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terça-feira, 7 de junho de 2016

Celebração do Solstício do Verão - 20 de Junho – 2016 - Na Pedra do Sol – Monte dos Tambores – Chãs – Foz Côa - 20.00-20.45 h – Com o tradicional cortejo celta, acompanhado pelo Grupo Lua Nova-Gaiteiros de Mogadouro – O Escritor, Francisco Moita Flores, autor do Dia dos Milagres, vai ser o convidado de honra, no Maior Dia do Ano – Assim como, Joaquim Manuel Trabulo, autor de duas importantes monografias desta freguesia

Por Jorge Trabulo Marques . Jornalista - Autor da descoberta e coordenador do evento




Com o apoio da Câmara Municipal de Foz Côa, da Junta de Freguesia de Chãs e Associação Foz Côa Friends - Depois da celebração, seguir-se-á a noite sanjoanina, com os tradicionais comes e bebes



O solstício de verão de 2016 ocorre a 20 de Junho, mais precisamente às 22h34 em Portugal. - Momento astronómico que marcará oficialmente o início da estação mais desejada do ano  - Vai ser assinalado, ao fim da tarde, como a já tradicional cerimónia evocativa, com os “sacerdotes druidas vestidos com as suas túnicas brancas, junto a um antigo altar de pedra,   de forma esférica, numa zona castreja, nos arredores de Chãs,  do concelho de Foz Côa - Majestoso megálito, este, que se ergue sobranceiro ao aprazível vale da Ribeira Centeeira, que, ao deixar o graben de longroiva  e ao entrar no íngreme canhão dos Piscos, passa a ser designada pela Ribeira dos Piscos, na foz da qual se situa um dos mais belos núcleos da arte rupestre do Paleolítico

A celebração, já conhecida, como a do sotonhenge português, terá inicio no adro da aldeia, com o tradicional cortejo celta,  que partirá às 18-30, ao som de gaita de fole e tambores Grupo Lua Nova-Gaiteiros de Mogadouro, em direção a uma antiga calçada romana, que depois tomará o caminho dos chamados Templos do Sol, com uma breve passagem pelo Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Sra, imponente bloco megalítico, atravessado pelos raios do nascer do sol, nos equinócios  da Primavera e do Outono.


Às 20.45,  os participantes na acção poderão  testemunhar a "passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício,  onde serão repetidos gestos, cânticos e orações ás forças da Natureza, ato esse que  evocará sacrifícios e rituais celtas, num momento carregado de significado místico e histórico – Porventura, com   o mesmo sentimento de contemplação e de recolhimento, tal como já terá  ocorrido há milénios, durante os rituais dos antigos povos, que se abrigavam nos penhascos e faziam daquele monumento megalítico, o seu calendário solar e local de culto - E, naturalmente, do aprazível e fértil vale sobranceiro, a recolha dos seus alimentos

Pois, embora tenham mudado as civilizações, não mudou a natureza humana e as suas necessidades espirituais, como alimento energético e vigoroso da sua alma: o sol mantém o  seu percurso inalterável, como fonte de luz e de vida, continuando a ser o grande astro luminoso, o esplendor  de Deus,  a verdadeira imagem da Criação, perante o qual a criatura humana se extasia e interroga, ante a imensidade dos céus.




 Registo de véspera  - Ao nascer do Sol, em  Stnohenge - Ao pôr do Sol - Nos Tambores

VISTA DO QUADRANTE NORTE OU DO QUADRANTE SUL TOMA A FORMA DE UM ESTRANHO CRÂNIO - TAL COMO A PEDRA DA CABELEIRA VISTA DE TRÁS


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FRANCISCO MOITA FLORES - O CONVIDADO DE HONRA   - Na mesma pedra onde, um mês antes de partir para eternidade. o poeta, jornalista e escritor, Fernando Assis Pacheco,  se postava perante os céus e a largueza daqueles vastos espaços, talvez  numa já instintiva premonição como quem se despede de um dos lugares belos e sagrados e espera que outro maravilhoso e eterno o acolhesse    - Passou a ser chamada a Pedra dos Poetas - 



DISTINGUIR HOMENS DE VALOR NOS TEMPLOS DO SOL

Fernando Assis Pacheco 



Em todas as nossas celebrações, quer nos equinócios do Outono ou da Primavera e  no  Solstício, temos procurado saudar os ciclos da natureza e ao mesmo tempo celebrar os poetas ou homenagear outras figuras que achemos que se enquadrem no espírito destes eventos. Desta vez, além da justíssima homenagem, proposta pela Comissão Organizadora,  a  Joaquim Manuel Trabulo, pessoa muito estimada nesta aldeia, autor de duas importantes monografias, que publicou por sua conta e risco,  vamos também poder contar com a  presença do escritor Francisco Moita Flores - E quem, em Portugal, não conhece a voz e o rosto de um maiores especialistas da criminologia, sempre afável e disponível para contribuir para o esclarecimento e formação da opinião pública, através dos jornais, da rádio ou da televisão - E, naturalmente, do contributo da  vasta obra literária, de que é autor, em múltiplos aspectos e vertentes históricas, cientificas, ficcionistas  e culturais.


