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terça-feira, 16 de junho de 2015

Celebração do Solsticio,do Verão - 21 de Junho, - "no Stonehenge Português" Do meio da tarde ao pôr-do-sol, ao som de gaiteiros e violinos, num auspicioso momento solsticial de “Ode à Paz “ – de Natália Correia – “Pelas aves que voam no olhar de uma criança/ Pela Limpeza do Vento, pelos actos de pureza/Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança (…)






ODE À PAZ
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!

Natália Correia, in O Sol nas Noites e o Luar nos Dias





Alinhamento de Véspera








Há quem pense que o mundo da luz e do conhecimento só começou com a descoberta da electricidade. Mas os que assim pensam estão enganados. O homem existe há milhões de anos! E, por conseguinte, desde há muito que que ele aprendeu a aperfeiçoar as suas técnicas de sobrevivência, a conviver  com a natureza,  e a conhecer-lhe muitos dos seus segredos, que, certamente, se foram perdendo à medida que se foi divorciando do seu contacto.
 
O planeta Terra é percorrido, tal como as veias no corpo humano,  por uma rede de linhas energéticas, que, nos sítios  onde se cruzam, agem como pontos nodais ou lugares mágicos, catalisadores de correntes vibratórias, propiciando como que um elo de harmonia, ao mesmo tempo purificador e revitalizador, qual auspicioso veio cósmico e telúrico aglutinador das Forças Celestiais, da Inteligência Universal, com a Terra e os homens que ali busquem   o indispensável conforto mágico ou sobrenatural para  a aventura solitária das suas vidas. 
 Para bem da Humanidade, são muitas essas linhas sagrados  que foram reconhecidos  como lugares sagrados ao longo de milénios e milénios.
Vejam-se as mundialmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantes  com os olhos voltados aos céus, ou ainda, nos Andes,  a não menos impressionante Porta do Sol, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança e união do espírito com a matéria - Isto para já não falar  das ruinas de Stonehenge, sobre as quais, investigadores de todos os domínios, se continuam a interrogar, sem, contudo, encontrarem as respostas que os satisfaçam.

NATÁLIA CORREIA – A MEMÓRIA UMA PERSONAGEM INVULGAR

Natália Correia faleceu aos 69 anos, no dia 16 de março de 1993, na sua residência em Lisboa. “Quando se percorre a poesia escrita por mulheres ao longo do século XX português, o nome de Natália Correia continua a surgir como um dos que causaram uma repercussão mais duradoura, quer pela sua personalidade forte e polémica, quer pelo alcance da sua obra literária, na qual sempre se manifestou uma vocação poderosamente dionisíaca e por isso excessiva, capaz de apreender magicamente a realidade e de a transfigurar mediante uma rica imaginação metafórica, sobretudo a partir de "Dimensão Encontrada" (1957), já que os seus primeiros livros ("Rio de Nuvens", de 1947, e "Poemas", de 1955) exprimiam ainda uma atitude lírica mais tradicional. Celebrando Natália Correia

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