"Performers play instruments at sunrise on March 20, 2015, near a
pre-historic stone shrine aligned to the Spring Equinox in Chas,
northeast Portugal during a total eclipse, the only one this year. The
Norwegian archipelago of Svalbard, located 1,300 kilometres (800 miles)
from the North Pole, is along with the Faroe Islands the only place the
total eclipse will be visible, assuring three minutes of total darkness
when the moon totally blocks the sun. AFP PHOTO/ FRANCISCO LEONG
- Não deixe de ver a reportagem atualizada do dia 20, em ..http://www.vida-e-tempos.com/2015/03/equinocio-da-primavera-celebrado-hoje.html
Associe-se à Celebração do
Equinócio da Primavera, junto a um dos calendários pré-históricos
antiquíssimos, dos poucos que resistiram aos milénios e às inclemências
do tempo. - O mais famoso é Stonehenge (direcionado com o nascer do sol
do Solstício do Verão) mas, em Portugal, e no Monte dos Tambores, não
existe apenas um alinhamento sagrado mas às quatro estações do ano. Vamos
ter a participação do dueto ALE&OLE - Contudo, se for músico e tiver
um instrumento, poderá aproveitar a oportunidade para mostrar o seu talento e
saudar à sua maneira o primeiro dia da Primavera.
Este evento conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Chãs, do Município de Vila Nova de Foz Côa, bem como da Foz Côa Friends Associação e dos habituais amigos e proprietários do sítio
Este evento conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Chãs, do Município de Vila Nova de Foz Côa, bem como da Foz Côa Friends Associação e dos habituais amigos e proprietários do sítio
Postagem seguinte deste evento em http://www.vida-e-tempos.com/2015/03/equinocio-da-primavera-2015-nesta-sexta.html
“Esta
sexta-feira promete ser animada no que a fenómenos cosmológicos diz respeito.
No próximo dia 20 de Março o hemisfério norte (nomeadamente Europa e Ásia e
norte de África) vai presenciar em 24 horas três momentos interessantes:
um eclipse solar, a “super-lua” e o equinócio de Primavera. – Excerto de
Eclipse
Solar, Super-Lua e Equinócio: tudo isto no mesmo dia
Celebração do Equinócio da Primavera 2015 – Dia 20
ao nascer do sol (07.00horas), na Pedra da Cabeleira de Nª Sraª -
Ao mesmo tempo que saudamos a entrada da estação mais florida e desejada do ano, vamos também associar esta celebração a alguns momentos de poesia com “A Primavera” de David Mourão-Ferreira, poema imortalizado pela voz de Amália Rodrigues, prestando uma singela homenagem ao poeta da cidade de Lisboa, onde nasceu e morreu (24 Fevereiro 1927 a 16 Junho 1996) mas com a sensibilidade de uma alma campesina, inspirada no mais belo lirismo poético da natureza.
Ao mesmo tempo que saudamos a entrada da estação mais florida e desejada do ano, vamos também associar esta celebração a alguns momentos de poesia com “A Primavera” de David Mourão-Ferreira, poema imortalizado pela voz de Amália Rodrigues, prestando uma singela homenagem ao poeta da cidade de Lisboa, onde nasceu e morreu (24 Fevereiro 1927 a 16 Junho 1996) mas com a sensibilidade de uma alma campesina, inspirada no mais belo lirismo poético da natureza.
“Todo o amor que nos prendera
Como se fora de cera
Se quebrava e desfazia
Ai funesta primavera
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia” - Excerto
Como se fora de cera
Se quebrava e desfazia
Ai funesta primavera
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia” - Excerto
Mas também - Canção
primaveril
“Anda no ar a excitação
de seios súbito exibidos
à torva luz de um alçapão,
por onde os corpos rolarão,
mordidos!” - Excerto
de seios súbito exibidos
à torva luz de um alçapão,
por onde os corpos rolarão,
mordidos!” - Excerto
Segundo informação astronómica, o início da Primavera de 2015 ocorre a 20 de Março, às 22h45.
– Ou seja, o momento em que o sol cruza o plano do equador celeste
(a linha do equador terrestre que é projetada na esfera celeste). – Mas nós -(os membros da comissão deste evento e as pessoas que quiserem associar-se a nós ) à semelhança de anteriores celebrações - vamos
saudá-la, logo ao nascer do sol, ou seja, no momento em que os raios solares atravessam
a graciosa cripta do monumental santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, que os antigos povos, que se fixaram nesta
área, desde o período neolítico, teriam erguido para festejar as estações do
ano e os seus cultos.