FRANCISCO MOITA FLORES – CONHECIDO POR SER UM TRABALHADOR INCANSÁVEL, MINUCIOSO E RIGOROSO - Esta uma das referências que lhe são  feitas por biógrafos.


“Francisco Moita Flores é reconhecido do público pela sua obra literária e pelo seu trabalho como dramaturgo para televisão, cinema e teatro. Tem uma vasta obra publicada e produzida; os romances: Mataram o Sidónio!, A Fúria das Vinhas, o Bairro da Estrela Polar, entre muitos, e séries : A Ferreirinha, o Processo dos Távora, Alves dos Reis, João Semana, Quando os Lobos Uivam. Considerado pela crítica como o melhor argumentista do país, foi distinguido em Portugal e no estrangeiro pela qualidade da sua obra, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante pela carreira literária e pública. Colaborador em vários órgãos como comentador tem marcado a sua intervenção pelo rigor e clareza com que aborda os temas da sua especialidade. Francisco Moita Flores - Woo

Francisco Moita Flores nasceu no ano de 1953. É casado com a actriz e produtora Filomena Gonçalves. Tem três filhos e é avô de três netos. Nasceu em Moura onde estudou até aos 15 anos. Depois continuou nos seus estudos em Beja e depois em Lisboa
Fez o bacharelato em Biologia e até 1977 foi professor do ensino secundário.
Nesta ano ingressou na Polícia Judiciária e foi o primeiro classificado no curso de investigação criminal
Até 1990 pertenceu a brigadas de furto qualificado, assalto à mão armada e homicídios.

Varias vezes louvado deixou aquela instituição para se dedicar á vida académica – Excerto de - Portal da Literatura

JOAQUIM TRABULO - Natural desta aldeia, autor da monografia, CHÃS DE FOZ-CÔA  - A sua  história e a sua gente  - e ainda de outra interessantíssima obra: POR VEREDAS DO VALE DO CÔA, acerca dos percursos mais antigos e sugestivos desta freguesia


Joaquim Manuel Trabulo nasceu a 2 de Maio de 1938, embora o respetivo registo aponte a data de 2 de Julho do mesmo ano, na freguesia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa, tendo ali vivido durante a infância e parte da juventude.
Fez o curso Geral dos Liceus, em Lisboa, e exerceu a atividade bancária em Lisboa e Porto, encontrando-se, presentemente, na situação de aposentado.
Faz parte do Grupo Coral de Professores e Educadores de Vila Nova de Gaia, desde 1996.


Em 1992 publicou a monografia "CHÃS DE FOZ CÔA - A sua história, a sua gente" e tem colaborado na imprensa local. 

REENCONTRO NUM LOCAL SAGRADO   



Conheci, pela primeira vez, o escritor Francisco Moita Flores, quando eu era repórter da Rádio Comercial e ele ainda trabalhava na Policia Judiciária - Foi através do jornalista Luís Marques, atual editor da SIC , que se deu essa circunstância de nos conhecermos - Agora, há dias, quis o acaso que nos reencontrássemos na Feira do Livro, onde se encontrava numa sessão de  autógrafos do seu último livro,  Dia dos Milagres, que teve a gentileza  de me oferecer - Foi então que lhe dirigi o convite para nos dar o prazer da sua presença na celebração da festa do Solstício: disse-me que ia consultar a sua agenda e que depois me daria a resposta, já que, como se compreenderá, embora arredado da política, além das horas que lhe absorve o oficio da escrita, está sempre a ser solicitado para esta ou aquela palestra, porém, garantindo-nos, desde logo, que, se não pudesse, podíamos contar com ele numa das próximas celebrações - Mas vamos ter o privilégio de contar com ele já nesta nossa celebração, dia 20


Templos solar e sacrificial - Registo de véspera  - Alinhado com os equinócios - Na mesma área

  O QUE É O DIA DOS MILAGRES?

Lê-se na badana do próprio livro, que " O Dia dos Milagres é uma viagem apaixonante aos últimos dias do regime filipino que haveria de baquear no golpe de Estado que daria início à dinastia de Bragança. 
O autor centra a acção em Vila Viçosa, onde viviam os duques de Bragança, e conduz-nos pelos dias terríveis de ansiedade, vividos entre crenças e superstições, marcados por revoltas e sofrimento, num Portugal pobre e cansado, traumatizado pela tragédia de Alcácer Quibir, de onde espera que chegue o rei D. Sebastião.
Moita Flores cruza os vários ambientes da época. Desde o fatalismo supersticioso, à preparação cautelosa da conspiração que iria mudar o curso da História de Portugal. João de Bragança e Luísa de Gusmão são os protagonistas, a que associa figuras populares como o Laparduço, mercador de ervas milagrosas, e Efigénia Pé de Galinha, bruxa afamada.


