FELIZ ANO NOVO 2019– CÓSMICAS BÊNÇÃOS À FRATERNIDADE UNIVERSAL
QUE O NOVO ANO 2018 – SEJA DE CÓSMICAS BÊNÇÃOS FRATERNAS. DE AMOR E DE PAZ UNIVERSAL - A Todos Vós Amigos e Amigas, Irmãos e Irmãs da Mesma Fraternidade Universal, que o Divino Foco Vos Ilumine e Vos Transmita as Suas Bênçãos Cósmicas Em Nome da Sagrada Irmandade da Luz
QUE O NOVO ANO 2018 – SEJA DE CÓSMICAS BÊNÇÃOS FRATERNAS. DE AMOR E DE PAZ UNIVERSAL - A Todos Vós Amigos e Amigas, Irmãos e Irmãs da Mesma Fraternidade Universal, que o Divino Foco Vos Ilumine e Vos Transmita as Suas Bênçãos Cósmicas Em Nome da Sagrada Irmandade da Luz
“Em todas as Eras tem havido mulheres e homens, cujas almas têm sido profundamente tocadas pela Natureza, pessoas para as quais as Estrelas falam do seu gracioso silêncio, para as quais a Lua não é só um corpo celeste, para as quais as plantas e os densos bosques, são como as catedrais da alma. Pessoas que amam e respeitam a Natureza, tirando partido dela sem a destruir, pessoas que acreditam que homens e mulheres, têm os mesmos direitos e se respeitam. Estes são os Pagãos”
ACREDITAR QUE SOMOS PEÇAS FUNDAMENTAIS
ACTUANDO NA TRANSFORMAÇÃO PLANETÁRIA
IRRADIANDO A DIVINA LUZ E ESPALHANDO
AS SEMENTES DO AMOR E DA PAZ”
“Se quereis mudar o mundo, primeiro tentai melhorar e mudar algo interior de vós mesmos. Isso ajudará mudar a vossa família. E daí passará para o que vos rodeia. Tudo o que fazemos tem algum efeito, algum impacto. In “O Caminho Para A Serenidade – Dalai Lama
Sejamos crentes ou agnósticos, acreditemos em Deus ou no Karma, a ética moral é um código a qualquer pessoa pode obedecer. Precisamos de qualidades humanas, como os escrúpulos, a compaixão e a humildade. Devido à nossa fragilidade e fraqueza humanas inatas, estas qualidades só são acessíveis através de um grande desenvolvimento individual, num meio social propício, de modo a que se possa criar um mundo mais humano”– In “O Caminho Para A Serenidade – Dalai Lama
“A luz, o mar, o vento. E as flores, os animais, a vida inteira. Não te apetece gritar? Explorar tudo isso num grito? Num excesso de excesso” – In Pensar – Vergílio Ferreira
“Não é nada, é um novo dia que começa. O Sol ergue-se pela éssima vez. Há luz no ar. Os pinheiros inundam-se dela, acenam-se na aragem a uma voz que vem de longe. Um cão ladra excitado à alegria da vida, há sinais longínquos do trabalho dos homens. Reconheço-me eu vivo também e recolho em mim o universo inteiro. Tudo se recompõe na vida que se suspendeu, as flores voltam a ter razão de ser luz. E há por cima um céu azul. Não é nada. É um novo dia que começa - In Pensar – Vergílio Ferreira
VERGILIO FERREIRA - RECORDANDO
UM GRANDE ESCRITOR E UM GRANDE AMIGO, QUE VÁRIAS VEZES ME DEU A HONRA E O PRAZER DE ME RECEBER EM SUA
CASA
–
Tomo a liberdade
transcrever um dos textos do livro CONTA CORRENTE 4 – ALUSIVO A 1982-83
31 Dezembro 1982 – Sexta-feira - Hoje é o último dia do ano e há que vir
aqui portanto assinar o ponto. Só mesmo por isso venho. Porque de facto, que
tenho eu a dizer? Olho atrás o ano que passou e é como se já tivesse passado
antes de passar:
Tudo corre rapidamente
sem uma pausa que se demore. ~ense1 e penso que isso se deve à compressão do
tempo pela idade; porque só quando se é jóvem o tempo dura o tempo que e ou às
vezes mais. Na velhice o tempo reduz-se, porque antecipadamente sabemos que
nada há nele que passar. Pensei e penso isso, mas não é essa a razão bastante.
Vive-se hoje no provisório, o instante vive o passado e , o futuro, sem se
intensificar a si na dimensão da eternidade. E assim espantoso 0 gasto enorme
que de tudo fazemos para imediatamente o deitar fora. A sociedade de consumo
não se fixou apenas no desbarato da frivolidade exterior, mas contaminou a
nossa vivência interior. É fabuloso assim a quantidade de coisas que exaltamos
até ao delírio para logo as esquecermos. Livros, filmes, e naturalmente os
acontecimentos políticos, tudo desaparece na grande voragem diária.
Perguntava-me em tempos o que é a cultura. E respondia o que ainda hoje penso e
é que a cultura é a capacidade de diálogo com o tempo que nos coube. Mas que
diálogo é hoje possível? Quando acabamos de formular uma questão já o motivo
questionai é outro. A cultura exigia sempre a demora bastante para a nossa questionação
e o nosso entendimento das coisas. A cultura fez-se sempre de uma osmose ou
interpenetração de nós e do Mundo e uma conclusão que se conseguisse ia dando
para uma vida. Hoje não dá para um dia. Extraordinário é assim o que se passa
na arte com as suas experiências, retornos, combinações possíveis até ao
delírio, desvarios até ao absurdo e à hipocrisia. Mas a arte não é culpada
porque a culpa está em nós que a não temos, porque a tem o espírito
desorientado que nos orienta. De tudo, porém, o mais fascinante e terrível é
não vermos ou sequer imaginarmos que pausa nos pode esperar no futuro para que
em nós se sedimente a agitação que nos convulsiona. O desconcertante é não
vermos como ser isso possível na balbúrdia mundial e só a imaginarmos como um
desastre generalizado e o retorno subsequente a um novo começo. Que começo?
Como salvar-se ainda o suficiente humano para cm homem, nos reinventarmos? O mundo
de hoje é uma grande feira de loucura
com gritos horríssonos e dispersos que entrelaçam
a gritaria onde vossa voz profunda se não ouve. Instantânea, provisória,
superficial e desorientada é a sorte que nos coube.
Hoje acaba mais um ano,
um novo ano vai começar. E só o que me apetece dizer e que não sei que dizer
nem pensar. Já não falo da política por uma regra de higiene. Mas ela também
não é culpada, porque sem os homens que a fazem, outros a fariam plausível. Ela
é, todavia, o mais repulsivo do que repelimos, porque mais visível e imediata e
tangível ao que em nós toca o circunstante. Houvesse ao menos por detrás ou por
dentro disso tudo o que regrável e compreensível e alto nos sublimasse e
redimisse. Não há. Há só a confusão e o desvairamento, as explosões súbitas de
gritos que logo se apagam e esquecem. Cultura do esquecer, do sucessivo e
casual, do berro que tenta afirmar-se até à rouquidão e o silêncio subsequente.
da ausência da memória que tem sido a mãe das artes e afinal da própria
cultura. Calo-me eu também no esgotamento de o dizer. Hoje é último dia do ano.
Mas podia ser o primeiro, que é amanhã ou o segundo, que é depois. Porque todos
os dias são ultimas no silêncio que vem logo atrás.
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