
Faleceu há 10 anos, no dia 4 de Junho - Breve entrevista, anos 80, no dia de Natal, no fim de um espetáculo, que, naquela manhã, havia transformado a capela da cadeia numa sala de música - “Não há rapazes maus: as pessoas que estão aqui - e tenho aqui alguns amigos - por acaso, tropeçaram com qualquer coisa na sua vida! Mas, quando a gente tropeça e cai, logo à frente a gente se levanta” - - Natural de Chibia, Angola, a 30 de Nov. 1933 espetáculo, faleceu a 4 de Junho de 2006, no Barreiro - Encontra-se sepultado no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Tive o prazer de ser um dos seus amigos e me receber em sua casa - Co-fundador de um grupos
musicais, mais populares da década 60 e 70 – "No dia do seu funeral – A esmagadora maioria
das pessoas estava vestida de branco, por vontade expressa do artista, falecido
domingo, aos 72 anos, vítima de pneumonia, e entre os presentes contavam-se
muito famosos
.

BIOGRAFIA

O nome Ouro Negro foi escolhido porque, naquela região
de Angola, designava tudo o que fosse excepcional: o petróleo, o café, um
jogador de futebol fora de série ou um bom cantor, como os dois músicos
explicavam.
Quem os baptizou foi a locutora Maria Lucília Dias, do
então Rádio Clube do Congo Português.
Um espectáculo que deram em Luanda incluía uma
cláusula que garantiu uma apresentação no cinema Roma, em Lisboa. E assim o
grupo chega à Metrópole, pela mão do empresário Ribeiro Braga, onde alcança
êxitos não apenas no cinema Roma, como também no Casino Estoril. Desta breve
viagem resulta a gravação de três discos.
Após o regresso a Angola, integram um terceiro
elemento, José Alves Monteiro, que, em breve, deixaria o grupo. A carreira dos
Ouro Negro tem, a partir de então, uma expressão internacional. No espaço de um
ano, actuam na Suíça, em França, na Finlândia, na Suécia, na Dinamarca, em
Espanha e Portugal.

Seguindo a «onda» dos ritmos de dança como o twist, o
madison, o surf e muitos outros, o Duo Ouro Negro lança o kwela, que
rapidamente se transformou numa moda, sendo considerado o ritmo do Verão em
1965.
O kwela mais não era que uma dança ritual da tradição
africana, que em dialecto zulu quer dizer flauta. A nova moda pegou e, para a
cena europeia, representava uma novidade encantadora. Paris rendeu-se ao kwela
e a Europa em geral também.
O Duo Ouro Negro conhece em 1966 um dos pontos mais altos
da sua ainda recente carreira, ao actuar no Olympia e no Alhambra, em Paris.
No ano seguinte, naquela que pode ser considerada uma das mais elevadas
distinções do grupo, actuam na Sala Garnier da Ópera de Monte Carlo para os
Príncipes do Mónaco, por ocasião das comemorações do IV Centenário do
principado.
Ainda nesse mesmo ano, são galardoados em Portugal com o Troféu da
Imprensa.
O Olympia de Paris transforma-se numa sala talismã para o Duo Ouro Negro.
Em 1967, a sala acolhe-os durante três semanas em Maio e outras três em
Outubro. Repartem estas actuações com espectáculos em diversas televisões
europeias. - Excerto de Texto da Lusa
O Brasil é outro dos palcos da actuação dos dois angolanos nesse mesmo ano
de 1967, com recitais no teatro Cecília Meireles e no Canecão. - Excerto de Texto da Lusa
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