O Dia 1 de Dezembro de 1640 foi um momento único da História de Portugal. Uma data que foi desprezada, até deixou de ser feriado, decisão que enxovalha a memória portuguesa. Um punhado de fidalgos, apoiado pelo Povo de Lisboa, enfrentou o mais poderoso Império do mundo. E devolveu a dignidade a Portugal. São os preparativos dessa saga extraordinária que percorrem as páginas deste romance apaixonante, terno, para que a memória colectiva não esqueça, aquilo que os novos servos do nosso tempo esqueceram, julgando Portugal do tamanho de um mero livro de contabilidade.

FRANCISCO MOITA FLORES





"Regressa com uma história empolgante corrida nos dias que antecederam o golpe que haveria de restaurar a independência de Portugal no dia 1 de Dezembro de 1640.
Depois de Segredos de Amor e Sangue, o novo romance O Dia dos Milagres é mais uma pedra no caminho de sucessos literários que marcam o  percurso deste conhecido escritor que assinou obras como A Fúria das Vinhas, A Opereta dos  Vadios, O Bairro da Estrela Polar, Mata Sidónio!, entre muitas outras.
Autor de grandes séries para televisão, A Ferreirinha, O Bairro, Ballet Rose, A R, Medos e Alves dos Reis, reconhecido pela crítica, premiado em Portugal e fora do país, a sua obra foi agraciada pela República ao ser condecorado  como Grande Oficial da Ordem do infante Actualmente é o presidente da Sociedade da Língua Portuguesa

EXTRAÍDO DO ENREDO LIVRO - "Corria o Verão de 1578. As cigarras cantavam, em coro, pelos olivais e chegavam patos e rolas de arribação aos campos do Alentejo. Por essa altura, ainda respondia por Efigénia do Abegão. Apelido de homenagem ao pai, artesão com mãos de ouro, conhecido nas redondezas pela sua arte na feitura de rodas para carroças de trabalho com a mesma perfeição daquelas que burilava para os coches da Casa de Bragança. Conseguira, devido a este talento raro, ganhar as graças do senhor duque, pai de D. Teodósio 1, e, aos dez anos, a sua única filha entrava para a criadagem da cozinha do Paço de Vila Viçosa.
(…) Nesse dia, fosse ele qual fosse, dizia-lhe o coração, o grande berço onde nascem os sonhos estava marcado na palma da mão como destino. Por tal crença prometera a Nossa Senhora da Conceição e ao seu Santo Filho dez terços de enfiada. E escutava, noite após noite, o vento e os rouxinóis, à espera do seu cavaleiro encantado, que se descobriria perante os seus olhos, vindo dos nevoeiros que se acomodavam nos vales da serra. 

DA IMPRENSA 

SOL - 02/07/2014 22:Na primeira redacção escolar escreveu que queria ser escritor e detective. E assim foi. Depois de anos dedicados à Polícia Judiciária - onde fez amigos entre os criminosos -, foi Presidente da Câmara de Santarém e descobriu que a política pode ser mais agressiva do que a polícia. Nunca deixou de escrever para televisão, teatro, cinema e livros. Aliás, quando há 30 anos um AVC o deixou bloqueado do lado direito, o receio de não voltar a escrever fê-lo pensar no suicídio. Aos 61 anos, edita mais um romance, Segredos de Amor e de Sangue.

(..) - Mas esta é também uma história de amor?
É a história de amor dele com a Isabel. Interessou-me discutir naquele tempo uma coisa que se discute hoje. Naquela altura matavam-se mulheres a eito. Como hoje ainda se matam mulheres a eito no decorrer da violência doméstica. Só este fim-de-semana morreram três. Estou muito comprometido nesse combate e quis, através daquele homem que vai descobrindo as letras, meditar sobre os direitos da mulher.Francisco Moita Flores: 'Todos somos capazes de matar



VISÃO – O5-05- 2016 - A minha filha Matilde fez 18 anos, já pode movimentar a sua conta- -mealheiro. Aí nasceu a ideia para este livro [A História de um Mealheiro, lançado na semana passada]. Também tive uma conta dessas, da qual comprei o meu primeiro carro, que me custou, na moeda de hoje, cem euros.
Não há um acréscimo da criminalidade violenta. Os números mantêm-se razoavelmente estáveis. O que aumentou foi a quantidade de violência usada em cada ato criminoso. Há uma qualificação da violência, que é mais cruel, mais perversa. A expIicação sociológica para isto está estudada: corresponde à complexização das relações metropolita-nas. Lisboa há muito que não é uma cidade. É um conjunto de fortes micro situações, que depois se estendem, mimetizadas, à ruralidade. O roubo por esticão, por exemplo, começou em Lisboa e hoje está espalhado pelo País.
Estou a escrever um romance que aborda o período entre o regicídio e a implantação da República, que é pouco conhecido. D. Manuel tem uma namorada, uma atriz, e um neto dela roda, na atualidade, um filme sobre o caso amoroso da avó.
É um conto em que jogo com a poupança e a importância do tempo. São as memórias de um velho de 75 anos. Já as minhas, se as publicar, tenho de estar morto ou fugido. Vivi em mundos turbulentos. [Na PJ, lidou com assaltos violentos e homicídios.] Francisco Moita Flores: "Memórias? Se as publicar tenho de estar morto ou fugido"




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