Se puder participar, não falte a tão esplendoroso momento – Num lugar onde as energias do cosmos confluem e se cruzam com as forças telúricas terrestres, propiciando estados de harmonia, de cura física e de revitalização espiritual - Lugares sabiamente escolhidos quando o homem vivia intimamente com a Natureza, agia mais pelo instinto de que pelo raciocínio - Sim, trata-se, como já foi dito neste site, de um lugar mágico, propiciador de energias positivas, encontro do mundo imaterial com o da matéria.
Dos poucos lugares da terra onde a
beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem
contemplativa de há vários milénios. O
que se espera venha a ocorrer durante os
vários minutos em que a extensa cripta do enorme megálito é atravessada pelos
raios solares da manhã.
Uma vez mais o convite é dirigido não só à população da aldeia e às gentes do concelho
e redondezas, convidando-as evocar as festas dos ciclos da natureza dos seus
antepassados, e fazendo com que as mesmas continuem a fazer parte do seu
património cultural, como também a todos aqueles que se interessem pelo
estudo e pesquisa do passado longínquo da História do Homem e das
particularidades desta região, cheia de um passado riquíssimo, contribuindo com
o seu testemunho e partilhando num acontecimento de rara beleza e significado
Se as manhãs de sol
continuarem a sorrir-nos (a meteorologia prevê chuva para segunda e terça-feira e sol e
alguma nebulosidade nos dias seguintes) a organização está confiante de que, os
participantes, poderão ali viver momentos de raro esplendor, alegria e
misticismo, tal como, nos tempos idos, os povos, quando ali se reuniam para
agradecerem às suas divindades ( em especial à Deusa-Mãe) os frutos que a terra
lhes oferecia
O
enorme penedo orientado no sentido nascente-poente possui uma gruta em forma de
semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no centro,
no momento em que o Sol nasce. Situa-se num pardo ermo de um de um
impressionante afloramento granítico, conhecido por Tambores, numa vasta área
de abundantes vestígios pré-históricos, entre os quais avulta o Castro do
Curral da Pedra .Fica ainda dentro do perímetro do Parque Arqueológico do Vale
do Côa e também muito próximo de dois dos principais núcleos de gravuras
paleolíticas: Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca.
Visto
de nascente para poente, tem a forma de um gigantesco crânio humano, porém,
observado de costas para poente, a sua fronte, abrindo em forma de um majestoso
leque, mais parece ter sido talhada de alto abaixo por um só golpe.
A sua gruta, que se estende de extremo a extremo pela base, é relativamente baixa, tendo apenas 2,08 de largura por 85 cm de altura, sendo a parte posterior um pouco menos alta e mais larga. No interior, à direita de quem entra pela parte ocidental, "encontra-se um nicho onde se ajusta perfeitamente uma cabeça humana e tendo desenhada de forma impressionante uma cabeleira humana negra, longa e desgrenhada" – pormenores descritos pelo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, ao debruçar-se sobre o estudo deste santuário. Na sua obra, publicada há mais de duas décadas sobre o passado remoto de Meda, a que o termo de Chãs, já pertenceu, o historiador admite que a pedra tenha sido utilizada como local de sacrifícios, ou culto do crânio, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". Nessa primeira abordagem feita ao dito santuário, o investigador recorda a lenda cristianizada, pela qual, na tradição popular, passou a ser conhecida de Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Isto, pelo facto do povo associar a dita pintura rupestre aos cabelos da Virgem Maria, aquando da sua passagem para o Egipto, a qual, ao tocar com a sua cabeça na pedra, ali teria deixado os seus cabelos gravados para sempre.
Jorge Trabulo Marques da Comissão Organizadora das Festas dos
Alinhamentos Sagrados do Vale do Cõa -
Tambores, Chãs- Vila Nova de Foz Côa
Eduardo
Amarante, autor do livro “Lugares Mágicos e Megalitismo” refere, a dado passo, que as pessoas devem “dirigir-se frequentemente a lugares que tenham
uma carga mística, ou, pelo menos, de vez em quando, e banhar-se um pouco
naquele ambiente é algo que alimenta a
nossa alma. Naturalmente, uma consciência sujeita a este estado tem
necessariamente de sofrer alguma alteração, uma transmutação tanto mais forte
quanto o impacto sofrido pela compreensão do que lhe foi "revelado".
Algo a tocou e a despertou para um estado superior de "compreensão",
de uma experiência vivida. Estádios destes são muito similares àqueles que nos
são relatados pelos grandes místicos da
humanidade como, por exemplo, S. João da Cruz e Santa Teresa de Ávila.
