sobre o qual Jesus se transfigurou perante alguns
discípulos (Mateus 17:1-9). O monte dos Tambores, em Foz-Coa, foi um santuário
lusitano/fenício ao Sol, como vamos ver..
Astrónomo Máimo Ferreira |
É nome do monte onde
encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do
vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e,
metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da
terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da
Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte
Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19) situa um
santuário hebraico e sobre o qual Jesus se transfigurou perante alguns
discípulos (Mateus 17:1-9). O monte dos Tambores, em Foz-Coa, foi um santuário
lusitano/fenício ao Sol, como vamos ver..
Pedra da Cabeleira.

São Caetano
«

A palavra annu (tempo
atmosférico) também se encontra no provérbio beirão «Está de ananazes» (está um
tempo muito quente) que deriva de: annu ana azh [lê-se anuanaáze] e que
significou «o tempo até queima» (ana: «até», azh: «queima»).
Já a expressão «É do Catano»
(coisa admirável, bem feita, bem encontrada) procede do cananita qatanu «fino,
afiado, bem feito»..
Chãs
«

Aldeia de Chãs é o nome da
povoação que tem por patrono São Caetano e onde se situa o monte dos Tambores। A priori, Chãs é um topónimo muito vulgar
que, do latim, significa «planuras», «aldeia das planuras». Ora, não é o caso
porque o sítio é uma serra. Chãs procede do acádico shamsh [lê-se xâmexe] que
significa exactamente «sol», o astro e a divindade «sol». Também significa
simplesmente «relógio de sol».
Côa
«
É o nome do rio e que deu o da vila, sede
do concelho. Aqui, temos qwh [lê-se côa] que significa «esperar atentamente»,
«esperar de emboscada». As altas margens do rio seriam sítios de caça, por
emboscada. Perseguiam-se os animais dos campos cimeiros e eles caíam no
precipício onde eram apanhados, tal como, até recentemente, se caçavam os lobos
no Minho: escorraçados de todos os lados, nos cimos e nas encostas, os lobos
precipitavam-se nos precipícios onde eram mortos (caça ao fojo).
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Moisés Espírito Santo,
Professor Catedrático da
Universidade Nova de Lisboa,
Sociólogo e Etnólogo.
«
Referências: Dicionário
Fenício-Português, Contendo as Línguas ou Dialectos Falados pelos Fenícios e
Cartagineses (Cananita, Acadiano, Assírio, Aramaico e Hebraico Bíblico), por
Moisés Espírito Santo. Edição do Instituto de Sociologia e Etnologia das
Religiões da Universidade Nova de Lisboa, 1993.
Dicionário Biblico Hebraico-Português, por Luis Alonso Schokel, Edições Paulus (São Paulo, Brasil, 1994).
Dicionário Biblico Hebraico-Português, por Luis Alonso Schokel, Edições Paulus (São Paulo, Brasil, 1994).
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