A aquisição de
tais conhecimentos e experiências vividas nesse momento de “revelação” são o
fruto de profundos estados de êxtase que, necessariamente, se deverão reflectir
nas acções. Se a nossa consciência despertou para algo que é bom para todos,
por ser elevado, esse conhecimento deverá ser "transmitido" aos
demais, como rezam os velhos ensinamentos da sabedoria.
A tomada de consciência implica o não egoísmo e, acima de tudo, implica um sentimento de fraternidade para com todos os outros seres. O homem torna-se cidadão do mundo e a sua casa é o próprio mundo. No entanto, esta dádiva que o homem faz de si não deverá ser feita por vulgares palavras e prédicas, mas por atitudes conformes a uma profunda serenidade , confiança e humildade que perpassa em todos os actos do seu quotidiano. É esse o seu maior testemunho e é também esse o exemplo que os demais homens vão tomar para si. Essa é a força da magia luminosa que opera "milagres" em todo aquele que se aproxima reverente e humildemente desses lugares sagrados a fim de beber da fonte da vida.
A tomada de consciência implica o não egoísmo e, acima de tudo, implica um sentimento de fraternidade para com todos os outros seres. O homem torna-se cidadão do mundo e a sua casa é o próprio mundo. No entanto, esta dádiva que o homem faz de si não deverá ser feita por vulgares palavras e prédicas, mas por atitudes conformes a uma profunda serenidade , confiança e humildade que perpassa em todos os actos do seu quotidiano. É esse o seu maior testemunho e é também esse o exemplo que os demais homens vão tomar para si. Essa é a força da magia luminosa que opera "milagres" em todo aquele que se aproxima reverente e humildemente desses lugares sagrados a fim de beber da fonte da vida.
Concluindo, se
há quinhentos anos atrás as descobertas foram feitas por caravelas a sulcar o
mar infindo para rasgar as trevas do conhecimento, hoje, mais do que nunca é
necessário descobrir, através das caravelas do espírito, o imenso saber que
encerram os Lugares Mágicos da humanidade para o nascimento de um Mundo Novo e
Melhor."
David
Mourão-Ferreira nasceu em Lisboa. Concluiu os estudos
secundários no Colégio Moderno, dirigido
à época por João Soares, embora
tivesse frequentado o ensino particular nos primeiros anos do liceu,
tendo como professor Teófilo de Oliveira Júnior,
personalidade que muito o marcaria. Inscreveu-se no curso de Filologia
Românica da Faculdade de Letras em 1945, foi aluno de
Hernâni Cidade e Jacinto do Prado Coelho – de quem viria a
ser sucessor na direcção da revista – e
licenciou-se em 1951 com a tese Três Coordenadas na
Poesia de Sá de Miranda. De 1952 a 1957 leccionou
no ensino secundário, sendo neste último ano
contratado como assistente da Faculdade de Letras, onde organizou e
regeu, até 1963, a cadeira de Teoria da Literatura,
então recentemente criada. Naquela data foi-lhe rescindido o
contrato de assistente e passou a dar aulas no Instituto Superior de
Línguas e Administração, trabalhando
simultaneamente na Emissora Nacional (foi autor e apresentador do
programa «Música e Poesia»), e na
Rádio Televisão Portuguesa (autor e apresentador
da rubrica «Hospital das Letras»), com a qual
colaborara praticamente desde o início das suas
emissões. Em 1965, por ter protestado contra o encerramento
forçado da Sociedade Portuguesa de Escritores, viu-se
afastado destes dois órgão de
comunicação e passou a trabalhar como consultor
literário e secretário da Sociedade Portuguesa de
Autores, onde se manteve em funções
até 1974. Apesar de proposto, em 1967, e por unanimidade,
pelo Conselho Escolar da Faculdade de Letras de Lisboa, para nela
voltar a leccionar, só regressa ao ensino
universitário em 1970, sendo-lhe aí
sucessivamente concedidos os graus de professor auxiliar convidado, de
professor extraordinário (1975) e, a partir de 1990, de
catedrático convidado. Depois de 25 de Abril de 1974, foi
director do diário A Capital (1974-74),
director-adjunto de O Dia (1975-76), por duas vezes Secretário de
Estado da Cultura (1976-78 e 1978-79), ingressando, em 1981, nos
quadros da Fundação Calouste Gulbenkian, como
director do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas,
cargo que ocuparia até à morte, em 1996, bem
como, a partir de 1984, a direcção do Boletim Cultural
daquele serviço e da revista Colóquio/Letras - Excerto de
http://coloquio.gulbenkian.pt/historia/david_mourao_ferreira.htm
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